O Sequestro - Cap. 11

Um conto erótico de GuiiDuque
Categoria: Homossexual
Contém 4784 palavras
Data: 24/11/2019 20:51:19

~ continuando ~

-

Depois da formatura fui para Fernando de Noronha, lugar que sempre quis conhecer. Meus pais me ofereceram uma volta ao mundo de presente. Brinquei com eles: “- Fazer isso 7 vezes antes dos 25 anos dá azar”, e não vão acreditar, meus seguranças também nem acreditaram, quando o Beija Flor aparece de férias por lá também.

- Que coincidência, não é mesmo? Esse mundo é mesmo muuuuuuuuuito pequeno!!!!!

Preciso dizer que já havíamos combinado tudo? Foram 10 dias de lua de mel.

Já no primeiro dia ele se mudou para o meu quarto, eu chegava a ficar de rabinho ardido, vi um dia ele fazendo careta de dor quando entrou no mar e ficamos rindo, parecia que íamos morrer, transar todo dia era o mínimo, transávamos várias vezes ao dia.

Mergulhamos, nadamos muito, simplesmente quaramos ao sol de mãos dadas, andamos por aquelas praias desertas e maravilhosas, comemos maravilhosamente bem, pegamos um fogo homérico, enfim tudo que se faz quando se está bem acompanhado e de papo para o ar.

O passeio de barco à Baia dos golfinhos ficará para sempre em minhas lembranças.

Mas, do que eu mais gostei, foi de dormir em seus braços e acordar neles. Por ter feito isso por muitos anos ele tem a manhã. Um jeito de colocar minha perna entre as suas e meu rosto abaixo do seu peito quase em sua barriga, de forma a ficar macio, nossas mãos entrelaçadas, ou de conchinha, dormindo em seus braços quentes e sempre era acordado com seus beijinhos, e sempre tirávamos a primeira do dia, no banho. Chegávamos à mesa do café esfomeados, nossos olhos brilhando, as bocas rosadas de tanto beijo.

Estávamos voltando da Praia de Atalaia, quando paramos para apreciar a paisagem e ele me abraça por trás beijando minha nuca.

- Voltamos amanhã. - Ele diz apertando meu corpo com seus braços.

- Os próximos meses serão dureza, nem quero pensar que tenho que fazer outra monografia. - Falo desanimado

- Então, não pensa. - Ele diz e me beija e realmente, tudo mais desaparece, só lembro de sua boca deliciosa, suas mãos me pegando forte.

- Rum rum. - Ouvimos e já era um código, um segurança avisava quando estava chegando alguém.

- Você me dá um ursinho de pelúcia? - Peço para ele.

- Você quer o que? - Ele pergunta rindo, continuando a andar de mãos dadas.

- Para dormir comigo, como vou fazer para dormir sozinho?!

Ele me pega pela cintura:

- Se quiser podemos dormir separados hoje, para você já ir se acostumando.

Olho para ele na esperança de ele estar brincando e vejo sua carinha tristinha. Eu o abraço apertado, pouco me importando com o grupo que se aproximava.

- Não, não quero, nem quero um ursinho de pelúcia também. Quero acordar em seus braços, todos os dias.

- Aeeee!!!! Eu também, que bom que já aprendemos a não ter tudo que desejamos, meu príncipe.

Voltamos para o hotel e não saímos o resto do dia, tomamos um banho, pedimos uma comida gostosa e ficamos namorando, aproveitando as últimas horas nos braços um do outro.

Estava deitado em seu peito, recuperando o fôlego, quando ouço:

- Lembra quando me fez prometer que nos veríamos novamente?

- Hum rum...

- Depois da morte do Lipe eu fiquei mal pra caralho, e por muito tempo. Aquele dia na sua casa, eu estava apavorado.

- Comigo?

- Com o que você me fazia sentir. Lipe brincava que eu tinha sorte dele ser passivão. Uma vez ele me comeu, só para ver como era. Mas foi péssimo, para os dois, e aí nunca mais tentamos.

- Então teve azar comigo! - E ele sorri me apertando e brinca com meu pau molinho, tira a camisinha e fica me fazendo uma massagem no saco. - Bom isso. - E rebolo em sua mão

- Você foi a melhor coisa que já me aconteceu.

- Gostou tanto assim? - Brinco com ele

- É bom sim, mas... Ter alguém de novo, achei que nunca mais ia acontecer.

