Pedro e eu não falamos mais sobre o ocorrido àquela noite, mas confesso que minha vontade era chamá-lo para bater outra punheta comigo. Me lembrar aquela cena me dava um tesão desgraçado, eu me contorcia de desejo só em pensar de ter meu filhote ao meu lado com o seu cacete pra fora vendo um pornô comigo... Mas as coisas mudaram. Aquilo não voltou a acontecer por semanas...
Pedro conseguiu recuperar sua perna machucada e retirou o gesso, fazendo, assim, com que eu não precisasse mais dar banho nele. Ele até agradeceu, pois disse que tava cansado de tanto constrangimento, mesmo não tendo mais vergonha de mim.
Com a minha nova rotina no trabalho, dava para eu levar Pedro à escola. Isso era maravilhoso porque, além de economizar dinheiro com passagens todo dia, eu tinha companhia no trânsito. Dava até para buscá-lo também, e daí nós passamos a fazer mais coisas juntos, como ir ao cinema ou lanchar num bom lugar. As coisas tinham mudado, e para melhor.
Num dia qualquer, fazendo as compras do mês, pedi alguns gramas de queijo e presunto na parte dos frios no mercado, e a atendente me chamou muito a atenção. De início achei que era apenas a elegância de seu atendimento, bom e rápido, mas notei que ela estava me olhando de outro jeito... Pra resumir, Helena, a moça, me disse que já reparava em mim fazia alguns meses, e que esperou o momento certo para falar. Confessei a ela que fiquei impressionado com a história, já que eu nunca havia notado-a ali. Até pedi desculpas... Helena me chamou para tomarmos um café depois de seu expediente, que seria em minutos, mas eu não pude ficar, pois tinha compromisso com o Pedro. Ela entendeu, ficou meio triste. Mas eu a recompensei, chamando-a para sair à noite, ainda aquele dia.
Era isso: eu tinha um encontro depois de tanto tempo. Eu não sabia o que vestir, onde levá-la, o que fazer... Em casa, vendo um filme com meu filho, demonstrei preocupação e ele notou, me perguntando se tinha acontecido algo grave.
— Não, não aconteceu nada, eu só tô um pouco preocupado...
— Com quê?
— Conheci uma moça hoje e a chamei pra sair.
— Sério? – Pedro falou, meio incomodado.
— Sério. Mas eu não sei o que usar, não sei se vai dar certo...
— Como que é o nome dela?
— Helena.
— Ela é gata?
— Ô...
— Não sei como é o estilo dela, mas...
Pedro levantou da cama, acendeu a luz e começou a revirar minhas roupas no armário.
— Quê isso, Pedro?
— Usa isso aqui, pai.
Ele estendeu uma calça jeans e uma camisa de manga longa toda preta.
— Essa roupa tá muito... moderna.
— Ué, e isso é ruim desde quando?
— Olha, apesar de ter um rosto jovem, a idade tá chegando pra mim.
— Ih, que papo é esse pai? Tá mó novo ainda, mó gatão, para de coisa. Se cê vestir essa roupa aí, ela vai pirar.
— É mesmo é?
— É, sei do que eu to falando.
Pedro convenceu-me a usar as roupas que ele escolheu, mesmo eu não me sentindo tão confortável. Os jovens sabem mais o que tá na moda do que nós, os adultos.
Aquela noite, levei Helena à um bom restaurante, ela ficou até impressionada, pois nunca tinha ido num “ambiente tão chique” – palavras dela. Nós conversamos, bebemos um bom vinho, descobrimos mais sobre a vida um do outro e tivemos uma química. O jantar resultou numa transa fogosa e divertida no meu carro, no estacionamento do restaurante. Foi divertido, intenso, carnal. Me senti como um adolescente rebelde fazendo sexo em local exposto, mas demos sorte que ninguém nos viu. Levei Helena para casa e ela me convidou para entrar, mas recusei, pois no dia seguinte tinha que acordar cedo e ir trabalhar. Ela assentiu e se despediu de mim, não sem antes de dizer que sentiria saudades e que mal podia esperar pro nosso próximo encontro.
Chegando em casa, feliz da vida, me deparei que estava sozinho. Estranhei de cara, pois Pedro não havia informado que ia sair. Logo liguei pra ele, mas não tive sucesso. “Deve ter saído com os amigos e não se lembrou de ligar pra avisar”, pensei. Tomei um banho e deitei na cama. Não demorou muito para o sono bater.
Na manhã seguinte, bem cedo, acordei e vi que Pedro ainda não tinha chegado. No meu celular, nenhuma mensagem ou ligação dele. Me preocupei absurdamente, pensei até em ligar para a polícia, mas resolvi esperar um pouco. Tomei um banho, fiz um café e botei meu terno do trabalho. Faltava pouco para eu sair quando Pedro chegou. Tava de bermuda, tênis, sem camisa e com o olhos vermelhos, bastante alterado, e um cheiro forte de álcool. O olhei não querendo acreditar.
