Entregas Especiais – Capítulo 9 – O Viúvo me Fodeu Depois do Enterro

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 1280 palavras
Data: 15/09/2019 16:20:03
Última revisão: 16/09/2019 20:41:38

Acordei assustada, segundos depois dei-me conta que estava em minha cama e no silêncio do meu quarto. "Ufa! Foi só um pesadelo". Pensei sentindo um alívio enorme, mas o meu coração voltou a acelerar ao ouvir batidas em minha porta.

— Quem é? — gritei sem sair da cama.

— Investigador Freitas do departamento de homicídios.

“Caralho, fudeu!” Fiquei receosa. Não sabia o que era pior: se os meus pesadelos mantendo vivo em minha mente os detalhes macabros daquele crime, ou acordar com a polícia batendo em minha porta. Tentei manter a calma, aquele investigador já esteve na loja fazendo perguntas e sabia que me procuraria. Só não esperava que fosse assim de surpresa em minha residência.

Caminhei até à porta e abri só uma fresta, visualizei o homem pardo, de barba curta e bigode, uns quarenta anos de idade e corpo sarado. Mostrou sua identificação de policial.

— Bom dia! — senhorita Deisiane Santos?

— Sim.

— Gostaria de lhe fazer algumas perguntas sobre a sua patroa.

— Pois não, o que o senhor quer saber?

— Eu poderia entrar, por favor? — tomarei só alguns minutos do seu tempo.

— Só um instante, moço, eu vou me vestir.

Encostei a porta e vesti o robe por cima do pijaminha. Depois o convidei a entrar e a sentar-se no pequeno sofá. Ele se desculpou por ter vindo cedo e me acordado, mas ele queria ter uma conversa individual comigo, fora da loja. Pegou um caderninho de notas e uma caneta.

— Quando foi que você viu a senhora Luana pela última vez?

Ele já tivera a minha resposta quando esteve na loja e entrevistou a todos, principalmente o patrão, nossa resposta foi quinta-feira. Talvez ele quisesse analisar qual era a minha reação. Dizem que bons policiais sabem quando o depoente está mentindo.

— Na tarde de quinta-feira da semana passada — respondi.

— Por acaso você percebeu se ela estava nervosa, angustiada, com comportamento diferente do que você costumava ver?

— Pra mim ela estava normal, séria como sempre.

— Você sabe sobre a relação dela com o marido, o Sr. Edgar, e se eles brigavam?

— Não que eu saiba, eles conversavam pouco na loja, são muito reservados, mas se dão bem.

— Você viajou para o litoral com o seu patrão no fim de semana anterior, não foi?

Mais uma vez não adiantaria mentir, ele já ouvira do Edgar que estivemos juntos na casa da praia por três dias. Ele disse para não mentirmos, pois a polícia poderia fazer o levantamento das chamadas dos nossos celulares e saberiam das nossas conversas antes de viajarmos e também da localização dos aparelhos durante aqueles dias sinistros.

— Sim, passamos três dias em uma casa de praia.

— Na praia de Maresias?

— Sim, foi.

— Tinha mais alguém na casa com vocês?

— Não, senhor, só nós dois.

— Vocês estão tendo um caso?

— Magina, moço… desculpe… policial, o patrão é como um pai pra mim, ele sabe que estou sempre sozinha e a gente gosta de conversar. Somos só amigos.

“É sempre a mesma história, basta um rostinho bonito, uma bunda novinha e peitinhos durinhos aparecerem se oferecendo para que o marido fiel esqueça os votos de fidelidade e corra atrás de uma aventura.” Pensou com sarcasmo o policial.

— Você mora aqui sozinha?

— Sim, senhor.

— Não precisa me chamar de senhor — falou tentando ser simpático.

— É alugado, né?

Respondi que sim.

— Desculpe perguntar, mas quanto você paga de aluguel?

— Eu pago $1.100 com o condomínio, água está incluso.

— E você consegue bancar isso trabalhando de entregadora?

— Sim, consigo, eu ganho boas caixinhas dos clientes da loja.

— E os seus pais, moram por perto?

