Nota do Autor: Primeiramente, peço desculpas a todos os meu amigos pela minha ausência, mas estou voltandocom força total para divertir a todos com histórias sempre picantes. Beijo a todos!
Esses eventos se passaram na época que eu ainda tinha pouco mais de 20 anos. Eu havia terminado com a Bia, estava ainda sofrendo, pois foi um relacionamento de 3 longos anos. Digo longos anos porque naquela época, lá pelos anos de 2005, 2006, casais de namorados que tinham mais de um ano já eram tidos como potenciais casamentos. E muita gente me enxergava no futuro somente com ela. Pois é. Eu também enxergava. Os dias que se seguiram foram bem ruins, e houve alguns extremamente ruins. Estes, muitas vezes, eram noites nas quais eu acordava no meio da noite depois de sonhar em momentos de intenso prazer com a Bia, pois apesar das brigas que abalaram as bases do namoro, a gente ainda se amava muito. Essas noites eram as que eu sofria mais. Era um moleque bobo, intenso, não sou mais assim. Tenho 34 anos, hoje sou mais centrado, frio, e quando vejo garotos ou até homens se arrastando feito paspalhos pelas garotas de hoje eu fico de estômago embrulhado.
Meu nome é Lennon( fictício ), filho mais velho de apenas dois filhos da Dona Maria. Midas, meu mano mais novo, era o típico jovem da época viciado em animes japoneses, sem muito compromisso com ninguém, aluno tido como mediano na escola, mas dava sossego à minha mãe ciumenta no quesito VIDA AMOROSA. Eu era a promessa da família de ter um bom emprego, muita gente me dava conselhos para fazer prova para as FFAA, Bombeiros, sempre fui excelente aluno na escola e não dava sustos aos meus pais no que se referia à más companhias, drogas, essas porras aí. Mas quando namorava sofria igual a um condenado.
Meu hobby era a música. Fiz canto na adolescência e estudei em um curso renomado no Centro da Cidade, Rio de Janeiro, justamente para seguir carreira. Com o término do meu relacionamento de 3 anos com a Bia, eu fiquei largadão mesmo, na merda. Minha mãe acompanhava as minhas fases de vida como ninguém. Tanto que deixou Midas de lado muitas vezes. Ela não admitia, mas eu era o preferido dela. E filho sente quando é mais amado ou desprezado em relação ao outro irmão, ou aos outros irmãos.
D.Maria é religiosa. Sempre quis que eu tocasse nos lugares onde ela frequentava, quando ela trazia suas companheiras de círculo religioso, enchia a boca para exaltar os talentos que eu possuo e na minha fase deprê, me levava as reuniões para orar por mim, e falava muito comigo que eu devia era esquecer a Bia, que aquele amor era só uma fase, e que nem tudo eram perdas, mas sim livramentos. Ela não gostava da Bia, não, rsrsrs. Papo sério, tinha o maior ciúme de mim com qualquer garota. Levou um ano pra eu esquecer mesmo a Bia. Tinha até conhecido algumas garotas nesse meio tempo. Tentei esquecer meu amor de juventude com uma mina que também era musicista, essa aí foi a preferida da minha mãe, mas eu acabei foi magoando a garota. Era bonita e tudo o mais, porém quando eu a beijava, tocava, só conseguia pensar na Bia. Senti-me um lixo fazendo isso, preferi confessar e terminar a viver uma mentira. Porra, ela sofreu pra caralho, tava apaixonada por mim e tudo.
Bom, chega de lero lero. Vocês estão esperando é uma história recheada de putarias, não é verdade, rsrs? Aqui tem muitas pra contar. Esse lance aqui aconteceu cerca de um ano depois... minto, tinha mais. É, mais de um ano que a Bia terminou comigo. Eu me achava em meu quarto, estava dedilhando uma música do Djavan, SINA ( Adoro as poesias desse cara, ele é sensacional) e a porta tava encostada, e tive aquela sensação de que estavam me espreitando e não estava errado: vi sombras por baixo da porta. Nenhum ruído atrás dela. levantei-me devagar e caminhei sorrateiramente, continuei fingindo estar distraído e cantando como antes, mas surpreendi minhas "vítimas" com uma abertura abrupta. Elas nem tiveram tempo de gritar, ficaram espantadas e me encarando. Era minha mãe e uma moça jovem, de aproximadamente 1.65m, ruiva, olhos azuis como lagoa, vestida como uma religiosa do círculo feminino que minha mãe frequenta(isso lhe dava aparência de ser alguém com pelo menos 30 anos de idade), mas muito bonita, lábios rosados, boca larga, daquelas que quando ri parece um outdoor, radiante. Estava de vestido branco, longo, tinha um tipo de casaco de lã, desses que velhas usam pra cobrir as costas do frio, vou te contar: a caricatura perfeita de uma mulher piedosa, dedicada à igreja, sem nenhuma vaidade. Ainda assim, chamava atenção.
