Renan abriu o portão que não tinha tranca. Ele foi em passos lentos e de longe começou a ouvir gemidos. A cada passo o coração disparava mais até chegar a janela.
Lucas: Isso, fode Samuel, fode gostoso esse cu.
Samuel: Toma pica, vai!
Renan ficou sem chão naquele momento.
EM BUSCA DO SUCESSO – CAPÍTULO 20
Os olhos de Renan encheram-se de lágrimas, Samuel e Lucas transavam sem perceber a presença dele.
Renan: SAMUEL!!!
Lucas e Samuel viram Renan com o rosto vermelho e em lágrimas na janela. Rapidamente, Samuel pegou a bermuda e colocou, Lucas se enrolou na toalha.
Samuel: Calma Renan.
Renan: Abra essa porta.
Lucas: Não abre.
Renan: O que? Abra.
Samuel abriu a porta e Renan entrou largando a mochila no chão.
Renan: Como você teve coragem seu vagabundo. – Ele deu um tapa na cara do namorado.
Lucas: Samuel você vai deixar?
Renan: Você cala a boca, dois ridículos, se merecem.
Lucas: Nunca gostei de você, com esse jeitinho de inocente, sem sal, não sei o que Samuel viu.
Samuel: Lucas, você para! – Ele fez sinal para o amigo ficar quieto.
Renan: Eu te arrebentar seu desgraçado... – Ele disse voando em cima de Lucas.
Samuel não sabia se separava ou se vangloriava ao ver os dois brigando por sua casa.
Lucas: Você pensa que pode me bater sua bichinha pão com ovo? – Ele empurrou Renan.
Samuel: Para Renan! Lucas é melhor você ir embora.
Lucas: Não sem devolver esse soco.
Samuel: Você não vai bater nele. – Ele segurou Lucas.
Lucas: Me solta Samuel.
Samuel levou Lucas para fora e fechou a porta.
Lucas: Eu vou dar na cara dessa bicha.
Samuel: Lucas para caralho! Não provoca, vá embora.
Lucas: Quem ele pensa que é?
Samuel: Mas que inferno, vá embora, eu preciso conversar com ele.
Lucas: Você me paga Renan, se eu te encontro na rua vou deixar sua cara no asfalto. – Ele disse indo embora com raiva.
Samuel: Amor, vamos conversar. – Ele disse fechando a porta.
Renan: Eu não tenho nada pra falar com você e não me chame de amor, você é um lixo Samuel. – Ele foi dar um soco, mas Samuel o segurou já que era mais forte.
Samuel: Você precisa se acalmar.
Renan: Eu não quero me acalmar, meu Deus como eu fui trouxa, fui burro, achava que era uma amizade.
Samuel: Mas sempre foi, só uma amizade.
Renan: Não, não foi, eu vi tudo, você me traiu e já tava traindo há muito tempo.
Samuel: Confesso que errei.
Renan: Eu não vou te perdoar Samuel, eu não quero te ver nunca mais, vai pro inferno. – Ele pegou sua mochila e saiu.
Renan saiu estremecido, andou pela rua chorando, pegou o primeiro ônibus que viu, sentou-se na janela e chorou mais ainda com a cabeça baixada, a decepção do primeiro amor tinha sido muito forte.
Renan: Maldito, maldito!
Renan tentou mandar mensagem para Giovani, mas não conseguiu, então foi para sua casa.
CASA DE KAUAN
Kauan: Maninha, ta aí? – Ele bateu na porta do quarto dela.
Jéssica: Oi, o que houve? – Ela abriu.
Kauan: Bora comer uma pizza?
Gilda: Eu já vou me deitar, se cuidem por aí essas horas.
Jéssica: Vamos lá, to com vontade mesmo.
Gilda: E me tragam um pedaço que eu esquento amanhã pra tomar com café.
Jéssica: Tá bom, só vou pegar meu celular.
Gilda: Não vai passar uma maquiagem? Pelo menos um batom?