— Que merda é essa, Pedro?
— E aí, pai... – Pedro sorriu.
— Onde é que cê tava, cara?
— Fui pra uma festinha de uma amiga.
— E nem liga pra avisar nada. Eu tava preocupado, porra.
— Foi mal, meu celular descarregou, não deu nem pra tirar foto... – e riu.
Confesso que me subiu uma raiva forte, mas eu respirei fundo e me contive.
— Bebendo em dia de semana, saindo sem avisar, chegando em casa de manhã e ainda por cima bêbado...
— Foi mal, pai, desculpa, eu vacilei!
— Vacilou, não, pior que isso: traiu minha confiança. Que porra é essa de você sair e não avisar nada? Nem eu faço isso com você... — me alterei.
— Pra que gritar, cara? – Pedro estava extremamente calmo.
— Olha, Pedro, vai tomar um banho e vai dormir. Quando eu chegar, a gente vai conversar, tá me entendendo?
Saí. No elevador, fui os 8 andares restantes respirando fundo para me acalmar. A minha raiva foi por toda preocupação que eu tive, mas no fundo eu tava feliz por não ter acontecido nada com Pedro. Passei o resto do dia bastante irritado, sem falar com ninguém no trabalho e até contabilizei errado umas contas importantes, que foram corrigidas em seguida. Conversei um pouco, por mensagens, com Helena. Aquilo me fez sorrir um pouco. Como faltava pouca coisa, decidi terminar de revisar uns papeis em casa.
Quando cheguei, Pedro estava dormindo, todo esparramado na cama, com a mesma roupa que tinha chegado de manhã, e o cheiro de álcool ainda tava forte. Sem querer acordá-lo, troquei de roupa e fui à cozinha preparar alguma coisa para comer. Depois que fiz, sentei e fui trabalhar. Pedro acordou. Passou por mim na sala sem dizer nada, foi à área pegar sua toalha e, em seguida, entrou no chuveiro. Nada disse. Pensei no que falar com ele, se tinha uma conversa mais séria para explicar que isso era errado ou se dava uma lição – sem violência, claro. Mas Pedro já era bem grandinho pra saber o certo e o errado. Com 16 anos, você já tem uma noção de tudo. Então decidi castigá-lo, ficar uns dias sem sair de casa não ia fazer mal nenhum e faria com que ele aprendesse com seu erro. Mas resolvi fazer um pouco depois, pois eu ainda tava com raiva e de cabeça quente, e nunca se deve tomar uma atitude nesse estado. Porém, aconteceu.
Lá estava eu, concentrado na recontagem de umas notas, quando Pedro se aproximou.
— Pai, quero falar com você.
— Merda – Eu esbravejei por ter me perdido na conta. – Fala, Pedro, quê que é?
— Eu só queria pedir desculpa por hoje mais cedo.
— Pedro, agora não, eu to trabalhando.
— Pô, pai, foi mal, não precisa ficar com raiva de mim.
— Pedro, eu já disse, agora não! – me alterei.
Pedro me olhou, como se tivesse com medo, assentiu e foi pro quarto. Respirei fundo e voltei a minha recontagem, era um trabalho importante e eu tinha que terminar rápido. Dez minutos depois, Pedro voltou à sala com uma mochila nas costas e sentou no sofá.
— Pra onde é que cê vai?
— Cê não disse que não queria conversar? Então, volta lá pro seu trabalho, pai.
— Olha como você fala, Pedro!
A campainha tocou. Era a Marta, mãe do Pedro.
— Mãe!
Pedro se aproximou, saindo.
— Pedro, quê que tá acontecendo? – perguntou Marta.
— É, eu também tô querendo saber – completei.
— Só quero ir pra sua casa, mãe, bora logo.
Pedro saiu.
— Quê isso?
— Não sei, Marta, eu não sei. Se você descobrir, me fala.
— Olha aqui, você não tá tratando meu filho mal não, né?
— Tá louca? Eu nunca faria isso – pontuei.
— Vou conversar com ele pra saber o que aconteceu. Boa noite.
Marta se foi. Bati a porta com força, com raiva. Desabei no sofá, estressado, pensativo. Não devia ter falado com Pedro daquele jeito, mas não me senti culpado, pois ele não era mais uma criança. Confesso que minha raiva aumentou ainda mais, nem consegui trabalhar depois do ocorrido... Tomei um calmante e fui dormir, extremamente sobrecarregado.
Alguns dias depois, num domingo, me senti um pouco sozinho em casa. Pedro ainda estava na casa da mãe, provavelmente chateado. Eu não liguei para ele, pois respeitei o seu tempo. Tirei o dia para limpar a casa. Passei o aspirador nos cômodos, passei pano, e ainda lustrei os móveis. A casa ficou um brinco. Dei uma geral no quarto, arrumei todo o armário. Depois fui lavar uns jeans que estavam sujos, principalmente as calças que o Pedro ia para a escola. Terminei o dia extremamente cansado.