Eu: Vocês me assustaram! notei tudo muito quieto, e sombras por baixo, na porta. Caramba!
Mãe: Perdão, meu filho, eu não queria atrapalhar seu momento. Essa aqui é a Danielle. Dani, ele é o meu filho mais velho, você conhece o outro, né.
Dani: Prazer, Lennon, sua mãe fala muito de você. Mas eles não tem nada a ver um com o outro, né? Rsrsrs. O Midas é mais a sua semelhança, Irmã Maria! Ele deve se parecer mais com o pai, suponho.
Eu: Isso mesmo, acertou! Muito prazer Dani, encantado!
Quando estendi a mão, e apertei, senti a mão um pouco suada. Não correspondeu muito à minha receptividade, parecia incomodada com algo, a impressão que me deu era a de que não havia se impressionado bem comigo. Mas a conversa se desenrolou, e a minha mãe encheu a minha bola, falando que eu estudava num Conservatório famoso, que havia feito uma prova onde eu consegui bolsa, e blá blá blá, e que eu estudava violão.
Dani: E essa voz forte, linda?
Mãe: Humpf, é dom, menina, mas ele não gosta de mostrar, nem deixa que eu conte sobre isso pras pessoas. É fechado, sisudo, diz que não é bom cantando, enfim..
Dani: Olha, com respeito, eu vou ter de discordar de você, Lennon! Parece que você canta há muito tempo! Nunca fez um Curso de Canto?
Eu: Bem, nunca me interess...
Mãe: Falta de incentivo não é, mas ele não quer!
Eu: Eu ficaria grato se me deixasse explicar, mãe! Acontece, Dani, que acho minha voz um pouco rouca, com aquela sensação de pigarro na garganta, e como eu já sou de falar muito, a sensação é que se eu forçar vou ficar rouco. E quando fico, nossa...
Dani: Nada como umas boas aulas podem ajudar você. Eu conheço uma Professora de Canto, por coincidência estudou no mesmo lugar onde você estudou, muito boa mesmo. Eu tive algumas aulas com ela pra cantar melhor no grupo de mulheres, não virei uma cantoooora, rsrs, mas você poderia ir lá pelo menos um dia, pra ver como ela trabalha.
Eu: Pode até ser, mas prefiro ficar na minha mesmo! Obrigado por me indicar.
Dani: Ah, que pena! Você tem uma voz rouca linda de se ouvir por horas. Pensa sobre isso, tá!?
A expressão dela, desapontada, me capturou. Eu fiquei um momento em silêncio, mas apressei em dar uma resposta que pelo menos tirasse aquela expressão triste do rosto, nem sei por que me preocupei em dizê-lo:
Eu: Não garanto nada, mas... Se eu mudar de idéia, eu aviso a você. De alguma forma. Eu te ligo, vou à sua casa, qualquer coisa. Mas obrigado, Dani, afora minha mãe e irmão, claro, você é a primeira pessoa que me faz um elogio quanto à voz.
Dani: Foi muito sincero, tá?
Eu: Eu acredito.
E foi aí que ela se despediu e não há vi por quase duas semanas. Um belo dia, eu tava voltando de uma aula que eu havia dado a uma amiga minha, a Karine, era uma tarde, quando sou agraciado com a visão de Dani voltando com bolsas de compras, distraída, olhando algumas lojas, e eu paro e vejo que está mesmo desatenta, espero ela se aproximar, só pra ver se ela vai me notar, mas é tão despercebida que tromba comigo, toma até um susto.