Jéssica: Aí mãe e eu gosto de maquiagem por acaso? Fala para o Kauan passar.
Kauan: Que isso, está me tirando?
Gilda: Vão logo de uma vez.
Jéssica e Kauan foram caminhando até a pizzaria que ficava ali na Vila Pinto, Renan vinha na mesma direção.
Jéssica: Renan, foi pra aula?
Renan: Não fui.
Jéssica: O que aconteceu? Por que está com essa cara?
Renan: Eu fui na casa do Samuel e descobri tudo, você estava certa, ele e o Lucas estavam tendo um caso.
Jéssica: Meu Deus do céu! Aí Renan, poxa vida, vem cá me dar um abraço, olha, ele não te merece não.
Kauan: Que fita essa? Teu namorado te traiu?
Renan: Isso.
Jéssica: Aqui tá todo mundo na merda mesmo, Taís morreu, Kauan terminou com a namorada, agora você, quer ir comer uma pizza com a gente?
Renan: Não, obrigado, só quero deitar e dormir.
Kauan: Fica bem cara, vacilão esse cara aí. – Ele estendeu a mão para Renan.
Renan: Valeu.
Renan chegou em casa e encontrou Paula deitada já.
Paula: Onde você estava que não foi pra aula?
Renan: Samuel e Lucas estavam transando, eu vi tudo, que inferno viu Paula.
Paula: Amore, não acredito. – Ela abraçou o irmão.
Renan: Está doendo muito. – Ele começou a chorar.
Renan tentava não fazer barulho para não acordar o pai, teve que abafar o choro a noite toda.
PIZZARIA
Jéssica: Você e a Luana pareciam se dar tão bem, o que houve de uma hora pra outra?
Kauan: Ah sei lá, não tava curtindo, não tava amando.
Jéssica: Entendi, mas você está triste né...
Kauan: Um pouco, mas vai passar.
Jéssica: Sinto tanto pelo Renan, eu que fui falar pra ele abrir os olhos com o namorado, e no fim minha intuição estava certa.
Kauan: Foda.
DELEGACIA
Giovani foi conduzido até Curitiba, preso em flagrante por portar drogas. Ele chorava.
Policial: Vai chamar a mamãezinha pivete? Chora que nem uma mulherzinha hein! Vai passar a noite aí na cela, amanhã o delegado vai falar com você.
Giovani entrou na cela que estava vazia. Ali passou a noite sem saber o que fazer.
CASA DE ANDERSON
Anderson: Alô Kayte?
Kayte: Olá querido, como vai?
Anderson: Bem, vou precisar de seus serviços novamente.
Kayte: Ótimo! O que manda?
Anderson: Um iniciante foi preso em flagrante no ônibus que ia pra Florianópolis.
Kayte: Perigo em Anderson, você sabia do risco.
Anderson: Preciso que vá na delegacia ajudar, é réu primário, dê o seu jeito de sempre, depois nos acertamos.
Kayte: Beleza, o nome dele?
Anderson: Giovani, passe aqui quando for que deu mais informações.
CASA DE JUVENAL
Juvenal não estava se sentindo bem em casa.
Néia: O que foi?
Juvenal: Está sangrando.
Néia: Meu Deus bem no lugar da cirurgia? Juvenal, vou chamar a ambulância.
Néia saiu lá fora para ligar e percebeu que tinha alguém chamando ela no portão.
Gilda: Oi, Néia né?
Néia: Sim, te conheço aqui da Vila.
Gilda: Me indicaram você como costureira.
Néia: Escuta, agora eu não posso atender, meu marido está passando mal.
Gilda: O Juvenal? Nossa senhora, precisa de alguma coisa?
Néia: Vou abrir pra você.
Gilda: O Juvenal já fez um frete pra mim com aquele caminhão que ele tinha uma vez, sabia que ele estava doente, mas o que aconteceu?