À noite, troquei umas mensagens com Helena – nossas conversas estavam indo super bem – e vi uns episódios de FRIENDS, minha série favorita. Eu tava quase dormindo. Marta, de surpresa, me ligou.
— Heitor?
— Oi, Marta, tá tudo bem?
— Tá.
— E o Pedro?
— Tá lá fora com o Roberto.
— E ele tá bem?
— Tá. Ele não queria me contar o que aconteceu, mas acabou contando.
— E o que ele disse?
— Que você foi grosso com ele, e que foi sem necessidade.
— E ele disse o que fez?
— Não, ele só disse que foi besteira.
— Pergunta a ele se ele considera chegar em casa bêbado uma besteira.
— Quê? – Marta se assustou.
— É, o Pedro chegou de manhã, bêbado, todo sujo. Se pra ele sair sem avisar é besteira, pra mim não é.
— Ele não me falou nada disso...
— Foi isso que aconteceu.
— Eu vou conversar com ele. Você devia fazer o mesmo, ao invés de gritar.
— É, eu me alterei, mas eu tava com raiva. Você sabe que odeio esse tipo de coisa.
— Sei.
— Mas não se preocupa, eu já tô mais relaxado. Eu vou conversar com ele, sim.
— Certo. Bom, eu só liguei porque ele pediu pra dormir aqui hoje, e só ir pra casa amanhã depois do colégio.
— Sem problema. Diz a ele que mandei um abraço.
— Tá. Tchau.
Marta desligou. Sei que já escrevi isso, mas tenho que voltar a dizer: Não me sentia culpado pelo modo que havia falado com Pedro. A atitude dele não tinha sido certa e merecia uma voz mais alta, sim. Achei drama de sua parte. Mas confesso que senti saudades de sua companhia. Além das conversas, Pedro era meu amigo de verdade. Pensei em pedir desculpas a ele quando chegasse. Seria a minha atitude mais racional.
No trabalho, Igor, um amigo, percebeu que eu estava meio “diferente”. No refeitório, ele veio até mim e nós conversamos um pouco.
— Tá tudo bem contigo, Heitor?
— Tá. Por quê?
— Sei lá, cara, tô te achando estranho.
— Ah, foi só um probleminha com meu filho...
— Eita! Parece que nós estamos na mesma. Tive um problema com meu filho essa semana, também.
— O que foi?
— O Erik fez dezoito anos agora, vive saindo de casa, não diz pra onde vai, tá mais agressivo, sabe? Acho que porque dei muita liberdade à ele.
— Liberdade em que sentido?
— Ah... Desde novo eu o deixava sair, voltar tarde, e sempre passava a mão na cabeça quando fazia algo de errado. A minha esposa ficava puta comigo, mas pô, filho homem, eu sempre quis, sabe?
— Sei. Comigo foi quase a mesma coisa...
— O seu filho mora com você, né?
— É, depois da separação ele pediu a mãe pra vir morar comigo. E é muito bom, sabe, ele é a minha companhia diária, só que ele errou. Eu fui prum encontro com uma moça, e quando eu voltei, ele não tava em casa, chegou no outro dia de manhã e ainda por cima bêbado.
— Caraca!
— Ele me pediu desculpa, sabe? Mas eu tava tão bravo que nem quis conversa, fui grosso...
— Acontece. Às vezes, esses garotos nos tiram do sério. Eu sei como é isso. Mas quer saber? Você não agiu errado em ser grosso, não. Se eu pudesse voltar no tempo, teria agido mais assim.
— Mas o pior é que eu to me sentindo culpado, não sei por quê.
— Fala com ele, diz que se arrependeu, mas não pede desculpas, porque é você quem tem que aceitar as desculpas dele.
Realmente. Igor estava com a razão.
Em casa, assim que cheguei, vi Pedro deitado na cama vendo um filme. Entrei no quarto e sentei para tirar a meia e o sapato. Recolhi uns papeis que tavam no chão e fui à cozinha jogá-los no lixeiro. Não tive coragem de falar nada. Eu estava parecendo um moleque com bobagens... Depois que troquei de roupa, sentei ao laptop e fiquei lá por horas, havia coisas do trabalho para terminar.
Quando levantei pra dormir, Pedro já estava dormindo. Com calma, estendi o lençol para cobri-lo e deitei ao lado dele. Fiquei observando-o por alguns minutos, enquanto alisava seu cabelo macio e cheiroso. Adormeci ali mesmo.
No dia seguinte tudo voltou ao normal. Logo de manhã, assim que acordei, Pedro já não estava mais em casa, tinha ido de ônibus para a escola. Fui trabalhar com um peso na consciência, mas aquilo não me afetou muito como no dia anterior. No fim do expediente, me ligaram da escola do Pedro e me pediram para ir lá tratar alguns assuntos com o diretor. Estranhei, pois Pedro não era de aprontar, mas ele me acalmou, afirmando não ser nada do que eu havia pensado.
