Acordar cedo não é das tarefas mais fáceis. Não para mim. Mas desde o dia em que a conheci, madrugar está se tornando cada vez mais natural na minha vida.
A vi pela primeira vez, e por tantas outras agora, trabalhando na lanchonete onde sempre tomo meu café da manhã. Aquela pessoa pequena, morena, cabelos revoltos com seus cachos, em uma calça jeans e camiseta branca, sorrindo enquanto anota meu pedido de sempre, me chamou muito a atenção.
— São R$ 10,50, senhor.
— Certo. Seu primeiro dia aqui? – Pergunto
— Sim rs. Desculpe estar meio atrapalhada. – Sorriso branco. Minha mente some, e foca naquela boca chocolate-rósea.
Ereção surge. Dou graças a Deus por a calça ser razoavelmente boa, e me ajudar a disfarçar. Tento não corar.
— Não, que isso. Você é muito boa. Vai ficar melhor com o tempo. — ponho a mochila pra frente
— Obrigada, senhor. Você é muito gentil.
— Nada. Volto amanhã. Qual seu nome, pr... moça?
— Akira. Prazer.
— Prazer. - (queria eu que esse prazer fosse na minha cama)
Vou para o trabalho, e chegando lá, a ereção ainda pungente me persegue. Depois de um longo tempo de masturbação, e um orgasmo quase gritante, saio do banheiro. A secretária me entrega a agenda do dia, e os recados já passados. Vários. E sequer são nove horas.
As horas passam tão rápidas como podem, mas a tempos regulares, a ereção teima em retornar. E nesses momentos, imagino o que poderia fazer com aquele pequeno anjo dos olhos negros. E ainda mais o que aquela boca aparentemente inocente sabe executar. Ou não.
Em um outro dia, havia para mim reservada uma surpresa ainda mais agradável. Ela, com um belo vestido. Aquelas pernas são de outro mundo.
— Bom dia, senhor. O mesmo de ontem? — Sorrindo. Dentes branquíssimos.
— Não, hoje eu tô afim de uma coisa um pouco melhor... talvez, mais gostosa... O que me sugere? — vê-la corar me dá ainda mais ideias.
— Que tal um salgado e suco? É bem mais rápido...
— Claro, obrigado. — Digo, inocentemente.
Aproveito o fato de não ter praticamente ninguém ainda nesse horário, e descubro algumas coisas sobre ela. Faculdade, cursos, trabalho.... Não prestei atenção em muita coisa, mas ouvi tudo.
— essa matéria é meu pior problema...
— eu posso te ajudar nisso. Podemos marcar um dia, e ver o que podemos fazer?
— não gostaria de abusar.
— ah, não tem nada não. Eu gosto de ajudar. — mil pensamentos, todos indo para o mesmo lugar, como um rio que vira cachoeira. Nesse caso, sangue, que fica quase ósseo.
Marcamos para o outro dia, logo cedo, no apartamento dela.
Mais um dia acordando cedo. Nesse caso, boa causa é. Chego dez minutos antes da hora, e ela me atende vestindo um macaquinho, que realça ainda mais a beleza que ela é.
Não sei como, mas em dez minutos estávamos nos beijando. Boca faminta, lábios doces, hálito leve, assim como ter ela no meu colo. Seu cheiro tomava conta do ambiente, e minhas mãos seguravam firme sua cintura e o pescoço, enquanto ela puxava meu cabelo como se tivesse sede, e minha boca fosse água. Meu pescoço dói, e a deito no sofá, enquanto sinto o cheiro suave e sensual que vem da sua pele. Beijo as curvas do pescoço e nuca. Ela arfa, baixo.
Desço devagar as alças do macaquinho, e surge um sutiã negro. Brilha, fosco, em contraste com a pele dela, enquanto o deslizo para o chão. Seus seios nas minhas mãos ficam cada vez mais sensíveis, enquanto brinco com eles. Mamilos são sugados e puxados, revezando mão, boca, e olho-no-olho. Ela mal mantém os olhos abertos, que brilham cada vez mais, sensuais. Seus óculos já sumiram, em meio a um monte com a minha camisa no chão. Arranha minhas costas, como gata, preguiçosamente.