Néia: Ta sangrando no lugar que fez uma cirurgia, ele tem câncer no intestino, amor? Juvenal? Segure esse pano aqui com força.
Gilda: Meu Deus ele está branco!
Néia: Não deixe ele se mexer, vou pegar algumas roupas.
Gilda: A ambulância vai demorar, não?
Néia: O que podemos fazer? Não temos carro, o vizinho não está.
Cerca de 20 minutos depois, a ambulância chegou.
TELEMARKETING
Renan estava tendo um baixo desempenho no trabalho, derrubava várias ligações, quando deu a hora de ir embora ele sentiu um alívio.
Renan: Só quero ir pra casa chorar, vamos Paula?
Paula: Renan, vamos direto pra faculdade, chega de chorar pelo traste.
Quando estavam saindo Paula recebeu a ligação de Néia.
Néia: Ele teve uma hemorragia, estamos indo para o hospital.
Paula: Não acredito meu Deus!
Néia: Se puderem vir pra cá, acho que é grave.
Paula: Claro, o mesmo hospital né?
Néia: Isso.
DELEGACIA
Policial: Visita pra você. – Ele abriu a cela e acompanhou Giovani.
Giovani: Quem é você?
Kayte: Sua advogada, sente, vamos conversar.
Giovani: Quem te mandou aqui.
Kayte: O Anderson, é o seguinte, nossa, como você é bonito! Mas a questão é, se você quer sair daqui rápido, não pode dizer de forma nenhuma que o Anderson pediu pra você levar a droga.
Giovani: Como é?
Kayte: É isso mesmo, diga que você comprou de qualquer um lá em Colombo, iria levar pra vender em Florianópolis, vamos montar a versão que você vai dizer exatamente para o delegado.
Giovani: Entendi, pode falar, eu vou confirmar tudo isso aí.
HOSPITAL
Renan e Paula chegaram e encontraram Néia na sala de espera.
Renan: E então? O que houve?
Néia: Levaram para a emergência, estava com falta de ar.
Renan: Mas o que aconteceu Néia?
Néia: Não sei, ele estava em casa e começou a sentir uma dor na barriga, no lugar que fez a cirurgia começou a sangrar, ele foi ficando branco.
Paula: Meu Deus do céu.
Néia: Agora é rezar né pra nada aconteça, eu vou ter que ir em casa pegar uns documentos meus que acabei esquecendo nessa correria, já volto.
Néia saiu do hospital em direção ao banco.
Néia: Dessa vez ele não volta pra casa, ainda bem que eu tenho a senha do cartão dele.
Néia chegou no caixa eletrônico achando que iria sacar tudo.
Néia: Limite do dia, R$ 500 reais? Que inferno viu, vou tirar um extrato.
Néia viu que que tinha uma quantia muito maior na poupança.
Néia: Vou tirar esse restante da corrente depois de meia-noite e programar essa transferência de R$ 4.000 da poupança para minha conta, cai amanhã. – Ela pensou.
APARTAMENTO DE CÉSAR
César: Você fica tão gostosinho nesse uniforme do colégio.
Kauan: É o último ano.
César: O que vai fazer depois? – Ele disse abrindo uma cerveja e entregando a Kauan.
Kauan: Eu queria falar com você sobre isso, tava pensando em fazer um cursinho pré-vestibular, quero entrar na faculdade ano que vem.
César: Você acha que não aprende o suficiente no colégio?
Kauan: Ah colégio público né, e eu matava muita aula pra jogar bola, César por favor, precisava que você desse um jeito de pagar.
César: Pode deixar, eu pago, e a sua CNH hein?
Kauan: Vou procurar pra dar entrada essa semana, fiquei meio avoado esses últimos dias.
César: Como tá se sentindo depois de terminar o namoro?
Kauan: Mais aliviado, pelo menos agora não to enganando ninguém.
César: Agora vai ser só meu.
Kauan: Ah não viaje, vou comer altas minas por aí, sabe que sou hétero né?
