Presos na Mesma Cadeia - Capítulo 7

Um conto erótico de Lucioseixas
Categoria: Homossexual
Contém 2067 palavras
Data: 22/12/2019 20:38:48
Última revisão: 03/02/2020 03:59:54

Não saí de minha cela, nem mesmo para jantar, fiquei parado lá, refletindo. Não sei como, mas peguei no sono e acordo somente no outro dia. A sirene me despertou, me fazendo acordar de um sonho que eu classifico como um dos piores que já tive. No sonho, eu beijava Bruce, e ele passava suas grandes mãos por toda parte do meu corpo, o pior de tudo é que eu não resistia, e parecia gostar.

Balanço a cabeça em negatividade só de lembrar. Eu ainda hei de me vingar daquele ogro, nada do que ele me fez vai ficar barato. Ele pode ter músculos, mas eu tenho a esperteza. Não sei como e nem quando, mas vou conseguir fazer aquele cretino pagar caro. Como eu falei antes, ele vai se arepender de ter posto os olhos em mim. De ter me tocado e ter me beijado... Que raiva eu sinto.

Bob: Tá tudo bem aí parceiro? Você parece transtornado!

Bob fala comigo.

John Luke: Depois de ter sido estuprado e humilhado, só posso estar transtornado mesmo!

Bob: Fica calmo cara, uma hora ou outra isso vai acabar. Melhor ser estuprado do que ser morto!

John Luke: Algumas coisas são piores do que a morte Bob!

Bob olha para mim por alguns segundos. Se levanta e sai, sem dizer nenhuma palavra.

Sei que Bob é um cara gente boa, e tenho certeza que se pudesse ele me ajudaria, mas infelizmente, não tem como. Eu sou o único que pode me ajudar.

Me levanto e vou em direção ao banheiro, ainda estou um pouco receoso de ir até lá, depois de quase ter sido estuprado por aqueles três caras, mas dessa vez, não serei tolo, mesmo não querendo, eu sei que "pertenço" ao Bruce, então se algum marmanjo tentar algo, eu deixarei bem claro o que eles terão que enfrentar se tentarem algo comigo.

Fico mais um tempo na cela, talvez não tenha tantos presos no banheiro, após alguns minutos vou caminhando em passos lentos, de cabeça baixa, quando sem querer esbarro em alguém.

Olho para ver quem é, me deparo com um homem ruivo, barba grande, estilo viking, olhos claros, alto e com músculos, noto uma tatuagem de cobra em seu pescoço, e uma outra tribal em seu braço esquerdo, ele olha para mim, penso que vai dizer algo, mas ele simplesmente sai. Pelo menos, esse não queria confusão.

Caminho até o banheiro, logo na entrada, vejo dois caras saindo conversando sobre algum assunto. Entro e reconheço dois homens, são Tom e Justin. Justin está fazendo um boquete em Tom, debaixo do chuveiro. Fico pasmo com aquela cena, logo no banheiro? Tom está com a cabeça para trás, enquanto Justin continua o chupando. Eles ainda não notaram minha presença. Tento passar despercebido, indo para um chuveiro mais distante. Escuto gemidos grossos, que saem de Tom. Olho para eles, Tom era um homem bem grande, ele é muito músculoso. Em uma briga, esse cara com certeza sempre deve se sair como o melhor. Continuo observando.

Porra, isso tá me deixando excitado para caralho. Justin começa a bater uma para Tom.

Tom: Por que você parou? Se eu quisesse, bateria eu mesmo punheta. Anda, volta a chupar!

Justin: Minha boca está doendo Tom!

Tom: Se você não voltar a chupar, não vai ser só a boca que vai doer!

Justin volta a chupar. Minha vontade agora, é de bater uma, mas não posso fazer isso, se eles verem, eu estou ferrado.

Justin continua chupando, dessa vez, mais rápido. Tom começa a gemer mais alto, quando de repente, ele goza.

Tom: Engole todo o meu leite puta!

Justin faz o que foi mandado, engole o gozo de Tom. Lambendo todo o seu pau.

Tom: Bom garoto. Sabe como deixar teu macho satisfeito, não é a toa que você é minha puta favorita!

Justin: Eu já posso ir Tom?!

Tom: Toma um banho comigo!

Justin faz o que Tom manda. Os dois começam a tomar banho, ainda não me notaram. Eu começo a tomar banho também, nem ouso prestar mais atenção nos dois. Olho novamente por alguns segundos, e vejo que os dois finalmente me notaram, mas não falam nada, eles já estavam saindo.

