NARRADO POR JOHN LUKE
Merda, isso não pode estar acontecendo. Eu nem sei o que dizer nesse momento.
Mas de uma coisa eu sei, na dúvida, se faça de doido.
John Luke: Bruce, eu não sei do que você está falando!
Bruce vem para cima de mim e me puxa com brutalidade, me lançando contra a parede e apertando meu pescoço, mas não com muito força.
Bruce: O cuzão do Steven veio até mim falar sobre formamos um trio, já que não sou eu, mas como ele também te fode. Ele me disse que hoje cedo vocês fuderam. Anda, me fala que é mentira!
O que eu faço? Minto?... Não, eu não vou mentir, não vai valer a pena, e eu não sou tão culpado assim. Bruce também tem culpa, ele transou com um outro puto, esse é um dos motivos por eu ter transado com o Steven.
John Luke: O Steven está falando a verdade, eu transei com ele sim, e não me arrependo. Eu estava magoado com você, e além disso, Steven me falou que viu um outro puto indo para sua cela, aquilo me deixou mais magoado ainda!
A forma como Bruce me olha, faz meu coração bater acelerado... De medo.
Ele levanta sua mão para socar meu rosto.
Bruce: Ninguém faz joguinhos comigo!
Ele diz entre dentes.
Vejo sua mão próxima ao meu rosto. Fecho meus olhos esperando o soco vim, mas nada acontece. Eu abro meus olhos com receio e vejo Bruce me olhar, seus olhos agora mostram o quanto ele está magoado, e isso me dói.
Bruce: Não, eu não vou te bater. Eu vou fazer algo pior, algo bem pior. Eu não quero mais saber de você. De hoje em diante vai ser você por você mesmo, se quiser, pode ficar com o cuzão do Steven, eu não me importo mais. Faça o que quiser. Eu não quero mais você. John Luke, você não pertence mais a mim!
Ele tira sua mão do meu pescoço.
John Luke: Não, Bruce, não faça isso. Eu sou seu. Eu te amo seu babaca. Eu não quero te perder. Olha, nós podemos dar um jeito nisso. Vamos esquecer toda essa merda!
Bruce: Implore por misericórdia John Luke, mas nunca Implore por amor!
Eu me aproximo dele, mas ele cada vez mais se afasta.
John Luke: Será que você não vê que é isso que o Steven quer? Ele me falou que não iria dormir e nem descansar enquanto nós dois estivéssemos juntos!
Bruce: Eu acho que ele conseguiu!
Eu começo a chorar, eu não quero chorar, mas eu não consigo me segurar. Isso dói muito.
Bruce olha para mim e vira as costas, já saindo.
John Luke: Espera Bruce, antes de você ir, me dá um beijo, o nosso último beijo, por favor!
Ele volta e me beija, tomando meus lábios com vontade. Me dominando como só ele sabe.
Então ele para de beijar meus lábios e dá um beijo no topo da minha cabeça.
Bruce: Foi muito bom enquanto durou!
Então ele sai, e eu que já não estou me segurando começo a chorar desesperadamente. Deixando toda a dor me consumir.
Merda, foi tão bom ter ele, mas parece que agora acabou... Parece que tudo desmoronou agora.
Bruce foi a maneira mais rápida que eu encontrei de conhecer o inferno e o paraíso, pois ele me levou aos dois lugares. Ele era meu remédio e meu veneno num frasco só. A verdade é que Bruce bagunçou até o que tinha de mais organizado em mim.
Eu respiro fundo tentando controlar as lágrimas que caem sem parar, fazendo eu me sentir pior ainda, mas que se foda, eu preciso desabafar tudo o que eu sinto através das lágrimas que parecem não ter fim.
Eu deito minha cabeça na cama. Fechando meus olhos e respirando fundo, estou até soluçando.
Eu tento dormir, mas não consigo, minha cabeça está pesando. Então, tudo o que eu posso fazer nesse momento é chorar mesmo. Esse é meu único consolo.
Sou surpreendido por Alessandre que entra na cela rapidamente.
Alessandre: Cara, que diabos aconteceu? O cuzão do Bruce entrou na nossa cela gritando feito um louco citando seu nome. Ele estava putasso, e aquele amigo dele, o Tom, estava tentando acalmar ele!
Alessandre para quando nota meu estado.
Alessandre: Cara, que porra aconteceu?!
John Luke: O Bruce não quer mais saber de mim. Ele disse que eu não pertenço mais a ele!
Alessandre: Porra cara, isso é ruim. Mas vem cá, não chora, eu tô aqui!
Ele vem até mim e me abraça, coloco minha cabeça em seu peitoral, parando com meu choro e ficando quietinho.
Alessandre: Deixa eu te dizer uma coisa. Você é um cara incrível, e eu admiro muito você, desde que te conheci melhor, eu soube que você passou por cada coisa nessa merda de prisão...
