Meu nome é Eduardo, tenho 37 anos, sou casado e tenho filhos; me considero plenamente hétero atualmente, embora na minha juventude, todas as minhas primeiras experiências sexuais tenham se dado com outros garotos e rapazes mais velhos, algumas até com homens adultos, sem que isso tenha me tornado homossexual, pelo contrário: acredito que essas experiências foram importantes para definir claramente a minha preferência por mulheres, mesmo eu tendo provado o que é fazer sexo com outros homens, e somente acho que isso contribuiu para me tornar uma pessoa mais completa e mais realizada.
Na época em que cresci, final dos anos 80, início dos 90, era bastante comum que os garotos fizessem suas primeiras masturbações juntamente com os amigos, irmãos e primos, até mesmo com a orientação e a ajuda dos menores pelos mais velhos, isso porque era tão difícil conseguir pornografia naquele tempo, que a punheta era quase sempre era uma atividade em conjunto, tirando, é claro, aquelas vezes em que o garoto se sentia tão excitado que conseguia só fechar os olhos e se masturbar com o poder da imaginação; mas via de regra, quem quisesse descascar a banana olhando fotos de mulher pelada, precisava encontrar com outros rapazes, isso porque geralmente cada um só tinha uma ou duas revistinhas, os mais sortudos tinham uma meia dúzia, e logo a gente enjoava das mesmas fotos e queria ver o material que o outro tinha.
Partindo dessa primeira etapa de masturbação em conjunto, era muito comum a nossa mente associar as imagens daquelas lindas e gostosas mulheres nuas das páginas das revistas à presença dos nossos companheiros de punheta, aquela ambiguidade de peitos, bunda e xoxotas nas fotos e, na vida real, pirocas e bolas; isso sem contar os outros sentidos, como o olfato que era invadido pelo cheiro de rola, ah aquele aroma inconfundível, e ouvir o som do seu amigo ou seu primo socando o pau com a mão enquanto você fazia o mesmo com o seu definitivamente facilitava uma abertura para experimentar o desconhecido.
Não vou dizer que todos os homens da minha idade tenham se rendido e provado do fruto proibido na juventude da mesma forma que eu fiz, mas tenho certeza que isso era muito mais comum naquela época do que é hoje em dia, embora o preconceito fosse muito mais comum antes do que agora; isso pode parecer estranho, mas é bem fácil de compreender depois que a gente para pra pensar nos fatos: no passado a gente experimentava muito mais, só que não queria assumir nem aceitar as "viadagens" que a gente fazia como parte da nossa identidade, afinal elas eram só "deslizes" que a gente cometia em momentos de tesão irrefreado e logo se arrependia deles. Hoje em dia as pessoas falam muito mais em aceitação, só que praticam muito menos.
Outro fator que contribuía muito para a experimentação entre garotos era o fato de que as meninas eram obrigadas a ser muito mais recatadas; não se aceitava que elas tivessem namoro muito cedo e sexo casual só era permitido por aqueles pais mais modernos, o que fazia com que rapazes tivessem sempre muito desejo reprimido, e mesmo aqueles que tinham namoradas nem sempre encontravam alívio com elas, devendo buscar uma satisfação dos impulsos eróticos com seus companheiros de bronha, num verdadeiro rito de passagem, o que se revela bem mais conveniente para fazer somente entre meninos, uma vez que a perda das virgindades masculinas não deixa nenhuma marca física duradoura, enquanto que a perda do hímen pode ser um abalo muito grande para uma menina, especialmente considerando que várias delas se recusavam a usar absorventes do tipo O.B. para não perderem o cabacinho.
Só para evitar que me interpretem de forma leviana, preciso repetir que não é todo homem da minha geração que chegou a consumar atos homossexuais de mais consequência com seus parceiros de masturbação, e com isso quero me referir a sexo oral e/ou anal, contudo é certo e pacífico que a grande maioria fez ou recebeu uma punhetinha de outro, e quem for da minha idade e disser que nunca passou por isso, ou está mentindo, ou simplesmente era daqueles excluídos sem muitos amigos, que nunca formaram laços estreitos e que não praticavam aquilo era a principal atividade da vida social de um adolescente saudável e bem relacionado daquela época.
O fato de um rapaz fazer uma "mão amiga" com o outro, ou seja: tocar punheta para um amigo, e/ou deixar que o amigo toque para ele, era, para muitos, o limite mais extremo que eles estariam dispostos a sair das suas zonas de conforto da heterossexualidade, e muitos deles encaravam tal situação como um "fundo do poço", como o efeito do desespero causado pelo desejo heterossexual insatisfeito que extravasava em perversão gay, de modo que vários deles resolviam "dar um jeito" na sua vida e começavam a investir mais no diálogo com as mulheres e a melhorar sua aparência e atratividade física para finalmente arrumarem a sua namorada dos sonhos, o que no final das contas eu acho muito saudável, apesar de ser um exagero o rapaz ficar com tantas crises de consciência só por pegar numa piroca, ou deixar que outro pegue na dele.
