Quando a arrumação da casa estava quase concluída, ouviu-se o ruído de pneus de um carro no cascalho que cobria o vasto estacionamento. Janaína e Ronaldo olharam e vislumbraram um veículo já parando. Um veículo que eles não reconheciam como sendo de nenhum de seus conhecidos. Rosely e Lucio que estavam na sala vieram para a varanda para receber quem tinha acabado de chegar. Da porta do carona surgiu uma mulher de meia idade, com os cabelos longos e ruivos caindo como uma cascata de fogo sobre seus seios grandes e um sorriso iluminou o rosto bem maquiado de Denise, enquanto do lado do motorista surgia um homem, aparentando idade já avançada, cabelos grisalhos, óculos escuros e alto. Os dois casais olhavam para aquela cena admirados, pois, pela primeira vez desde que fora admitida no Clube, Denise comparecia acompanhada. Denise então enganchou-se no braço do homem e veio em direção a eles, com um sorriso nos lábios e, ao notar a cara de espanto deles, disparou bem humorada:
– Estão olhando o que? Também não posso ter o meu homem? – E concluiu sabendo que devia uma explicação: – Agora pertenço ao grupo das mulheres que deveriam ser sérias! – E riu de sua própria piada.
Após os cumprimentos, andaram todos em direção a casa, com Rosely e Lúcio, abraçados, andando na frente. Quando estes atingiram a varanda, depois de galgarem os poucos degraus da escada que lhe dava acesso, viraram-se para trás. Denise olhou para eles e, como sempre acontecia, sentiu a sinergia que havia entre os dois. Eram realmente nascidos um para o outro. Então, como num filme, repassou o período em que havia conhecido aquela quase garota loirinha e todo o trabalho que havia tido, junto com suas amigas, a reunirem os dois novamente.
Seu pensamento voltou no tempo em que havia conhecido Rosely. A loirinha, na época com sua aparência de menininha desamparada desabrochou depois do primeiro encontro. Logo Rosely passou a ser presença constante em sua casa e elas se amavam e transavam quase que diariamente e assim o tempo foi passando e, com o tempo, a sensação cada vez mais forte para Denise que, apesar de se entregarem uma a outra com toda a paixão, apesar dos orgasmos fantásticos que aquela garota tinha em seus braços e dos outros que ela lhe proporcionava, Rosely não conseguia ser totalmente feliz. Era como se alguma coisa estivesse faltando.
Elas conversavam muito e Denise foi conhecendo a história de sua amiguinha. Sabia de suas loucuras com Janaína e família, de sua experiência quase fatal com a exploradora Sara e também de seu namoro interrompido de forma brusca com Lucio. Juntamente com isso, da aversão que Rosely tinha com Mariana. Logo Mariana, cujas portas de entrada no mundo liberal haviam sido abertas exatamente por ela e aquém Denise devotava uma amizade sincera. Doía na ruiva saber que duas pessoas a quem ela adorava tinham sido colocadas pelo destino em uma situação de puro antagonismo.
Convencida de que tudo não passava de um mal entendido, procurou por Mariana que lhe contou tudo o que sabia a respeito do relacionamento de Rosely e Lucio. Vendo que sua querida amante tinha adotado uma postura injusta com relação à Mariana, tentou aproximar as duas, porém, não teve o menor êxito nessa empreitada.
Mas nem todo o esforço foi em vão. Se não conseguiu aproximar suas duas amigas, pelo menos a reaproximação com Mariana fez com que ela conhecesse Janaína e a essa última Rosely não vacilou em se reaproximar, aceitando a presença dela na casa de Denise. Primeiro em uma visita rápida, depois passando algumas horas e o amor entre Rosely e Janaína era forte o suficiente para não ser apagado pelo passar do tempo. Reatando a amizade de outrora, não demorou a explodir o tesão que uma sentia para a outra e Denise se viu envolvida naquele turbilhão de paixão e sexo. Da sala de visita para o ninho de amor entre Denise e Rosely foi um simples passo para Janaína e, sempre quando lá estava, o que era cada vez mais frequente, as três se entregavam à prática do sexo com volúpia, paixão e, porque não dizer, com muito amor.