Dani: Ai, que vergonha ! Moço, me descul... Lennon! Olha que surpresa bacana!
Eu: Você estava longe mesmo, hein! Eu parei ainda pra ver se me notava, e nada...
Dani: Rsrsrs, desculpe, eu estava longe mesmo. Tudo bem?
Eu: Tudo ótimo, melhor agora vendo você!
Dani: Ah, rsrsrs.
Ficou aquele silêncio meio constrangedor, não vinha nada na cabeça pra falar, eu nem conhecia a jovem beata até. uns dias atrás, e fiquei brigando comigo mesmo pra achar um assunto, uma ponte pra puxar uma conversa: " Droga, Lennon, pensa em alguma coisa, pensa! Ah, já sei!"
Eu: Sabe, eu tava voltando de uma aula que acabei de ministrar, e coincidentemente estive pensando em você, desde aquele dia... quero dizer, pensei no que me disse, rsrs.
Dani: Pensando em mim? Rs, como assim?
Eu: Lembra que você esteve lá em casa, e você me contou sobre a Professora de Canto, e pensei: "Por que não ampliar aquilo que eu já tenho de bom?"
Dani: Jura? Nossa, sabe que até nem lembrava mais disso! Sua mãe me garantiu que você nem...
Eu: Na maior parte das vezes, eu resisto a muitas idéias, mas a opinião de uma pessoa diferente, de fora da família, despertou-me, rsrs.
Dani: Fico feliz.
Eu: E quando é a próxima aula?
Dani: A gente marca quando estiver perto. É cna próxima segunda. Ela dá aula na igreja, mas se você quiser eu posso te levar na Lona Cultural, onde tem bastantes projetos bacanas, ela também dá aula lá, pro povo que não tem acesso financeiro a esse tipo de aula.
Eu: Pode ser. Quando vai ser?
Dani: Sábado de manhã. Você tem problema pra acordar cedo, rsrs?
Eu: Nada, De madrugada eu tô ligado, a vida lá em casa é muito bem aproveitada. Dormir é perder tempo pra mim!
Dani: Ah, eu amo dormir! Hahahahahaha, acordo cedo quase a semana inteira. Tem sábado que eu falo pra minha mãe que não vou pra igreja, durmo até tarde, mas ela prega um sermão pra mim, que faz a gente se sentir até mal.
Eu: Sei exatamente como é isso.
Dani: Sabe?
Eu: Esqueceu que tenho uma mãe que vai a tudo quanto é oração durante a semana? Ela tá sempre me chamando, porém... Eu não tenho tempo pra ficar só nisso, não!
Dani: Você tá afastado, né!?
Eu: Eu a acompanhava muito quando era mais novo. Sempre tive uma vida muito ali, marcação fechada, cobranças, de certa forma eu agradeço por isso porque me ajudou a ter uma vida disciplinada, a ser focado nas coisss que são realmente prioridadesm na vida. Não sou de balada, não sou de farra. Não fico andando em grupinhos até tarde da noite sem um objetivo na vida, comecei a estudar música bem novo, e graças a isso, agora tenho um trabalho, porque dou aula de música em vários lugares, e no fim de semana tô sempre descolando uma grana tocando em algum lugar na Zona Sul. Minha vida é essa.
Dani: Raro ver um rapaz na sua idade com essa mentalidade…
E esse papo rolou pra perder as contas. Quando demos conta, o sol tava se pondo. Ela falou pra caramba, até perguntou se eu não estava cansado de tanto ouvi-la falar. Cansado eu até estava, não vou mentir, mas eu estava ficando encantado por ela. Descobri que ela tinha só 24 anos! Olha como a roupa e a falta de cuidados pode dar aparência de mais velha a uma pessoa! Eu julgava que ela tivesse 30 anos! Era bonita, mas porra, uma das coisas que eu não curtia nas garotas religiosas de alguns lugares era essa rigidez de usos e costumes. Ainda assim, ela me chamava à atenção.
Eu: Cansado de te ouvir, eu? Kkkk, não estaria aqui se não fosse agradável estar com você. Eu gostei, é bom te ouvir, é relaxante.
Dani: Obrigada! Você tá sendo muito gentil. Mas a minha mãe vai falar muito no meu ouvido, perdi a noção do tempo, nossa!