- Pois pode ir se acostumando, você é meu refém e não vou pedir resgate!

Ele cobre minha boca, um beijo doce, carinhoso e pouco depois sinto um gosto salgadinho e me afasto vendo seus olhos completamente azuis, as lágrimas escorrem e se perdem naquelas covinhas deliciosas. Beija flor se levanta, parecia sem graça com sua fragilidade e fica na varandinha do quarto olhando aquela paisagem fabulosa.

- Você é tão delicioso. - Ele diz me vendo aproximar nu, caminhando em sua direção

- Tem dono e meu namorado é bravo. - Brinco com ele que sorri. - Qual o problema? - Pergunto o abraçando por trás,

- Nesses poucos meses você mudou minha vida.

- Faz ideia do que você fez com a minha? Mas pela sua cara, a sua não foi para melhor.

- Só estou preocupado, como será viver novamente sem me drogar?

- Não sabia que se drogava... Que merda, cara.

- Existem muitos tipos de drogas, eu usava o sexo. Sempre tive acesso ilimitado e depois da morte do Lipe, eu perdi um pouco o controle.

Sento na varanda o deitando em meu peito.

- Você fala de que? Putaria?

- 4, 5 na minha cama era quase todo dia, eu ficava exausto e conseguia dormir, quando não era assim, ficava bêbado, mas meu fígado não estava gostando muito. Você viu quantas vezes transamos nesses dias?! Hoje?!

- Tava bom, vou sentir falta. - E brinco com seu cacete molinho - Como vai fazer, voltar a pôr o book na sua cama?

- É disso que estou falando, não quero meu book, não quero me drogar mais, não quero me afogar em sexo, putaria é bom se for uma farra, todo dia acaba te consumindo. Quando combinamos essa viagem pensei em trazer unsTinha medo que eu não desse conta do teu fogo?

- Não, seu tolo, tinha medo que desse sim, você é melhor que todo o meu book.

- Agora vou me achar. - E tento brincar, emocionado com suas palavras.

- Sabe que você vai me fuder, não sabe?!

- Não diz isso, eu te amo!

- E talvez seja por aí que eu vou me perder.

- Ou se achar.

- Meu príncipe, isso é só um sonho.

- Não, não é, é real. - E aperto seu corpo em meus braços - Me dê alguns minutos e te mostro o tanto que é real!

- A próxima é minha vez...

O dia amanhece e ele dorme tranquilamente, seu braço descansa sobre a minha cintura, o cheiro de sexo ainda se faz presente. Será que somos dois loucos?

Novo ano começa e seriam os últimos seis meses de faculdade e já me formaria no segundo curso, quando pensava na outra monografia, chegava a achar que estava louco por fazer isso comigo, mas estava acabando, isso dava um certo alivio.

Beija flor e eu nos víamos todo final de semana, às vezes me ligava de madrugada, dizendo me querer ou que tinha sonhado comigo. Ficamos experts em transar por telefone. Ele fazia uma voz de puto deliciosa, quando gozava, seus gemidos quase me enlouqueciam.

Ele ficou de vir naquele sábado e estou esperando por ele tomando uma geladinha quando meu celular toca.

- Oi, cara, é o Artur. - Estranhei, ele nunca me ligou antes.

- Que surpresa, Artur, como conseguiu esse número?!

- Beija flor me deu, pediu para avisar que está com problema e não pode ir aí, depois ele te liga.

- Posso falar com ele?

- Ele quer falar com você. - Ouço ele dizendo baixinho – Cara, ele não está aqui, só me deu esse número, ele te liga depois!

- Artur, pode me fazer um favor?

- Claro.

- Manda-o a merda, se não quer falar comigo, é só dizer. - E desliguei meu celular.

Voltei a ligá-lo um pouco depois, mas não havia nenhuma chamada dele, que não apareceu no domingo também, e eu não liguei. Pensei em ligar pedindo alguém do book, mas sabia que ele iria saber e até escolher alguém para mim, não queria isso.

O que estava acontecendo?

Aquela semana foi terrível eu o imaginava com todos daquele book, como odiei o Artur, que certamente estaria com ele e como me senti infantil por isso.

Porque ele não me ligava?