E logo chegou o evento que iria novamente mudar a vida de Rosely. Janaína finalmente aceitara de vez o pedido de casamento que Ronaldo insistia em fazer e a data do feliz evento foi marcado, não sem que Denise decidisse que tal acontecimento não poderia ocorrer sem a principal parte, que seria uma festa de arromba como despedida de solteiro. Assim, com a ajuda de Mariana, as duas organizaram uma festa que iria mudar a vida de muita gente.
Primeiro, elas resolveram inovar e, em vez de uma festa de despedida de solteiro para Janaína, resolveram que a festa seria para o casal e, mesmo sob os protestos e críticas de muitos conhecidos, a ideia delas prevaleceram. Alugaram então uma chácara distante da cidade, marcaram a data e começaram a distribuir os convites. A ideia das duas era oferecer um churrasco e deram a entender a todos os convidados que o evento seria encerrado ao final da tarde, porém, sem avisar mais ninguém, as duas tinham a intenção de prolongar a reunião pela noite a fora com os amigos mais íntimos. Fizeram uma lista e decidiram que para essa noite regada a muito sexo, ficariam os homenageados Janaína e Ronaldo, Mariana e Claudio, seu marido, Denise e Rosely. Secretamente, Denise acalentou o sonho de que, com essa programação, Rosely conhecesse finalmente Mariana e entendesse que a linda loira nada tinha a ver com o término de seu namoro com Lucio.
Lucio, logicamente, foi convidado para a primeira parte do evento e isso causava preocupação nas duas organizadoras, se bem que por motivos diferentes, pois enquanto Denise se preocupava em como reagiria Rosely ao estar no mesmo ambiente que Lucio, Mariana já previa algum problema com seu chefe quando ficasse próximo de Rosely. Mas como nenhuma expressou suas preocupações para a outra, deixaram para resolver algum problema quando e se acontecesse algum.
Havia ainda uma coisa que deixava Mariana encucada ao constatar que a noite regada a sexo seria protagonizada por quatro mulheres e dois homens. Assim, resolveram convidar pelo menos mais um componente do sexo masculino. Pensaram, discutiram, mas não encontravam ninguém. Foi Denise que deu então a ideia de deixar isso por conta de Janaína que deveria decidir quem seria o felizardo a ser convidado.
Janaína não demorou muito a se decidir. Havia um funcionário novo, seu subordinado, que vivia a encarando como se quisesse devorá-la. Seu nome era Flávio e ele era o tipo de pessoa comum. Com um metro e setenta de altura, branco, olhos azuis e cabeça totalmente raspada para não deixar evidenciada uma calvície precoce e que, conforme confessou a noiva safada mais tarde, deixava transparecer ser possuidor de um enorme pau que parecia nunca amolecer. O que ela não sabia era que despertara, desde a primeira vez que foi vista por ele, um desejo incontrolável no jovem. Como haviam deixado a decisão por conta dela, Mariana apenas se preocupou apenas em colher algumas informações sobre Flávio e, ao ver que o mesmo não demonstrava estar envolvido com drogas e a empresa, ao admiti-lo tomara o cuidado de levantar sua ficha criminal, aceitaram sem problemas o sétimo elemento.
Assim chegou finalmente o dia da festa e quase tudo correu bem. Quase tudo, porque Rosely, ao ficar ciente da presença de Lucio quis se retirar imediatamente da festa e foi a muito custo que Denise a convenceu a permanecer ali. Por outro lado, Mariana foi criticada por Lucio por permitir a presença de Rosely que logo usou um argumento que o fez com que ele se controlasse. Ao ser admoestada por ele, foi logo dizendo:
– Oras bolas Lucio. Você sabia mais que ninguém da amizade entre Rosely e Janaína. Como você poderia esperar que ela não fosse convidada para essa festa.
