Eu estava no saguão esperando meu pai atender o telefone, e como sempre ele demora um SÉCULO para atender, até que finalmente ele atende:
*Ligação on*
- Papai?
- Oi filho! Já se decidiu rápido assim? - escuto algo caindo no chão e meu pai grita - MERDA
- O que foi papai? - digo rindo - o que caiu aí?
- Meu notebook filho, e rachou a tela todinha, vou ter que colocar para concertar! - ele suspira - mas enfim bebê, já decidiu se você vai comigo?
- Já sim papai, tô aqui no saguão com as malas inclusive - dou uma risada sem graça
- Eita filho, mas já? Vou liberar agora a sua entrada, estou ligando para a recepção, trigésimo andar, quarto trezentos e onze!
- Okay papai, tô subindo! - Finalizo a Ligação e vou em direção a recepção
- Oi boa tarde, eu vou para o quarto do meu pai, Duncan Daley no trigésimo andar, quarto trezentos e doze!
- Okay, só um minuto! - a atendente sorridente liga para o quarto do meu pai que automaticamente autorização a minha subida e eu vou em direção ao elevador, depois de agradecer é claro.
Chegando no andar do meu pai ele já me espera na porta do elevador:
- Papai!
- Filho! - ele me dá um abraço e me ajuda a tirar as malas de dentro do elevador e vai seguindo até o quarto - Não acredito que seu irmão não veio te trazer até aqui e me ameaçar, sua mãe tudo bem, não faz questão mesmo de chegar perto de mim, mas o Lucca não perderia a oportunidade de me ameaçar, ainda mais quando estou levando o bem mais precioso dele pra longe - papai diz rindo mas sinto um pouco de mágoa nele, ele sente muita falta do Lucca como filho, mas o Lucca odeia ele com todas as forças!
- Papai eu briguei com ele e com a mamãe logo quando cheguei em casa! Eu não aguento mais eles controlando a minha vida! - suspiro - e pra piorar o Lucca ainda está empurrando um menino pra mim, e ele é insuportável!
- Hum quem é esse menino filho? - deixamos as malas na sala e sentamos no sofá, vejo o notebook de papai com a tela inteiramente rachada
- Um menino qualquer aí papai, não quero falar sobre isso - pego o computador do meu pai - Já fez backup das suas coisas papai? Se não você vai perder tudo!
- Não filho, acabou de quebrar né! Eu vou levar na autorizada, eles fazem isso lá... - Papai vira pra mim - Mas você não pode sair brigado assim com sua mãe e seu irmão filho! Eles te amam muito, Aposto que o Lucca ficou arrasado!
- Ficou mesmo! Quando eu saí de lá ele estava aos prantos, parecia que alguém tinha morrido - revirei os olhos - e morreu mesmo, EU! Nunca mais quero falar com ele na vida! - tiro os sapatos e sento de perninha de índio no sofá - Engraçado papai, que você também é família deles, e eles brigaram com você por um erro besta!
- Não filho não fala isso - papai disse brando - Eu errei feio com sua mãe e com vocês, eu tive uma atitude infantil e trai uma das pessoas que eu mais amo no mundo, eu nunca vou me perdoar por isso, mas espero que um dia eles me perdoem - cai uma lágrima solitária do olho do papai - E é por isso que eu não vou deixar você ir comigo filho....
- O QUE? - me altero e levanto - PAPAI VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO!
- Filho eu já errei feio com vocês uma vez, não vou cometer mais um erro de levar você pra longe da sua mãe e do Lucca! - papai suspira e abaixa a cabeça - Eles vão me odiar mais ainda filho!
- Mas pai eu não quero mais ficar naquela casa - começo a chorar desesperadamente - então eu vou morar na rua! - levanto para pegar minhas malas
- Ei! - meu pai me pega e me coloca no colo dele - Você para de chorar agora e me escuta! - ele grita comigo e me encara sério, ele nunca fez isso comigo, mas eu engoli o choro na hora, fiquei com muito medo - Papai está mandando você voltar pra casa, fica pelo menos até o final desse ano filho, e nas férias você vai morar comigo... Pode ser?