Já na escola, enquanto Pedro esperava no corredor, conversei com o diretor Lírio. Para resumir a conversa, ele disse que os professores estavam estranhando o comportamento de Pedro nos últimos dias, que “de proativo foi para triste e dorminhoco”, nas palavras deles. Confessei ao diretor que passamos por um probleminha em casa, mas que tudo ia ficar bem.
Pedro e eu entramos no carro e fomos para casa. No caminho, Pedro me olhava frequentemente, como se quisesse falar algo. Até que falou.
— O diretor reclamou de alguma coisa?
— Não. Foi... só algumas coisas sobre a mensalidade. – menti.
— Ah.
Nos calamos por uns minutos, até que Pedro não aguentou mais.
— Pai, cê vai ficar me tratando assim até quando, hein?
Não respondi, pensando no que falar.
— Que saco isso, eu não aguento mais. – Pedro falou com uma voz de choro.
— Pedro, você se arrepende de ter ido morar comigo?
— Claro que não, né pai, claro que não. Mas se eu soubesse que você ia me tratar assim...
— O quê? Não tinha ido morar comigo?
Pedro não falou nada, só virou o rosto.
— Pra falar a verdade, o diretor me disse que você tava estranho, meio triste, desconcentrado. É verdade isso?
— Isso tudo mexeu comigo de um jeito foda. Desculpa o palavreado, mas é isso mesmo, eu me senti péssimo demais com tudo isso. Pô, pai, você é meu melhor amigo, sabe? A gente já passou por cada coisa juntos... e você me tratar daquela forma me deixou mal de verdade, ainda mais depois que eu pedi desculpa. – Escorreram lágrimas de Pedro.
— Sei que errei. Mas cê também errou, Pedro. Pensa na minha preocupação quando passei a noite toda sem você, sem saber onde cê tava? Eu sei que você pediu desculpas, e que eu não devia ter falado com você daquela forma, mas porra, cara, não custava ter avisado...
Pedro se calou. Pensei em não me desculpar, porém me dei conta que o mais justo era fazer isso. Na viagem até em casa, não falamos mais nada. Quando chegamos, Pedro foi pro quarto e eu me sentei no sofá, pensando em como me desculpar com meu filho.
— Pedro, vem cá.
Pedro veio até mim.
— Senta aí, cara. – Esperei Pedro sentar e continuei. – Olha, vamos esquecer toda essa história. Eu te perdoo por ter errado e você me perdoa por ter me alterado com você. Nós dois erramos, concorda? – Pedro fez que sim – Desculpa, tá?
— Até que enfim, cara.
Pedro me abraçou forte, e eu retribui. Ainda no abraço:
— Mas olha só, não faz mais isso, entendeu? Você não tem idade pra tá chegando em casa tarde, muito menos bêbado. Promete pra mim que isso não vai se repetir.
— Tá, tudo bem. Mas aí, eu posso te falar uma coisa? É mó ruim ficar daquele jeito. Não fico nunca mais.
— Ah, é? É assim que se aprende. E pelo visto foi o seu caso.
Me desculpar com Pedro me causou um alívio gratificante. Toda aquela bobagem ficou pra trás, nós seguimos em frente e nossa rotina voltou a ser a mesma de antes.
Dias depois, com nossa rotina estabilizada novamente, Pedro chegou do colégio e foi direto pro banho. Eu tava lavando algumas roupas minhas que estavam há muito tempo no cesto. Tempinho depois, Pedro se aproxima, de toalha, com seu uniforme recém-tirado me pedindo pra lavar. Pus de lado e segui lavando as minhas. Uns minutinhos depois, um cheiro “diferente” tava me tirando do sério. Tava vindo da roupa de Pedro. Era um cheiro de suor, misturado com mijo e porra. Eu revirei sua roupa e lá estava: uma cueca com uma rodinha de mijo. Eu fiquei todo arrepiado, me subiu um tesão enorme, até que não consegui me segurar: cheirei profundamente e fui ao delírio. O cheiro era como se ele tivesse gozado na cueca e o gozo tivesse secado, além do mijo. Não consigo explicar direito, mas foi tão prazeroso...
Pedro estava terminando de escrever algo em seu caderno quando cheguei à cozinha. O olhei diferente, só conseguia imaginar meu filhote batendo uma e gozando na cueca que ele tinha vestido. O encarei por uns segundos sem que ele percebesse, mas fiz um barulhinho e ele me notou.
— E aí, cara, lavou o meu uniforme?
— Tá estendido.
— Valeu.
— Tá fazendo o quê?
— Uma atividade, mas acabei agora. – ele fechou o caderno.
— Tá com fome?
— Até que eu tô.
— Vou fazer um lanche. Vai guardar esses papeis.