Diferentemente para outros, que não se levavam tão a sério assim e não ficavam tão perturbados com algo tão simples (e eu me incluo entre esses), a realização da mão amiga era algo que apimentava ainda mais a visualização conjunta de pornografia e, mais ainda, servia como prática para as intimidades com as meninas; ou não é extremamente comum sabermos de situações em que rapazes inexperientes se melam todos de ejaculação precoce só de terem seus membros manipulados pela primeira vez por uma mulher? E isso se trata de pura falta de hábito de sentir o toque alheio no seu genital, o que deixa a pessoa cheia de neuroses e hipersensível, suscetível a gozar com qualquer estímulo básico, fazendo um papel verdadeiramente vergonhoso nos encontros sexuais mais importantes de sua vida.
Por isso acho que todos os rapazes, sejam gays ou hétero, que queiram ter uma vida sexual plena e bem saudável, devem sempre fazer as primeiras descobertas eróticas entre amigos, de maneira que possam praticar e corrigir seus erros sem o trauma da ridicularização proveniente de um potencial interesse insatisfeito, e assim partirem com mais segurança para os efetivos relacionamentos sérios, em que tudo tem mais importância e um impacto muito mais duradouro.
Como já antecipei, eu mesmo sempre fui daqueles que eram mais abertos à exploração do prazer de várias formas, e que não se limitavam nas expressões de intimidades entre o mesmo sexo só por medo dos tabus sociais ou de qualquer outro complexo inculcado pela religião, moral ou bons costumes, o que não quer dizer que eu fosse nenhum revoltado contra os valores tradicionais, muito pelo contrário: eu sempre os respeitei em público, mas nunca tive medo de quebrar esses mandamentos em particular, com os meus parceiros.
Por isso mesmo que aquela infame "mão amiga", que para muitos era o fim de um hábito masturbação em grupo, para mim foi só o começo de uma jornada de experimentações cada vez mais ousadas e excitantes, que me levaram a provar os atos lúbricos mais diversos, envolvendo múltiplos parceiros, às vezes vários de uma só vez, e resultando na expansão do meu horizonte de prazer, descobrindo uma infinidade de delícias que o sexo pode proporcionar, dando e recebendo, comendo e sendo comido, chupando e sendo chupado, dominando e sendo dominado, até que finalmente, quando encontrei a mulher que seria a minha esposa, eu já estava pronto para levar uma vida de fidelidade conjugal, após ter explorado uma variedade enorme dos prazeres da carne.
A minha primeira mão amiga foi com dois amigos queridos, Hélio e Thales, colegas de classe que me convidaram para ver uma simples revistinha de mulher nua na casa de um deles, e que me ensinaram a prática da masturbação, que até então eu só fazia sem alcançar o gozo; foi com eles que senti pela primeira vez o delicioso toque de outrem no meu pequenino membro imaturo, e também foi a primeira vez que segurei os pênis de outros garotos, jamais esquecendo aquela sensação toda nova de envolver seus falos rijos e quentes com os meus punhos, manipulando com um misto de cuidado e de vigor cada piroca, conforme eles me pediam que eu os levasse ao clímax.
Hélio, Thales e eu nos tornamos companheiros inseparáveis e, por mais que isso possa parecer incomum nos dias de hoje, não nos sentíamos diminuídos nas nossas masculinidades por conta das nossas práticas masturbatórias mútuas, muito embora nós mantivéssemos sempre tudo muito secreto, assim como também o faziam todos os demais rapazes que punhetavam uns aos outros entre quatro paredes, mas que se aclamavam os grandes machões em público e até mesmo faziam piadas e brincadeiras que hoje em dia seriam consideradas homofóbicas; o fato é que todos, ou quase todos pegaram no pau de um amigo, de um primo, de um irmão, ou deixaram que estes pegassem em seus paus. E ninguém deixou de ser homem nem de ser hétero por causa disso.
E as combinações entre nós três para nos encontrarmos após a aula e nos masturbarmos juntos eram sempre a coisa mais singela, normalmente bastava um de nós comentar que tinha conseguido arranjar uma revistinha nova, ou às vezes Thales tinha a forma mais direta de perguntar "E aí, vão lá em casa hoje?", ao mesmo tempo em que fazia um movimento rápido de vai e vém com o punho fechado, indicando visualmente qual seria a atividade para a qual nos encontraríamos, tudo isso no mais puro clima de amizade e sem nenhum resquício de homossexualidade, porque afinal, apesar de gozarmos com a mão um do outro, nós sempre o fazíamos olhando fotos de mulheres nuas, e eu não sou daqueles que considera masturbação conjunta como sexo.