Sai com o Luiz no meio da semana, mas foi péssimo eu não queria estar com ele, não era sua mão que eu queria me tocando, nem seu rabinho, voltei para casa e resolvo deixar meu orgulho de lado e ligo para o Beija flor. Quase morro quando uma outra voz atende seu celular. Não era ciúme, talvez não só ciúme, era a certeza de que outra pessoa estava com ele, porque não eu?

- Quem fala? - Eu pergunto.

- Quer falar com quem?

- Liguei para o celular do Beija flor.

- Ele não pode atender no momento, quer deixar recado?

- Escuta, está tudo bem?

- Está ficando, ele está dolorido, mas está melhorando. - E ouço barulho.

- Como dolorido? Me deixa falar com ele agora!

- Escuta cara, fica na sua, ele te liga quando der, sacou?!

Definitivamente alguma coisa estava acontecendo, chamo o Tomás e aviso que quero sair. Peço ao Fabrício que me leve na loja dele. Chegamos lá e ele não está.

“- Já imaginava” disse para uma vendedora muito simpática. Ligue para o celular dele e diga que estou aqui e só vou sair quando falar com ele.

Passa alguns minutos e a vendedora chama um dos meus seguranças ao telefone, que ao voltar, me chama para ir embora.

- Fabrício, o que está havendo?

- Vamos, senhor, te explico em casa.

- Pare essa pôrra de carro e trate de me explicar o que está havendo. - Digo no meio do caminho.

- Senhor, ele pede que redobremos sua segurança e avisa que tem que se afastar um pouco, ele o procura assim que puder.

- Fabrício preciso saber mais que isso.

- Senhor, é tudo que sei e também não podemos levá-lo naquela loja novamente.

- Que merda é essa Fabrício?

- Senhor, preciso levá-lo para casa. - Pego meu celular e ligo para ele.

- Passa essa merda de celular para dele. - Digo para quem me atende. - Está preocupado com minha segurança, pois vou te dar um bom motivo para se preocupar de verdade.

- Espera! - Ouço

- Sou seu namorado, não um cu que você enfia quando tem tesão, se tem problemas, eles são meus também, não me exclua ou resolva e me exclua de sua vida.

- Eu não tenho problemas, você tem, se afaste de mim por uns tempos, te ligo quando tudo acalmar.

- Porque sua voz está esquisita?

- Porque tenho vários pontos na boca, está doendo pra caralho, mal consigo falar, por isso alguém atende meu celular.

- Venha para cá eu cuido de você ou me de seu endereço, eu vou para aí.

- Fique longe de mim! - E desliga o celular.

O final de semana chega e não tenho notícias dele.

Quarta feira chego em casa depois da faculdade e entrando em meus aposentos para me trocar para fazer minha musculação vejo a arrumadeira saindo de lá.

- Boa noite, senhor, seu namorado está melhor?

- Volte aqui, por favor, sente-se. - Peço e ela fica me olhando surpresa. - Quando viu o Beija flor?

- Na terça, saindo do escritório do Tomás, foi acidente, ou ele brigou? Ele está melhor?

- Como ele estava?

- Eu não devia estar lhe contando isso, ô meu Deus... Eu acho que falei demais, senhor.

- Todos me tratam como um retardado por aqui, estou feito louco atrás dele e ele esteve aqui?!

- Senhor, preciso ir. - E ela se levanta, mas volta ainda da porta. - Talvez só estejam preocupados com sua segurança. - Ela diz me olhando carinhosamente.

- Acho que está na hora de alguém se preocupar com a minha felicidade e não com a minha segurança. Vá, não quero te prejudicar.

- Ele estava machucado e parece que não conseguia falar direito, eu me preocupo com sua felicidade. Nunca vi o senhor tão feliz quando ele está por aqui.

- Isso foi terça feira?

- Da semana passada, senhor.

- Obrigado, agora vá, e boa noite. - E vou procurar o Tomás.

Vou até seu escritório e vejo os meus seguranças todos lá. Ele me olha surpreso:

- Posso ajudá-lo, senhor?

- Saiam todos, por favor, depois Tomás os chama novamente. - Falo e quando estou a sós com ele sinto meu sangue fervendo, estou realmente puto. - Filho da puta, que ordem está seguindo agora e me enganando?

- Senhor??

- Senhor é o caralho, o que Beija flor fazia aqui na semana passada? O que está me escondendo?

- O que está sabendo, senhor?

- Sei que não posso confiar em você, o que mais preciso saber?

- Sente-se, senhor.

