~ Olá pessoal, tenho vários contos de algumas comunidades da falecida rede social Orkut salvos e gostaria de compartilhá-los com vocês. Todos os direitos desta obra são reservados ao autor. ~
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Bom, primeiro as apresentações de praxe.
Não posso dizer meu nome, nem dar a minha descrição, ou minha idade e também não poderei dizer quando isto aconteceu ou ha quanto tempo, nem onde.
Viram?! Tudo claro! Rsrsrsrs e ainda vou alterar tudo que possa ajudar em qualquer identificação, se ainda assim quiserem acompanhar, será um prazer compartilhar com vocês dessa história que vai parecer pura fantasia, mas duas pessoas sabem que ela é real. Uma delas sou eu. Mas não precisam acreditar, basta sentarem em frente ao computador ou notebook e se divertirem com as trapalhadas de um milionário tolo e vão ver como foram meus últimos dias de carneirinho.
Não terão como acompanhar ao vivo a não ser por pura sorte, pois postarei cada dia em um horário, não faço isso para dificultar, ou me fazer de importante, mas por ser assim minha vida.
Passei tantos anos cronometrado, que a simples hora marcada me irrita.
Para terem uma ideia, minha secretária quando marca meus compromissos, diz: "Ele comparecerá por volta das..."
Então espero que gostem e que alguém leia e lhes asseguro que vou terminá-lo mesmo com poucos leitores, pois tenho por hábito terminar o que começo. Vou responder qualquer pergunta que não peça esclarecimentos que não posso dar. Se for sobre o conto podem perguntar que responderei.
Mas é melhor começar, então vamos lá...
Tudo começou, naquele que deveria ter sido o pior momento da minha tediosa, monótona e predeterminada vida. Vida que tinha sido revirada, estava preso em um quartinho frio e mofado, amarrado com os braços para trás, com as mãos já começando a ficar dormentes, minha boca tampada por uma larga tira de fita adesiva, deitado em um colchonete ralo e frio, longe da família, com fome e surpreendentemente feliz. Em poucos minutos aquele homem de olhos tão lindos e quentes iria entrar, com cuidado tirar a fita de minha boca e me dar um pouco de água, talvez uma comida fria, mas que oferecida por ele parecia um manjar dos deuses. Só via seus olhos sob o capuz preto, mas imagino seu corpo sarado, pois estava sempre com uma calça apertadinha e uma blusa justa, que realçava seus braços musculosos e sua barriga lisinha. Pela calça imaginava uma mala grande, pois o volume marcava sempre. A porta abre e percebo que não é ele. Meus olhos se enchem d’água, estava com medo, muito medo.
Posso ver pelos braços descobertos que é um negro forte, que se aproxima de mim, também encapuzado.
- Então boyzinho, vai ficar bonzinho ou terei que te pôr para dormir? - Ele me mostra um pano na mão e um vidro na outra. - Vamos te levar para outro lugar. Pelo o menos lá não teremos que te amordaçar, nem vai ficar amarrado. Você escolhe, vai por bem, ou quer um pouquinho de dor de cabeça quando acordar?
Balanço a cabeça concordando.
- Se tentar qualquer coisa vou te porrar, entendeu ô pôrra? - E me puxa violentamente do chão.
Fico um pouco tonto, pois não levanto há muitas horas e quase caio e ele ri.
- Ficou tontinho foi principezinho? - E me dá um safanão na orelha que acaba de me tontear.
Nessa hora entra o outro e me tira de suas mãos rapidamente.
- Pôrra cara, cuidado com a mercadoria, olha o que combinamos, deixa que eu levo ele. Você vai buscar o carro, e rápido.
Vejo o negro sair rindo e o meu salvador me olha com aqueles olhos ternos.
Como um bandido, sequestrador, pode ter uns olhos daqueles? Eram do mais profundo azul que jamais vi. A princípio pensei que eram negros, mas depois de algumas horas vi que eram mesmo quase azul marinho. Com uns toques de azul mais claro. Nunca vi nada tão lindo e terno.
- Desculpa ai rapaz, ele é um animal. Ele te machucou?
Percebo que estou chorando, as lágrimas escorrem soltas, se de medo ou alegria de vê-lo, não saberia dizer.
Ele gentilmente retira a fita, que puxa a pele da boca e dói, claro.
- Obrigado, digo lambendo os lábios ardidos.