Enquanto ele fala eu olho para seus olhos, ele me encara, e ficamos assim por alguns segundos, nos encarando. Ele se aproxima para me beijar, mas eu viro o rosto.
John Luke: E você e o Bob?!
Falo tentando mudar de assunto, percebo que ele está sem jeito.
Alessandre: Sempre que posso eu dou uma investida nele, mas tá difícil para karalho!
John Luke: Não desista, logo ele vai está completamente na sua!
Ele dá um sorriso de lado e começa a pensar.
John Luke: Você está bem?!
Alessandre: Quero te falar sobre um assunto. O que você me diria se eu te chamasse para participar de uma gangue que eu serei o líder?!
Fico surpreso.
John Luke: Ué, eu achei que você não precisasse de "um bando de idiotas no seu pé" afinal de contas, essas foram suas palavras quando eu te conheci!
Alessandre: É, digamos que pessoas e situações mudaram meu ponto de vista. Eu conheci uns caras que estão formando uma gangue onde eles confiam a mim a posição de líder. Se você aceitar, será meu braço direito. Eu tentarei ter ligações com outras gangues pequenas que estão sempre dispostas a terem ligações com gangues que estão começando agora. O que me diz?!
John Luke: Eu não sei Alessandre, agradeço seu convite, mas preciso pensar bem sobre isso!
Alessandre: Ok, eu esperarei o tempo que for preciso!
Ele bagunça meu cabelo.
Eu e Alessandre ficamos conversando até a hora da janta, ele me motivou muito e me fez rir várias vezes. É como dizem, uma amizade verdadeira não é a mais antiga, mas a que faz realmente diferença em sua vida.
Vamos para o refeitório juntos. Logo noto que assim como Steven, Bruce olha para nós. Alessandre senta em uma mesa com alguns caras, e eu sento com Justin que me olha triste e diz:
Justin: Eu já estou sabendo que você não pertence mais ao Bruce!
John Luke: Sim, eu não pertenço mais. Por acaso, por esse motivo não vamos poder mais ser amigos? Tom vai te proibir de falar comigo?!
Se isso acontecer eu ficarei mais triste ainda.
Justin: Acredito que não, se ele não falou nada até agora, é porque não vai proibir!
Respiro aliviado.
John Luke: Que bom, menos mau!
Comemos em silêncio. Após comer, vou para minha cela, sendo acompanhado por Bob.
John Luke: Como está se sentindo Bob?!
Pergunto quando chegamos na cela.
Bob: Não muito bem. Está acontecendo alguns desentendimentos entre os Black Demons e minha gangue. Isso não é nada bom!
John Luke: Poxa, que droga. Espero que se resolva!
Bob: Sim, amanhã, Bruce fará uma reunião com as duas gangues para tentar resolver a situação!
Só de ouvir o nome de Bruce sinto meu peito apertar. Não é justo isso.
Bob: E você? Tá bem? Parece um tanto transtornado!
John Luke: Eu não quero mais falar sobre Isso ok? Quem sabe uma outra hora!
Bob: Você que sabe, mas não se esqueça que somos parceiros, eu sempre vou estar aqui!
Ele me dá um abraço, dando alguns tapas em minhas costas e logo em seguida, deita na cama e dorme. Eu faço o mesmo, mas minha noite é repleta de pasadelos esquisitos, me fazendo passar a noite toda me movimentando na cama.
Acordo no outro dia exausto e morrendo de dor de cabeça, mas com vontade de ir ao banheiro. Eu vou até o banheiro fazer minhas higienes. Volto para cela, me deitando, enquanto minha cabeça lateja de tanta dor.
Não sei por quanto tempo passo assim, só sei que Alessandre vem até minha cela, parecendo desesperado.
Alessandre: John Luke, John Luke.... Cara, o Bob, ele foi esfaqueado. Foi levado para enfermaria!
Me levanto rapidamente.
John Luke: Como assim? O que aconteceu?!
Alessandre: Parece que um membro da gangue do Bruce o esfaqueou. Ele não foi o único que saiu ferido, teve uns três que também foram esfaqueados!
John Luke: MERDA...
Saio correndo em direção à enfermaria, mas sou impedido de entrar. Fico inconformado. Alessandre está comigo.
Alessandre: Fica calmo cara. Logo vamos ter notícias!
John Luke: Antes, eu vou falar com o Bruce, eu preciso saber o que diabos aconteceu!
Alessandre me segura.
Alessandre: Cara, é melhor não!
John Luke: Me solta Alessandre, eu vou e pronto!
Alessandre: Merda, então eu vou com você!
Saio a procura de Bruce, procurando ele por todos os lugares na prisão. Até o encontrar conversando com Tom em um canto afastado.