- Estou muito bem de pé, fale!

- Tentaram obrigá-lo a ajudar em um possível sequestro, alguém descobriu que ele anda frequentando sua casa, ele se recusou e descobriu quem planejava tudo, houve uma briga e o Beija flor se machucou, mas acho que os outros machucaram mais ainda.

- Porque não me disseram isso? Acha que tenho 10 anos?

- Procure se acalmar, senhor

- Não quero me acalmar, quero saber o que acontece a minha volta.

- Ele me pediu para não lhe contar e seu pai concordou e eu recebi a ordem. Eles ficaram com receio, já que sabendo que ele havia se machucado, você poderia se expor.

- E quando a minha opinião seria considerada? Como ele está?

- Levou vários pontos na boca, quebrou o braço direito e duas costelas.

- Você tem o endereço dele?

- Não, senhor.

- Se você trabalhasse para mim, estaria demitido!

- Senhor...

Eu o deixo falando sozinho e saio de casa, fico no jardim, tentando esfriar minha cabeça. Depois de algum tempo ligo novamente para ele.

- Por favor, passe o celular para ele. - Peço. - Está aí? - Pergunto.

- Hum rum.

- Você está me tratando com o mesmo desrespeito que meus pais fizeram.

- Não...

- Uma vez me ensinou a não confiar nas pessoas que me cercam, esqueci de aplicar esse conhecimento em você.

- Escuta...

- Resolvemos isso juntos e entenda de uma vez por todas que eu te amo, ou ajuda meu pai a me trancar em um quarto blindado e esquece que eu existo.

- Escuta!

- Escuto, posso até ler, se não estiver conseguindo falar, mas não vou mais ser tratado como um idiota.

- Vou aí. - E o seu celular é desligado.

Fico no jardim até ver um carro entrando na propriedade, não é o carro dele. O carro para perto de mim, Beija flor desce fazendo uma careta de dor e o carro volta, saindo de minha casa.

Encaro seus olhos completamente negros, posso ver seu braço engessado e seu rosto muito inchado, principalmente a boca.

- Quanto tempo achou que poderia se esconder de mim? - Vejo Tomás se aproximando. - Nunca imaginei que se uniriam para me enganar. - Digo quando tenho certeza que ele também poderia escutar. - Ainda tenho mesmo muito a aprender. - Digo olhando os dois.

Beija flor balança a cabeça e seus olhos parecem me devorar.

- Prepare um quarto de hospedes. - Digo ao Tomás - Chame um médico e mande que o examinem. Quero uma enfermeira com ele 24 horas. Quando se lembrar que tem nessa casa um amigo e não um cachorrinho para brincar quando quiser, sabe onde me encontrar. - E deixo os dois no jardim.

Entrando em casa ligo pelo interfone e chamo o Fabrício e aviso que estou saindo.

- Tenho que falar com o Tomas. - Ele diz

- Fale do carro, estou saindo com você ou sozinho.

Vejo os dois ainda no jardim quando um carro para na porta e Tomás tenta se aproximar e eu mando arrancar.

Pouco depois o celular do Fabrício toca.

- Não sei aonde vamos Tomás. Não, não estou armado. - Ouço. - Se eu não viesse, ele sairia sozinho, preciso desligar. - Fabrício diz quando faço um sinal para ele cortar aquela ligação.

- Só quero esfriar a cabeça, Fabrício, vá onde se sentir seguro, acho que só quero preocupá-los um pouco e também sair daquela casa, ela está me dando claustrofobia.

Passeamos muito de carro, estávamos no carro particular do Fabrício, meu celular tocou e eu o desliguei e proibi o Fabrício de atender o dele. Voltamos para casa bem tarde. Logo que entro vejo o pai com o Beija flor.

- Filho, vamos conversar! - O pai diz entrando na minha frente quando passava por eles.

- Estou cansado, vou tomar um banho. Beija flor é meu convidado, fica até poder falar, e tentar explicar essa merda que vocês dois fizeram comigo, até lá ele fica no quarto de hospedes. - Ando um pouco e volto. - Acho bom resolverem começar a me tratar como adulto, pai. Isso não vai mais se repetir, se descobrir que qualquer outra informação foi manipulada antes de chegar a mim, saio dessa casa, tenho recursos para isso. Outra coisa, não quero mais o Tomás cuidando de mim.