Ele chega pertinho de mim a ponto de sentir o calor de seu corpo e limpa meu rosto com sua mão, tão quentinha.
- Vamos para outro lugar e você vai ficar mais confortável
- Já falaram com meu pai? - pergunto
- Já, ele vai pagar, em pouco tempo estará em sua casa. - ele diz, gentil.
Aquela informação causou uma mistura de alegria e medo, logo aquele pesadelo acabaria, mas também nunca mais iria vê-lo, podia sentir meu estomago apertar, só de imaginar essa possibilidade.
- Se prometer não gritar, deixo sem a fita, ela está te machucando, posso ver. Lá onde vamos, vou conseguir alguma coisa para passar ai. - Ele também solta meus braços. - Me dê. - Ele pede e massageia um pouco meus braços dormentes e esfrega minhas mãos.
- Porque você faz isso? - Pergunto,encarando seu olhos
- Porque sou bandido, bandidos fazem esse tipo de coisa e porque preciso de uma grana rapidamente. - Ele diz como se explicasse a uma criança.
- Não, isso eu entendo, mas me tratar assim, porque não é como ele? - Digo apontando a porta com a cabeça.
Ele abaixa a cabeça e percebo que ficou sem graça, posso perceber isso mesmo com a máscara em seu rosto.
- Porque você não tem medo de mim? - Ele pergunta de repente.
- Você não vai me machucar.
- Quem te garante?
- Seus olhos, eles são tão ternos, são tão quentes, tão acolhedores.
Ele se afasta e fica me encarando, depois de algum tempo, põe a mão nas costas e tira uma arma grande e a mostra para mim.
- Sabe o que é isto? - Pegando na arma presa na cintura.
- Claro, é uma arma, todos os meus seguranças tem uma.
- Sabe para que eu tenho uma?
- Para se defender, eu não sou uma ameaça.
- Negão, vem cá. - Ele grita e me afasto encostando na parede assustado.
O negro entra, ele me olha e o manda embora outra vez.
- Ele te assusta?! - Ele diz chegando perto de mim. - Eu sou mais perigoso que ele sabia? Talvez por esse motivo eu seja o chefe aqui, já pensou nisso?! - Nessa hora ele já está pertinho de mim. - Sua respiração está alterada - Ele diz - Sua boca sequinha, mas não é de medo. - Subitamente pega em meu pau que fica duro rapidamente em sua mão quente. - Então é isso, você me deseja garoto.
- Não sou um garoto
- Estou vendo que não. - Ele diz apertando um pouco mais meu pau, chego a gemer baixinho de tesão. - Você pode se lembrar de alguma coisa que já desejou e não teve?
- Não.
- Rápido assim? Não precisa nem pensar?!
- Não!
- Então minha responsabilidade é maior ainda. Vamos ver se aproveita para aprender alguma coisa. Já está entendendo o que é ficar preso, agora vai saber o que é querer e não ter. - E solta meu pau.
Ele não diz mais nada e me coloca uma mascara no rosto, mas sem a abertura para os olhos.
- Fica quietinho, ninguém precisa saber que não estará amordaçado. Entendeu? Se falar vou ter que dizer que esqueci de colocar e terei que pôr novamente. - E torna a me amarrar os braços para trás.
- Eu fico quieto, mas não me deixa com ele, por favor.
- Não, não vou deixar, eu te protejo meu príncipe. - Posso sentir sua mão em meu braço me apoiando enquanto ando. - Abaixe a cabeça e senta. - Ouço um pouco depois. - Procure ficar calmo, tudo vai ficar bem - Ele diz pertinho da minha orelha e sinto meu corpo se arrepiando.
- Você parece que está trazendo a namorada para passear. Estou te estranhando, beija flor - Posso reconhecer a voz do negro.
- Vai te fuder cara, e arranca essa pôrra de carro ai - Ouço o meu salva-vidas dizer e sua mão quente na minha coxa. - E vai devagar, não queremos atrair a policia, né? E da próxima vez experimenta dizer o meu sobrenome também. - Ouço sua voz com raiva.
Enquanto íamos para o novo lugar penso em como cheguei naquela situação.
Sou filho único e herdeiro de um grande império econômico. Meu pai é bilionário, se esta palavra faz jus à sua fortuna não sei, talvez trilhardário, explique melhor.