Termino de tomar banho e depois vou para o refeitório. Pego uma bandeja e procuro um lugar para sentar. Vejo Justin e vou em direção a ele, me sentando ao seu lado.

John Luke: Bom dia Justin!

Ele me olha, logo abaixa o olhar, parece envergonhado.

Justin: Bom dia John Luke. Gostaria de me desculpar por hoje mais cedo no banheiro, acredito que tenha visto o que aconteceu!

Limpo a garganta.

John Luke: Sim, eu vi. Mas não tem porquê se desculpar!

Justin: Eu agradeço. Não queria ter feito aquilo no banheiro, mas não tive outra saída. Não sou eu que tomo as decisões!

John Luke: Eu entendo. Mas relaxa, eu vou dar um jeito de nos tirar dessa situação, de manter esses loucos longe de nós dois!

Ele me olha assustado.

Justin: O que está pensando em fazer?!

Eu sorrio de lado para ele.

John Luke: No momento, nada. Mas eu vou pensar em algo!

Comemos nosso café da manhã em silêncio.

Após o café Justin fala.

Justin: Hoje tem psiquiatra. Eu gosto de conversar com Alan!

John Luke: Alan? Esse é o nome do psiquiatra?!

Justin: Sim, ele já foi um detento, mas venceu o vício nas drogas e conseguiu se formar em psiquiátria!

Porra, o cara é um vencedor. Eu admiro esse tipo de gente que consegue vencer vícios. Sabe como é lutar contra sí mesmo? Acredite, não é fácil.

John Luke: Como faço para ter uma consulta com ele?!

Justin: Não faça isso. Pelo menos dessa vez, não faça sem a permissão do Bruce!

Bufo

John Luke: Não se preocupe, dessa vez eu vou pedir a permissão daquele ogro asqueroso!

Justin: Menos mal. Alan faz questão de vim todos os dias. Basta você ficar na fila até chegar sua vez. Nem todos os presos vão!

John Luke: Humm, então onde posso te encontrar? Antes de ir vou pedir permissão ao Bruce!

Justin me diz aonde devo encontrá-lo se Bruce permitir.

Saio em busca de Bruce, procurando por todos os lugares. O encontro no pátio, jogando cartas com outros caras, Tom está do seu lado, jogando também.

Me aproximo e escuto risadas e xingamentos, provavelmente por conta do jogo.

John Luke: Bruce, posso falar com você?!

Ele me olha, aquele maldito olhar intimidador.

Bruce: Não tá vendo que eu tô ocupado?!

Josh: Essa é sua nova puta Bruce?!

Bruce: O que você acha?!

Josh: Dessa vez você escolheu bem!

Os caras começam a rir. Risos maldosos que me fazem cerrar os punhos.

John Luke: É bem rápido Bruce. Por favor!

Marcus: O puto já acha que tá cheio de moral, só porque tá sendo fudido pelo chefe!

Um dos homens fala, e todos começam a rir, inclusive Bruce.

Tudo o que eu queria agora é pôr a cabeça em um buraco. Mas permaneço firme.

John Luke: Bruce, eu juro que vai ser rápido!

Ele me olha irritado.

Bruce: Calma aí karalho, eu vou daqui a pouco!

Me sento em um lugar e fico o esperando. Mesmo com comentários maldosos de alguns dos homens, eu continuo sentado, esperando. Em um momento ele se levanta e vem até mim.

Bruce: O que foi puto?!

John Luke: Vim pedir sua permissão!

Bruce: Para quê?!

John Luke: Para tudo. Para ir ao psiquiatra, para conversar com quem eu quero, para ir à blibioteca e claro, para ir as aulas, sem precisar ser estuprado logo em seguida!

Bruce: Tá louco para se livrar de mim né?!

John Luke: O que você acha?!

Falo irônico

Bruce: Tá sua puta, eu te dô permissão para tudo isso aí. Mas fica sabendo que eu tenho olhos em todos os lugares nessa prisão, se eu souber de alguma gracinha sua, eu vou acabar contigo!

John Luke: Então não tenho porque me preocupar!

Saio sem dizer mais nada. Pelo menos posso ir despreocupado agora.

Vou em direção aonde Justin me falou. Logo o encontro, escorado de cabeça baixa em uma parede.

John Luke: O ogro me deu permissão não só para ir ao psiquiatra, mas para frequentar as aulas também!

