Inconsequentes - Encontros, Intenções e Confusões - CAP. 15

Um conto erótico de HugoDenver
Categoria: Homossexual
Contém 1493 palavras
Data: 12/09/2019 13:32:10
Última revisão: 13/09/2019 16:44:30

AVISO: CALMA, CALMA, CALMAAA...

Se você ainda não leu os primeiros capitulo, recomendo que faça a leitura antes de prosseguir e entender o contexto.

RECADO DO AUTOR: Oi Pessoal, como vocês estão? Primeiramente, desculpa a ausência. Comecei a morar sozinho em outra cidade e o trabalho me consumiu muito tempo. E como um jovem adulto descobrindo as dificuldade dessa nova etapa da vida, eu acabei não conseguindo dar continuidade. Revisei os capitulos anteriores e arrumei as númerações, acho que agora está certo. Fiquei muito feliz com os comentários de vocês, vou me dedicar mais para não deixar inacabado. Mais uma vez muito obrigado.

Episódio 15 - A Noite caiu triste.

Parecia o começo de um belo romance, Rafael e Danilo estavam bem, na verdade fazia apenas algumas horas que estavam juntos, era quase 28 horas junto, exatamente mais que um dia, mas se sentiam felizes. Mas algo ainda estava vazio, Danilo não tinha contado a verdade a Rafael.

Desde do começo Danilo sabia que Rafael era o Imperador, Rafael era o cara do app que ele tinha conversado um dia antes de conhecê-lo. Fazia tanto tempo, de certo Rafael nem se lembrava mais de BoyDeBoa, mas era algo que tinha feito com que todos os jogos, verdades, olhares, tudo estava rodeado aquela história. Era fácil ganhar um sorriso agora, mas será que valeria a pena Danilo falar toda verdade, mostrar a Rafael que ele resistiu e além até de resistir, ainda fugia descaradamente, fugia sempre que sentia medo, sentia desespero, sempre que algo estava indeciso. Depois de muito tempo para pensar, naquela tarde de quase um dia de felicidade, era a hora de Danilo finalmente abrir o jogo da verdade com Rafael.

Estavam mais uma vez no quarto de Danilo, na casa deste, porta trancada, Rafael deitado sobre o tórax de Danilo. Estava tão tranquilo, nem sequer falavam, Danilo fazia carinhos de leve na cabeça de Rafael, que retribuía aos carinhos beijando o peitoral do namorado, que estava sem camisa.

- Rafa, você sabe que eu quero te pedir em namoro? – Disse Danilo, pausadamente, estava um pouco cansado.

- Ah, é? E por que não pede? Tem medo de ter o pedido recusado? – Rafael falou em meio a um sorriso sarcástico e apaixonado. Levantando a cabeça e dando um beijo rápido em Danilo.

Danilo riu sem graça. Rafael voltou ao seu antigo “travesseiro” o peitoral de Danilo.

-É que ainda temos um assunto... Para ser explicado... – Danilo tentava manter o tom de voz sereno, não queria quebrar o clima ou deixar Rafael nervoso.

- Acho melhor fazer isso, quando você estiver com alta. - Disse Rafael, colocando um ponto final naquele assunto.

Danilo ficou calado por alguns segundos. Fechou os olhos, lembrou-se da primeira vez que viu Rafael, nem sabia que ele era o Imperador. Ainda se lembrava do relógio caído no chão, da mochila vermelha.

- Espero que esse assunto não seja suas mulheres... Alias, você precisará enfrentar a fúria da Gabriela ainda – Disse Rafael intrigado com o semblante aflito de Danilo.

Rafael riu, Danilo ergueu a cabeça do namorado e o beijou:

- Não existem mulheres mais em minha vida, existe você. Preciso conversa com a Gabriela mesmo, ela estava estranha...

Rafael sentiu-se feliz, estava com os olhos cheios de lágrimas, não acreditava que tudo aquilo estivesse acontecendo. O que o Rafa mais esperava era sua primeira noite com Danilo. Essa já tinha uma data programada, assim que o médico liberasse.

Passaram alguns dias, era o meio de tarde quando o celular de Rafael tocava. Era o número da casa de Danilo.

- Alô, Rafa? – Danilo falou tentando conter a surpresa no tom de voz.

- Sim, é o amor da sua vida falando – Respondeu Rafael, feliz com a ligação de Danilo.

Rafael estava caminhando para sua casa, passava por uma praça da cidade, muito movimentada, tinha acabado de sair da faculdade.

- Será?... – Danilo deu risada e continuo – É talvez seja mesmo. Eu tenho uma notícia para você... – continuo tentando fazer surpresa.

- Tenho certeza ... – Afirmou Rafael rindo.

- Noticia boa? Deixa me adivinhar... você teve alta? – Continuo Rafael, não contendo a felicidade em sua voz.

- Sim, quero te ver agora. Quero te encontrar. A onde te pego? - Danilo disse abrindo um sorriso.

- Estou na Praça das Nações - Respondeu Rafael rapidamente, sentido cada célula do seu corpo enrijecer com toda aquela felicidade.

- Em 5 minutos estou ai, Am... Rafa – Responde Danilo desligando o celular.

Rafael sentou-se em um dos bancos da praça, para uma tarde de sexta-feira a praça estava bem movimentada, muitas pessoas passavam por ali, Rafael estava distraído, pensando como aquelas últimas duas semanas de com Danilo estavam sendo mágicas, afinal de contas mesmo que ficassem apenas aos beijos, era tudo o que mais Rafael queria, sentir o amor de Danilo.