Assim, procurando não ficarem perto um do outro durante toda a festa, Rosely e Lucio permaneceram na festa.
No mais, tudo correu na maior alegria. Ronaldo e Janaína foram mimados com elogios, carinhos e muitos presentes e por volta das dezesseis horas a maioria dos convidados já haviam se retirado. Os demais foram se retirando logo a seguir, com Flávio tendo sido convencido a ficar por Mariana que fora quem se incumbira da tarefa, pois ele ainda não sabia de nada. A intenção era não avisá-lo de nada, mas apenas fazer com que ele ficasse e fosse deixando que ele se inteirasse de tudo na medida em que ia acontecendo.
Entretanto, surgiu um pequeno problema. Lucio, por iniciativa sua, também não se retirava e ficou na posição de verdadeiro empata foda. A situação se transformara em uma verdadeira saia justa, pois o tempo ia passando, a escuridão da noite já dominava o ambiente e nada do, agora um verdadeiro intruso, se retirar. Mariana e Denise estavam aflitas e se afastaram dos demais para conversarem a respeito e foi Denise que, a muito custo, convenceu a loira a deixar que tudo rolasse e, se Lucio resolvesse ficar, que participasse do que havia sido previsto, ou então que se retirasse quando a coisa começasse a esquentar. Assim, ela argumentou:
– Que se dane o seu chefe Mariana. Afinal, ele já te fodeu mais de uma vez que você me contou. Além disso, ele chegou a fazer isso na frente do Claudio, seu marido. Sendo assim, ele sabe que você é liberal. Também sabe que Janaína nunca foi santa e que Ronaldo já traçou até a paixão dele. Quanto a mim, não estou nem aí de ele ficar sabendo que sou uma vadia. Aliás, ele é um pedaço de mau caminho e não vou ficar nada triste de foder com ele, afinal, já faz muito tempo que não sinto um pau gostoso dentro de mim.
– Você é mesmo uma vadia, – disse Mariana rindo. – Tudo bem então, só quero que você me prometa que, se ele surtar, você vai ser a encarregada de tirar ele daqui. E você vai fazer isso mesmo que tenha que ir embora com ele.
Ambas riram e então discutiram sobre como começar, pois além das duas, somente Claudio e Janaína sabiam das reais intenções das duas, pois até para o Ronaldo seria uma surpresa. Então decidiram começar com jogos e foi Mariana que ficou encarregada de dirigir o espetáculo.
Voltaram as duas para onde estavam os demais. Quer dizer, quase todos. Elas encontraram dois grupos distintos. Um formado por Ronaldo, Janaína e Rosely que conversavam e riam como quem estavam se divertindo muito e outro por Flávio, Lucio e Claudio. Esse último, depois confessou que se unira aos outros dois para manter Flávio ali, pois Lúcio insistia para o jovem funcionário ir com ele, alegando que não estava se sentindo bem para dirigir e, sendo subordinado, Flávio vira aquilo com bons olhos, pois afinal, quem não deseja ser útil ao chefe.
Mariana convidou aos noivos e Rosely para entrarem na sala onde serviria um vinho e Denise se encarregou de arrastar com ela os três homens que estavam a parte. Logo que o vinho foi servido, ela propôs um jogo de baralho. A ideia parecia não dar certo, pois sempre havia um que alegava não saber um determinado jogo e assim, Mariana via cada sugestão sua sendo recusada. Denise, percebendo a dificuldade da amiga, resolveu interferir e, já tocada pelo vinho, deixou escapar:
– Já que não tem nenhum jogo onde todos possam participar, vamos simplificar. Façamos o seguinte, cada um tira uma carta do baralho e a menor carta paga um castigo para o que tirar a maior.
– Castigo? Que castigo? – Perguntou Ronaldo que era um dos que mais bebera.