Justin: Está falando sério? Seria bem mais fácil se você tivesse pedido permissão antes!

John Luke: Dane-se, o que importa é que eu consegui. Então, quando vamos entrar?!

Justin: Acredito que você seja depois de mim. Afinal, é por fila, e todos esses caras já estavam aqui quando eu cheguei!

Olho e vejo alguns presos, esperando, assim como nós.

John Luke: Espero que não demore!

Justin: Não importa se demorar, o que importa é que chegue nossa vez. Se ele cansar de atender, temos que deixar para outro dia!

Esperamos por muito tempo. O que diabos esse cara deve conversar tanto? Chega a vez de Justin e logo depois a minha. Entro. Admito que estou nervoso.

Alan: Bom dia. Não conheço você. É novato?!

John Luke: Sim, sou novato!

Alan: É um prazer, eu sou Alan. E sou o psiquiatra e agora, sou seu amigo!

John Luke: Todos que entraram aqui são seus amigos também? Poxa, você deve ser um cara bem sociável!

Ele rir. Seu sorriso é branco como a neve. Ele é negro, muito bonito. Possui um cabelo afro.

Alan: É bom ter muitos amigos, mesmo que alguns digam que tudo o que mais querem é matar seu companheiro de cela enquanto ele dorme. Esse é seu caso?!

John Luke: Não, o Bob é legal. Não acho que quero matar ele, pelo menos, não ainda!

Ele olha para minha tatuagem.

Alan: Liberdade? O que significa para você?!

John Luke: Tudo aquilo que eu já tive antes. Eu era livre, agora estou preso, não só em uma prisão, mas o que tudo indica, a um homem também!

Alan: Algum homem te pegou para te fazer de puta?!

Olho para ele assustado.

John Luke: Como você sabe?!

Ele rir.

Alan: Eu já estive preso amigo, sei bem como funciona o esquema aqui na prisão. Se você não tem proteção, acaba se tornando puta. Sempre é assim!

John Luke: Isso não é justo!

Alan: Não, não é justo, e sabe o que não é justo também? Quando o submisso se apaixona por seu "dono"!

Fico assustado com o que ele fala. Não consigo imaginar alguém na minha situação se apaixonando por alguém como o Bruce.

John Luke: E isso é possível?!

Ele rir como se fosse óbvio.

Alan: Claro que é, isso se dá a síndrome de nome Estocolmo é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade perante o seu agressor!

Passo a mão pela cabeça, nervoso.

John Luke: Você acha que isso pode acontecer comigo?!

Alan: Bom... É possível, mas não se desespere. Eu estou aqui para ajudar!

John Luke: Vai me tirar dessa situação? Porque só assim pode me ajudar!

Alan: Olha, eu não deveria dizer isso para você, mas em muitos casos, o único jeito de se livrar de seu algoz é o matando...Ou esperar, que ele canse de você!

Respiro fundo.

John Luke: Preciso sair. Acho que já foi o suficiente por hoje!

Alan: Mas já? Pelo menos, me diga seu nome!

John Luke: Eu me chamo John Luke!

Alan: É um prazer John Luke. Venha quando quiser. Lembre-se, sou seu amigo!

Faço um sinal de entendido com a cabeça e me retiro. Justin está lá fora me esperando.

Justin: Já? Por que você saiu tão rápido?!

John Luke: Eu preciso pensar. Acho que vou para minha cela. Obrigado Justin, nos vemos por aí!

Saio e caminho em direção a minha cela.

Chego e me deito em minha cama.

Bob: Chegou no horário certo!

John Luke: Por que?!

Bob: Hoje é dia de visita!

Dô um riso seco. Acho difícil alguém vim me visitar. Eu fui um filho da puta enquanto estive fora dessa prisão, e aqui dentro eu sou a puta.

Guarda: John Luke!

Um guarda aparece me chamando. Me levanto.

Guarda: Tem visita para você seu merdinha. Me acompanhe!

Ele me leva até onde as visitas ficam.

Não acredito, não pode ser.

John Luke: Victoria?!

Falo surpreso.

Victoria: John Luke!

Ela me abraça.

Não acredito que ela está aqui. Estou surpreso e assustado por isso...

CONTINUA...

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Comentários

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Gostando muito não demore.

Como falar com geomateus/Valter só

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Muito bom! Tô curtindo bastante seu conto. Não demora pra continuar.

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