O Centurião Romano cavalgava pela pradaria gelada da Nortúmbria, vagando entre destinos de uma terra conquistada a custa de muito sangue e suor; ele observava aquela terra inóspita e destituída de alma pensando nas centenas de companheiros que caíram ante o inimigo, apenas para satisfazer a fome de conquista dos poderosos. No fundo de seu coração, o que ele queria mesmo era estar em Roma, junto de seus amigos, saciando sua sede com todo o vinho que seu soldo podia comprar, e aliviando sua virilidade impetuosa nos recheados prostíbulos da cidade baixa, que ofereciam toda espécie de prazer proibido e desconhecido.
Repentinamente, o silvo de uma flecha cortando o ar, sacou o guerreiro romano de seus pensamentos, impondo-lhe a reação rápida característica dos homens forjados na batalha; ele se desviou da peça, fintando seu corpo e saltando de sua montaria, protegendo-se com o escudo curto e sacando a gládio que pendia em seu cinturão; em posição de defesa, suas olhos argutos prescrutaram o horizonte, buscando a origem do ataque surpresa.
Mais uma vez, outra flecha cortou o ar, mas, felizmente, a pontaria do agressor não foi tão fortuita quanto o primeiro golpe; Petrônio, o centurião, colocou-se em posição de combate, esperando pelo próximo golpe; e enquanto ele examinava o terreno, uma montaria surgiu vindo das árvores mais ao fundo do lado oeste da pradaria; o cavalo, um belíssimo exemplar do cavalo de batalha de pelo negro brilhante e enormes patas que, em movimento, fazia com que os cascos levantassem tufos congelados de vegetação morta, tornando seu movimento ainda mais ameaçador, trazia sobre si uma mulher!
Petrônio, por um momento, ficou surpreso ao constatar que seu oponente era uma mulher; mas, ele bem sabia que estava na Nortúmbria, terra das tribos celtas, onde as mulheres eram tão ou mais corajosas que os homens, razão pela qual ele se recuperou rapidamente da surpresa, preparando-se para enfrentar sua agressora; ele aguardou o momento certo, e quando a montaria ficou a uma distância onde não haveria para onde recuar ou realizar manobras evasivas, Petrônio tomou mão do escudo longo que estava alojado em sua montaria, ajoelhando-se e esperando para desferir o contra-ataque.
Assim que o enorme cavalo pareou com ele, e a amazona inclinou-se girando sua espada na direção do centurião, Petrônio levantou seu escudo, enquanto, ao mesmo tempo, golpeava a anca dianteira do cavalo que relinchou quase em um gemido, sentindo o ferimento que o fez dobrar-se violentamente, caindo e arremessando sua montaria para longe.
Petrônio, então, levantou-se para verificar o resultado final de sua defesa; de um lado a montaria jazia no solo, emitindo um som que mais parecia um choro estridente; de outro, a celta também jazia sobre um pequeno morro de neve, destituída de sua espada, tentando, por todos os meios, recuperar-se do golpe para um revide. O centurião aproximou-se da montaria e constatando que ela havia quebrado uma das patas dianteiras; o romano, apiedando-se do belo animal, ergueu sua cabeça e com um golpe com o cabo de seu gládio sobre a testa do animal, deu fim ao seu sofrimento.
Em seguida, ele caminhou até a guerreira que ainda jazia de bruços sobre o monte gelado; tinha o corpo coberto por uma pele de urso e seus cabelos negros como a noite mesclavam-se aos pelos de sua vestimenta incomum. Petrônio inclinou-se, puxando-a pelo ombro; e qual não foi sua surpresa ao perceber que a mulher trazia em uma das mãos uma adaga longa, escondida por sob seu corpo, pronta para desferir um golpe mortal.
O guerreiro romano, acostumado com as ações traiçoeiras dos inimigos tribais daquela ilha, impediu a agressão, segurando o pulso dela com firmeza, puxando seu braço com rapidez violenta, impedindo o ataque e fazendo com que a guerreira girasse dolorosamente o corpo sobre seu próprio eixo, caindo de lado, estatelando as costas sobre o chão frio.