César: Kauan, desse jeito eu também sou hétero, casado com mulher.
Kauan: É diferente, você gosta de levar, eu só como.
César: Ah ta, enfim, isso não importa, como tá a mamadeira aqui. – Ele disse pegando no pau do novinho.
Kauan: Cheia de leite.
HOSPITAL
Na hora da visita, Renan e Paula entraram para ver o estado de saúde do pai, debilitado na cama.
Renan: Como ele está?
Enfermeiro: Ele vai ser encaminhado para UTI.
Paula: Para a UTI de novo? Aí não.
Juvenal: Filhos, que bom que estão aqui. – Ele mal conseguia falar.
Renan: Pai, não force a voz.
Juvenal: Posso não voltar dessa UTI.
Paula: Não fale besteira pai.
Juvenal: Eu queria dizer uma coisa.
Renan: O que foi pai?
Juvenal: Vocês... vocês tem um irmão.
Renan: Que? Quem é?
Juvenal: Aquela foto no quadro de você pequeno...
***Renan começou a encaixotar as coisas, a casa de seu pai era uma bagunça, ele tinha passado alguns momentos da infância ali antes de ir morar com a mãe quando eles se separaram. No meio de tantas coisas, uma foto dele criança, seu pai e outro menino chamou atenção.
Renan: Acho que eu tinha uns 6 anos aqui, mas e esse outro aqui? Pai vem cá – Ele chamou
Juvenal: O que foi Renan?
Renan: Quem é esse menino da foto?
Juvenal: Sei lá, deve ser um daqueles vizinhos da outra casa, brincava com você quando era pequeno***
Juvenal: Ele está em com você. – Ele fechou os olhos.
Paula: Nãooo.
Enfermeiro: Por favor, se retirem, ele vai para UTI.
Os irmãos deixaram a sala chocados com a revelação, mas a preocupação maior era a saúde do pai. Horas se passaram, Renan estava acabado, por ter perdido o namorado, a descoberta que tinha um irmão e também a saúde do pai, sua cabeça estava a mil.
Renan: Vou buscar um café.
Néia: Traga um pra mim por favor.
Renan tinha bloqueado Samuel em todas as redes sociais, ele não sabia o que tinha acontecido com Giovani que não respondia suas mensagens.
Enfermeira: Os parentes de Juvenal Albini Ramos? Podem me seguir por favor.
Renan, Paula e Néia caminharam até um outro corredor com algumas cadeiras.
Enfermeira: Ele apresentou uma crise na respiração mais cedo e perdeu muito sangue no rompimento da cirurgia. Ele foi levado para UTI nessas últimas horas para ser acompanhado em todo instante, aplicado medicação, mas nenhum sinal de melhoria, o seu Juvenal acabou falecendo.
***Renan correu em direção aos braços do pai, devia ter uns 5 anos, estavam num parque.
Juvenal: O que você vai querer comer hein garotão? Está com fome né?
Renan: Eu quero sorvete pai.
Juvenal: Vamos lá então. – Ele carregava o filho no colo***
***Professora: Parabéns Juvenal, seu filho foi o melhor da turma no concurso de redação da quarta série, deve estar orgulhoso né? E aqui estão as notas do boletim, o Renan é um excelente aluno.
Juvenal: Parabéns meu filho, ele é o meu orgulho. – Ele disse abraçando o filho***
Néia cuidou da burocracia da liberação do corpo, ela percebeu que os filhos estavam abalados de mais pra isso.
Néia: Está tudo certo, vamos pra casa nos preparar para o velório
Renan: Vou ligar pra mãe.
Marta estava em casa quando o celular tocou.
Marta: Renan, meu filho! Que saudades.
Renan: O pai faleceu mãe.
Marta: Meu Deus do céu, não acredito, agora?
Renan: Sim mãe, to aqui no hospital com a Paula.
Marta: Meu amor, eu vou pra aí, que Deus o tenha, vou aí pra cuidar de você!