Toda a vida fui protegido, paparicado, mimado, controlado e infeliz.
Tudo que eu queria era ser normal; Quando criança queria poder brincar com os meninos na rua, meninos que só via pelo vidro blindado do carro, poder jogar bola naquele campinho de terra que via sempre que me levavam para a caríssima escola, frequentar uma escola normal, sem ver sempre dois seguranças na porta da sala e um atrás da minha cadeira, ter amigos que não tivessem sua vida e a de seus pais minuciosamente vasculhada, antes de ser permitido frequentar nossa casa e mesmo assim, sempre vigiados.
Nem o vestibular eu fiz como todo mundo, fiz as provas sozinho em uma sala com dois seguranças na porta e dois sentados ao meu lado.
Na cara faculdade particular é assim, até quando vou ao banheiro, antes entram os seguranças, esperam que todos saiam e só então eu entro.
Faço dois cursos, um pela manhã e outro à tarde. Já estou quase formando e sempre imaginei como seria urinar naquele mictório com outro carinha gostoso ao lado, dar uma espiada em seu pau, mas não, a tão terrível possibilidade de um sequestro, sempre me afastou de tudo.
Se queria jogar bola, meia dúzia de guarda costas faziam um time e me deixavam ganhar. Se queria ir a praia, uma era fechada e ficavam eu e mais outra meia dúzia de cachorros bravos, como eu os chamava. Ou me levavam para uma de nossas muitas casas e ficava lá com eles. Estava sempre sozinho, meu pai viajava pelo mundo todo fechando negócios e minha mãe em alguma festa ou organizando alguma coisa beneficente.
Quando queria um sanduíche um cardápio do McDonald's me era oferecido, eu escolhia e rapidamente o sanduíche chegava em minhas mãos, onde eu estivesse.
Eu tinha tudo que pudesse sonhar em pedir. Para quem nunca viveu isso, parece mesmo fabuloso, mas depois de algum tempo, podem ter certeza, é um tédio sem fim.
Passei várias fases. Quando criança, achava divertido, gostava de ver como “temiam” meu pai, fecharam a Disneylândia só para nós. Achei o máximo todos aqueles brinquedos só para mim, mas durou pouco, era tudo tão silencioso, tão impessoal. Nunca mais consegui voltar lá.
Vi pela televisão enorrrrrrrme do meu quarto, uma peça infantil de teatro e fiquei louco para ir. Pedi para minha mãe e no dia seguinte foi feita uma seção especial. Nem acreditei quando vi aquele teatro vazio e eu ali sozinho acompanhando a peça. Acredito que o que eu queria mesmo era estar no meio daquela criançada, gritando, acompanhando a peça como vi na TV. Achei teatro uma merda.
Dos 11 aos 14 ou 15 anos virei rebelde, afrontando o mundo que me cercava. Arrumava alguma confusão só para ver os seguranças se enrolando para resolver. Quando resolvi que queria transar, acho que lá pelos 16, cada sábado uma “modelo” linda era convidada a passar algumas horas comigo. Sempre protegido pela minha matilha pessoal.
Na faculdade me constrangia aquela proteção ostensiva. Fui dispensando de todo trabalho em grupo, excepcionalmente, os meus eram individuais, quando isso era impossível, nos reuníamos na biblioteca, previamente esvaziada e fazíamos o trabalho rodeado de seguranças.
Conseguem imaginar conversas animadas, paqueras, ou mesmo uma brincadeira mais caliente com uma matilha ao lado rosnando, cada vez que alguém se aproximava? Podia imaginar trabalhos em grupo, regados a sexo e morria de inveja deles.
Meu pai, fez uma doação considerável para a faculdade e todos os professores se empenhavam em me ajudar quando, por ventura, faltava alguma aula ou tinha um trabalho para entregar se, por algum motivo, eu estivesse fora do país.
Sempre que achava que ia enlouquecer fazia uma viagem ao redor do mundo.
Paris é linda quando a vemos à noite, mas depois da quarta vez eu a achei suja e mal cheirosa. Na décima, desci do avião, entrei em um carro e nem olhei pela janela.
Não pensem que meus pais são super protetores à toa. Minha mãe era gêmea, sua irmã foi sequestrada e morta aos 14 anos, depois de uma negociação mal sucedida. Meu pai foi sequestrado, quando ainda solteiro, noivo da mãe e ficou 47 dias em um cativeiro. Os dois sempre tiveram muito dinheiro, e quando se casaram juntaram as fortunas e os medos.