- Não quero! – Volto a chorar e meu pai me abraça – Eu não quero voltar lá papai... Por favor!
- Filho não pode ser assim, eu já falei... Vai no banheiro lavar esse rosto, vou te levar pra casa... -papai me tira do colo dele e eu vou em direção ao banheiro lavar meu rosto, ao voltar a sala papai já estava com uma mala em cada mão, e deixou a terceira pra mim – Vamos filho?
- Tá – fico emburrado e vou seguindo ele até o elevador
Papai desceu comigo até a portaria, segui ele até a garagem, o mesmo achou seu carro rapidamente e destravou o alarme. Eu entrei no banco de trás porque não queria ficar olhando pra ele, depois de ele guardar as malas no porta malas ele entrou no banco do motorista e olhou para trás.
- Então vai ser assim? Vai ficar de mal do papai? – ele me encarou e eu virei o rosto pro lado e cruzei os braços – Um dia você vai entender e vai me perdoar filho...
Papai foi dirigindo até meu condomínio, e quando chegamos em frente à minha casa Lucca estava lá conversando com o Felipe, que inferno, Felipe me persegue! Estava tudo calmo até que Lucca reconhece o carro de papai e vem furioso em direção ao mesmo e nem me percebe no banco de trás:
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? -Lucca quase arranca a porta e pega papai pelo colarinho da blusa- VEIO SE GABAR WIE CONSEGUIU TIRAR O RAFA DE NÓS? – ele da uma risada e suspira – EU DEVERIA TE ENCHER DE PORRADA – Lucca levanta o braço e prepara pra dar um soco no papai que estava sem reação pela agressividade do meu irmão, quando Lucca vai dar um soco no papai Felipe segura ele
- Lucca vai com calma aí cara, tu tá maluco de bater no teu pai? – Felipe estava nervoso e também não me percebeu no banco de trás – independente do que ele fez com você ele ainda é seu pai! – Felipe solta as mãos do Lucca do meu pai e afasta o mesmo, meu pai se levanta do carro e olha na direção do Lucca
- Lucca? Filho? Eu não esperava isso nunca de você! – uma lágrima vai do rosto do meu pai – me bater por algo que não fiz? Pelo contrário eu trouxe o seu irmão de volta! – Papai abre a porta do carro e eu saio de dentro do mesmo – Eu já me arrependi do que eu fiz com vocês e ainda espero o perdão da sua mãe, mas a partir de hoje eu não faço mais questão do seu – papai suspira e mais uma lágrima cai do olho do mesmo – Pra mim você morreu Lucca, e a partir de agora eu só tenho um filho, e ele se chama Rafael! – papai seca seu rosto e abre o porta malas tirando as minhas malas de lá, logo depois me dá um beijo na bochecha – Tchau filho, papai te ama – estende a mão para o Felipe – Tchau garoto, obrigado por se importar com o meu filho – Felipe agradece e papai entra no carro sem nem olhar na cara do Lucca
- TAMPINHA VOCÊ VOLTOU – Felipe vem me abraçar e eu retribuo o abraço – Tampinha não z Rafael – ele imita a minha voz e eu não aguento e começo a rir
– Aí Felipe só você mesmo – Pego duas malas minhas e o Felipe pega a terceira, e ainda tira uma das minhas mãos
– Sua mãe deve estar ansiosa para te ver depois de você voltar e...
- Bebê? Você não vai falar comigo? – Lucca interrompe o Felipe cortando ele – Eu senti tanta a sua falta, pensei que ia te perder pra sempre! Eu te amo tanto! E...
- Lucca cala a boca! Você me perdeu pra sempre! Ainda mais depois dessa ceninha que você fez querendo bater no NOSSO PAI – Lucca começa a chorar e tenta me abraçar mas eu empurro ele – nosso não, MEU, agora da licença que tenho que arruma minhas coisas – viro de costas e saio carregando minha mala pra dentro de casa enquanto o Lucca vem chorando atrás de mim me pedindo desculpas
- Bebê por favor não faz isso comigo! – ele já soluçava desesperado, mas eu não me importava nem um pouco – Eu vou morrer sem você!