Pedro reuniu tudo e foi pro quarto. Eu fiz uns sanduiches, um suco e servi. Chamei Pedro e nós sentamos pra comer.
— Aê, pai, preciso te pedir uma coisa.
— Que foi?
— Puts, deu uma vergonha agora... – ele riu.
— Fala, sem frescura.
— É que... Hoje eu saí mais cedo da escola, fui na casa de uma amiga pegar uma parte do trabalho... Só que aí, a gente acabou ficando.
— Bacana, ela é bonita?
— Linda, gostosa também. Quase que a gente transava, chegamos bem perto, eu tava com um tesão foda, mas tava sem camisinha.
— Ainda bem que você não fez nada. E tá certo. Não é pra transar sem camisinha nunca, tá ouvindo?
— Eu sei, cara, relaxa.
— Mas então, o que você quer pedir? Camisinha?
— É. Eu tenho vergonha de ir comprar.
— Ué, por quê?
— Sei lá, dá vergonha...
— Vou ficar comprando e botando lá no armário. Quando quiser, é só pegar. Tem que andar com algumas na carteira.
— Eu sei. É que eu não to acostumado, foi de repente, e ainda foi a minha segunda vez...
Conversamos mais um pouco. Pedro estava evoluindo sexualmente. Além de ficar com tesão, fiquei feliz pelo meu filhote.
Em um final de semana qualquer, levei Helena pro meu apê para passarmos uma noite juntos. Intenso: essa é a palavra para descrever aquele encontro. Helena era uma mulher tão inteligente, me dava alegria de ter alguém como ela por perto. Nós dois estávamos assistindo algo na TV, ate que o telefone tocou. Era Pedro, extremamente nervoso e chorando:
— O que foi que aconteceu, Pedro?
— Pai, a mamãe, a mamãe tá no hospital, vem pra cá, por favor.
— Quê? Como assim? Que hospital?
Ele não conseguiu explicar direito, estava chorando tanto que não soube falar. Pedro me mandou a localização por mensagem. Saí colocando a primeira roupa que vi, apressado, e chamei um taxi para Helena. Com minha pressa, não daria nem para deixá-la em casa. Helena, por sua vez, fingiu estar prestativa e “entendeu” o momento.
Cheguei ao hospital já procurando Pedro. Ele estava de cabeça baixa, nervoso e preocupado. Sentei-me ao lado dele e, assim que ele me viu, me deu um abraço forte. Não demorou muito para que ele caísse no choro. Aquela imagem partiu meu coração, confesso. Mas estar ali com ele foi me deu alívio.
Depois de um tempo, Pedro conseguiu me contar o que tinha acontecido. Ele ficou desesperado ao ver sua mãe desmaiar de repente. O médico, que chegou depois, nos contou que a pressão de Marta caiu e que isso causou o desmaio. Nada grave, pro nosso alívio. Nas horas seguintes, Marta recebeu alta e nós a levamos para casa. Pedro preferiu passar o resto da noite com ela, e eu compreendi.
Ao chegar em casa, recebi uma dolorosa ligação de Helena. Não quero entrar em detalhes, mas Helena terminou comigo naquela chamada. Foi difícil, mas busquei entender, já que seus argumentos eram convincentes. Eu mal tinha tempo para nós dois, além de morar num apartamento minúsculo e ainda dividir a cama com o meu filho. Eu falei a ela que era feliz com a vida que levava com Pedro, e que se ela não era capaz de aceitar isso, não tínhamos que continuar juntos.
Umas semanas depois, já em setembro, o feriado do dia 7 caiu numa sexta. A família inteira combinou de ir à uma chácara no interior para relembrar os velhos tempos. Pedro se empolgou, fazia tempo que ele não via os primos, avós, tios... Decidi ir, pela alegria e empolgação dele. No dia, meu irmão Wiliam passou em nosso apê para nos buscar e nós seguimos caminho. Na viagem, tivemos um papo legal, faziam meses que não nos víamos. Ele trouxe até presente pro Pedro, como fazia quando Pedro era menor.
Na chácara, nos alegramos ao ver nossa família. Dei um abraço apertado nos meus pais e nas minhas irmãs. Meus sobrinhos também pularam em meu braço. Toda a família estava lá, foi uma alegria. Enquanto uns tios tomavam conta do churrasco, minha mãe e minhas primas arrumavam à mesa. Ia ser piscina e churrasco o dia inteiro. A casa é enorme, com mais de 10 quartos, tudo para caber, com conforto, todas as pessoas da família. Como fomos os últimos a chegar, todos os outros estavam instalados, e para Pedro e eu sobrou apenas o ultimo quarto do corredor de cima, que, apesar de pequeno, tinha uma varanda com uma vista linda e um banheiro, também pequeno. Não ligamos, já que nosso apê era bem pequeno também, estávamos acostumados. Subi logo após cumprimentar a família, levei as nossas mochilas pro quarto. Pedro foi falar com os primos, disse que subia depois.