Um carro, de vidros escuros parou e a janela se abriu:

- Ei Imperador, quer uma carona ? – Disse Danilo, abaixando o vidro do passageiro.

Rafael sorriu, era Danilo, que desde o acidente de moto, tinha optado por andar de carro, talvez fosse até melhor do que andar de motos, Rafael tinha criado um trauma após o acidente, jurando nunca subir em uma.

Rafael observava Danilo, que estava de óculos escuro, abriu a porta e sentou-se no banco do carona. Danilo envolveu o pescoço de Rafael com seu braço direito. Podia sentir o aroma do perfume de Rafael, sentir a sua respiração ofegante. Cada pedaço do corpo de Danilo desejava Rafael, seus lábios se tocaram e para Danilo era a mesma sensação do primeiro beijo. Podia sentir a eletricidade do contato percorrer seu corpo. Seus lábios se tocavam, poderiam fazer isso para sempre. As mãos de Danilo percorreram, o corpo de Rafael lentamente, ele queria explorar o corpo de Rafael.

- E para onde vamos? – Rafael interrompeu o beijo, se afastando de Danilo. Lembrando-se que estavam em um local público.

- Para um lugar especial – Respondeu Danilo, os dois se olharam e seguiram viagem de mais ou menos meia-hora. Estavam indo à direção a fazenda dos pais de Danilo, durante sua infância ele sempre passava os finais de semana neste local, tinha inúmeras boas lembranças e queria que aquele momento fizesse parte delas.

- Quero te fazer muito feliz, conversei com a minha mãe... – Danilo comentou.

O coração de Rafael parou com a frase de Danilo. Ele apavorado perguntou:

- Conversou o que com sua mãe?

- Sobre nós... Achei que ela teria uma reação diferente, mas na verdade ela aceitou tranquilamente. Ela disse que sempre achou minhas relações vazias com as garotas que eu apresentava. Ela também falou que desconfiou que eu estivesse com você. Ela só disse para que sejamos felizes, sem ligar para os outros. – Danilo falava tranquilamente, estava feliz com os rumos que sua vida tomava. Rafael sorriu. Danilo estava sem camisa, ainda com algumas cicatrizes do acidente, mais com o belo corpo de sempre. Mas tinha algo que martelava ainda na sua cabeça, ele precisava ter certeza que não teria mais surpresa.

- E aquilo que você queria me falar naquele dia no seu quarto, que era? – Rafael perguntava com medo da resposta que estaria por vir.

Danilo sentiu-se triste, ainda não tinha dito a verdade a Rafael, de que ele era o BoyDeBoa.

Pegou o celular e discou o número de Rafael, Rafael não conseguia entender o que Danilo pretendia, foi quando ouviu o celular e pegou dentro da mochila vermelha. O identificador de chamada mostrava:

BoyDeBoa chamando...

Rafael sentiu seus olhos se fecharam, uma dor esmagadora acertou o seu peito. Tentava a todo o custo conter suas lagrimas. Respirou fundo.

- O que significa isso? Me fala Danilo? – Rafael questionava, enquanto lagrimas começavam a brotar em seus olhos.

De certo, Rafael havia mudado muito, em outro momento naquela situação ele já estaria aos berros, mas agora falava calmo, com os olhos cheios de lágrimas.

- Rafa, eu descobri quem era você a um tempo, eu consegui associar você com o imperador. Faz alguns meses, na verdade.

Rafael não acreditava no que ouvia. Desligou o celular, olhou para Danilo:

- Me leva pra casa? – Suspirou, sem palavras.

- Rafa... Não faz isso comigo, achei que você já sabia quem eu era... Isso é passado – Danilo tentava argumenta, não imaginaria que o garoto agiria assim.

Rafael ficou quieto, estava triste, fraco, não conseguia pensar, a noite caia lá fora, Danilo parou o carro:

- Não te falei antes por que eu tinha medo...

- E eu não Danilo? – Rafa respondeu quase inaudível, entre seu lagrimas, mas não alterava a voz, Danilo ao contrário, tinha caído em desespero.

- Acho que não temos mais por que falarmos disso. Preciso ir para casa, pensar, refletir, e ver se ainda vale apenas continuar nesse jogo todo. Eu não queria te amar Danilo e eu não escolhi isso para mim. Desculpa, mas é muito para mim, por favor, se sente algo por mim, me leva para casa?

O carro deu a meia volta e seguiu viagem de volta para a cidade. A viagem seguiu silenciosa, Rafael chorava apenas olhando uma chuva que começo a cair atrás da janela, enquanto Danilo dirigia chorando também.

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Comentários

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NOSSA, COMO O PASSADO PREGRESSO PESA NÉ? MAS SINCERAMENTE NÃO VI MOTIVO NENHUM PARA O DRAMA DE RAFAEL. SE HOUVE ERROS FORAM DOS DOIS E NÃO APENAS DE DANILO. PASSADO SERVE APENAS PARA AVALIAR O PRESENTE E PLANEJAR O FUTURO. NÃO DEVIA SER UTILIZADO PARA PUNIÇÃO. E ESPERO QUE A PARTIR DE AGORA NÃO EXISTAM DE FATO MAIS SEGREDOS ENTRE ESSES DOIS. SEM CONTAR QUE DANILO SEM DÚVIDA TINHA TODOS OS MOTIVOS PRA ESCONDER TAL FATO. TINHA ATÉ NAMORADA. ENTÃONÃO PODE SER TOTALMENTE RESPONSABILIZADO. AVANTE. TORÇO POR VC DANILO.

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passado deve ficar no passado para viver o presente

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