- Por mim? Que morra! Mas morre logo pra parar de me estressar! – Subo as escadas para o segundo andar – Se bem que se não morrer agora você morre depois já que no final do ano eu vou morar com o papai de vez! – Grito pro Lucca escutar bem, mesmo ele estando praticamente colado em mim, e o Felipe tadinho, tendo que escutar tudo e não poder fazer nada! – Agora sai Lucca! – Entro no quarto com o Felipe e tranco a porta – Que garoto insuportável! – tiro minha roupa ficando só de cueca e ligo o ar condicionado – Lipe me ajuda a arrumar minhas coisas no closet, é só colocar as roupas nós cabides, as que não são de pendurar eu vou colocar nas gavetas...
- Ok – Lipe falou e rapidamente me ajudou, em 30 minutos já tínhamos terminado tudo – Hum.. Rafa, quer ir lá pra casa jogar videogame?
- Claro, não quero ficar dentro dessa casa mesmo! Inclusive, posso dormir lá? – Digo já pegando minha mochila e colocando um par de roupas logo depois de vestir a minha roupa – Não quero ficar aqui Lipe... Por favooooor!
- Claro que pode! Vamos? – ele viu as horas no celular e começou a mexer no aparelho – Meu carro tá ali fora, bora?
- Sim! – Pego minha mochila e saio do quarto, ao descer as escadas vejo meu irmão com cara de cachorro que caiu da mudança me encarando, eu simplesmente virei o rosto pro outro lado e sai de casa indo em direção ao carro do Lipe
- Vamos parar no mercado primeiro para comprar coisas para comer mais tarde – Lipe destravou o carro e eu logo entrei acompanhado do mesmo
- Vamos passar no Delivery do MC Donald’s por favor! Tô morrendo de fome, meu filho precisa ser alimentado -digo alisando minha barriga e o Lipe cai na gargalhada
- Vamos no mercado primeiro e depois vamos no MC beleza?
- Sim! – Digo animado, nós estacionamos em frente ao mercado e entramos logo pegando um carrinho, compramos muita coisa, refrigerante, suco, chocolate, fini, pirulito, leite condensado, biscoito, pipoca e nuggets que eu descobri que o Lipe é tão viciado quanto eu, depois de pagar tudo, que o Felipe insistiu em pagar, nós fomos em direção ao carro e paramos no Delivery do MC Donald’s que tinha perto da casa do Lipe – Seu irmão tá em casa Lipe?
- Provavelmente, por quê? – ele diz desconfiado
- Vamos pedir lanche pra ele também ué, qual você quer? – Felipe respondeu o que ele queria e era o trio do Big Mac, pedi quatro e ainda um MC lanche feliz que eu amo! E ainda vem com brinde – Obrigado! – tento equilibrar tudo no meu colo
- Se sujar meu carro eu te mato! – Felipe da partida e vai em direção ao seu condomínio
- Mais sujo que está ele não fica – digo enquanto como uma batata – Nossa o MC Donald’s arrasa na batata – coloco uma na boca do Lipe
- Verdade ! – ele entra no condomínio e vai na direção da casa dele que era bem perto da entrada, ao estacionar o carro na calçada Lipe sai do carro e pega os lanches em cima do meu colo, eu levanto e pego metade dos lanches da mão dele e metade das compras no banco de trás – Quando eu saí meu irmão não estava em casa, mas agora ele já deve estar... – Felipe diz abrindo a porta de casa e escutamos um barulho alto de videogame – Eai cuzoes
Oi - disseram os dois meninos que estavam lá – Oi príncipe, que bom que te vi de novo – ele do e da uma risada e eu fico congelado automaticamenteGente eu sei que eu sumi kkk fiquei quase 6 anos sem postar capítulo novo, mas eu tinha perdido a minha conta e desisti logo depois, toda vez eu voltava para ler aqui e não conseguia logar., até que, consegui recuperar! Já revisei todos os capítulos e estou dando continuidade na história, sim a história é real, porém não consigo me lembrar de todos os detalhes como antes que era tudo recente, mas vou tentar o meu máximo!