Denise e Mariana se entreolharam. Afinal, a ruiva fora direta demais. Então Mariana, vendo que não havia mais para onde correr, resolveu aderir e falou:
– Olha gente, é o tipo do jogo “verdade ou consequência”, só que, em vez de girarmos uma garrafa, as cartas é que decidirão quem paga o castigo e quem determina que castigo será.
Definiram então as regras. A pessoa que tirasse a menor carta poderia escolher entre responder a uma pergunta ou aceitar uma tarefa. Ficou estabelecido que não havia como recusar a pagar a tarefa e, quanto às resposta, mentira, se fosse detectada, se transformaria em mais de um castigo, castigos esses determinado pelos quatros jogadores do sexo oposto ao do jogador que contara a mentira. Assim, se uma mulher mentisse, teria que pagar um castigo para cada um dos homens presentes e vice versa. Ficou também estabelecido que o único castigo que não poderia ser imposto seria o de consumir bebida alcoólica. A ideia de Mariana, que acrescentara essa regra no final, era a de quem ficasse tão bêbado a ponto de estragar a brincadeira.
Então começaram o jogo e as primeiras rodadas os perdedores iam sempre optando por “verdades” e os vencedores faziam perguntas inocentes, do tipo de perguntar para Janaína se ela amava a Ronaldo, cuja resposta logicamente foi sim, se Claudio tinha ciúmes de Mariana, ao que ele respondeu também que sim e, ao ser questionado por alguns que sabiam da condição liberam em que viviam, explicou que tinha ciúmes sim de Mariana, pois tinha muito medo de que ela viesse a amar a outro e que seu ciúme se referia apenas ao sentimento e não a atividades físicas, deixando o significado de “atividades físicas” no ar. Com isso ganhou um beijo prolongado de Mariana que jurou nunca deixar de amá-lo.
Foi Denise, entretanto, quem começou a apimentar a brincadeira. Ao sair vencedora em uma rodada onde Mariana fora a perdedora e optara por responder, perguntou na lata:
– Você ainda sente tesão por mim?
– Muito tesão. – respondeu Mariana com um sorriso malicioso e depois disse com um movimento de lábios para a amiga: – Você me paga.
E três rodadas depois a oportunidade de se vigar se apresentou a Mariana que, ao tirar a maior carta, percebeu que da de Denise era a menor. Porém, sabendo que ia ser questionada pra valer, a ruiva espertamente mudou o jogo e optou por “consequência”. Um pouco decepcionada, pois tinha a intenção de deixar a amiga em cheque, Mariana não vacilou em ordenar:
– Tire seu vestido. – Ordenou.
– Mas eu estou sem sutiã, avisou Denise.
– Azar o seu. – Atacou Mariana com um brilho nos olhos, dando a entender que esse fato a agradava mais ainda.
Denise ainda fez uma ceninha e retirou pela cabeça o vestido estampado, justo a ponto de delinear seu belo corpo. Foi uma cena tocante aquela linda mulher ali, trajando apenas uma calcinha minúscula de renda que mais revelava que cobria, meias de nylon e sapatos altos. Seus seios médios, com os bicos vermelhos e duros chamaram a atenção de todos e suas sardas lhe davam uma aparência exótica e sedutora.
