Olá, vou me apresentar hoje me chamo Gabriela , mas nem sempre foi assim. Nasci e recebi nome de Gabriel, por algum motivo até então desconhecido eu me sentia estranho entre os meninos e entre as meninas também, mas no fim da infância que a coisa ficou estranha mesmo, eu andava mais com as meninas e era muito sacaneado por colecionar papeis de cartas, embora meus pais achassem que era uma tática para estar próximo das meninas, que por eu trocar papeis de carta e acompanha-las nas aulas de jazz sempre me incuiam nos rolês.
Os meninos ficavam perto de mim por interesse, pois sempre estava com as meninas, porém eu me sentia uma delas e hoje sei que elas também me viam assim, o único que andava comigo quando eu não estava com as meninas era Renato.
Renato era um menino a meia altura com ombros largos devido à natação, nunca o olhei como homem sempre como um amigo, e acho q me nunca me olhou como menina e sim como um rapaz assexuado.
Certa noite as meninas iam dar uma festa do pijama e foi a primeira vez em que elas me excluíram e não me convidaram, tomaram muito cuidado para que eu não soubesse do evento, porém uma semana antes Bia deu com a língua nos dentes em uma conversa, fiquei chateada mesmo sem entender porque. Joana e Larissa vieram conversar comigo e me falaram que por mais que eu passasse muito tempo com elas essa seria uma noite das garotas, e que elas partilhariam coisas que eu talvez não entendesse. Ali com 12 anos foi a primeira vez em que me senti sem identidade. Visivelmente chateada informei as meninas que eu entendia. Elas vendo minha chateação saíram, fiquei mais um tempo na porta da escola e fui embora sozinha e também não fui a aula de dança.
No dia seguinte passei o intervalo com Renato e evitei as meninas, o Rê me perguntou o que havia acontecido e eu lhe expliquei, ele então me perguntou qual era a minha com as meninas e porque eu havia me chateado, já que era uma noite apenas para garotas, falei que mesmo sabendo eu sentia que além dele elas eram minhas únicas pessoas que estavam perto de mim sem nenhum tipo de interesse e que eu estava me sentindo rejeitado, e meio que estava me sentindo meuo perdido.
Renato disse que entendia e me abraçou, nesse momento senti algo diferente de tudo que já havia sentido, meu coração acelerou e me senti segura em um abraço, me afastei e me isolei.
No dia seguinte a Lu e a Bia vieram falar cmg e falaram que perceberam que eu estava mais distante e perguntaram se era por conta da noite das meninas, disse que sim mas que eu entendia elas. Elas se olharam e falaram que a tarde iriamos sair nós três para dar um up no astral, que iríamos ao shopping.
Após a aula pegamos um uber e fomos ao shopping, chegando lá fomos almoçar e Bia sugeriu que após o almoço fizéssemos compras, disse que não estava animada e ela me disse que uma garota sempre se anima para compras e deu uma risadinha. Fiquei sem entender e concordei, mas só se depois das compras assistíssemos um filme.
Como éramos novinhas, nossa única renda era a mesada de nossos pais, por isso fomos em lojas mais baratas. Entramos em uma grande loja de departamentos e as meninas foram direto para a sessão feminina, normalmente eu ficava empolgada mas dessa vez não era o caso. A Lu vira e fala Biel vem logo você que precisa se animar, às compras são suas. Fiquei sem entender e disse para a Lu que ali não era a sessão masculina, as duas riram e falaram “sabemos bobinho”, mas o único jeito de ir na noite das garotas é se for uma... fiquei corada e disse para elas esquecerem pois sabia qual era meu lugar.
A Bia me deu um abraço e disse “Gabi, sempre notamos que você era diferente, só não sabíamos ainda que era uma de nós “. Fiquei boquiaberta e meio sem reação a Lu chegou com um conjuntinho de lingerie um macaquinho e uma baby look básica branca, e disse vamos levar isso, estou sozinha em casa você experimenta e nos diz o que achou, se você se sentir como achamos que vai, voltamos e compramos mais, se não esquecemos isso e fica apenas como um segredo nosso o que acha Gabi?
Ainda sem reação fiz que sim com a cabeça e assim fizemos. Chegamos na casa da Lu e ela foi se certificar que não havia mais ninguém em casa, me deu uma gilete para depilar meus pelos finos e uma toalha, tomei banho e lentamente fui passando a gilete na perna e casa passada ia pensando no que estava acontecendo, aquilo era uma loucura, eu queria parar tudo aquilo mas o coração acelerado e a curiosidade de talvez finalmente me encontrar não permitia. Elas batem na porta e gritam cadê princesa? Eu sorri e disse que estava acabando. Me enrolei na toalha e saí do banho, elas me olharam e falaram olha a safada mostrando o peitilho. “Gabi sempre esconda os seios é assim que nós garotas fazemos” , disse soltando a toalha da minha cintura e amarrando a altura do meu peito. Fiquei vermelha e as duas percebendo meu constrangimento falaram, desencana Gabi, você é nossa amiga e até então era nosso irmão. Me ajudaram a passar creme nas minhas pernas e costas e elogiaram o trabalho que eu havia feito. Bia chegou e perguntou se eu estava pronta para minha primeira lingerie, fiz que sim com a cabeça e ela veio trazendo.
Continua...