John Luke: Covarde!
Eu chego dando um soco em seu peito, mas parece que ele nem sente.
Tom: Ei, que merda você pensa que tá fazendo?!
Bruce: Relaxa aí Tom, deixa que eu resolvo esse assunto!
Bruce me olha e logo em seguida dá um olhar para Alessandre que está bem atrás de mim.
John Luke: Que porra é essa que um membro da sua gangue esfaqueou o Bob?!
Bruce: Houve uma discussão entre minha gangue e os Lights, enquanto eu fazia uma reunião. Por fim, Bob e outros acabaram sendo esfaqueados!
John Luke: Por que você não fez nada para impedir? Qual é, você é o líder seu merda!
Bruce: Acha que eu poderia ter impedindo essa merda de acontecer? Não, eu não poderia. Aconteceu e pronto porra!
John Luke: Não vai ficar barato assim. Eu juro que vai ter volta!
Bruce: Sério mesmo? E o que você vai fazer? Vai contar com a ajuda do seu namorado?!
Ele fala e olha para Alessandre.
John Luke: Alessandre não é meu namorado!
Alessandre: E se eu fosse, acredite, eu seria um macho para ele, bem melhor do que você, Bruce!
Vejo a feição de Bruce mudar em questão de segundos.
Bruce: Então por que vocês não tentam ter algo? Seriam perfeitos um para o outro. Dois fracassados!
Alessandre: Nem sabe o que diz Bruce. Você parece apenas um menino marrento!
Bruce tenta ir para cima de Alessandre, mas é contido por Tom.
Tom: Fica calmo irmão, já tivemos emoções fortes demais por hoje!
Bruce: Saiam da minha frente seus arrombados. Eu não quero ver vocês!
Eu e Alessandre saímos, voltando em direção a enfermaria, quando de repente, Steven aparece no nosso caminho.
Steven: Ora, ora. Fiquei sabendo que seu colega de cela foi esfaqueado John Luke!
John Luke: Sai da minha frente. Eu estou sem paciência para você hoje!
Steven: Porra, engraçado, parece que todos aqueles que estão perto de você sofrem, não é mesmo? Parece até que você carrega uma maldição!
Mostro o dedo do meio para ele.
John Luke: Vai se fuder!
Passo por ele ouvindo uma gargalhada sarcástica que ele dá.
Chego na enfermaria, dessa vez não sou impedido de entrar. Procuro por Bob, mas nada dele, talvez tenha sido levado para um hospital. Carol assim que me ver vem até mim:
John Luke: Carol, como está o meu parceiro? Bob está bem?!
Carol: Eu lamento John Luke. Não havia nada que eu pudesse fazer. Bob já chegou na enfermaria sem vida!
Sinto minhas pernas tremerem.
John Luke: O que você está dizendo?!
Carol: Isso mesmo que você ouviu John Luke. Infelizmente o Bob morreu!
Dou alguns passos para trás, não acreditando no que acabei de ouvir.
John Luke: Não, não é possível. Ele não, ele não pode ter morrido!
Alessandre me abraça.
Alessandre: Fica calmo. Vem, vamos sair daqui!
Ele me leva até minha cela.
John Luke: Isso não pode está acontecendo. O Bob está morto!
Lembranças passam por minha cabeça. Eu havia o abraçado ontem, se eu soubesse que aquele seria o nosso último abraço, eu teria o abraçado com mais força.
John Luke: Você não entende Alessandre. Ele era meu parceiro, meu amigo, meu colega... Não é justo, ele não merecia isso!
Alessandre: Ei, olha para mim. Eu sei que você está sofrendo, mas eu estou aqui, eu vou cuidar de você. Você tem que ser forte. O Bob não ia gostar de te ver assim, não ia!
John Luke: Você está certo, ele não ia gostar de me ver assim, por isso que eu serei forte!
Alessandre: É assim que se fala!
John Luke: Eu serei forte e vingarei meu parceiro. Sim, eu dou minha palavra que vingarei Bob!
Alessandre sorrir quando escuta isso.
John Luke: Não vingarei apenas o Bob, mas também vingarei todos os homens que passaram por essa droga de prisão e foram humilhados por Bruce e Steven!
Alessandre: Isso!
John Luke: Eu dou minha palavra que de hoje em diante serei seu braço direito Alessandre. Serei fiel a você e o ajudarei com sua gangue!
Alessandre sorrir e me beija, ele beija meus lábios com desejo, e logo eu dou espaço para que sua língua entrelaçe com a minha, enquanto suas mãos passeam por meu corpo.
Eu não sei como vão ser as coisas agora, mas eu sei que estou pronto para o que der e vier.
CONTINUA...
TÔ SENTINDO CHEIRO DE REVIRAVOLTA EIN.