- Filho ele só cumpria ordens... - Mas já não o escutava e fui para o meu quarto.

Estou tomando meu banho quando vejo o Beija flor entrando em meu banheiro, saio da ducha e estou me enxugando quando ele se aproxima e olhando o colar que me deu, que estava sempre em meu peito o aponta.

- É um ótimo jeito de mostrar que me ama mesmo. Sabe o quanto me magoou me tratando igual um idiota? Não vou tolerar isso, de você e nem de mais ninguém. Como espera que eu confie em você, sabendo que não confia em mim?! - E ele tenta me abraçar, mas não deixo.

Saio do banheiro e vejo uma folha em cima de minha cama, ainda nu, enrolado na toalha e começo a ler:

"- Meu príncipe lindo, eu te amo, nunca duvide disso..." - Assim começa e leio que ele estava preocupado por não poder me defender, pois precisa descobrir quem queria me pegar e depois ele havia se machucado e que teria pedido ajuda ao Tomás para aumentar minha segurança, enquanto ele desmantelava a quadrilha, mas que ele foi pego de surpresa em uma emboscada e tinha levado um golpe na boca que, felizmente, não quebrou seu maxilar, mas cortou a boca toda. Ainda quebrou seu braço e duas costelas. Naquela semana os homens dele tinham conseguido encontrar os tais sujeitos e que eu não tinha que me preocupar mais com eles.

- Não é assim que vamos resolver as coisas por aqui, Beija Flor. Você não vai sair peitando meus inimigos, para isso tenho seguranças. Eles são treinados! - Ele faz um gesto de quem corta a cabeça e entendo. - Você já resolveu, mas porque não deixou esse recado na terça passada? Precisava tentar me enganar? Acha que sou tolo? Sabe como me senti quando descobri que fui enganado pelos meus pais. Como acha que me senti sabendo que fazia o mesmo comigo?!

- Como diferente? - Falo depois de ler o que ele escreve - Meus pais também me amavam quando me enganaram. Também achavam que tinham ótimos motivos. Como acha que senti te imaginando cercado pelo seu book. Sendo devorado por eles, me esquecendo.

Ele pega minha mão põe em seu pau e mostra seu ouvido.

- Vai sair gala pelo ouvido? Pois espero que saia mesmo, pelo ouvido, nariz, boca... Tomara que esteja tudo doendo. - E ele vai puxando meu corpo, volta minha mão em seu pau e diz não com a mão. - Aqui não dói, é isso?

- Hum rum. - Ouço ele tenta sorrir e manda um beijo.

- Quer beijinho? Acha mesmo que está merecendo um beijinho?

Ele faz biquinho e junta os dedos fazendo o sinal de muitos e empurra meu ombro tentando me abaixar.

- Não acha que vai resolver tudo assim, acha?

E vejo sua mão abrindo os botões de sua camisa, descendo seu fecho éclair e com uma mão só ele tem dificuldade de tirar sua calça, mas não ajudo, e minha boca enche d’água vendo seu cacete delicioso marcado naquela cueca boxer branca.

Posso ver muitos roxos em seu corpo e imagino que estejam doendo, mas seu cacete endurecendo na minha frente atrai completamente os meus olhos.

- Isso não muda nada. - Digo sem nenhuma convicção.

- Hum rum.

"- Como alguém consegue ser tão delicioso?" - Penso um segundo antes de sentir teu cheiro, sentir seu cacete duro que mordo por cima da cueca e ele geme reclamando. - Devia te morder mesmo, não faz mais isso!!! - Mas já não penso em mais nada.

- A enfermeira que o Tomás arrumou é bonitinha? - Pergunto vendo seu corpo nu e sujo de nossa gala. Ele fez o gesto de um violão. - Acho melhor eu te dar o banho, então!

- Hum rum. - E faz um sinal de "OK", mas com sua mão começa a me punhetar e quando estou bem duro, ele abre uma gavetinha, tirando uma camisinha e a joga para mim.

- Você está muito folgado sabia?

Tomás não tinha contratado nenhuma enfermeira, Beija flor não quis, aquilo foi só para brincar comigo.

Tive uma conversa séria com os dois, o pai e ele. Aquilo não podia se repetir. Eles não podiam esperar que eu tomasse atitudes de um adulto se era tratado como uma criança. Criança só nessas horas pois era tratado como adulto na cama por ele e como adulto pelo meu pai na empresa. Os dois ficaram muito sem graça e concordaram que erraram comigo.