No quarto, acomodei nossas mochilas numa poltrona grande, pus nossas toalhas no banheiro e abri a varanda para admirar aquela paisagem ampla de toda a chácara. Pedro entrou, animado.
— Pô, veio todo mundo, pai. A família inteira.
— É, já falou com todo mundo?
— Já. Tão me esperando pra cair na piscina, vim só botar a sunga.
— Tá na mochila, pega a minha também. E pega o protetor solar.
Pedro pegou o que eu pedi. Nós começamos a nos trocar, ali mesmo, pelados um na frente do outro. Não pude deixar de reparar no seu corpo, fazia um tempinho que eu não via. Continuava gostoso. No momento em que nós estávamos pondo a sunga, Wiliam, meu irmão, abriu a porta do quarto sem querer. Ele ficou constrangido, fechou imediatamente. Pedro e eu rimos da situação. Eu pedi para que ele entrasse, e ele fez, pedindo desculpas. Falei que não tinha nada demais. Pedro saiu do quarto, apressado para ir para a piscina, enquanto eu fiquei passando o protetor.
— Desculpa aí pelo incomodo, cara, eu realmente devia ter batido na porta.
— Não esquenta a cabeça com isso, não tem problema.
— Vem cá, você e o Pedro trocam de roupa assim, um na frente do outro?
— É. Por quê?
— Sério? Eu acho isso estranho.
— Estranho por quê? Ele é meu filho.
— Eu sei, eu só acho estranho.
— Sabe que eu também achava? Até me separar e o Pedro decidir vir morar comigo. Tô morando num apê bem pequeno, de um quarto só, você não viu porque não entrou quando foi nos buscar, mas é pequeno mesmo. A gente teve que se adaptar e com isso nós passamos a ter mais intimidade.
— Apesar de achar estranho, eu admiro você. Não deve ter sido nada fácil a separação.
— Não, não foi, nem pra mim nem pro Pedro. Acho que nós acabamos nos ajudando, sabe? Criar uma intimidade com ele foi o passo principal para que nós superássemos tudo o que aconteceu. A minha relação com ele é extremamente diferente do que era há um ano.
— Sério?
— Sério. Agora é tudo diferente. Hoje em dia o Pedro me conta tudo da vida dele, coisas que ele nunca me contaria antes. Nós criamos uma amizade tão grande depois que umas barreiras foram quebradas, ficar pelado na frente dele é uma coisa comum pra mim, não dou a menor importância pra isso.
Meu irmão, apesar de ter seus preconceitos, acabou entendendo.
Aquela sexta-feira foi incrível. Conversei a beça com meus irmãos, com meus pais, nós brincamos em família... Mas eu acabei exagerando. Não só eu, como Pedro também. Apesar de me arrepender da ressaca no outro dia, jamais me esquecerei do que aconteceu aquela noite...
Para encurtar e ir direto ao ponto, Pedro pediu-me para beber com seus primos, na mesa ao lado da piscina, só eles. Tentei dizer não, mas acabei deixando, afinal ele estava sob meu olhar e eram pessoas da família. Pedro comemorou com os primos e eles foram fazer a farra deles, enquanto nós, os adultos, fazíamos a nossa. Já de noite, meu estado não era nada bom. O dos garotos, idem. Todos nós ficamos bêbados. Todos nós exageramos. E só paramos porque começou uma chuva forte. Uma de minhas irmãs me levou para cama, Pedro chegou em seguida com o auxilio de meu irmão. O que me lembro de antes de apagar é que eles deram boa noite e saíram do quarto.
De madrugada, acordei com o corpo todo gelado. A porta da varanda estava aberta e, por causa da chuva forte, fazia muito frio. Limpei os olhos e senti uma dor de cabeça fortíssima, era ressaca misturada com sono. Deitei em seguida, cobrindo a mim e Pedro com um só lençol. Ao fazer isso, Pedro, dormindo, enrolou seu braço em minha barriga, me abraçando e encostando sua cabeça em meu peito. Isso me excitou de uma forma muito intensa. Fiquei arrepiado dos pés à cabeça, e não tinha sido por causa do frio... Passei meu braço pela nuca dele e o abracei também. Nesse momento, senti o pau de Pedro, que estava bem colado à minha perna, endurecer, enquanto o meu já estava pulsando e babando na sunga. O tesão que eu tava sentindo era inexplicável, a minha vontade era de levantar, ir ao banheiro e bater uma punheta, mas eu preferi me controlar. Ou, pelo menos, tentar.
— Pedro? – balancei Pedro para conferir se ele dormia – Pedro? Pedro?
