Ele estava visivelmente excitado. Juntos no sofá, não parava de se esfregar em meu corpo enquanto eu assistia à televisão. Não queria me demonstrar receptiva posto estar assistindo ao meu programa, embora não possa negar, sem inferir em desonestidade, que senti-lo daquela forma, duro, roçando minhas coxas, me excitava de uma maneira inexplicável.
Aquele desejo todo, tão desvelado por mim, por si só, já me causava intenso furor.
Sabia que queria devorar-me e eu estava disposta a me deixar ser devorada.
Ainda assim eu o desprezava.
Empurrava, afastava com as pernas, com os braços, ria-me e pedia para parar. Ele parava, mas voltava a me procurar, desesperadamente, depois de algum tempo e então, lá estava ele, novamente roçando seu membro duro nas minhas pernas. Podia sentir naquela tensão toda, sua excitação. Melava-me as coxas, depois lambia-me a virilha e novamente eu o afastava.
Quando notava que começava a se cansar de tentar, eu o provocava. Abria e fechava minhas pernas, lentamente, como num convite velado para a diversão. Ele fitava meus movimentos por um instante, como que admirado e, aos poucos, aproximava-se mais uma vez. Logo estava no meio de minhas pernas, cheirando e lambendo minha vagina, outra vez.
Segurava-lhe a cabeça e pressionava contra minha buceta, esfregando a. Minha sanha.
Lambia-me como quem chupa a um picolé. Com a língua solta e em movimentos repetitivos. Perdia a concentração quando sua língua ou seu nariz frio engatavam entre os lábios da minha vagina e alisavam-me o grelo, de baixo para cima, suavemente, umidificando toda minha região íntima. Sentia-me encharcando por dentro enquanto ele me preparava por fora.
A forma como parecia me saborear me fazia ter esguichos internos que podia sentir. Assistir ao meu sabor sendo apreciado por aquela boca me atiçava. Ele também expressava apreciar os gemidos que, apesar de contidos, vez ou outra eu deixava escapar. Sua excitação aumentava ainda mais com eles e eu aproveitava da reação para usá-los estrategicamente num jogo de sedução.
Duas da manhã. Desligo a televisão, tiro-o do meio de minhas pernas. Arranco a camiseta básica, branca, de dormir, que vestia, me viro e me ponho de joelhos no sofá. Fico de quatro e dou alguns tapinhas convidativos no bumbum. Ele chega apressado, um tanto desengonçado, até que monta e engata na buceta.
Sinto rapidamente seu pau comprido e rijo me penetrando. Posso apreciar, por um instante, cada centímetro escorregando para dentro de meu corpo, roçando as paredes da minha vagina até me preencher o ventre.
Ele começa a meter. É forte e rápido. Ouço sua respiração arfante. Quase não consigo me concentrar em meus pensamentos. Sinto o entrar e sair daquele cacete duro, parece entrar com bola e tudo, mas sinto elas também, batendo com firmeza no meu grelo. Me assusto de início, mas logo noto que é uma sensação inigualável.
Preciso conter os gemidos, dado ao horário e a situação, mas não é fácil. A sensação de prazer é intensa, fenomenal. Eles escapam e quanto mais eu gemo, mais ele mete e mais gemidos escapam.
De repente, uma estocada. Grito. Ele se empolga, mete mais rápido por um tempo, depois termina. Não gozei. Saio lambuzada para a cozinha, sou seguida. Pego um copo d’água. Ele parece já me esperar. Vou para o quarto bebendo, com ele a tira colo. Estendo um edredom no chão, coloco o copo sobre o móvel e fico de joelhos no piso, em cima do edredom, debruçada na cama, com olhar sedutor, para testar sua reação. Confesso que na realidade, foi mais amável do que eu esperava daquele delicioso devorador. Limpou-me, com a língua, antes de novamente montar sobre meu quadril. Dalí, não foi só mais uma gozada. Foram duas, três... E ele se recuperava incrivelmente rápido de cada uma e em pouco tempo estava pronto para mais uma, incansável.
Quando gozava, deitava-se sobre minhas costas, sem sair de dentro. Eu podia senti-lo esguichar enquanto cravava o pau inteiro, devagar na minha xoxota mais algumas vezes. Depois tirava e eu escorria.
A partir da terceira eu comecei a curtir, a sentir excitação em ficar melada daquele esperma, de ter ele escorrendo pelas minhas coxas e a querer cada vez mais ficar preenchida, ser recheada por ele, e assim foi.
Dado momento, pelo crepúsculo da manhã, fiquei de pé, subi e deitei na beira da cama, com as pernas para fora. As abri e ele, sem hesitar, encaixou-se de frente para mim. Segurei seu pau e masturbei.
Pensei como era incrível ainda estar duro daquele modo, depois de tantas, e me pus a rir. Ele me olhou com feição de interrogação. Disfarcei e continuamos. Coloquei-o dentro de mim mais uma vez e segurei nas suas costas. Ele metia mas já metia mais devagar que no início. “Me arrependi de não ter gozado antes, vou querer de novo.”, lembro de pensar. Mas aos poucos, mesmo devagarinho, puxando o pelas costas, vou chegando ao meu orgasmo e gozo, mas gozo de me escorrer de excitação, de perder os sentidos, de cair de lado na cama e só recuperar o senso após alguns minutos. Eu não gemo, eu grito de prazer e de furor: “Ahhhhi!”. Tanto que preocupa-me espantar os vizinhos. Todos por aqui sabem que em nosso apartamento só vivemos eu e meu cachorro, Theo.
Ele me limpa mais uma vez e desmaio de sono na cama.