Caída ao lado do confessionário, Bebel, ou melhor, Isabel como era conhecida, tinha seu corpo sacolejado por convulsões involuntárias que a impediam de controlar a si mesmo; ela balbuciava sempre a mesma frase: “Eu tinha que matá-lo …, tinha que matar o pecador!”. Foi assim que os policiais chamados ao local, por uma ligação anônima, encontraram a jovem seminua …, próximo dela havia uma arma que foi imediatamente coletada pela equipe de polícia científica; alguns metros a mais, atrás do confessionário para ser mais exato, jazia o corpo frio e inerte do jovem padre, cujo nome era Jesus.
Pela cena, tudo indicava que Bebel cometera o homicídio do pároco, bastando apenas as conclusões analíticas do pessoal da área científica …, um grupo de apoio médico chegou ao local; sedaram a jovem, colocaram-na na maca, levando-a para o hospital mais próximo …, o investigador incumbido do caso, olhou para o corpo do clérigo, sacou um cigarro do bolso, acendeu e deu uma longa tragada …, foi incapaz de conter um risinho maldoso, enquanto imaginava o que havia acontecido ali …
Dentro da ambulância, os paramédicos retiraram da mão de Bebel um estranho amuleto …, um anjo de asas negras com espada e escudo nas mãos …, guardaram em um saco plástico para entregá-lo para as autoridades policiais.
(Aproximadamente, dez horas antes …)
Bebel corria pela avenida …, estava atrasada para seu encontro marcado com antecedência; não era o primeiro encontro as cegas que fazia, mas, por algum motivo desconhecido, ela tinha a sensação de que seria algo muito especial. Assim que entrou no requintado restaurante, viu seu par sentado a mesa; era um homem muito bonito e charmoso, exatamente como nas fotos do perfil; sentindo-se como quem tirara a sorte grande ela caminhou até ele, incapaz de conter sua ansiedade.
Juntos, conheceram-se, jantaram e apreciaram duas excelentes garrafas de vinho, até o ponto de Bebel sentir-me um pouco zonza; os olhos pesaram e o corpo pareceu amolecer, precisando da ajuda de seu parceiro para levantar-se e sair do restaurante. Entraram no táxi, e a última coisa que ela se lembra foi do beijo saboroso que desfrutou; um beijo com gosto de vinho; um beijo com gosto de lascívia!
Dois sonoros tapas no rosto foram mais que suficientes para trazer Bebel de volta à realidade; uma realidade brutal e dolorosa! Tinha as mãos e pés amarrados fortemente em uma estrutura de madeira na forma de “X”; estava nua e sentia dores por todo o corpo; seus mamilos intumescidos e a vagina úmida eram a prova contundente de que servira de objeto de prazer.
O ambiente estava em uma suave penumbra, e o que ela conseguia ver era muito pouco já que seus olhos estavam turvados; mesmo assim, ela viu a aproximação de seu algoz; ele caminhava calmamente e sua risada gutural parecia ecoar dentro de sua mente; o toque de sua mão musculosa em seu sexo foi, inicialmente, rechaçada em uma vã tentativa de defender-se de alguma maneira.
Novamente, ele riu dela e sem qualquer pudor, enfiou dois dedos no interior de sua vagina, simulando uma penetração; por um momento, Bebel contorceu-se em revolta, mas, de modo inesperado, viu-se dominada pela mão hábil de seu agressor.
-Está gostando, não é, sua puta? – ele grunhiu, intensificando ainda mais a bolinação profunda – Eu sei que era isso que você queria! Queria um macho para te dominar e sufocar esse tesão que aflora em sua pele, não é?
Bebel bem que tentou responder, mas os dedos enfiados em sua vagina lhe causavam uma enorme sensação de prazer que culminava em uma sequência quase interminável de orgasmos que escorriam entre suas pernas deixando-a prostrada ante tanto prazer.
Repentinamente, e sem aviso, ele sacou os dedos e passou a esfregá-los, suavemente, em seus lábios; Bebel tentou resistir, mas ele continuou até que ela, sentindo-se submetida à sua vontade, entregou-se, lambendo e chupando os dedos com uma avidez que ela, até então, desconhecia. Deleitando-se com o gesto da fêmea, o dominador caiu de boca em seus mamilos, sugando-os com vigor, e chegando mesmo a mordiscá-los até o limite da dor!
Indefesa, Bebel viu-se à mercê do seu carrasco particular, que além de saborear seus mamilos como um animal selvagem, tornava a bolinar sua vagina, enterrando e sacando seus dedos e uma delirante simulação de sexo, cujo resultado surgia com orgasmos intensos e caudalosos que sucediam-se de uma forma alucinante. Mesmo amarrada e submetida ao furor de seu carrasco, Bebel não podia negar que experimentava um enorme e indescritível prazer; cada gozo era tão intenso quanto o anterior, chacoalhando seu corpo com estertores involuntários como uma marionete a serviço da satisfação de um desejo antes desconhecido.
Em dado momento, o algoz sacou seu membro cujas dimensões eram colossais, esfregando-o na vagina melada de Bebel. “Sente só, putinha …, sente o tamanho da rola que vou meter em você!”, ele dizia com um tom sarcástico; a jovem bem que tentou reagir, resistir, porém, não havia meio, pois ela estava sob o domínio da maldade encarnada em um macho sensual e desejável; colocando-se em frente a ela e projetando sua pélvis para frente e para cima, o raptor golpeou com seu enorme membro, penetrando a vagina de uma só vez.