Beija flor fica na minha casa por uma semana, depois diz que precisa ir, lá terá quem cuide dele.

Infelizmente aquela não foi a única vez que ele agiu sozinho em alguma situação que eu estivesse em perigo e também não foi a única em que se machucou.

Naquela sexta feira, cheguei da faculdade exausto. Depois das férias estava difícil retomar a correria de trabalhos e aulas, tomei um banho e me joguei na cama nu, tentando descansar um pouco. Acordo pouco tempo depois e devo ter sonhado com o Beija Flor, pois meu pau está pulsando de tão duro. Brinco com ele um pouco e penso no book. Vejo-o de longe, mas não quero ninguém de lá. É como um cardápio de um restaurante fino. Os pratos são fabulosos, mas depois já o comemos várias vezes, fica meio monótono. Claro que quando estão sobre a mesa nos deliciamos com ele, como era com aqueles rapazes e moças.

Beija Flor está viajando, voltará no domingo e já combinou que viria me ver, lembro brincando com meu pau. Quero um rabinho quente, um braço forte me apertando e nessa hora me lembro do Luiz e sorrindo vou até o interfone.

- Pois não? - Ouço a voz do Tomás.

- Luiz está de plantão hoje?

- Está saindo, senhor.

- Então deixa, obrigado!

- Senhor, posso trocar seu plantão, se precisa dele.

- Não precisa, Tomás, ele deve estar cansado.

- Porque não perguntamos para ele?

- Está certo, veja se ele não se importa de dar uma corrida comigo hoje, mas Tomás faça de forma que ele entenda que não é uma ordem. É sua folga, não quero fazer sacanagem com ninguém, ele pode ter outros planos.

Ouço o Tomás falando com alguém pelo celular.

- Ele está voltando, vou separar as chaves do blindado, pode vir, senhor.

- Obrigado, Tomás - Digo vestindo com dificuldade a calça, meu pau duríssimo atrapalhava.

Ainda fico um pouco na porta quando vejo o Luiz chegando.

- Tem certeza que não vou atrapalhar? - Pergunto quando o Tomás está entregando a chave e a arma para ele.

- Não, senhor, minha namorada está viajando, acho até bom, assim tenho minha folga outro dia.

- Se é assim, vamos, então. - E vou indo para o carro com ele.

Vamos para o motel e foi bom demais. Aquela já era a quarta vez que transávamos e ele nem precisava mais de gel e já estava todo experiente. Estava saindo sempre com seu amigo e estava mais solto, fogoso na cama, uma chupada deliciosa, uma pegada forte, suas mãos grandes me dominavam, gemia que era uma delícia de ouvir. Rebolava como uma putinha no meu pau. Foi demais.

Estamos saindo e peço para ele voltar por outro lugar.

- Não acho conveniente, a barra por ali anda pesada. - Ele diz.

- Para que tem esse monte de músculos, aí? - Pergunto rindo. - Se precisar chamamos o Tomás e peço um segurança mais corajoso - Digo o desafiando.

- Senhor - Ele diz - Não é falta de coragem, eu peço que não insista, soube que tem tido muito problema por lá.

- Já que voltei a ser o senhor, estou mandando ir. - Digo dando o assunto por encerrado.

Ele manobra o carro e me leva onde pedi quando, menos de 10 minutos depois vejo uma barreira de pneus à nossa frente.

Imediatamente ele procura seu celular, mas ele o havia colocado em outro lugar no motel e não o encontra imediatamente. Vejo se aproximando uns oito sujeitos mau encarados.

- O carro é blindado, não é? - Pergunto preocupado, ele tenta dar uma ré e bate em alguma coisa que foi jogada e estamos presos.

Ele encontra seu celular e está ligando para o Tomás pedindo reforço quando vemos um táxi se aproximando, tentando fugir. Os 8 ainda estão afastados, ele aponta a arma para o táxi, que para ele me enfia nele e dá o endereço de minha casa.

- Some daqui! - Ele diz para o motorista.

- E você? - Eu grito quando vejo ele correndo para o carro, mas ele não consegue entrar e é cercado.

Do táxi eu ligo do meu celular para o Tomás:

- Tomás, problema, manda todo mundo para cá.

- Senhor, onde está?

- Tomás, Luiz está cercado, são uns oito.