Ofegante, ela não conseguia reagir, encontrando-se sob o domínio do romano; Petrônio observou a guerreira por um instante, quedando-se arrebatado por sua deslumbrante beleza; além dos longos cabelos negros, ela era dona de um lindo rosto, que mesmo enlameado por barro seco e a indefectível tinta azul da pintura de guerra celta, não perdia sua rústica beleza tribal, insinuante e inquietante. Por um momento, o calejado guerreiro legionário romano, viu-se enredado pela beleza e sensualidade natural de sua oponente.
Seu busto desnudo, de tamanho médio e muito firme, com mamilos intumescidos pareciam um convite ao mais delicioso dos pecados imaginados por sátiros libidinosos, rendidos nas orgias ao deus Dionísio; apenas uma minúscula tanga de couro cru servia de proteção às suas partes íntimas, cujo delineamento também consistia em obscuro convite ao prazer.
Recobrando-se do estado de letargia causado pela enorme beleza de sua agressora, Petrônio incumbiu-se de mantê-la imobilizada, prendendo suas mãos com tiras de couro de carneiro e grilhões de ferro com pesados braceletes em seus pés. Depois, olhou ao redor buscando por sua montaria; foi até ela, trazendo-a para próximo de sua prisioneira que, ainda zonza, foi jogada sobre a cela como se fosse uma carga.
Preferindo não sobrecarregar seu cavalo Petrônio optou por caminhar deixando que sua prisioneira não fosse obrigada a caminhar com grilhões em suas pernas; ele bem sabia como era ser prisioneiro; em sua juventude foi condenado às galés, com grilhões ferindo sua carne e o chicote do feitor rosnando em sua pele ensanguentada …, ninguém merece um destino como aquele.
O tênue brilho solar da tarde esvaía-se lentamente, enquanto um vento gélido soprava vindo do norte, anunciando que o manto da noite estava prestes a cobrir toda a terra; Petrônio apertou o passo, pois pretendia chegar até o posto avançado de vigília da Nona Legião, onde encontraria abrigo, comida quente e algum vinho. E muito antes que a escuridão se tornasse senhoria do firmamento, o centurião viu o brilho das fogueiras que cercavam o posto de vigília mantido por um grupo de legionários.
Manteve a jovem celta presa a um tronco com alças de ferro e foi até a intendência a fim de obter algo para comer; alimentou-se, sorvendo leite ao invés de vinho; livrou-se do cinturão e colete de combate, indo ter com sua montaria; escovava pacientemente o animal quando ouviu uma gritaria vindo do centro do acampamento; e qual não foi sua surpresa ao ver um grupo de lanceiros hostilizando sua prisioneira.
Tomado por uma ira atroz, o centurião lançou mão de um machado de guerra, atirando-o na direção do tronco; ao verem a lâmina da arma quase rasgar o tecido robustecido do tronco quedaram-se em silêncio, observando a aproximação do soldado graduado. Petrônio repreendeu a eles, com tom de voz enérgica e autoritária; dizia que a jovem prisioneira não era um animal para ser tratado daquela forma, e que eles tinham coisas mais importantes a fazer; com gestos modulados, ele dispersou a horda de guerreiros que, mesmo insatisfeitos, acharam por bem obedecer ao superior.
Petrônio e a jovem entreolharam-se e depois de um breve intervalo de tempo ele caminhou até ela, libertando-a do aprisionamento no tronco; soltou os grilhões que prendiam as pernas da jovem e conduziu-a até uma tenda que servia de alojamento provisório para os viajantes que se dirigiam para a Muralha de Adriano que ainda estava em construção.
Dentro dela, havia uma fogueira confinada que tornava o ambiente morno e agradável; havia comida quente e fresca e água; o centurião ofereceu comida e bebida para a jovem que devorou tudo como um animal esfomeado; finda a refeição ela olhou para o romano esperando que ele dissesse alguma coisa. Petrônio, deu-lhe as costas, e foi para trás de um biombo de onde retornou vestindo uma túnica de lã, trazendo outra nas mãos, que lhe ofereceu, já que ficara desnuda após o assédio dos lanceiros.
-Vou soltar suas mãos – ele disse, em tom firme – Mas, se tentar qualquer coisa, eu a golpeio e voltarás para o tronco …, estamos entendidos?