E, muito embora três garotos trancados num quarto, um pegando no pau do outro, aspirando aquele perfume de rola e sentindo o esperma pegajoso lambuzando a mão de cada um possa ser algo muito sugestivo e conducente ao sexo, na realidade, Hélio, Thales e eu não progredimos espontaneamente para as práticas sexuais,o que só acabou acontecendo quando um de nós (eu) teve contato com alguém mais experimentado para aprender novas possibilidades.
Isso aconteceu quando o meu primo mais velho do interior, Helder, veio para minha cidade prestar vestibular (já que naquele tempo os exames eram individualizados por universidade, e não nacionalizados como hoje) e ficou uma semana e pouco hospedado no meu quarto (já que ele prestaria provas em dois fins de semana seguidos, para duas universidades), oportunidade que ele aproveitou para testar o seu poder de persuasão pedindo para que eu tocasse punheta para ele (o que ele conseguiu com facilidade, visto que eu já estava acostumado a essa prática com os meus amigos e dela gostava bastante) e a chupar o seu pau (o que para mim era uma novidade completa).
Devo confessar que ele não teve muita dificuldade em me convencer a lhe pagar o tão famigerado "boquete", e que isso me causou uma certa vergonha do tipo "O que vão pensar de mim se descobrirem", pois eu tinha a plena consciência de que estava deixando a minha índole curiosa me levar a fazer um ato que seria reprovado por muitos, senão todos, e que teria a minha reputação indelevelmente manchada caso o fato daquele ato viesse a público (e só muito depois eu vim a compreender que o meu primo seria o primeiro interessado a manter em sigilo absoluto a chupeta que eu fiz nele, porque nas experimentações sexuais entre rapazes hétero, por mais que aquele que chupa ou dá seja mais recriminado, aquele que é chupado ou come passa por um perdedor, incapaz de conseguir uma mulher para o satisfazer, que precisa recorrer a um outro corpo masculino, de um "viadinho", o que, por certos pontos de vista, pode parecer até mais vergonhoso do que aquele que faz as "viadagens" por prazer).
Isso sem contar o receio que eu sentia de estar me "comprometendo" para sempre: um medo irracional de que o simples fato de eu fazer um boquete no meu primo me levaria a "virar" gay, e estar fadado a só me relacionar com homens, ser discriminado, cair em desgraça e ser rejeitado pela família, tudo porque eu passei dos limites e cheguei a praticar um ato que era irremediavelmente homossexual e do qual não haveria retorno.
Mesmo assim, a minha personalidade aventureira falou muito mais alto do que qualquer temor ingênuo poderia, e acabou prevalecendo a curiosidade de experimentar, ou ainda melhor: de provar, já que atender ao pedido do meu primo Helder seria literalmente descobrir um novo sabor, aprender a usar a minha boca para algo inteiramente novo e excitante; toda uma nova gama de possibilidades!
Foi então que não relutei muito em ajoelhar no chão, defronte o meu primo Helder, que estava sentado na minha cama com o pau pra fora, e obedientemente abocanhar aquele seu membro rijo, atendendo cuidadosamente às suas instruções no sentido de cobrir os meus dentes com os lábios a fim de não lhe arranhar a glande sensível, e saborear pela primeira vez um apetitoso pênis, aquela dualidade gostosa de maciez e rigidez, aquele cheiro tão característico de macho, que é sempre tão parecido, mas que também sempre tem algo de único (e depois eu vim a experimentar alguns mais), o volume pulsante do membro na minha boca, o contato molhado da minha língua com a cabecinha do pau, as cócegas dos pentelhos no meu nariz, até finalmente receber os jatos quentes de esperma salgadinho e viscoso, apresentando a minha língua a uma explosão de sabor e textura riquíssimos até que eu engolisse o líquido nutritivo.
Um belo pênis deve ser apreciado oralmente como uma iguaria fina, que só os paladares requintados podem fazer jus, um verdadeiro banquete para os sentidos; e foi com o meu primo Helder que eu aprendi degustar esses ricos sabores, durante uma semana e dois fins de semana que ele passou na minha casa, treinando a minha boca quase que diariamente, embora sem a devida liberdade, já que precisávamos fazer nossas sessões de masturbação e sexo oral no escuro e em silêncio, para não levantar a suspeita dos meus pais.
Ao final da estada do meu primo lá em casa, eu pus em prática o meu aprendizado com meus amigos Hélio e Thales, e aí sim eu tive a oportunidade de desenvolver com mais profundidade as minha habilidades orais, apresentando um novo nível de prazer aos meus dois companheiros de masturbação, de uma forma que eles não imaginaram que algum dia eu proporcionaria a eles, muito menos espontaneamente, como eu fiz (porque sim, tenho que assumir que fui eu que tomei a iniciativa de me propor a pagar boquete para eles, sem esperar nenhuma retribuição).
Mas isso é assunto para um próximo relato, caso os queridos leitores demonstrem a curiosidade...