O chamei por três ou quatro vezes, ele não ouviu nenhuma. Naquele momento, o tesão que eu sentia falou tão alto que tomei uma atitude precipitada. Boa, mas precipitada. Levei a mão direita de Pedro para a minha sunga com delicadeza, fazendo o mínimo esforço para que ele não acordasse. Desatei o cadarço da sunga, folgando-a, e pus a mão de Pedro dentro. A mão dele, macia, estava gelada por causa da frieza, e aquela sensação me deu um arrepio grande, me fazendo soltar um leve gemido de prazer. Confesso que minha vontade era de sentir os cantos quentinhos e molhados da boca de Pedro descendo e subindo pela minha rola, mas eu já estava pensando demais.
Passei a movimentar o braço de Pedro para que ele me punhetasse lentamente. A sunga dificultava um pouco, mas o tesão que ela proporcionava era bem maior. A baba do meu pau serviu de lubrificante para que a punheta ficasse mais gostosa. Era impressionante como a mão de Pedro, apesar de pequena, era gostosa. Aquele moleque deve se acabar na punheta com uma mão tão suave...
Os movimentos que eu fazia com o braço de Pedro logo foram se intensificando. Comecei lentamente, mas fui acelerando o ritmo à medida que meu tesão aumentava. Estar abraçado com meu filhote e tê-lo batendo uma punheta pra mim era como estar nas nuvens. Por dentro, meu corpo ardia de tesão, como se a qualquer momento eu fosse explodir. Meus olhos não ficavam mais abertos, meus pés se contorciam, eu apertava firme o braço de Pedro... tudo para tentar controlar aquele tesão insaciável que eu sentia. Até que Pedro acordou.
Percebi que o olho de Pedro abria devagar. Ele não sabia o que estava acontecendo porque, além de enfadado, ele tava de ressaca. Rapidamente fechei meus olhos para fingir que estava dormindo. Não queria que meu filho me visse fazendo o que eu estava fazendo. Mas foi aí que tive uma surpresa.
Logo após que fechei os olhos, senti um aperto firme no meu pau. Não quis dar pra trás, segui fingindo que dormia. Mas aconteceu novamente: senti uma pegada firme no meu pau e uma alisada em meu peito. Não acreditei que meu filho ia fazer o que pensei, mas ele fez. Pedro abaixou minha sunga com muito cuidado para que eu não acordasse; felizmente ele não percebeu que eu estava fingindo. Nisso, ele passou a beijar carinhosamente o meu peitoral e foi descendo com sua língua para a minha área pubiana. Ele lambeu os meus pelos bem devagar e não demorou muito para abocanhar o meu pau, que ainda babava muito de tanto tesão.
Senti uma coisa inexplicável quando meu filhote pôs a minha rola em sua boca aveludada. Não sabia se ia dar certo, mas decidi despertar, achei que iria aproveitar mais estando acordado. Assim que abri o olho, retrai o meu corpo para sentar na cama e Pedro tomou um susto.
— Pedro? – falei com a maior voz de sono possível.
— E aí, cara. – ele respondeu, ainda sonolento.
A brecha da janela que iluminava um pouco o quarto estava encandeando em meu corpo e, me vendo de sunga abaixada com o pau duro feito rocha e com Pedro à parte, sentado, com a boca salivando para me chupar mais, decidi fazer a maior putaria da minha vida, e com o meu filho.
— Tava me chupando? – continuei.
— Sei lá. Eu acordei agora. Eu tava tendo um sonho mó louco...
Eu sabia que ele estava mentindo, assim como eu estava tentando disfarçar. Mas não dei trégua, decidi curtir. Eu me aproximei de Pedro, pus a mão em sua nuca e abaixei sua cabeça com cuidado para o meu pau.
— Chupa, vai!
Pedro deu um sorrisinho de lado bem safado, agarrou firme no corpo da minha rola e continuou o trabalho. Eu encostei à meu corpo na cabeceira da cama, tirei minha sunga por completo e abri minhas pernas, para que Pedro pudesse aproveitar o tanto que quisesse. Era incrível o jeito em que ele manuseava o meu pau, parecia até que era uma vontade reprimida de muito tempo... Com a mão direita ele me punhetava, e com a outra ele alisava os pelos nas minhas pernas. Eu não podia acreditar que tava recebendo uma mamada do meu filhote, do meu Pedro... O jeito que Pedro salivava em meu pau só me fazia pensar no quão sortuda era a menina que ia casar com ele. Pedro, apesar de inexperiente, me fez o melhor boquete da minha vida. A sua boquinha pequena e carnuda era tão gostosa, que só de lembrar me pego com a mão dentro da cueca acariciando o meu brinquedo.
Tomei a liberdade de segurar a mão de Pedro para que só sua boca preenchesse a minha rola. Ele tentava, mas não conseguia pôr tudo de uma vez. Quando soltei sua mão, Pedro tirou a sua sunga, lubrificou seu pau com saliva, levantou minha perna esquerda e enfiou seu pau em mim. Foi tudo muito rápido, eu não consegui impedir, quando vi, já tinha ido. Senti uma dor enorme e, quando ia gritar, Pedro tampou minha boca com força. Eu apertei firme o braço de Pedro, e com isso ele deu uma estocada fortíssima. Meu pescoço revirou para trás por causa da dor, e ao ver isso, Pedro voltou a estocar com toda sua força. E ele não parou mais. O som das estocadas estavam altos e ele não queria nem saber. A dor que eu tava sentindo era foda, mas no fundo, no fundo, tinha um pingo de prazer. Eu tava torcendo para que aquilo acabasse logo, mas quando eu via o rosto de Pedro, se acabando de prazer, eu o deixei continuar. O tempo que ia durar, era ele quem ia decidir.