Renan: Tá bom mãe, pode vir.
Renan avisou seus amigos do que tinha acontecido, já estava tarde da noite quando ele chegou em casa onde seria o velório. Gilda, Jéssica e Kauan estavam ali esperando.
Jéssica: Renan, eu sinto muito! – Ela abraçou o amigo.
Gilda: Néia, sei que não é fácil, também já passei por isso querida.
Jéssica: Paula me dá um abraço aqui amiga.
Kauan também deu um abraçado em Renan.
Kauan: Meus pêsames.
Néia: Vamos entrar, daqui a pouco a família chega.
Gilda: O velório vai ser aqui?
Néia: Sim.
Gilda: Poderiam ter me avisado, eu falava com o padre pra ele ficar lá na igreja.
Néia: Ainda dá tempo?
Paula: Mas ele nem frequentava a igreja.
Néia: Juvenal tinha formação católica, melhor que ficar aqui.
Renan: Eu acho que o velório tinha que ser aqui, na casa dele.
Néia: Renan pare, vai vir muita gente, muita correria aqui, tem gente que acha que velório é uma festa, Gilda fale com o padre, se ainda der fazemos o velório lá, é só avisar o plano funerário.
Gilda: A igreja é mais confortável.
Renan: Tudo bem, eu não vou discutir por isso.
O corpo chegou na igreja quase no fim da madrugada. Tristes, Renan e Paula foram consolados pelos amigos. Marta e Ademir chegaram pela manhã cedo.
Marta: Meus filhos estamos aqui com você!
Renan: Mãe, que saudades!
Ademir: Renan, ele descansou agora.
Paula: Só a gente sabe como esse câncer foi matando ele aos poucos.
Marta olhou Juvenal no caixão e olhou para Néia. A ex e a atual se fuzilaram com os olhos. No enterro, Camila e Guilherme também foram prestar apoio.
Guilherme: Acho péssimo vir em cemitério.
Camila: Fiquei com muita pena, eu ainda tentei ajudar fazendo a vakinha, mas Deus quis assim, deve ser horrível perder o pai.
Guilherme: Ainda bem que doutor César tá vendendo saúde.
Renan abraçou Camila e Guilherme, ele estava triste, mas estava bem na medida do possível, ele não acreditou quando viu Lucas e Samuel de longe no cemitério.
Renan: O que estão fazendo aqui? FORA!
Camila: Mas o que é isso?
Lucas: Renan, por favor.
Renan: Não fale comigo.
Samuel: Eu sinto muito.
Renan: Sente porra nenhuma, eu tenho nojo de você Samuel e ainda vem aqui acompanhado desse vagabundo.
As pessoas não estavam entendendo a situação.
Jéssica: Vai dar merda.
Samuel: Você está nervoso.
Renan: Você parece que veio tirar com a minha cara numa péssima hora. – Ele cuspiu na cara do ex-namorado.
Samuel: Melhor eu ir embora.
Marta: Mas o que é isso? Quem são eles? Por que isso Renan.
Renan: Eu te odeio Samuel, eu te odeio Lucas.
Lucas: Tá histérica.
Renan: Eu vou meter a mão na sua cara.
Jéssica e Kauan seguraram Renan.
Marta: Filho, pare!
Lucas: Seu filho não aceita que perdeu o namorado.
Renan: Como você pode ser tão baixo e falar isso no velório do meu pai?
Marta: Namorado?
Renan: CHEGA, QUE INFERNO, SUMAM DAQUI, É ISSO MESMO MÃE, EU SOU GAY E QUE SE FODA.
CONTINUA...
Mais um capítulo gente, @Abduzeedo Néia e Juvenal moravam na cidade de Califórnia no início, eles se mudaram para Curitiba no primeiro capítulo. Desculpem se alguma coisa ficou meio confusa, comentem aqui embaixo para que eu possa melhorar nos próximos capítulos. Ótima semana a todos!