A jovem transmutou o olhar, tornando-se mais receptiva, acenando com a cabeça em concordância com a proposta do soldado estrangeiro.
Petrônio quis saber mais sobre ela e a razão de seu ataque solitário; a jovem, protegendo sua intimidade com a pele de urso que lhe fora restituída, disse que seu nome era Kailah, filha de um chefe tribal que situava-se mais ao norte da localização das guarnições romanas; contou que havia se desgarrado de seu grupo de caçadoras e que ao ver o centurião, sua primeira reação foi o ataque.
-Embora eu não me arrependa do que fiz …, você mostrou-se muito bom para mim – ela finalizou sua narrativa com certo tom de arrependimento.
Petrônio condoeu-se da situação da jovem que realmente parecia dizer a verdade; disse, então, que ela poderia dormir ali, junto dele, como forma de evitar um novo assédio dos lanceiros lotados naquele posto de vigília. “Faz muito tempo que eles não tem uma mulher …, especialmente, uma tão linda e tão jovem”, arrematou o centurião, virando-se para o lado e ajeitando-se como era possível na maca de campanha coberta de peles.
Kailah olhou ao redor e não demorou a concluir que o melhor a fazer era acomodar-se próximo do romano, aproveitando o parco espaço que sobrava sobre a maca para descansar e recobrar um pouco de suas forças; em minutos, a jovem guerreira celta viu-se nos braços do mestre dos sonhos.
Havia uma brisa fria soprando para dentro da tenda, que mesmo aquecida pela fogueira confinada, acabava por tornar o ambiente mais frio; Petrônio acordou ao sentir os braços de Kailah em torno de si, demonstrando que ela também estava com frio; ele sentiu um arrepio percorrer sua espinha e uma excitação involuntária dar sinais de vitalidade inesperada; um pouco hesitante, ele virou-se sobre a cama, ficando de frente para a jovem guerreira celta e retribuindo o abraço recebido.
A madrugada ia alta quando o centurião sentiu algo incomum …, uma excitação crescia em seu interior, e havia uma sensação …, uma deliciosa sensação; as chamas da fogueira estavam difusas, deixando o ambiente imerso em uma penumbra que mostrava apenas sombras e silhuetas. Ele abriu os olhos e não viu Kailah; repentinamente, uma sensação explodiu em seu corpo; ele olhou para baixo e teve a visão mais impressionante de sua vida!
A jovem guerreira celta estava entre as pernas do romano e segurava em uma das mãos seu falo duro e rijo como pedra que doía ao pulsar; ela o manuseava com extrema habilidade, e sem aviso, meteu-o dentro de sua boca, passando a sugá-lo e cuspi-lo de maneira lenta e cadenciada, elevando a intensidade do gesto de modo paulatino. Petrônio não conseguia acreditar no que seus olhos viam! A fêmea de olhos profundos saboreava o enorme caralho detendo-se, vez por outra, na glande inchada, aplicando-lhe movimentos circulares, chegando a espremê-la com a língua, gesto esse que levava o centurião aos píncaros de uma excitação sem limites.
Deixando-se levar pela situação, o calejado guerreiro, acariciou os cabelos sedosos da jovem, incentivando-a a prosseguir em sua carícia profunda; em dado momento, tomada por um arroubo insensato, Kailah subiu sobre o corpo de Petrônio e o ajudou a livrar-se da túnica que ainda cobria parte de seu corpo. Quase que hipnotizada, Kailah olhou detidamente em cada uma das cicatrizes que cobriam o peito e também os braços musculosos de seu parceiro, passando a beijá-las uma a uma, numa clara demonstração de carinho e também de desejo.
Com a mesma incrível habilidade de antes, Kailah começou a gingar sua cintura, permitindo que sua vagina roçasse o membro viril de seu parceiro, esfregando com movimentos bem cadenciados; Petrônio sentiu aquela carícia arrepiar toda a sua pele, deixando-o ainda mais excitado. Olhos nos olhos, enquanto a jovem celta também se livrava de sua túnica, exibindo seus lindos seios com mamilos intumescidos, implorando para serem saboreados; Petrônio não perdeu tempo e abocanhou cara um deles, alternando-os em sua boca ávida.