No dia anterior, o Jaime, em sua conversa reservada com o investigador Freitas, havia contado detalhes sobre a Daisy: sua origem, a relação carinhosa com o patrão, também que não queria ser registrada, etc e tal.

Mais tarde, no distrito, o policial se inteirou do caso de atropelamento no RN. Oficialmente tomou conhecimento de que não havia mais queixa contra a garota.

Ele não introduziu o assunto durante aquela conversa na casa da jovem.

— Eu não conheci meu pai, a minha mãe era solteira e me deixou com meus avós no interior do Rio Grande do Norte e sumiu no mundo. Eu era apenas uma recém nascida. Não tem muito trabalho em minha cidade, então vim sozinha para trabalhar e futuramente estudar em São Paulo.

— Por hora é só isso senhorita Deisiane.

— Pode me chamar de Daisy, por favor — quer tomar um café? Eu faço rapidinho.

— Não, obrigado, Daisy, fica para a próxima vez. Provavelmente voltaremos a conversar.

Enquanto ele caminhava em direção à porta, tirou um cartão do bolso e me deu.

— Caso você se lembre de algo que tenha visto ou ouvido e que ache importante, por gentileza, não exite em me ligar.

Aff! Assim que fechei a porta comecei a me questionar e a tremer igual vara verde: “Ai meu Deus! Quanto tempo ainda irá durar essa tortura? Será que ele suspeita de mim? Claro que sim, né? E aquele meu papo de pai e filha… me deu até vergonha. Está mais que na cara que eu e o patrão somos amantes. Mas a pergunta que vale um milhão de dólares: será que conseguirão provas que incrimine a gente?” Pensei cheia de medo.

As lembranças sobre nossos procedimentos para ocultação das provas continuavam em minha mente: fizemos uma limpeza minuciosa na casa da praia logo após ensacarmos o corpo, o homem disse para usarmos desinfetante à vontade por todos os cômodos.

— Tá precisando mesmo, sua mulher fede pra caramba, credo! — falei inocentemente.

Ele sorriu pela primeira vez desde o momento trágico ocorrido pela manhã, depois explicou que o desinfetante era para camuflar as manchas de sangue no caso de peritos da polícia procurarem as mesmas pela casa.

O cheiro do desinfetante era agradável, porém, tornou-se enjoativo depois de algum tempo inalando aquilo. Ainda sinto enjoo ao lembrar do odor. Ao voltarmos de um banho de mar no sábado, o calor daquele final de tarde estava sufocante, evitei ficar no interior da casa, o cheiro estava embrulhando o meu estômago. Deitei em uma espreguiçadeira nos fundos, ao lado da piscina, precisava dormir um pouco. Havia dado uma cochilada na praia, mas não chegou nem perto de recuperar o sono perdido e o desgaste com o trabalho que tivemos com a ocultação do cadáver na última noite.

O Edgar não me deixou dormir de imediato, grudou em mim cheio de más intenções e foi me despindo entre carícias e sussurros. O viúvo não ouviu meus pedidos para deixar-me descansar, também nem respeitou um tempo decente para que o defunto da ex esfriasse por completo, sentou na espreguiçadeira e colocou-me sentada em seu colo com as pernas abertas e encaixou o seu sexo no meu. Tombei a cabeça em seu ombro e praticamente adormeci sentindo meu corpo subir e descer durante aquela transa comandada por ele.

O homem chegou ao orgasmo, mas não parecia satisfeito. Pegou-me nos braços e deitou-me em um colchão inflável, próprio para piscinas, que estava no gramado. Senti o desconforto do seu gozo da primeira pegada escorrendo do meu sexo. Ele se aninhou atrás de mim e penetrou minha vagina molhada. Suas bombadas brutas pareciam ser um castigo por eu o ter metido nessa roubada.

Não curti a pegada, não estava nem um pouco a fim de transar. Cochilei com ele ainda dentro de mim, de conchinha e me abraçando. Estava esgotada e apaguei de vez.

Acordei quando o dia começava a clarear, doida pra fazer xixi. Estava no quarto e na cama. Meu sono foi tão profundo que nem percebi quando ele me carregou para dentro.

Continua…

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 111Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

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