— Eu sei fazer massagem. Garanto que não vai mais sentir essa dor... — digo, sugestivamente.
— eu acho ótimo. Pode vir agora?
— claro. Onde te encontro?
— na praça. Ao lado dos correios. Podemos estudar juntos. — ele ri.
— sempre. Chego aí em 45 minutos e te ligo avisando.
Saio correndo o mais rápido que posso do meu desnecessário trabalho. Pego o primeiro ônibus que desceria para o centro. Meu coração dispara. O que vai me acontecer? Fico sem saber a exata resposta para isso. Mas espero que seja boa.
Ônibus vazio. Coração cheio. Mente vazia. Calça indecisa. Chego, e começo a mandar mensagens. Não atende. Fico inquieto. Resolvo esperar. Ando de um lado a outro como se esperasse algo que fosse mudar minha vida. E acredito sem precisar fazer força que irá. Chega, com seu carro cinza de placa estranha. Me abre a porta, e entro, lembrando de uma saudade enorme que me consome após três anos sem ver seu belo rosto branco, de lábios rosados e olhos de mel.
— pra onde vamos?
— vou te mostrar onde eu trabalho. A gente vai poder estudar com calma, porque tá vazio.
— legal. Onde é? — Minha mente grita, ou melhor, berra plenos pulmões: AMIGOS, AMIGOS, AMIGOS. Ele me explica, mas eu não dou a mínima atenção. Não consigo parar de olhar seus olhos que brilham, não sei se de feliz ou algum outro. Chuvisca lentamente, como que convidando para a liberdade. Céu escuro. Cinza.
— é aqui. Olha a poça.
— ah, sim. Obrigado. Não me parece muito bom pra trabalhar.
— é sim. Não tem quase ninguém que trabalhe aqui. Só eu, e mais alguns estagiários.
Subimos uma sessão de escadas cada vez menores. Me encolho, apertando a mochila. Prédio frio, como se um ar-condicionado soprasse sem parar. Acho o local bem acolhedor, assim como sua sala, e o corredor onde fica. Cheio de pinturas, inclusive do seu curso, que me parece engraçado e espalhafatoso demais. Rio internamente.
Ele me puxa uma cadeira, e liga seu fiel aparelho de tempos, que me lembra das ultimas e únicas estripulias que fizemos por webcam. Seu cheiro me domina. Jogo minha mochila em um canto vago.
— posso usar o banheiro?
— final do corredor, porta do meio.
Vou correndo. Entro desesperado. Não é necessidade fisiológica. É simplesmente pra arrumar minha roupa, jogar agua no rosto, e continuar pensando sermos somente amigos, e não atacar sua boca que me atiça sem dó. Me recomponho e volto.
Ele me dá sua breve aula sobre português. Conversamos sobre um tal concurso no qual eu quero entrar por vários motivos. Sua voz anasalada e doce me acalma. Abraço seu braço com carinho.
— saudade de você. Porque me ignora tanto?
— saudade também.
Olho seu rosto, e sinto sua respiração perto da minha. Nos beijamos. Um selinho rápido e curto. Ponho minha língua na sua boca, e sinto sua respiração pesar. Ele embarca, e me beija profundamente.
— eu sabia que a gente não ia estudar. Rs
— é sempre culpa sua. Rs
Enquanto vai fechar a porta pra minimizar o risco de sermos pegos, lembro de uma balinha única no bolso.
— quer balinha?
— quero.
— então pega aqui. — ponho na boca, sorvendo lentamente. Ele usa sua habilidade com a língua, e pega me fazendo ficar ainda mais excitado. Minutos são passados nisso.
— senta aqui no meu colo, vem... — digo, puxando ele pro meu colo. Ele rebola instintivamente, me fazendo excitar ainda mais. Tiro sua camisa, e beijo seu pescoço, enquanto ele arfa e põe Ana Carolina a tocar no Youtube, enquanto puxa minha camisa. Ligação minha nos interrompe. A balinha se dissolve rapidamente. Ele me tira com um beijo. A ligação acaba, e me sento em um balcão, enquanto continuo o beijando, e apertando gostosamente seu bumbum macio e grande por dentro da calça.