Volto a beijar sua boca, puxando os mamilos, delicadamente. Ela arqueia levemente, em uma mistura de dor e prazer. O cheiro de mulher excitada no ar se espalha. A deixo somente de calcinha, e vou lambendo sua barriga, parando estrategicamente próximo ao umbigo. Agarra novamente meu cabelo, me segurando. Circulo levemente sua zona de prazer com os dedos. Sua calcinha, pequena e preta, se junta ao resto das roupas. Instantaneamente, beijo, suave, seu clitóris. Dou um pequeno assoprar, e o tesão dela rescende.
Uso o polegar em seu pequeno botão, e mordo suas coxas, que me atiçavam desde a primeira vez que a vi. Em um momento fugaz, minha língua começa a passear voraz por sua vagina. O sabor incrível me faz ter uma grossa gota de líquido pré-seminal, e seu arfar rápido e curto, faz intensificar minha excitação. Passo minutos, sem pressa e sem fim, imerso em uma pequena abertura de passagem para o paraíso. Minha língua adentra ainda mais sua umidade, suas pernas se fecham, e um gemido alto e prolongado vem do mais profundo dela, seguido de uma breve ejaculação. Esse primeiro orgasmo a relaxa, e prefiro ficar a observando, ainda de calça e sem sapatos ou camisa, sentado em uma poltrona, enquanto Akira volta ao normal.
Divagando em meu cigarro mental, não percebo que ela se levanta, radiante como o sol, e gloriosamente nua, com seus seios inchados, e vagina ainda mais úmida. Me beija, suavemente, puxando minha língua e abrindo meu cinto. Ajoelha devagar, sem tirar os olhos dos meus. Sinto ser chupado pela cueca, puxando um arquejo entrecortado, como se eu fosse somente um canudo gigante. Sinto seus dentes arranhando o tecido, e uma pulsação curta.
Logo minha cueca está aos meus pés, e o barulho típico de sexo oral bem-feito. Chupado, lambido, cuspido, masturbado. A sensação das mãos pequenas e suaves é perfeito. Sinto uma ejaculação chegando, e a retardo ponto a pequena deusa sensual contra a parede, e mordendo seus ombros, enquanto o torpor inicial se afasta. Ela rebola, encaixada no meu púbis.
— O que você faz comigo...? — seu sorriso travesso enche minha mente, enquanto a carrego para a cama.
Volto a provar seu corpo, assim que a pouso na cama. Seus cabelos cacheados estão ainda mais revoltos. A masturbo, lentamente, enquanto pego a camisinha no bolso da calça, agora aos pés da cama. Sentir sua bocetinha por dentro é tão ou mais macio que sua boca. O calor dela me faz não querer nunca mais sairA cama range. Ela de quatro.
— Soca! Vai, fode com força, vai! Me fode, porra!
— Gostosa do caralho! Toma!
— Porraaaaa! Me faz gozar!
O som de dois corpos se chocando enche o quarto. O cheiro de sexo bem-feito enche o ar, e nos faz querer ainda mais.
Deito. Ela cavalga com toda a força. Sinto entrar e sair em um ritmo frenético, louco. O tempo já se perdeu aqui, nos vendo.
— boceta gostosaa!
— Fode! Fode! — e enquanto grita isso, tem um orgasmo longo e forte. Seguro-a nos braços, cuidando enquanto ela tem seu momento de prazer intenso.
— Que tal um banho agora? — digo.
— acho ótimo. Posso te fazer gozar no banho. Rs — ela me diz, olhando nos meus olhos.
— faminta você, não? — ela gargalha.
As mãos pequenas e macias dela me fazem gozar rapidamente no banheiro, enquanto a beijo. Ela fica totalmente suja de mim. E não parece se importar com isso.
Terminamos o banho, conversando como se sempre tivéssemos nos conhecido. Essa estranha intimidade que se recebe depois de acabar de dividir fluidos corporais, e o prazer que isso causa, nos faz aproximar de alguém, mesmo que tenhamos acabado de conhecer.
— Obrigado pela aula, professor.
— O prazer foi todo meu. — beijei sua mão. Me senti estranho fazendo isso.
Fui embora assim, com esse sentimento de estranheza, e completitude. Cansado, mas bem. Feliz, mas com sono. E deixei, em um pequeno apartamento de quatro cômodos, uma mulher pequena, mas grande quando precisa ser, e com o olhar de realização.
Eu soube, dali pra frente, nada seria igual na minha vida, nos meus cafés da manhã. Eu tinha certeza de que voltaria muitas vezes ainda àquele apartamento.
Acertei. E foi assim, exatamente assim, que eu conheci a mulher que mudou a minha vida, e me faz querer acordar cedo.