(Parte 4/5: Na aldeia)
PROTEGIDAS PELO VÉU ESCURO DA NOITE, SILHUETAS indígenas rastejavam-se silenciosas na direção da fogueira onde dormiam tranquilos Bob e Johnny Wally. O farfalhar proveniente da movimentação era ínfimo, quase inaudível, mas existente. Em pouco, os caçadores pularam sobre os parceiros ainda sonolentos, capturando-os no final.
Foram levados à aldeia durante todo o resto da madrugada. Era noite de lua minguante. Johnny, amordaçado e atravessado num cavalo em trote lerdo, acordou de repente, com um índio a lhe apalpar descaradamente a bunda dolorida, rindo. O pintor, de pés e punhos amarrados, mal podia se mexer; apenas grunhir.
Viu Bob nas mesmas condições num outro cavalo mais à frente. O louro ainda estava desacordado. Preocupou-se. "Que farão conosco esses selvagens?" ― indagou-se, temendo pelo escalpo e pelo traseiro. Logo pensou em Bob. "Se esses malditos tocarem num só fio de cabelo de Bob, mato-os sem pensar!" ― concluiu, cego de raiva da possibilidade dos índios ferirem o seu companheiro, por quem era fascinado.
Na aldeia, antes de escalpelar as presas, os guerreiros podiam estuprá-las, em suas tendas. Era tradição entre os comanches. Como o líder do bando que havia capturado Johnny e Bob era o mesmo índio, Lobo Grande, a este era concedido o privilégio de penetrar o traseiro dos dois, um por vez, antes de entregá-los ao poste da tortura. O louro foi escolhido para ser primeiro estuprado pelo índio, contudo, Johnny protestou. Ofereceu a sua bunda britânica e gorda para livrar a do louro amado. "Faça comigo, mas deixe ele!" ― gritava o pintor, decidido.
Escolheram-no, afinal. Johnny foi levado a uma tenda junto de Lobo Grande. Lá foi despido e lubrificado de óleos essenciais. A penetração selvagem começou e, junto dela, seus gemidos agudos que percorriam as extensões da aldeia assustando as indiazinhas e suas mães.
Com Johnny de pernas abertas para o ar, deitado no chão, o índio mandava ver no rabo do pintor sem dó!
***
NUMA TENDA AO LADO, BOB DESPERTOU E, BUSCANDO nortear-se, ouviu os gemidos chorosos do companheiro.
― Diabo! Que maneira estranha de torturar! ― comentou Bob consigo. ― Não quero que ferrem o meu rabo como estão fazendo com esse inglês marica! Tenho que dar no pé, agora!
Bob começou a pestanejar no escuro de sua tenda. Logo apareceu uma jovem e bela índia. "Preciso mijar!" alegou o louro, roçando as pernas nervosamente. A índia compreendeu o gesto e levou o bandoleiro para fora da tenda, à orla da aldeia. Abriu-lhe o zíper, envergonhada. Bob, no entanto, com as mãos atadas às costas, nada pôde fazer para pôr o pau pra fora da roupa. Pediu, com olhar profundo e piedoso:
― Por favor, liberte-me! Preciso mesmo fazer isso ou vou molhar as calças!
A índia, encantada com a aparente inocência do azul luminoso dos olhos do bonito louro, lhe ia liberando as mãos do nó das cordas quando surgiu um guerreiro comanche, interrompendo-a. "Diabos! Esse maldito vai estragar meus planos", pensou Bob, irritado com aquela aparição.
― Que há aqui? ― perguntou o indígena, apartando a moça de Bob.
― Ele só queria urinar... ― explicou ela, inocente.
― Então, deixe que ele consiga ― concluiu.
― Não consigo tirar pra fora o meu pênis ― interveio Bob, olhando os dois.
O índio aproximou-se do louro, devagar. Sempre a encará-lo nos olhos, arregaçou suas calças e tirou-lhe o pau pra fora dela. Quando olhou para aquilo que tinha nas mãos, exclamou, surpreso:
― Hamatsa! ― disse o varão guerreiro.
A índia, que também viu com espanto o pau comprido do bandido, mesmo que flácido, também deixou escapar esta palavra:
― Hamatsa, o deus da fertilidade!
― Que diabos é isso? ― inquiriu Bob, deixando a urina evadir-se sem intimidar-se com os olhares espantados.
― Segundo as sagradas escrituras ― explicou o índio ―, um homem bem dotado quando surge nas aldeias deve espalhar sua fertilidade nas moças virgens, pois tem na alma e no corpo o espírito reprodutivo de Hamatsa, o deus da fertilidade; e seus descendentes, se bem treinados, vêm a ser os mais fortes guerreiros para as aldeias onde nascem. Temos que anunciá-lo ao cacique e ao xamã como o mensageiro fértil de Hamatsa.
Assim fizeram. Conduziram Bob, ainda de mãos amarradas às costas, à tenda de Cavalo Feroz, o líder da tribo. Lá, junto do feiticeiro, o índio que surpreendera Bob baixou as calças do louro, de uma só vez, causando espanto nos anciãos.
― Hamatsa! ― exclamou o xamã. ― Libertem-no! Não podemos fazê-lo prisioneiro, sendo o mensageiro do deus da fertilidade!
Soltaram-no imediatamente. O louro entendeu que poderia, com aquilo, deflorar a inocência de algumas jovens moças e, no fim, ir embora sem sofrer represália por parte dos índios. Um sorriso bonito e criminoso estampou seu rosto jovial, e seus olhos azuis faiscaram.
O ancião Cavalo Feroz, abrindo um sorriso que lhe enrugou as extremidades da cara e erguendo o braço na direção do louro, disse:
― Tem o membro robusto e forte suficiente para fertilizar quantas das nossas virgens quiser. ― E, com um aceno, ordenou ao mesmo guerreiro que conduziu Bob: ― Rápido, Olhos de Cervo, escolha dez virgens bem afeiçoadas e ordene que se deitem com o mensageiro de Hamatsa!
O índio sumiu por entre as tendas e escuridão. Ainda ouvia-se a voz lamentosa de Johnny Wally, passivo de Lobo Grande. Bob foi levado a uma outra tenda, maior e mais confortável. Lá, esperavam-no as dez virgens, frágeis e femininas, como ordenado. No rosto do pistoleiro um sorriso felino surgiu ao vê-las, como o predador que observa a indefesa presa.
"O branco tem sorriso bonito", cochichou uma delas à outra, em língua nativa, sorrindo de volta para o bandoleiro. Bob, vendo o medo e o fascínio das moças para com sua beleza, tirou a camisa, insinuando-se, percorrendo as mãos ágeis pelos músculos inchados do corpo. Tirou o cinto, olhando para a própria virilha, e abaixou as calças...
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Conclui no próximo capítulo. Me conta o que cê achou, ok?
Ah, e também tô lá no WATTPAD. Sou o @BlascoJesus