— encosta aí. Vai gostar do que eu vou fazer... — esfrego minha mão no volume enorme que se forma na sua calça. Desabotoo lentamente, e vou baixando até a tirar. Espero a batida exata até tirar sua cueca, e ver seu enorme pau. Chupo lentamente a cabeça, sentindo seu gosto e o cheiro doce e ácido. O masturbo, e olho seus olhos. Submisso, e com tesão.
— senta aqui — peço. Ele senta, e a cada chupada que dou, alternando testículos e o pau, ele tem um tremor de prazer, pondo sua mão na minha cabeça. Chupo mais profundamente. Faço uma pressão enorme no testículo direito, onde ele puxa meu cabelo, e eu dou um sorriso bem safadinho pra ele.
— minha vez agora— ele diz, me fazendo sentar na mesma cadeira, enquanto me chama de big boss. Sorrio pro meu novo apelido. Ele me chupa deliciosamente pela cueca, sentindo meu cheiro. Concentrado. Sensível ainda mais. Tira minha cueca, e chupa do melhor jeito que consegue. Sinto vontade de gozar, mas seguro firme. Não será agora.
¬ — deixa eu te mostrar uma coisa legal... encosta aí no balcão... não, de costas... agora relaxa.
— olha lá, hein?
— relaxa. Vai gostar.
Abro delicadamente aquela bunda gostosa, branca e macia. Sinto um cheiro gostoso vindo dela. Aquele cuzinho virgem e fechadinho, com pelinhos curtos me chama. Enfio a língua, sentindo pela primeira vez aquele gosto. Nada ruim. Sinto ele estremecer.
— agora sou eu. — ele diz
— se quiser...
Aquela língua me faz ter espasmos tão fortes que sinto o gozo chegar, mas seguro o melhor que posso. Ainda sai algum pouco.
Ele levanta, e eu beijo sua boca do melhor modo que posso, sentindo nossos gostos misturados. Vamos pra parede, e ele põe seu pau entre minhas pernas, simulando sexo. Encaixo ele bem abaixo do meu saco, onde fica a ligação com a próstata. Nova onda de prazer. Dupla agora. Ele segura minha cintura, socando forte, com vontade, gosto. Viro de frente. O beijo enquanto continua, cada vez mais forte. Sinto sua porra chegar, me molhando de cima a baixo as pernas e o chão. Alcança papel, e cuidadosamente limpa. Sinto cócegas e uma vontade enorme de mais. Feliz, mesmo que ainda não tenha gozado. Ele se põe de frente pra parede, e eu faço o mesmo por alguns minutos, enquanto o masturbo. Encaixo perfeitamente à suas costas, sentindo seu bumbum contra mim. Macio, gostoso. Ele me faz voltar à posição inicial. Não reclamo. Ele goza novamente, desta vez em menor tempo. Nos arrumamos, logo após ele me limpar novamente. Ajudamos a nos vestir.
— eu posso ir no banheiro me resolver?
— pode. Eu vou terminar de arrumar aqui.
— claro.
No curto corredor até o banheiro, converso comigo mesmo, pensando que deveria me sentir usado, ter exigido minha vez de gozar pelo menos uma vez, já que ele gozou duas, mas estranhamente não me sinto mal. Me sinto bem, tanto feliz. Chego ao banheiro, me masturbo rapidamente e gozo muito mais do que já havia gozado um dia. Me recomponho, vejo minha mente totalmente vazia pela primeira vez. Descarga. Volto.
— agua?
— aceito. Onde tem?
— na copa. Eu pego.
Bebo toda a garrafa, e mesmo querendo mais, fico calado. Sede me consome. Timidez desce. Não pela situação toda, mas pela vontade de mais agua. Namoramos um pouco em silencio, com a musica tocando. Dia de domingo. Ana Carolina. Eu tentando cantar. Erro a letra. Ele não se importa. Desliga tudo, e saímos. Me leva de volta ao ponto inicial. Sinto vontade de um beijo final que não acontece. Pego o pirulito que havia me oferecido minutos atrás, apesar de odiar. Infantilidade. Apenas isso. Ainda chove. Tenho vontade de chorar, e mando mensagem para ele.
Não me odeie. É o que peço, ante se começar a escrever isto. Não me odeie.