Eu: Tá ok, a gente vai se falando até lá, foi muito bom ter passado tempo com você, sério.
Ela sorriu e trocamos 3 beijos no rosto. Ela ruborizou. Pude então sentir que era possível rolar alguma coisa. Mesmo ela sendo mais velha que eu.
Mas cometi a gafe de não pedir o número dela, e não tive coragem de perguntar à minha mãe pois ela poderia achar muito suspeito. Aí, fiquei naquele suspense, passou um dia e meio, e nada, nenhuma notícia. Contudo, nada como um dia após o outro. Sábado pela manhã, umas 07:30h o telefone toca. Eu já estava de pé preparando o café e minha mãe no quarto arrumando as coisas dela, e atendi primeiro, pois há uma extensão no quarto dela, no meu quarto e uma na sala. Reconheci prontamente a voz do outro lado da linha.
Eu: Oi, Dani!
Dani: Uau, mas você acertou de cara! Eu te acordei?
Eu: Kkkkkkkk, tô preparando o café aqui, nem minha véia levantou. Vida pra mim começa cedo, linda!
Dani: Ainn, obrigada pelo linda. Então, prepara sua voz pra daqui a 1 hora e meia, ok?
Pulando alguns detalhes supérfluos que em nada adicionam ao meu relato, troquei umas poucas palavras com ela, depois desliguei o telefone. Minha mãe desceu e perguntou quem era, pois tocou umas duas vezes e depois parou. Disse que era a Dani.
Mãe: A Dani? Ué, por que não me avisou que era ela?
Eu: Porque a ligação era para mim!
Mãe: PRA VOCÊ? MAS QUE HISTÓRIA É ESSA? ELA NEM TE CONHECE DIREITO!
Eu: Não me conhecia até poucos dias. Acontece que nos encontramos na rua, por acaso, e começamos a conversar. E… Bem, eu decidi algo diferente: Eu vou conhecer a Professora de canto que ela me falou. Melhor ter algo e não precisar, que precisar e não ter, né…
Mãe: Hummmm, muuiito bem! Mas escuta, a que se deve essa miraculosa mudança?
Eu: Rsrsrs…
Mãe: Humpf, logo vi… Olha, vigia hein! Ela não é moça de bagunça, não! Além disso é mais velha e…
Eu: Tá me dizendo que eu sou um cara de farra, mãe? Não me conhece mais, não?
Mãe: Não é isso, você me entendeu!
Eu: Mãe, relaxa, em primeiro lugar, a senhora me conhece, sabe que eu também não sou de gandaia. Segundo, eu não estou namorando nem ficando com ninguém, nem ficando com ela. Ela vai me levar pra conhecer a Professora e…
Mãe: Agora vê: mal conheceu a garota outro dia, tá se engraçando pro lado dela. A mãe dela não é que nem eu, não, hein! Essa marca durinho e fala na cara quando uma pessoa não presta.
Eu: Então tudo que você me ensinou vai ser posto a prova em breve. Fica tranqüila, que tua criação tá aprovada!
Mãe: HAAAAN, então você tá pretendendo alguma coisa! Eu sabia! Kkkkkkkk!
Tive de cortar o assunto, pois eu precisava me arrumar. Cheguei ao local marcado com a Dani e notei que estava mais radiante. Passou até um brilho labial com um aroma gostoso, e tava bem arrumada, e sorridente. Dei um abraço nela espontaneamente e troquei dois beijos com ela, mas o último foi bem perto da boca. Notei que ela ruborizou.
Dani: Tá animado?
Eu: Tô sim. E a propósito, você tá muito bonita.
Dani: Rsrs, obrigada! Você é muito gentil! Então, vamos ficar parados aqui?
Eu: Uma parte de mim, ficaria. Eu vim mas tô ainda meio paralisado com você. Vamos. Antes que eu mude de idéia.
Dani: E você teria uma idéia melhor? Se não estiver afim de ir, tudo bem!
Eu: (dei um suspiro profundo) , na verdade eu tenho. E queria saber se você queria sair comigo mais tarde. Eu gostei de você. E queria passar mais tempo conversando com você, quero muito te conhecer mais.
Dani: Nossa… você tá me chamando para um encontro?