Daí em diante a opção “consequência” prevaleceu entre os presentes. Claudio ficou sem camisa a mando de Janaína, Rosely mandou Ronaldo tirar os sapatos e foi vaiada por isso, Flávio e Lucio também tiraram a camisa e das mulheres apenas Mariana estava totalmente vestida. Janaína trajava um conjunto de lingerie azul claro, com um sutiã que firmava seus belos e avantajados seios, Rosely que usava calça jeans tirara a blusa e também, sem sutiã, exibia seus seios durinhos e apetitosos. O ambiente se tornava a cada rodada mais erótico. Foi então que aconteceu a primeira saia justa. Roseli, que havia vibrado muito a notar que tirara uma carta alta e vencido, perdeu toda a empolgação ao perceber que o perdedor fora ninguém mais que Lucio. Esse, muito constrangido, optou por “verdade”. Demorou minutos para Rosely formular uma pergunta, só o fazendo depois de muita pressão por parte dos demais participantes, principalmente as mulheres, pois tanto Denise, quanto Mariana e Janaína forçavam a barra para ela fazer a pergunta. A princípio, ela chegou a pensar em sacanear, fazendo uma pergunta insossa, do tipo se Lucio era casado, porém, de repente, sentiu ser dominada por uma raiva e frustração e acabou por apelar, perguntando:
¬– Você ainda é o babaca que eu penso que você é?
Todos prenderam a respiração. Afinal, Lucio era o superior hierárquico de pelo menos três pessoas ali e a preocupação era que ele perdesse a compostura e pusesse tudo a perder. Depois de pensar por trinta segundos, ele respondeu sério:
– Acho que sou, afinal ainda estou sozinho até hoje.
A resposta era dúbia. Quem conhecia a história passada dos dois ficou a imaginar se ele estava sozinho por não conseguir relacionar com outra ou se era apenas o caso de ele não confiar mais em ninguém, ou até mesmo se não encontrara outra mulher que poderia completar uma possível lacuna que Rosely deixara em sua vida. Mariana, mais que depressa, apressou o jogo chamando a atenção de todos para darem continuidade.
Mais algumas rodadas. Mais peças de roupas jogadas para o lado e a excitação tomava conta do ambiente. A atmosfera era de puro tesão. Denise perdera a calcinha para Claudio e exibia sua exuberância a todos com desenvoltura. Mariana perdera três vezes consecutiva e também estava nua. Ambas usavam apenas os sapatos e as meias e, no caso da loira, uma cinta liga e meias que lhe davam uma aparência ainda mais sedutora. Rosely estava apenas de calcinha e recebia os olhares gulosos de Lucio sobre ela, o que não passava despercebido das outras três mulheres. Flávio, apenas de cueca não conseguia ocultar uma ereção, deixando todos perceberem que era extremamente bem dotado.
Então surgiu o primeiro beijo. Diante de um Flávio atônito que a nada entendia, Mariana deu um beijo de mais de um minuto em Ronaldo, com seus corpos colados e as línguas de um explorando a boca do outro. Olhava para Claudio que a tudo assistia impassível e Janaína que sorria enquanto os bicos de seus seios endureciam e pareciam que iam estourar, demonstrando o quanto estava excitada com a situação.
As roupas foram finalmente todas tiradas e agora só restavam castigos como beijos, chupar seios, tocar nos órgãos genitais quando se tratavam de homens e mulheres. Não havia mais saída e agora só restava saber quem iria ficar com quem. Janaína, por ser a noiva, foi a primeira a escolher, porém, na última hora, a Denise apareceu com mais uma novidade, sugerindo que, para ser uma despedida de solteiro memorável, ela deveria escolher dois dos homens presentes, não podendo nenhum deles ser o Ronaldo, seu noivo.
A morena, safada do jeito que era, escolher logo Flávio primeiro, depois, como se para forçar uma situação, optou por Claudio e não por Lucio. Agora caberia a Ronaldo escolher, porém, percebendo a jogada de Janaína, Denise interferiu e disse que seria a próxima a escolher e alegou que não perderia a chance de dar uma noite inesquecível para o noivo por nada desse mundo. Então Mariana agiu rapidamente e falou:
– Bom, já que a noiva teve direito a um ménage, o correto é que o noivo também tenha. Então eu vou com Denise e Ronaldo.
Dizendo isso, ambas se aproximaram de Ronaldo e o abraçaram, levando-o em direção a um dos quartos. Janaína pegou na mão de seus dois escolhidos e as foi em direção a outro. Na sala, numa situação terrível, permaneceram Lucio e Rosely.