- Senhor onde está?

- Em um táxi, ele me enfiou em um táxi e ficou lá sozinho, mande ajuda já - Digo começando a chorar, desesperado.

Pergunte ao motorista onde estão. Assim faço e passo o nome da rua para ele que diz estar mandando ajuda e me orienta a continuar indo para casa.

Chego, Tomás não está e alguns outros seguranças também tinham ido e pelo o menos quatro horas se passam até ter alguma notícia. Na verdade, até ter uma das piores notícias de minha vida.

Estou na varanda da casa, quase três da manhã, esperando alguém aparecer quando vejo o Fabrício, Ivan e o Tomás entrando.

Fabrício está muito sujo de sangue, vejo de longe e corro até eles.

- Você não deveria estar em um hospital? - Pergunto para ele.

- Esse sangue não é meu, é do Luiz, vou me lavar. - Ele diz se afastando.

Meu coração chega a repicar no peito.

- Tomás, como ele está? – Pergunto.

- Está tarde, senhor, vamos entrar.

Eu o seguro pelo braço e repito:

- Tomás, como o Luiz está?

- Mal, senhor, acabamos de deixá-lo no hospital, ele perdeu muito sangue, levou quatro facadas, está sendo operado. Filho da puta, aquele luta como um tigre. Acredita que com quatro facadas no corpo ainda derrubou três, se eu não tivesse visto não ia acreditar. Entre, senhor, vou me trocar e voltar para o hospital.

- Eu vou com você.

- Desculpe, senhor, não posso permitir, estamos com poucos seguranças. O Davi também se cortou e está lá levando uns pontos e o Daniel quebrou um braço. Seu pai está fora com os rapazes dele. Só quero saber porque ele te levou para lá? Se ele sobreviver, eu pessoalmente vou matá-lo. - Tomás diz irritado entrando na casa.

Ele é o único que tem um apartamento na parte social da casa, para que possa rapidamente nos atender, quando necessário; todos os outros seguranças ficam em apartamentos reservados aos empregados, que ficam em outra ala da casa.

Vou entrando atrás dele, transtornado.

Quatro facadas... Sendo operado... Perdeu muito sangue... Derrotou três ferido, as informações não conseguiam ser processadas pelo meu cérebro, simplesmente começo a vomitar.

Tomás volta rapidamente me ajudando, me levando para fora para respirar um pouco.

- Minha culpa, foi minha culpa, Tomás, era folga dele...

- Por favor, senhor, não fique assim, respira fundo, claro que não foi sua culpa, venha vamos lavar a boca, me deixe molhar seu pulso - Ele diz me levando até um pequeno chafariz limpando meu rosto, molhando minha nuca e vai me acompanhando de volta para casa.

Atravessamos a casa e nem me lembro como, eu parecia um zumbi.

Tomás me deixa em meu quarto dizendo que ia se trocar e voltar para o hospital, peço que dê notícias assim que tiver alguma e fico deitado, mas não durmo.

Puta que pariu, o que eu fiz??????

Amanheceu e nenhuma notícia, nem o Tomás havia retornado, que só entra em casa perto das 9 da manhã.

Luiz estava na UTI.

- Sujeito de sorte aquele lá. - Tomás diz ainda irritado - Vai sobreviver para entender a merda que fez te levando lá.

- Tomás ele não teve culpa... - Tento dizer.

- Senhor, desculpe, estou exausto, Fabrício vai ficar à disposição, vou tomar um banho e dormir um pouco - Ele diz indo para seus aposentos, sem me deixar explicar. - E não se preocupe mais com isso, se sobreviver, aquele não trabalha mais conosco. - Fala como se isso ajudasse em alguma coisa, mas só piorou tudo.

Passo aquele sábado péssimo, não consigo comer, nem dormir. Como vou viver sabendo que tenho sua morte em minhas mãos? Se sobreviver, já perdeu o emprego, talvez nunca mais consiga outro de segurança, Tomás nunca lhe dará uma carta de apresentação. Pôrra o que eu fiz??????

-

~ eae, pessu. como estão? não vim ontem porquê acabei saindo! espero que gostem deste capítulo e comentem muito!!! <3 ~

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Comentários

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Cara insaciável, agora se sente culpado

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Maior vacilo do príncipe. Espero q ele não deixe o segurança sem demitido.

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Tem que ter atitude de assumir a culpa agora

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