Bebel gemeu de tesão ao sentir-se preenchida como jamais sentira antes em sua vida, e os movimentos que se seguiram, serviram apenas para comprovar a virilidade intensa do algoz, que, a cada estocada, provocava um ápice que redundava e um novo orgasmo. E por um tempo desmedido, Bebel foi açoitada pelo enorme instrumento de prazer de seu sequestrador desconhecido, até que seu corpo beirasse o limite da extenuação, flertando com o desfalecimento.
Repentinamente, tudo cessou …, Bebel foi desamarrada e quase desmaiou nos braços de seu carrasco, que a segurou com muito cuidado …, em poucos minutos, ela já estava novamente presa na estrutura de madeira …, só que desta vez, ela fora posta de costas, exibindo seu traseiro para o deleite insano do desconhecido.
-Nossa! Que beleza de bunda! Tu é mesmo uma gostosa – disse o sujeito em tom entre o elogioso e o safado – Acho que o cuzinho nunca sentiu uma rola, né? Pois agora, ele vai ver o que é bom!
Bebel tentou suplicar para que ele não concretizasse suas intenções, porém, antes que ela pudesse esboçar uma reação, sentiu o golpe rápido e avassalador! Uma dor lancinante preencheu seu ser enquanto a enorme glande invadia suas entranhas, rasgando seu pequeno orifício de uma forma torpe e dolorosa. Ela respirou fundo, tentando resistir, gingando o corpo de um lado para o outro e recuando o máximo que podia …, todavia, tudo foi inútil, pois o carrasco cujo rosto ela não podia ver, prosseguiu em seu intento, enfiando seu membro grosso e duro com movimentos cada vez mais intensos e vigorosos.
No momento em que tudo parou, Bebel sentiu-se preenchida e suspirou aliviada …, mas, isso foi apenas um instante, pois, logo, o carrasco retomou seu assédio, socando sua vara com impetuosidade assustadora, causando mais dor que prazer em sua vítima …, por um átimo Bebel pensou que fosse morrer …, até que, subitamente, a dor foi dando lugar a um estranho prazer.
O sátiro, literalmente, arrombou o ânus de sua presa, deixando-a prostrada diante de sua volúpia anal; mesmo assim, Bebel sentia prazer …, um prazer desconhecido, mas mesmo assim, um prazer! E quando ela ouviu o grunhido tornar-se um urro animalesco, sentiu a onda quente e viscosa do sêmen inundando seu interior …, quedou-se vencida, destruída e sem forças …, o sujeito sacou o membro ainda melado e depois de soltá-la, fê-la ficar de joelhos, exigindo que ela o deixasse limpo com sua boca.
-Vamos, menina …, chupa minha rola, chupa! Faz o que mando – ele exigiu quase aos gritos guturais.
Bebel obedeceu e quase engasgou com aquele pedaço de carne descomunal projetando-se para dentro e para fora de sua boca; esforçou-se ao máximo para abocanhá-lo, mas era inútil, pois além de grosso era enorme; outra pequena onda de sêmen vazou para dentro de sua boca, e Bebel teve receio, engolindo o líquido quente e viscoso.
Antes de libertá-la, o algoz abaixou-se, olhando para seu rosto e exigindo que ela não o encarasse; e foi nesse instante que ela viu o crucifixo pendendo de seu pescoço, e também o anel …, assustou-se com a ideia de que seu carrasco era um religioso …, e, então tudo ficou escuro …, apenas uma voz ecoando em sua mente …, e a voz dizia: “Mate Jesus! Mate Jesus! Vamos! Cumpra seu destino!”.
No hospital, o investigador examinava o amuleto recolhido pelos paramédicos, enquanto aguardava um relatório do corpo médico de emergência. Não havia dúvida de que a jovem matara o padre, mas a pergunta era: porque o fizera?
-Infelizmente, ela sofreu um choque muito grande – dizia o médico para o policial – está sem reação, mais parecendo um vegetal …, nunca vi algo parecido …
-E quando ela poderá falar, doutor? – interrompeu o investigador, incapaz de esconder sua ansiedade.
-Pelo que sei, acho que nunca! – respondeu o especialista – Na verdade, não sei o que dizer …, apenas o tempo nos dará uma resposta mais confiável.
Ao terminar sua resposta o médico afastou-se, deixando o policial perdido em seus pensamentos; olhou mais uma vez para o amuleto para, em seguida, recolocá-lo no saco plástico. Olhou para o corredor como procurando respostas que, talvez, jamais obteria …
No quarto, sobre a cama, jazia uma jovem repleta de dor …, seus olhos vagavam pelo ambiente procurando por algo que nem mesmo ela sabia o que era …, e, repentinamente, viu uma pessoa entrar …, seu olhar, então, encheu-se de terror e ela teve ímpetos de gritar …, mas não conseguiu porque sua voz parecia presa na garganta.
-Agora, durma, minha pequena – dizia a voz rouca, mas afável, enquanto uma mão musculosa acariciava a fronte de Bebel – durma …, descanse …, em breve você não sentirá mais nada!
E um grito ecoou pelo corredor da ala de emergência do hospital, chamando a atenção de todos; o policial correu na direção do quarto, e ao entrar ficou estarrecido com o que viu …
…, e o amuleto não chegou ao depósito de evidências de polícia, sem que houvesse uma explicação plausível para seu desaparecimento.