Saí, a festa era a mesma coisa de sempre. Desabafei para os meus amigos sobre a situação, omitindo algumas partes. E todos nós concluímos que seria melhor eu me mudar, que estava mais do que na hora de ser independente e deixar minha mãe ser independente também. Antes mesmo de voltar para a casa da festa, eu procurei anúncios de casas e apartamentos à venda pela cidade, em outras, em outros países – eu estava decidido.
Ao chegar, era tarde, quase de manhã, e a luz do quarto deles ainda estava acesa. Eu estava um pouco bêbado, mas ainda com noção. Estava tudo silencioso. Na sala, vi que as coisas estavam bagunçadas, algumas latas de cerveja, um cinzeiro, bitucas de cigarro e, como o cheiro evidenciava, de maconha. Do lado do sofá, vi o colar que Marcos usava, a bermuda, a cueca. Perto disso, a “roupa” da minha mãe: uma calcinha rosa toda enfeitadinha.
Eu cheguei mais perto. Eles deviam ter estado ali 20 ou 15 minutos atrás. Dava pra sentir o cheiro de sexo e o cheiro do meu padrasto – era o mesmo cheiro que o corredor tinha antes de eu sair de casa. Imaginei o que poderia ter rolado ali e fiquei irritado com a ideia. Ao mesmo tempo, sentia certo nervosismo, certa excitação com tudo aquilo. Novamente no corredor, vi que a luz agora estava apagada, um silêncio pela casa toda.
Troquei de roupa e desci só de samba-canção.
Sentei-me no sofá, peguei a bituca de maconha do cinzeiro e acendi. Eu fumava pouco, quase nunca. Ver a erva ali à disposição atiçou minha vontade.
Apaguei o cigarro depois de me sentir chapado. Eu ia mesmo me mudar. Mas agora, neste exato momento, o que eu poderia fazer? Dormir. Sim, daqui a pouco.
É que, ao apoiar a mão no sofá e me ajeitar, eu senti o colar gelado dele tocar minha mão e me arrepiei, pois novamente lembrei do tamanho dele, do olhar, da tatuagem. “Marcão”. Falei bem baixinho, quase sem som, mas gostei da sensação. Pouco ou nunca me imaginei nessa posição. Algumas pessoas, as mais safadas, me chamavam no aumentativo. Eu, ao contrário, nunca me coloquei nessa situação. Só que eu imaginei a situação ali e não foi nada desprazerosa. Eu lambi minha boca e, de alguma forma, o cheiro dele ficava no ar. Não pude deixar de me perguntar se era isso que minha mãe sentia. Sem pensar muito, eu me abaixei e peguei a cueca e a bermuda do Marcos.
Meu coração batia forte, estava uma tensão no ar. Será mesmo que todos estavam dormindo? A sensação de que ninguém acordaria me ajudou a levar a cueca, a bermuda e a corrente do Marcos –e calcinha da minha mãe – lá para cima e me trancar no quarto.
“Marcão”. Pensei nisso de novo quando senti o cheiro de suor de pau na cueca dele. Que coisa louca que eu senti! Pensei em tanta coisa, mas imaginei principalmente como seria um homem desses me tratando daquele jeito como tratou minha mãe. Que situação…
Eu mantive um tempo a cueca no meu nariz. Vesti a corrente dele, senti o peso. Me masturbava, apertando meu pau branco na mão e me olhando no espelho. Eu me via como alguém submisso naquela situação, e não conseguia parar de me imaginar sendo possuído por tamanho macho.
Eu ia me mudar e ia atrás de um cara assim, que curtisse comer outro cara como eu e esculachar. Deitei-me pelado, de bruços, e a cueca dele no meu travesseiro ficou soltando cheiro de suor e pau no meu nariz. Sentia um tesão enorme, me esfregava na cama, mordia minha boca, tentava não gemer, mas às vezes soltava um gemido baixo, bem discreto.
— Marcão. — Eu sussurrava.
A bunda empinada, a cara enfiada na cueca, um tesão enorme. Estava com a corrente do Marcão no pescoço e a cueca dele na cara; só assim eu me sentia possuído. “E aí, gostosa”. Imaginei ele me chamando assim, igual chamou minha mãe, e um frio correu pela minha espinha, uma excitação, um nervosismo, uma vontade. Eu passava as mãos pela corrente, fazia barulho de fungadas, até melava a cueca dele com a língua curiosa pra conhecer o sabor daquilo tudo.