Meu pai tem um irmão e seu único sobrinho, meu primo, morreu de overdose quando tinha 16 anos, eu tinha 12 na época, minha mãe tem viva ainda uma irmã e seus dois sobrinhos estão sempre envolvidos em algum escândalo, ou escondidos ou internados em alguma clinica de desintoxicação.
Sempre fui criado longe deles e desde novo entendi que droga é uma droga mesmo e depois dos 15 anos entendi que afrontar o mundo não melhorava a meu mundo, então as regras eram confortáveis e fáceis de lidar e sempre tive um comportamento dócil, meus primos, nas raras vezes que nos víamos diziam que eu era a mocinha da família, sempre tão comportado, tão ajuizado.
Quando passei no 2º vestibular, seis meses depois do primeiro, recebi flores de um deles. No cartão dizia: "Adorei, já temos o orgulho da família, assim sobra tempo para eu viver."
Acho que com uns 13 anos entendi que era gay. Quase morria de tesão vendo um dos seguranças, comentei com o pai e ele simplesmente sumiu.
Entendi que algumas coisas era melhor não comentar.
Aprendi desde novo que algumas coisas você simplesmente tem que fazer. "Faz parte da sua postura social", como dizia minha mãe. Se vamos receber um japonês imundo e importante em alguma negociação comemos aquele comida horrível. Coma pouco, diga que está indisposto, mamãe me orienta. Se aquela perua pavorosa e histérica é importante para o fechamento de alguma transação importante do outro lado do mundo, sorria e seja educado. Casar, ter um herdeiro, é minha obrigação, assim como foi falar 5 idiomas antes dos 18 anos, ou usar corretamente cada um daqueles talheres e copos.
Um dia papai entrou em meu quarto e me viu assistindo um filme pornô gay. Acho que tinha uns 17 anos. Ele viu um pouquinho, minimizou a tela e como se ensinasse a usar um novo talher me orienta:
- Se isto te agrada, divirta-se, mas lembre-se: Ser hétero é uma obrigação social. Terá que se casar e ter um filho ao menos, mas se quiser, divirta-se com seus brinquedos. Agora venha, filho, o embaixador está nos esperando.
Naquela noite pensei em suas palavras, quando mais uma vez, assistia àquele filme. Aquele homem delicioso na minha frente era só um brinquedo? Será que se eu pedisse ele o alugaria para mim? Como fazia com as modelos? Varias vezes pensei em lhe pedir, mas alguma coisa me dizia que não era assim. Aquelas meninas eram mesmo só um brinquedinho, na verdade agradavam mais ao pai que a mim, ele gostava de me ver com alguma beldade qualquer, eles não, de alguma forma com eles era diferente. Um dia meu pai me perguntou:
- Há várias semanas não vemos nenhuma garota aqui. Quer alguém especial? - E sinto como se fosse um cardápio de um restaurante caro. Na verdade havia mesmo um cardápio. É como o oferecido em alguns hotéis, um álbum com varias fotos, características pessoais, grau de instrução e etc.
- Tenho prova esses dias pai. - Eu disse
- Relaxar ajuda na memorização. Vou pedir ao Tomás para mandar alguém interessante para você amanhã. - Ele diz como se falasse de fazer uma saladinha especial para o almoço.
Mal podia esperar o dia seguinte!!!!!! Aquilo tudo era um tédio.
Preciso dizer que não era de todo ruim, só era sem sabor, sem nenhum gosto de conquista, na verdade, até então, nunca soube o que era conquistar nada.
Quis uma moto e ganhei uma linda e saia nela com escolta parecida com a do presidente da república. Se queria uma lancha compravam três, assim era eu e dois seguranças em uma e as outras duas de proteção.
(Alguém está com peninha de mim??????????)
Me divertia muito mais com minhas punhetas. Nelas eu podia viajar, sonhar com um mundo inimaginável de possibilidades. Como seria poder caminhar pela praia cheia de gente, e simplesmente entrar no mar com um desconhecido qualquer, encher sua boca de beijo, pegar em seu cacete delicioso e duro, comer sua bundinha e nem saber seu nome, ou das suas 3 ou quatro gerações anteriores. Me imaginava sentado em um bar e conversando com alguém diferente e desconhecido, tirar um sarro no banheiro, pegar em seu pau por baixo da mesa. Comer algum colega de faculdade no banheiro sempre vazio quando eu entrava. Coisas absolutamente impossíveis para mim.