Com a mesma destreza que já demonstrara, Kailah moveu sua pélvis de tal modo que sua vagina pudesse engolir o membro duro de seu parceiro, o que se deu assim que ela sentiu a glande roçando a entrada; ela, então, fez com que sua cintura baixasse a pélvis, permitindo que a penetração se desse com imensa perfeição e profundidade; ao sentir-se preenchida pelo membro viril do romano, a jovem celta não perdeu tempo, iniciando movimentos de sobe e desce sobre o mastro que enchia sua vagina, ao mesmo tempo em que não permitia a Petrônio que se descuidasse de seus mamilos.
Petrônio, tomado por tal estado de êxtase, saboreava o momento em que possuía Kailah, acariciando suas nádegas e incentivando-a a intensificar ainda mais os movimentos pélvicos …, e foi nesse clima de absoluta luxúria, que a celta experimentou seu primeiro orgasmo, que foi comemorado profusamente, com gemidos e gritos de imenso prazer.
E depois dele, outros se seguiram, cada um mais caudaloso que o anterior, esvaindo as forças da jovem que somente prosseguia com os movimentos corporais porque assim o ordenava as mãos do romano apertando sua cintura e fazendo com que ela subisse e descesse sobre seu membro que não dava sinais de arrefecimento …, afinal, há muito que o romano não saboreava uma jovem mulher cujo desejo parecia não conhecer limites.
Ao longo daquela noite, o casal mudou de posição por várias vezes, até que o romano fez com que a jovem ficasse de quatro, penetrando-a por trás; embora Kailah não apreciasse aquela posição, já que denotava uma certa submissão inadmissível em sua cultura, em seu âmago, ela não podia esconder de si mesmo o quanto prazer lhe era propiciado, razão pela qual ela quedou-se submissa à vontade de seu parceiro, cujo afã ainda era muito sôfrego e desmedido.
Em dado momento, Petrônio parou de golpear, deixando seu membro dentro das entranhas da jovem; ela olhou por sobre o ombro e viu o olhar quente e faiscante do seu parceiro, denunciando que ela ainda tinha muito prazer para lhe conceder …, e foi nesse clima que o romano insaciável, sacou seu membro da vagina de Kailah, roçando a glande inchada em outro orifício que piscava com certo temor.
A jovem olhou para ele, demonstrando um misto de receio, salpicado de excitação; por alguns instantes, romano e celta quedaram-se presos ao próprio olhar que parecia gritar palavras inaudíveis em todas as direções, ora implorando, ora exigindo, ora sussurrando …, todo o desejo e todo o prazer resumiam-se ao que eles realmente queriam …, o que eles esperavam para aquela noite de infindável prazer …
Não foi preciso mais que um piscar de olhos de Kailah para que Petrônio compreendesse que se tratava de uma aceitação irrestrita para o que estava por vir; o romano, então, arremeteu, golpeando o pequeno orifício com contundência, projetando a glande enorme para dentro das entranhas da jovem celta que, por sua vez, cerrou os dentes, mantendo um olhar penetrante na direção de seu parceiro, denotando que o que estava feito era apenas a confirmação do desejo que ambos respiravam naquele momento.
Petrônio, segurando sua parceira pela cintura, prosseguiu, avançando para dentro dela, rompendo as esquálidas resistências anatômicas que ainda persistiam; com o pequeno orifício completamente arregaçado pela impetuosidade rija do romano, Kailah não deixou-se vencer, mostrando sua insinuante e bravia resistência, chegando ao ponto de que suas contrações controlavam a penetração, simulando leves mordidas ao longo do membro e fazendo seu parceiro quase enlouquecer de prazer.
Pouco tempo depois, Petrônio golpeava impiedosamente o traseiro de Kailah, projetando para dentro e depois para fora de seu ânus seu membro rijo, com o mesmo ímpeto de antes, como se suas energias tivessem se renovado naquele momento inesquecível …, a jovem celta, por sua vez, retinha a ousadia máscula de seu parceiro, apertando seu membro com a contração de seu ânus, levando-o à loucura com uma sensação de domínio do macho pela doçura enérgica da fêmea, que antegozava o momento com risinhos provocadores. E o sexo anal prosseguiu por tanto tempo, que, não demorou para que os primeiros fulgores da manhã viessem espiá-los em insensato frenesi.