Esse seria o meu maior segredo. Guardaria só para mim. Estava trancado no quarto, ninguém abriria a porta, ninguém saberia o que eu estava fazendo.
Por isso eu vesti a calcinha que eu trouxe junto às roupas do Marcão. Era muito apertada, meu pau nem cabia nela, e minha bunda ficou toda marcada pelos fios que apertavam a pele. Eu puxei pra cima e atolei bem no meu rabo.
Eu vesti e fingi que ele estava ali. Provoquei empinando o rabo, cheirando a cueca dele e puxando o fio da calcinha pro lado, piscando o cuzinho para o espelho.
Deitei-me na cama de pernas abertas, de franguinho. Molhei meus dedos. A cueca do Marcão estava na minha cara, cobria parte dela, e o local onde o macho guardava o caralho estava no meu nariz. Minha mão puxou o fiozinho da tanguinha pro lado; a outra molhou minhas pregas. Eu mordia e lambia a boca, imaginando como seria os dedos dele no meu cuzinho assim, e a boca, e o pau… Abafei um gemido na primeira dedada. Eu mexia o quadril, rebolando nos meus próprios dedos. Meu pau estava duro, escapava da calcinha, mas o tesão todo vinha do meu cu. Um dedo, dois dedos, três. Lembro da cena, Marcão tem um pau grosso. Então meti três e brinquei ali, abertinho. Me vi no espelho: vestido de calcinha, uma cueca na cara, corrente no pescoço e dedo no cu. Senti muito tesão em saber que eu poderia me soltar assim.
Então estiquei minha mão e puxei uma das minhas raquetes de tênis. Passei o cabo pelo meu rosto imaginando ser a rola do meu padrasto. Beijei o cabo. Lembrei da cena do Marcão pelado, me excitei. Melei o cabo com saliva. Babei bastante. Pensei sentir o Marcão no meu ouvido me chamando: “Ôh, gostosa!”. Aquilo me alucinou. Encaixei o cabo da raquete na porta do cuzinho, e o fiozinho a calcinha botei de lado. Eu enfiei fundo no meu cu. Atolei tudo porque era assim que eu pensava que aquele macho metia. O cabo da raquete não era tão grosso, por isso não senti tanto desconforto quando soquei de uma vez. Pelo contrário, eu adorei. Abri mais as pernas, inclinei um pouco os ombros e a cabeça, segurei com as duas mãos a raquete e comecei a meter e tirar rápido. Revirei os olhos, precisei conter os gemidos que queriam sair livremente. Só que, ali, eu não podia chamar a atenção.
Continuei aquela perversão, bêbado e chapado, doido de tesão no rabo, pensando milhões de coisas com aquele suposto padrasto que minha mãe arrumou.
Padrasto delícia. Me sujeitou, sem nem saber, àquilo tudo.
Fiquei de quatro e soquei a raquete no meu rabo; depois botei ela de pé entre dois travesseiros e me sentei em cima, quiquei como pude.
— Que delícia. Marcão. — Sussurrei novamente aquele nome gostoso, como se ele estivesse ali. Babava na cueca dele. Com certeza esse macho me comeria com muito mais força, me bateria na cara, me chamaria daquelas coisas todas “gostosa!”, “vagabunda!”, “safada!”. Vinha tudo aqui pra mim, eu me arrepiava inteiro. Há algumas horas eu não imaginava que seria uma dessas vagabundas, desses viadinhos que oferecem fácil o rabo para os machos que veem por aí. Agora isso tinha se tornado meu principal objetivo. Se não fosse com o namorado da minha mãe, que fosse algum cara assim, nesse estilo, um sacana desses, rústicos, que exalam testosterona por onde passam, que fazem qualquer uma ficar bamba, esses folgados gostosos.
Eu precisei morder a cueca babada do Marcão quando gozei sem encostar no meu pau. Gozei pelo cu, curtindo o cheiro de macho vindo da cueca dele e me sentindo uma puta vestindo a calcinha da minha mãe. Gozei umas três vezes com a raquete no cu e a imaginação a mil. Me melei inteiro. Depois caí cansado na cama e apaguei sentindo o cheirão da cueca dele na minha cara e a calcinha pequena da minha mãe marcando minha pele.
[continua]
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