Eu: Se quiser, eu vou lá pedir pra sua mãe. Desculpa ter pego você de surpresa, mas o papo foi tão agradável da outra vez que eu queria repetir. Você concorda com isso?
Dani: Ai, meu Deus… Que vergonha! Kkkkkkk! Hummm… Tá! Mas, não precisa ir lá na minha casa, não! Eu vou dar uma saída à tarde, devo chegar por volta de umas 19h, aí eu te ligo. Eu me encontro com você, ou passo por lá pra poder falar com sua mãe, só pra...rsrsrs, sabe…
Eu: Tá, rs.
Dani: Tem certeza mesmo que você quer sair comigo?
Eu: A menos que você não queira…
Dani: Eu quero. Quero muito.
Eu: Batata frita ou pizza?
Dani: Amo batata frita, mas vamos de pizza. Eu tenho uns trocados e…
Eu: Psiu! Guarda seu trocado!
Dani: Não, nada disso, eu faço questão de…
Eu:( Peguei na mão dela. Notei que estava suada) Dani, é um ato de gentileza, minha. É um presente! A gente vai conversar, rir um pouco, falar besteiras, fica tranqüila. E nem tô fazendo isso pra me aproveitar de você. Longe de mim!
Dani: Eu sei que não faria nada pra se aproveitar de mim, você sempre demonstrou ser tão educado desde a primeira vez! Sabia que eu já falei de você lá pra minha mãe?
Eu: O quê?
Dani: Rs, é. Ela quer ter a oportunidade de te conhecer, como foi quando o seu irmão foi lá na igreja.
Eu: Poxa, se senti importante, agora.
Dani: Você é importante… só que talvez não tenha se dado conta disso ainda…
Eu: É por isso que quis me encontrar com você.
Dani: pra saber o quanto é importante?
Eu: Não… pra te mostrar o quanto eu penso que você seja.
Dani: Garotooooo! Assim me deixa sem-graça! Mas e aí, a gente vai lá na Escola de Canto ou…
Eu: Vamos lá, poxa… não tirei você de casa, fiz você ficar toda elegante pra ficarmos só aqui, conversando.
Realmente, não tinha mais motivos pra ir, mas mesmo assim, ela me levou à Escola de Canto. E o sábado pela manhã foi muito agradável, pois além de haver poucos alunos, a Professora ficou muito impressionada com a minha voz. Foi muito bacana. Ainda cantei à base de violão e voz, uma música do Djavan: Oceano. Vish, ela amou! O nome dela é Claudia.
Claudia: Lennon, tu já nasceu com a música na veia, não é à toa que tem esse nome, a voz precisa de uns ajustes, mas é lindaaaa!
Dani: Eu disse a ele, Claudia, mas o teimoso insistia em esconder o ouro…
Já tava íntima até pra me chamar de teimoso. Bem, isso eu sempre fui mesmo.
Manhã foi bem agradável. Caminhei com ela até a praça que ficava perto da casa dela, e decidi que iria Estudar Canto, também. Ah, e a Professora me jogou numa turma mais avançada. Aquele curso que a Dani me levou era Canto Popular, para quem ainda não tinha contato com a música. Então iniciei um Curso avançado com ela. E as aulas seriam particulares. Olha que maravilha. Pediu alguns playbacks, e eu sinceramente ODEIO CANTAR EM PLAYBACK, porque é algo que, sei lá, engessa pra cacete, mas… Se é pra educar a minha voz, tudo bem, né!
Dani e eu sentamos num banquinho e enrolamos até dar a hora do almoço. O tempo começou a mudar, ficou nublado. Então estava gostoso, e ela rasgando elogios pra minha primeira apresentação na Escola de Canto.
Dani: Tá convencido agora do quanto você importa?
Eu: Tô começando a acreditar que sim, rsrsrs!
Dani: Bobo, rs. Eu sei que você sabe o potencial que tem.
Eu: Eu sei, mas quando se convive com gente que é arrogante, presunçosa, só por causa do lugar em que estuda, aí você fica no sapatinho, escondido, pois quem cresce em segredo é exaltado no tempo certo.
Dani: Agora você falou uma grande verdade! É assim mesmo! Mas eu acho que esse é o seu tempo. E quando tem que acontecer, tem muita força. Entende?