A princípio, cada um se serviu de uma taça de vinho e sentaram-se em poltronas mais ou menos distantes uma da outra. Rosely evitava olhar para Lucio ali, totalmente nu, agindo como se analisasse a decoração enquanto ele, por sua vez, não conseguia desgrudar os olhos do corpo que ele sabia ser delicioso e nunca deixara de desejar. Quando seus olhares finalmente se cruzaram, Rosely se sentiu estranha em ser observada daquela maneira e se levantou, indo até onde estavam suas roupas e já ia começar a se vestir quando ouviu Lucio dizer em uma voz trêmula:
– Não coloque a roupa não. Deixe que eu pelo menos mate a saudade que tenho desse seu corpinho lindo.
– Matar a saudade? Como assim saudade. Já faz mais de ano e você só tem feito me evitar. – Disse Rosely sem conseguir esconder certa irritação.
– O fato de eu não procurar não quer dizer que não tenha saudades. Não quer dizer que eu não tenha sonhado com você esse tempo todo.
– O que você quer realmente dizer com isso?
– Quero dizer que nunca te esqueci e que te desejo muito.
Aquilo foi a gota d’água. Como uma represa que se rompe e deixa suas águas correrem em turbilhão, os sentimentos de Rosely subiram a tona. Raiva, frustração, tesão, amor, tudo o que se pode sentir em relação a uma pessoa veio a tona e ela não se conteve. Andou em direção a Lucio e começou a socar-lhe o peito enquanto dizia:
– Seu filho da puta! Desejo é? Viado filho da mãe. – Nessa hora tentou atingir-lhe o rosto, porém, ele foi mais rápido e segurou os pulsos dela que continuava a falar: – Você não deixou que eu chegasse nem perto de você a agora vem com essa conversinha besta de que me deseja? Vai se foder. Vai pra puta que te pariu!
Lucio então prendeu ambos os pulsos de Rosely com uma única mão e com a outra segurou sua nuca. Abaixou então a cabeça e colou sua boca à dela que tentou empurrá-lo sem conseguir. Na medida em que a língua de Lucio ia invadindo sua boca ou ele mordiscava lentamente seus lábios inferiores ela foi cedendo. O calor do tesão transformou o enxame de borboletas que lhe bagunçavam o estômago em calor e esse calor foi descendo por seu abdômen em direção a sua xoxota. Ela sentiu a buceta molhar e perdeu de vez a vontade de ferir Lucio, acolhendo a língua dele em sua boca, chupando vorazmente.
Sentiu sua mão ir descendo, como se tivesse vida própria, até alcançar o pênis de Lucio que parecia que ia estourar de tão duro. Acariciou o pau num leve movimento de punheta enquanto ficava nas pontas dos pés, totalmente entregue àquele beijo e ao tesão que a dominava. Ela desprendeu sua boca da dele e foi descendo, beijando seu peito, barriga e, quando estava próximo ao seu pau, foi impedida por ele de continuar. Ele a puxou para cima, deu-lhe um leve selinho e falou:
– Não, agora não. – E ao ver que ela o fitava com um ar que era um misto de interrogação, frustração e desejo, continuou: – O babaca aqui sou eu, está lembrada?
Então, diante o sorriso dela, virou para que ela ficasse de costas para o sofá, empurrou-a carinhosamente para que ela se deitasse e foi beijá-la. Beijou sua boca, suas orelhas, lambeu o pescoço, mordiscou e chupou os dois seios, beijou seu abdômen, lambeu o umbigo e finalmente chegou no seu objetivo final.
A bucetinha de Rosely escorria de tanto tesão. Ele lambeu toda a xoxota colhendo o néctar do seu desejo e depois chupou delicadamente seu clitóris que se sobressaia de entre os seus grandes lábios. Não demorou para que a loirinha gozasse ruidosamente e só parou quando os outros seis integrantes daquela comédia apareceram na sala aplaudindo.
