Espero que estejam gostando! Deixem o feedback de vocês, beijinhos.
Os alunos do terceiro só me apreciavam pois seria o último ano que veriam a minha cara, no início do primeiro ano até não tiro a razão deles de me detestarem a física é complexa e parece um bicho de sete cabeças, mas eu consigo torna-la divertida e suportável. Esses mesmos alunos que hoje me adoram antes me davam até para o tinhoso, alguns negam mas eu reconhecia. Quando entrei na faculdade de física queria morrer, porque por mais simples que parecia para mim teve matérias que me deram nocaute, mas hoje em dia vejo que nenhuma dificuldade é em vão, tudo tem o seu tempo para ser dominado.
Dentro de alguns dias eu viajaria para New York, e estava imensamente empolgada, mas antes de viajar queria ter certeza de que a diretora arranjaria alguém com potencial para me substituir, eu era perfeccionista em tudo. Não que eu fosse participar das aulas e ficar ali para criticar, longe de mim, no entanto queria saber se minhas turmas ficariam em boas mãos, afinal eram 2 meses de ausência.
Dei aula normalmente e noticiei os alunos sobre tudo, alguns ficaram sentidos, outros deram graças a Deus, no entanto eu não me importava muito com isso como deveria, era para um bem próprio, e somente eles eram responsáveis pelo seu sucesso, o professor está ali para passar todo seu conhecimento, se o aluno queria ser bom ou não era problema dele.
Mas chega de falar da minha vida profissional, no lado pessoal eu estava tranquila quanto a solteirice, afinal uma pessoa não deve depender somente de um relacionamento para ser feliz, de vez em quando encontrava de relance algumas ex-peguetes, mas nada que fosse gerar alguma recaída e vontade de pegar novamente, não da minha parte. Mas como a carne era fraca e se o prazer fosse bom era de se considerar abrir uma exceção.
Antes de me assumir eu ficava com caras mais velhos, e até mais novos do que eu, bastava ter o jeito certo para me conquistar, e não eu não me tornei lésbica porque um homem não soube me dar prazer, ou porque peguei raiva do sexo masculino, somente me sentia confortável ao lado de alguma mulher. E hoje sou solteira graças a minha rotina exacerbada e falta de tempo para compromisso sério, se não fosse esses porém hoje eu estaria com alguém e muito bem realizada, não que eu já não fosse, mas era sempre bom ter alguém para transbordar em sua vida, nunca arranje alguém para te completar, e sim para ter dar mais do que você realmente merece.
Em plena segunda feira, tinha um show na praia de uns cantores revelados na minha cidade, obviamente eu não ia perder, porém não ia beber, somente ia para curtir o som e talvez encontrar alguém para deixar minha boca ocupada.
Hoje eu teria que lecionar nas turmas do superior, a maioria odiava a matéria e preferia ficar de DP ( dependência ) e isso me sobrecarregava demais, além das aulas normais para a turma deles tinha que auxiliar na DP, queria ver o que o professor/professora iria aprontar quanto a isso, eu só mostraria o conteúdo, deixaria a situação dos alunos detalhada e não poderia ajudar muito. Seria uma bomba e tanta para quem fosse assumir nesse tempinho, mas fazer o que vida de professor é assim, quando entrei aqui era tudo muito sufocante para mim, mas logo me adaptei a conduta daqui e implantei a minha filosofia e hoje levo tudo normalmente.
Fiz tudo que tinha que fazer e cheguei em casa finalmente, pronta pra noitada, quem me via pensando assim achava que eu ainda era uma jovem baladeira, no entanto eu era a primeira a sentar durante uma festa de arromba, mas nesta noite eu iria me esbaldar, meu dia tinha sido bom então eu teria que aproveitar.
Me arrumei em um estilo fora do normal, ao menos para mim, vesti uma bermuda curta, mostrando minhas coxas grossas, uma regata simples e uma botinha, cabelo preso, devido ao calor.
Por mais madura que eu parecesse eu tinha dificuldade em chegar nas mulheres, mas tinha charme e papo, porém me sentia envergonhada dependendo da resposta, me sentia ridícula de chegar de cara e falar ‘’quer me beijar?’’, que era o meu foco no dia de hoje. Mas não sei porque eu estava pensando nisso antes da hora. Talvez na hora H eu me soltasse mais e dissesse algo menos direto.
Cheguei na praia estava meio vazio até o momento, decidi caminhar na areia, bateu um leve arrependimento por não ter vindo de sandália, mas era a vida né, pensei em voltar até o meu carro e deixa-lo lá, mas seria muito trabalho voltar até o carro calçar e voltar para o show, decidi carrega-lo nas mãos mesmo quando eu visse movimento eu sentava na areia mesmo e o calçava rapidamente.
Dei algumas voltas e me sentei para sentir a brisa do mar, aquilo me acalmava, aquele momento só meu me trazia paz e confortava o meu coração, pois eu sabia que era Deus que estava ali presente disposto para fazer todas as minhas vontades, eu não possuía religião porém acreditava no grandioso e isso me bastava.
Aproveitei aquele momento pós reflexão e calcei meu tênis e nisso a música já tinha começado a tocar, fui rapidamente até o local pois não queria perder nada.
Como eu estava bem distraída trombei em uma moça, muito bonita por sinal. Mas infelizmente ela não fazia meu tipo e parecia estar acompanhada, que pessoa bebia 2 copos de caipirinha? Nem eu na minha adolescência. Me desculpei e busquei um posicionamento em meio a tantas pessoas. Apesar da vergonha em dançar em público resolvi ficar na meiuca.
Chegou uma mulher por trás de mim beijando meu pescoço, achei estranho, mas olhei para ver quem era.
(CONTINUA)