Mas eu viajava mesmo era em alguém peitando meus seguranças, passando por cima deles feito um trator, só para me ter em seus braços. Não fazem ideia das historinhas que inventava, e sempre gozava horrores, quando o meu herói finalmente me tirava de lá, de helicóptero, uma lancha veloz, uma moto possante ou simplesmente lutando com todos eles.
Então, quando três dias atrás isso aconteceu, eu até o ajudei.
Adoro sorvete. Amo de paixão!!
Naquela semana vi uma faixa em frente à faculdade e em vários trechos que o carro blindado passava, quando me levava para lá.
Falava de uma nova sorveteria, anunciava sabores exóticos e sempre ficava com a boca cheia d'água quando lia.
Naquela quarta, voltando da aula, mando o motorista ir lá:
- Senhor, a segurança nesse horário é menor, somos só dois. Posso vir pessoalmente, enquanto almoça e compro vários sabores para o senhor.
- Amintas, não estou lhe pedindo, vá nessa sorveteria agora. - Digo autoritário, eu mesmo me estranhei, nunca havia feito isso. Faço cada loucura por um sorvete!!!! Poderia passar horas contando das várias vezes que meti meus seguranças em apuros só para me conseguirem um.
Ele comunica pelo radio do carro que mudaríamos o percurso e entramos na sorveteria. Estranhei pois parecia ainda inacabada e menos de 10 minutos depois, somos surpreendidos por 4 homens encapuzados. Amintas ainda tenta me defender, me protegendo com seu corpo e tentando atirar, mas minha fantasia vem a minha mente: "Aquele homem vestido de preto e de capuz era um amante que lutava por mim", e como um tolo e infantil, coloquei meu corpo na sua frente e Amintas não pode atirar, sendo logo rendido, assim como o outro segurança, que são presos em um banheiro com um bilhete nas mãos e eu sou levado.
A sensação de romance acabou no minuto que sou amarrado rudemente, amordaçado e jogado no banco de um carro que sai em alta velocidade.
Tento me soltar e eles me dopam com um pano no nariz. Acordo com muita dor de cabeça naquele quarto frio.
Estava apavorado, toda a fantasia havia acabado. Me lembrava das histórias do pai em seu cativeiro por tantos dias, da minha tia morta. Fiquei muitas horas ali até que ele entra.
Logo que o vi, pensei que ele iria me matar. Vejo uma arma em sua cintura e me afasto arrastando no colchonete, sem tirar o olho daquela arma.
- Calma, rapaz, calma, olha para mim, olha para mim. - Ele diz de longe e alguma coisa na sua voz me acalma, me conforta. Era a voz de alguém acostumado a mandar. Uma voz forte, mas suave, não sei como definir. A voz de um general habituado ao comando, talvez explique um pouco.
Ele um general, eu, alguém habituado a obedecer, não precisa nenhum conhecimento de psicologia para entender que me senti confortável e seguro. Ele tira a arma da cintura, me mostra e a põe no chão perto da porta e mostra as mãos nuas. Pega um marmitex, primeira vez na vida que vi um e me mostra, assim como um copinho de água mineral.
- Vou chegar perto, está bem?! - E se aproxima do colchonete, senta-se nele e gentilmente tira a fita adesiva de minha boca. Me oferece um golinho de água, me recomendando que bebesse devagar e vai me dando a comida fria na boca, pois continuo amarrado. - Vou ver se a próxima está mais quentinha, mas não está ruim não é?! E você deve estar com fome. - Ele diz como se fosse a coisa mais natural do mundo.
- Pode me desamarrar? - Peço.
- Não, meu príncipe, não posso, mas vou dar para você. - E vai me dando a comida na boca e foi quando vi seus olhos, cheguei a engasgar
- Que foi, coloquei muita comida? Desculpe, beba um golinho de água, com calma, vai.
- Preciso ir ao banheiro. - Digo entre uma garfada e outra
- Aguenta acabar de comer ou tem que ser já?