Sentindo suas forças esvaírem-se como se escoassem por um ralo para um poço sem fundo, Petrônio intensificou ainda mais seus movimentos finais, até que após um urro quase selvagem, ele gozou, inclinando-se sobre sua parceira, e deixando que seus dedos hábeis encontrassem o caminho da vagina quente e úmida, dedilhando-a com incrível habilidade, proporcionando um gozo profícuo em sua parceira para que, juntos, pudessem saborear aquele momento único.
Petrônio ejaculou vigorosamente dentro das entranhas de sua parceira, mantendo um ritmo de movimentos ainda bastante intenso, e explorando as possibilidades que seu dedilhado impunha no corpo de sua parceira; Kailah, ofegante e quase sem energia, sentia o corpo enfraquecer e os sentidos ausentarem-se momentaneamente, beirando, perigosamente, a perda completa do discernimento da realidade.
Ainda impaciente, Petrônio sacou seu membro do ânus de Kailah, e com suas mãos poderosas, fê-la girar sobre a maca; ele abriu as pernas dela, sem que houvesse resistência, mergulhando seu rosto entre elas e permitindo que sua boca e língua impertinentes vasculhassem a região, até encontrarem o que buscavam: um clítoris ainda duro e pulsante; o romano saboreou aquela iguaria quente e saborosa, extraindo mais orgasmos de sua parceira, que, derrotada pela ousadia de seu parceiro, suplicava para que ele desse fim ao luxurioso tormento que poderia prolongar-se por mais tempo que ela podia imaginar.
Quedaram-se, então, definitivamente abatidos pela sensual peleja que se impuseram ao longo da noite, e Petrônio celebrou aquele momento, buscando os lábios de sua parceira e encerrando um beijo longo e profundo que não foi, de forma alguma, evitado ou rechaçado por ela. E enquanto a vida retomava seu curso no acampamento avançado da nona legião, Petrônio fez com que Kailah se vestisse com certa rapidez, conduzindo-a até o cercado onde estavam as montarias.
Sem perda de tempo, o romano selou um cavalo, estendendo as rédeas para a jovem que o olhou com imensa surpresa, não compreendendo quais eram as suas pretensões; ele sorriu para ela, fazendo com que subisse na montaria, enquanto lhe dava um pequeno alforje de couro. “Isso é para sua viagem de volta, guerreira”, ele disse a ela com um sorriso no rosto.
-Mas, eu não entendo – disse a jovem, completamente confusa com as ações de seu oponente.
-Não há o que entender – ele respondeu com voz firme e tranquila – Apenas vá …, vá embora e junte-se aos seus …, não sei o que acontecerá no futuro, mas tenho certeza que essa terra não nos pertence.
Kailah olhou nos olhos de Petrônio e por um momento sentiu um desejo enorme de saltar do cavalo, abraçá-lo e dizer que preferia ficar ao seu lado …, e foi o que fez, atirando-se nos braços do romano que a envolveu carinhosamente …, ficaram assim por algum tempo, até que Petrônio fez com que ela tornasse a montar o cavalo. Olharam-se por mais um momento que parecia não ter fim.
-Vá, jovem guerreira – ele disse em tom de comando – Siga teu destino e não olhes para trás …
-E quanto a você – perguntou ela, incapaz de esconder sua preocupação com o futuro de Petrônio.
-Eu? Eu sigo meu destino – ele respondeu impassivo, mas carinhoso – Agora vá …, e não se preocupe, eu tenho um lema …, jamais faço prisioneiros!
Petrônio estapeou a anca da montaria que partir em desabalada carreira; Petrônio viu a silhueta desaparecer no horizonte; voltou-se para trás e vislumbrou as paredes em construção da poderosa Muralha de Adriano …, pensou no que o futuro lhe reservava, e sorriu consigo mesmo pela noite que tivera ao lado de uma linda e corajosa mulher …, sim …, ele tinha um lema: Sem prisioneiros!