Sim, eles haviam ficado todos no primeiro quarto aguardando o desfecho do que aconteceria na sala. Flavio, o mais afoito, agarrava Janaína por trás que, só de sacanagem, forçava a bunda de encontro ao corpo dele e rebolava com um sorriso matreiro nos seus lábios carnudos, mas quando ele quis penetrar a buceta dela ela impediu e falou:
– Ainda não gato. Você vai poder me foder todinha ainda hoje, mas tenha um pouco de paciência.
Ele aguardou o desfecho do que ocorria na sala e participou efusivamente das congratulações dadas aos dois amantes. Porém, a festa não se prolongou por muito tempo, pois Rosely, retomando o controle da situação, declarou:
– Vocês vão todos a merda, seus putos. Caiam fora daqui que hoje eu vou foder muito e tirar todo o atraso.
Dizendo isso, partiu para cima de Lucio e foi abocanhando seu cacete, fazendo com que ele se deitasse e se posicionando sobre ele para que ele chupasse sua buceta ao mesmo tempo. Satisfeita com o resultado da armação que nem fora programada, Janaína puxou os dois machos que ela escolhera para fodê-la e saiu da sala, dessa vez indo para o quarto correto, onde sabia que seria duplamente penetrada e se acabaria no meio daqueles dois machos. Um que ela já conhecia de sobra, terno e carinhoso, pois ela já transara com Claudio muitas vezes, com a participação de Mariana ou de Ronaldo, às vezes os quatro, ou então apenas ela e o marido da amiga e outro que para ela era uma incógnita, pois nunca transara com ele, mas que já percebera que a desejava muito e também parecia ter um pau que a levaria ao paraíso naquela noite.
Mariana e Denise arrastaram Ronaldo da sala e o levaram para o quarto, sabendo que primeiro iriam esgotá-lo de prazer para depois se entregarem uma a outra, matando a saudade, uma vez que há muito tempo não se amavam.
Enquanto os ménages se realizavam nos dois quartos, Rosely e Lucio tentavam recuperar em uma única noite os mais de dois anos de afastamento, entregando-se com paixão, tesão, e principalmente muito amor um ao outro. Rosely depois contaria às amigas que não saberia dizer quantas vezes havia gozado e Lucio passaria as semanas seguintes com a típica expressão do gato que acabou de comer o passarinho. O grupo de amigos permaneceram o domingo todo na chácara se divertindo e fazendo muito sexo, sempre com troca entre os parceiros, com todos fodendo a todos. Exceto, é lógico, Rosely e Lucio que não se desgrudavam e não deram nenhuma chance a nenhum pretendente. Porém, quando Rosely finalmente perguntou a Lúcio o que ele achava daquilo tudo, ele não vacilou em responder:
– Nossa. Isso dá muito tesão. Quase o mesmo tesão que senti quando vi você e Janaína fodendo na casa dela.
– Verdade? Você sentiu tesão em ver? Quer dizer que você gostaria de ver de novo?
– Lógico que gostaria. – E vendo que sua confissão agradou à sua amada, completou: – Não só com ela, mas gostaria de ver você em ação em qualquer situação que te dê prazer.
– Até com outro homem?
– Ou com dois. Aprendi com Mariana que amor é uma coisa e sexo é outra. Só não tive coragem de ir atrás de você para confessar o quanto eu te queria.
– Olha que eu dou mesmo hem! – Disse Rosely depois de beijá-lo.
– Pode ir quando quiser, basta me dizer tudo. Não gostaria de saber por outros.
– Então tá. Vou lá. – Disse Rosely fazendo menção de se levantar, sendo puxada por Lucio e caindo sobre ele.
– Quando você quiser, mas não hoje. Hoje você é só minha.
E começaram a se amar, culminando em uma transa maravilhosa na frente de todos os seus amigos, deitados no colchonete ao lado da piscina.