Nos encontramos novamente no nosso plantão, Aldenir estava triste, abatido, ao ponto dos moradores perceber e perguntar se estava tudo bem, eu tentando animar ele, mas era difícil.
_ Vc não sabe como ta me doendo essa situação Marcelo, como está difícil ficar com ela dentro de casa, como se tudo estivesse normal.
_ Claro que imagino Aldenir, não sei se teria essa frieza que vc tem.
_ Por minhas filhas Marcelo, não saio de casa por causa delas, se não já teria saído, e quero provar a vagabunda que é a mãe delas, independente de como elas vão reagir.
Momento era tenso, mas eu não conseguia olhar para ele, sem imaginar aquele homem me possuindo, a gente na cama fazendo sexo, eu me criticava por meus pensamentos, mas não conseguia evitar, com uma semana que ele tinha instalado as câmeras, Aldenir entrou feito um foguete na portaria.
_ Eita, quer me matar de susto homem?
_ Marcelo, Marcelo, olha, olha, o safado tá com ela.
Os dois sentados no sofá, conversando, rindo, ela agarrada ao rapaz, que estava a vontade, ela levantou para ir pegar alguma coisa, nesse momento o rapaz deu um tapa na bunda dela e alisou seu kct, ela riu empinanddo a bunda para levar outro tapa, foi, voltando logo em seguida trazendo cerveja para ele, entre um gole e outro, começaram se beijar ardentemente, Aldenir não tirava os olhos do celular, não parava de suspirar, seus olhos começaram escorrer lágrimas, um choro silêncio, sofrido de um homem que dedicou parte da sua vida, a uma mulher, que retribuiu traindo ele, passei me sentir mal, por ter dado a idéia das câmeras, mas ja era tarde, só restava ver aqueles dois.
Logo ficaram nus, pegando sua cabeça, o rapaz fez ela engolir seu kct, que começou chupar com vontade, enquanto era chupado, enfiava dedos na buceta dela que rebolava sem parar, o rapaz levantou, enfiando seu kct na sua boca, segurando em seus cabelos, ele começou foder a boca dela.
_ Vagabunda, comigo não faz isso, fala que é coisa de vadia, para chupar minha rola, tenho que implorar, e mesmo assim faz de má vontade
_ Fica calmo cara.
_ Tô calmo Marcelo.
O que estava ruim, ficou pior, partiram para penetração, parecia um filme pornô, o rapaz fazia o que queria com ela, socando de várias maneiras, e pondo ela em todas posições, sem falar que batia em sua cara, puxava seus cabelos, até cuspir ele cuspiu nela, Aldenir então resolveu transmitir para o grupo da sua família.
_ Cara não faz isso, pensa nas suas filhas, vendo isso na faculdade.
_ Eu preciso fazer Marcelo, tenho que mostrar quem é ela de verdade.
_ Tá, então faça selecionado para quem vc vai transmitir isso, depois vc fala para suas filhas Aldenir.
Assim ele fez, quem começou ver, não acreditava, começou chover mensagens no celular dele, todos querendo saber que estava acontecendo, se não era montagem, se ele estava participando daquilo, se era sexo grupal, enfim, vários tipos de perguntas e ele respondendo todas, até eles terminarem de transar, quando acabaram ele desligou o celular, aí ele desabou em choro, feito um garoto que apanhou, me aproximei e abracei ele para tentar confortar seu sofrimento.
_ Chora amigo, põe pra fora, desabafa.
Ele tentava falar, mas não conseguia, soluçava sem parar, continuei abraçando ele, até ele se acalmar.
_ Porque Marcelo, porque, eu não mereço isso, me fala porque ela ta fazendo isso comigo cara?
_ Realmente vc não merce Aldenir, mas falar o porque, não sei te dizer meu amigo.
_ Minha vontade agora é pegar o revólver e dar um tiro na cabeça, deixar ela livre para fazer o que quiser.
Gelei de medo dele fazer uma loucura.
_ Vc tá louco, e suas filhas, sua família?
_ Minhas filhas já estam moças, sabem se virar sozinhas..
_ Podem até saber, mas pensa como elas vão ficar se vc fizer essa loucura, para de pensar besteira, ergue a cabeça, enfrenta a situação para seguir sua vida Aldenir, vc não vai ficar sem amparo, com essa transição que vc fez, duvido alguém apoiar ela, inclusive suas filhas, senta aí, vc só sai daqui quando formos embora, não vou deixar vc ir no vestuário com aquele revólver lá no armário.
_ Falei da boca pra fora Marcelo, não vou fazer nada não.
_ Então da a chave do seu armário, vou pegar o revólver e por no meu armário.
Ele relutou um pouco mas me deu a chave, peguei o revólver e tirei as balas, pondo elas no meu bolso e deixando o revólver no meu armário.
_ Posso ficar aqui na portaria com vc?
_ Claro Aldenir, senta aí, vamos conversar.
Aquele homem másculo, viril, naquele momento, parecia um garoto indefeso, frágil, percebi que não queria assunto, queria apenas ter alguém ao se lado, então ficamos calados, ele ficou um bom tempo de cabeça baixa, até que levantou a cabeça encostando na parede, me olhou, e lágrimas começaram escorrer de seus olhos, aproximei minha cadeira perto da dele e segurei seu rosto com minhas mãos, com os polegares tentei secar suas lágrimas.
_ Não sofra mais Aldenir, vc não merece sofrer por ela.
_ Não consigo, tá doendo muito Marcelo.
Outra vez involuntariamente , beijo delicadamente seu rosto e abraço sua cabeça pondo ela em meu ombro, e fico acariciando seu cabelo.
_ Como, queria que essa paz que vc me passa, ficasse em mim, uma sensação muito boa, tranquila.
_ Se depender de mim, farei de tudo para vc ficar bem.
_,Eu sinto isso, com vc Marcelo, não sei porque, mas sinto isso com vc.
Comecei pensar que ele estava dizendo aquilo por causa da situação, não seria verdade, ou talvez minha imaginação estaria pregando passa em mim, apesar de querer que fosse realidade, mas não queria aproveitar da situação.
_ E vc, já pensou no que vc vai fazer?
_ Ainda não sei, não quero nem ir para casa.
_ Não tem algum lugar ou uma casa para vc ir?
_ Tem, vou para casa do meu irmão, ele falou para ir lá.
_ Isso vai sim, põe a cabeça no lugar, pensa bastante, antes de qualquer atitude.
Ainda estávamos abraçados, por mim ficaríamos, mas eu mesmo achei melhor separarmos, ele acalmou um pouco, continuamos conversando, mudamos de assunto, ele até deu alguns sorrisos na nossa conversa, e ver ele sorrir foi maravilhoso, enfim deu nosso horário e fomos embora..
_ Se cuida, não vai fazer nenhuma loucura.
_ Fica tranquilo, não vou fazer nada, só quero pensar que fazer daqui pra frente.
Fomos cada um no seu caminho.
Continua.