Eu: ( Dei outro suspiro) Entendo, sim.( abaixei a cabeça, a mente voou longe, o olhar perdido no nada )
Dani: Ficou tão quieto… tá pensando no que?
Eu: Em como as coisas estão acontecendo de uma maneira que eu não esperava. Eu trabalho com a previsibilidade. Costumo ser um cara que tá sempre no controle, acho que a gente precisa administrar o tempo, cada coisa que a gente faz, ter planos, metas… mas desde que te conheci, eu sinto como se fosse isso que você disse agora há pouco: quando tem que acontecer, tem muita força. Eu só não quero estar enganado. Porque tem sido legal.
Dani: Foi como eu disse, Lennon( aí ela pegou suavemente na minha mão), não estaria aqui se não fosse pra acontecer. Só que a gente precisa de um pouco de risco nessa vida pra algumas coisas, a gente não pode controlar tudo que acontece. Acredito que um pouco de fé seria a palavra mais adequada.
Eu: Fé, rsrs. Tá aí uma coisa da qual ando meio distante no momento. Não sei se devo ter fé no que sinto, mas se eu estiver certo( olhei dentro dos olhos dela), tá me acontecendo uma coisa tão boa que tô até desconfiado.
Dani: Comigo também. Nem minha mãe sabe que eu tô aqui, normalmente eu acordo mais tarde, faço força pra não sair pras caminhadas dela, rsrs, mas eu tenho pensado muito sobre isso, e eu só quero viver um momento de cada.
Eu: Tem razão, um momento de cada. Vem, eu vou te deixar em casa.
Aí a gente se levantou e foi caminhando devagar até à casa dela, que ficava não mais que uns 150m da praça, era só uma pequena subida de uns 50m e dobrava à esquerda numa outra rua, pouca coisa. Ela tirou a chave da bolsa e ficou rodando na mão. A gente passou debaixo de uma amendoeira enorme, e aí eu me detive. Ela parou, olhou pra mim, já não tinha mais papo.
Eu: A gente se vê mesmo, mais tarde?
Dani: Rs, claro, tô ansiosa. Mas por que a gente parou, minha cas..( eu a tomei nos braços e dei um beijo nela) Mmm...mmm…( quando eu parei, só conseguia ficar parado, olhando pros olhos azuis daquela ruiva.) Que foi isso?
Eu: Desculpe. Eu só senti de fazer…
Dani: E por que não fez antes? Achei que ia deixar só pra mais tarde, eu…( outro beijo)
Encostei seu corpo no tronco da amendoeira, e envergando meus quase 2m sobre ela, fui agarrado pelo pescoço e a minha iniciativa foi retribuída com um beijo ainda mais quente. Que boca deliciosa, que ela tem! Um beijo lento, marcante, uma língua doce, que serpenteia suavemente. O beijo foi ficando mais voluptuoso. Fui mordendo seu rosto lentamente até chegar ao seu pescoço e explorar entre beijos e mordidas.
Dani começou a respirar descompassadamente e gemer baixinho.
Dani: Ainnn… Haaannnn… assim você vai me enlouquecer, que boca é essa… Aaaahh! Que delícia!
Com meu corpo pressionado contra o seu, Dani sentiu a potência do meu membro roçando seu ventre. A bem da verdade, nunca um beijo havia despertado meu sexo com o furor que aquela garota me proporcionou.
Dani: Ai, que vergonha, olha como eu deixei você, rsrsrs!
Eu: Isso é pra você ver como eu gostei…
Dani: Jura!? Olha que nem tô produzida, hein!
Eu: Você tá linda o suficiente. O problema é como eu vou pra casa. Sorte a de vocês que é pro lado de dentro!
Dani: É, tem esse lado positivo! Mas pode ter certeza: seu beijo me deixou louca!
Eu: Sério?
Dani: (no pé do meu ouvido) Toda molhadinha, seu safado! Essa carinha sua não me engana...gostoso! Eu tenho que ir agora, a gente se vê no mesmo horário?
Eu: É claro!
Infelizmente, tive de me despedir dela. Mas aquela ruiva possuiu meus pensamentos durante toda a tarde. Eu vou contar na continuação como eu fodi gostoso com ela. Até lá!