- Depois de comer, está bom isso. - Digo mostrando a comida
- Eu sei, sei quem faz essa comida, comi dela também, mas foi há algumas horas atrás. Olha essa carne que gostosa, prova. - Ele diz pondo um pedaço de carne na minha boca.
- Bom. - Digo sinceramente
- Também achei quando comi. - Ele diz e posso ver que ele sorriu, mesmo sem ver seu rosto, seus olhos brilham como quando alguém sorri.
- Agora banheiro. - Eu digo quando acabo
- Sólido, ou líquido?
- O que?
- Quer fazer xixi ou cocô?
- Xixi
- Então é mais fácil, venha. - Ele diz enquanto me ajuda a levantar. - Vai ter que mijar no copinho se não quiser ficar com cheiro de mijo no quarto, está bem?
- Se eu acertar, sem segurar vai ser difícil
- Eu seguro. - Ele diz abrindo meu fecho e fico roxo quando ele pega em meu pau com sua mão quentinha, mas não consigo urinar.
- Que foi, perdeu a vontade? Nossa, isso tudo é falta de graça, meu príncipe? - Ele brinca vendo meu rosto vermelho. - Imagina que sou uma das suas modelos. Não, é melhor não, de pau duro vai ser mais difícil. - E ouço uma gargalhada gostosa.
- Como sabe delas? - Eu pergunto curioso - E porque me chama assim? Não sou nenhum príncipe.
- É, é sim, um príncipe que adora sorvete, se tiver jeito compro um para você.
- Como sabe?
E ele começa a mexer no meu pau e quase sem perceber estou urinando e ele logo põe o copinho e eu o encho todo, mais o marmitex e ainda urino um pouco no chão.
- Nossa estava apertado mesmo. - Ele brinca, sacode meu pau sem tirar seus olhos dele e nessa hora sinto que começo a ter uma rápida ereção. Em segundos ele está duro em sua mão quente. - Vejam só, meu primeiro cacete real.
Ele se agacha na minha frente e fica olhando.
- Muito lindo, você todo é muito lindo, meu príncipe. Olha que cacete mais retinho, rosadinho. Grandinho você, hein?! Isso não me parece justo... Lindo, bilionário e com um cacete desses. Realmente a distribuição de riquezas não é justa. Mas deixa eu guardar isso aqui, antes que eu faça alguma bobagem. - Ele diz sério e colocando meu pau duro para dentro da calça, sobe o zíper e o ajeita para não me machucar. - Vou ter que pôr a fita na sua boca, mas sempre que vier eu a tiro para você descansar um pouco, está bem? Olha, vamos sair daqui logo e se você não fizer nenhuma bobagem, tudo vai acabar bem e rapidamente estará em casa em segurança. Então fica calmo, eu não vou deixar ninguém te machucar. Está certo? Posso te dar um conselho? Da próxima vez que aparecer uma faixa anunciando qualquer coisa que você adora, simplesmente ignore, nem acredito que foi tão fácil. E nem entre na frente de seu segurança. Tolinho, você podia ter se ferido.
- Não me trate como criança - Disse ofendido - Mas como você sabia que adoro sorvete?
Ele não responde, corta outro pedaço de fita e tampa minha boca.
- Torça para que eu continue te tratando como criança, meu príncipe, porque se eu me lembrar daquele cacete lindo que vi, vou querer incluir estupro no meu currículo, e acho que você não vai querer isso, vai?
- Não. - Balanço a cabeça concordando.
- Imaginei. - Ele diz calmamente, como toda a conversa anterior. Não senti nenhuma ameaça, era como se conversasse comigo.
Algum tempo depois durmo e acordo com ele mexendo nos meus cabelos.
- Seu café, está com fome?!
Balanço a cabeça e ele mais uma vez tira a fita devagar, desamarra meus braços e tomo um suco em latinha até suportável com um pão com manteiga. Achei super diferente o gosto do pão, bom, simplesmente bom.
- Que bom que me desamarrou - Digo esfregando meus braços.
- Achei mais seguro assim, melhor deixar aquela coisa linda longe de mim e trouxe um vidro, urine nele.
Assim passei o próximo dia, esperando que ele entrasse e cuidasse de mim. Já estou com fome quando ele entra, tira a fita, solta meus braços, massageia minhas mãos, abre um marmitex mais quentinho que o anterior.
Comida gostosa, simples, tinha uma verdura cozidinha, que nunca tinha visto, como com apetite e ele fica em pé, sem parar de me encarar.