Pedro lambia e cheirava intensamente a minha perna, que estava apoiada em seu ombro. As estocadas firmes continuavam, fazendo com que seus pelos roçassem nas minhas bolas também peludas. Meus olhos reviravam com aquele misto de dor e prazer que eu mal conseguia diferenciar. A dor na próstata foi passando, e Pedro metia cada vez mais forte. A única coisa ruim era o fato de não poder gemer, então eu me controlava soltando suspiros agudos que não passavam das paredes. Pedro abaixou minha perna e deitou-se em cima de mim, pondo sua cabeça em meu peito. Eu o abracei forte, tateando firmemente a sua pele. Ele desacelerou o ritmo da foda e passou a meter com calma e carinho. Não consegui aguentar e comecei a gemer, baixinho, no ouvido dele, enquanto eu o apertava mais em meu braço fraterno. Meu filho tava se empenhando muito pra me dar o máximo de prazer que eu pudesse sentir, era notório o seu esforço. Enquanto ele metia lentamente seu cacete em mim, o seu corpo roçava no meu pau, pressionando-o contra a minha barriga molhada de pré-gozo. Confesso que toda a dor que eu senti no começo da penetração não existia mais. Ter uma rola me penetrando era uma das sensações mais gostosas que eu já havia sentido na vida. E tudo ficava mais excitante por saber que era do meu próprio filho.
Pedro me empurrou pro lado e se apoiou atrás de mim, voltando a enfiar sua rola. Ele passou seu braço no meu peitoral e me abraçou forte, enquanto metia freneticamente.
— Tá gostoso, pai? – Pedro sussurrou em meu ouvido com a voz mais tesuda que eu já ouvia escutado.
— Tá!!! – o respondi, de olhos fechados, respirando ofegantemente.
Ele não parava de meter nem por um segundo. Não cansava, não perdia o ritmo, nada. Minhas pernas já estavam trêmulas e meu corpo, todo suado, estava começando a cansar. Até que Pedro me virou, sentou em meu peitoral, segurou firme em meu cabelo e apoiou seu pau na minha boca; em três ou quatro punhetadas ele gozou dentro sem nem avisar. O seu corpo se retraiu por inteiro, deu pra ver em seu rosto que a sensação de gozar foi bastante intensa. Foram sete ou oito jatos de porra grossa direto na minha língua. Se não bastasse, Pedro tampou a minha boca para que eu pudesse engolir, ao invés de jogar fora. O fiz, sem reclamar. O gosto de porra, assim como tudo o que tinha acontecido, era novidade pra mim. Mas eu gostei, ainda mais sendo a do meu filhote. Eu não suportei tamanho tesão e comecei a bater uma punheta com vontade. Pedro, ao perceber, se virou e voltou a colocar o meu pau em sua boca. Em muitos jatos, gozei no fundo da garganta do meu filho. Ele, assim como eu, engoliu tudo sem fazer cara feia. Pedro deitou-se em cima de mim, morto de cansaço. Eu estava cansado igual...
Não falamos nada. A posição que estávamos era tão confortável quanto o silêncio. A frieza que fazia quando começamos a transar voltou. Senti o pau de Pedro amolecer pressionado a minha barriga, enquanto o meu adormecia no meio das pernas dele. Eu puxei o nosso lençol e nos cobri. Dormimos daquela forma: Pedro, deitado em meu corpo, e eu, abraçado a ele.
Umas horas depois, acordei por causa do sol forte em meu rosto. Esfreguei os olhos e encarei o teto por alguns minutos, pensando no que tinha acontecido na madrugada. Pedro ainda estava deitado por cima de mim. Com calma, o virei pro lado para que ele não acordasse, mas ele acordou.
— Pai?
— Oi.
Pedro despertou. Ele me encarou por alguns segundos.
— Aí, Heitor, Pê, bora levantar, café tá na mesa! – meu irmão falou, depois de bater na porta.
— Nós já vamos! – respondi.
— Bora tomar café? – Pedro falou.
— Acho que eu vou tomar um banho antes.
Levantei e fui buscar minha toalha. Pedro pegou a sua e entrou no banheiro, antes de mim.
— Não vai demorar muito, tá? – reclamei.
— Ué, cê não vem?
Pedro, já no banheiro, esperou a minha resposta, com um sorriso no rosto. Eu entrei no banheiro, já pronto pro que tivesse que rolar.