- Bom, esse verde aqui - Digo e ele olha meu garfinho de plástico.
- Abobrinha, gostou? Nunca tinha comido?
- Não, é bom, tem um azedinho legal.
- Isso é por minha conta, gosto dela com limão. Pinguei umas gotas para você.
- Você que serviu?
- Foi, experimenta ela com arroz e feijão, misturadinho.
Faço como ele diz e acho ótimo. Devo ter feito uma cara ótima, porque ele ri.
- Nem vou perguntar o que você come. Não deve ter nada disso não é?
- Não, nem o arroz é igual, comemos só o integral. Esse eu conheço, é couve–flor mas não gosto muito.
- Eu adoro, por isso coloquei.
Pego meu garfinho espeto e ofereço, ele fica me olhando, levanta o capuz um pouquinho e morde o legume. Posso ver que ele tem o queixo quadrado.
- Isso o que é? - Pergunto levantando com o garfinho uma verdura escura
- Mostarda, é bom com feijão
- Parece apimentada, que bom!!!! - Digo depois de comer.
Quando termino pergunto:
- Repete por favor, quero decorar. Aquele com limão é abobrinha e o verde escuro, eu esqueci...
- Mostarda. - Ele repete
- Igual do sanduíche, não vou esquecer. Vou mandar fazerem para mim, quando voltar.
- Isso, alteza, mande seus vassalos melhorem sua alimentação. Verdura faz muito bem à saúde.
- Eu como verduras e muita, mas é sempre em saladas, e não são meus vassalos - Disse irritado.
- Quando foi a última vez que entrou em uma cozinha?
Deve ter ficado vermelho.
- Que foi, cutuquei a ferida?
- Eu era criança e tínhamos uma empregada que gostava de me mostrar comidas diferentes, como essa. Eu ia escondido na cozinha, quando minha mãe saia e ela me dava para experimentar.
- Porque ia escondido?
Não respondo e ele mesmo responde:
- Cozinha não é seu lugar, não é? Lá é lugar dos empregados, não é isso? Você não deve ser misturar, acertei? Você toca um sininho, igual aquelas madames nas novelas?
- Não, interfono e eles mandam o que quero. - Digo. - Não pense que concordo, ou que ao menos me consultaram antes delas serem estipuladas. Nasci e cresci vivendo assim, não estipulei nenhuma dessas regras.
- Mas também não luta contra elas. - Ele diz irritado.
- Lutaria se soubesse que eram erradas, nunca vi nada diferente. Um dia o pai chegou e não me achou, e me encontrou lá, ela foi despedida na hora. Agora nem fugido dá, tem câmeras de segurança gravando tudo, cada cômodo.
- Porque simplesmente não vai até a cozinha e se alguém te impedir manda ir à merda. Pôrra, você é mais prisioneiro lá que aqui.
- A comida aqui é melhor. - Digo brincando. - Mas esse garfinho!!!!! Como você faz para comer com ele? Cai tudo.
- Eu uso garfo e faca normais, mas não posso te dar.
- Eu posso comer e depois você leva embora. E uma escova de dentes, pode?
- Vou ver, meu príncipe, mas alguma coisa?
- Não. Bom... ficar sem isso na boca.
Ele balança a cabeça negando.
- Amanhã saímos daqui e vai melhorar para você. - Ele diz me mostrando o copo.
Bebo um pouco de água e logo sou amarrado e amordaçado novamente e durmo assim. Acordo com o negro entrando e agora estou encapuzado, dentro de um carro indo para outro cativeiro.
"Como ele sabia das garotas? Ou da minha paixão por sorvete? Quem é ele? Cuidado - Eu penso -, você já causou isso tudo impedindo o Amintas de te defender, não misture tudo. Bandido, sequestrador, ele é isso, só um bandido, um marginal. Você não está batendo uma, isso é real!!!"
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~ Olá pessu! pra quem ainda não me conhece, eu já postei um outro conto aqui no site (encurtador.com.br/gptRZ), estou voltando com mais este conto pra vocês, com mais ação, e mais apimentado também hahaha. espero que gostem deste início e comentem muuuuiiito, quero saber o que acharam. já sabem que sou ansioso e fico atualizando a página né?! kkkkkk, dependendo de como for a recepção de vocês, continuarei amanhã! beijos. <3 ~