Algumas palavras mexem muito com a gente, acho que sempre irei me lembrar de algumas frases que me fizeram florescer no que sou hoje. Frases cheias de malícia e desejo que despertaram minha sexualidade e meus desejos mais sujos. “Você me ensina a fumar?” será uma série de contos independentes entre si, mas todos ligados à minha iniciação sexual (isso é, se vocês aprovarem).
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#Narguilé
O ano anterior foi difícil, sem dúvidas, meu primeiro término de relacionamento, as amizades divididas entre nós dois. Talvez eu fosse um tanto maquiavélico, afinal, sempre soube que nosso relacionamento não seria para sempre, mas, me surpreendi com a duração. Quatro meses? E eu sequer tive tempo de chegar lá... isso, nunca sequer a toquei. Quatro meses e eu nem perdi minha virgindade. Nada me resumiria melhor do que a palavra “fracasso”. Mas esse afastamento dos meus velhos amigos devido ao término também me proporcionou a oportunidade de conhecer outras pessoas, trazidas, talvez, pelo destino? Por exemplo, o carinha que sentava bem na minha frente no colégio. Ele não era nem de longe alguém inteligente e eu sinceramente nunca soube porque eu gostava dele, mas era grato pela a nossa amizade.
O seu nome era Guilherme, tinha a pele dourada e os cabelos loiros, longos até o queixo, um estilo meio surfista, o corpo definido mesmo sem jamais ter feito academia, os olhos pequenos e seus traços lembravam um indígena. Ficamos particularmente próximos naquele ano, principalmente pela sua dificuldade de aprendizado e eu sempre acabava lhe dando uma força com uma tarefa de casa ou estudar nas vésperas das provas.
O que me marcou em relação ao Guilherme foi dito enquanto conversávamos sobre um narguilé que ele havia ganhado de presente de um primo. Eu estava realmente interessado no assunto, pela história milenar, pela possibilidade de sabores (ele me garantiu de que existia uma essência sabor mentos) e ainda mais seduzido pelo desejo de postar uma foto conceitual no instagram, perguntei se poderia experimentar. Foi então que ele me deu um sorriso de canto, e debochado, disse as palavras que moldariam meus desejos adolescentes a partir daquele momento:
― Então você quer fumar na minha mangueira?
― E não pode? ― Questionei absolutamente inocente, pensando se eu havia ofendido alguma tradição.
― Poder pode, mas é coisa de viado.
Uma eletricidade estranha percorreu minha coluna, travando minhas pernas e um prazer incômodo se instalou em algum lugar ali embaixo, talvez essa tenha sido a primeira vez que meu rabinho piscou de tesão. Ainda assim, meu lado sarcástico soube dar a volta por cima:
― Essa mangueirinha sua não dá para muita coisa.
Ele riu e me xingou de filha da puta, mas a partir daquele dia meu objetivo se tornou coloca-la na boca. Tentei provoca-lo como podia, mesmo que sedução não fosse algo que eu dominasse, eu tentava sempre conseguir que ele soltasse outra piadinha com duplo sentido. No whatsapp eu sempre puxava o papo com “E ai, mangueirinha” e ele não parecia se importar.
Certa vez ele precisou de ajuda para estudar matemática e eu astutamente o convidei para estudar na minha casa enquanto minha mãe trabalhava. Eu estava decidido a agir naquele dia. Enquanto fazíamos os exercícios sentados na mesa da sala de estudos, eu deslizei, pela primeira vez, a mão sobre suas coxas. Lembro de ele ter simplesmente olhado debaixo da mesa, enquanto eu tirava a mão assustado, mas não falou nada. Nenhuma reclamação, mas também nenhum avanço.
Quando terminamos os exercícios o levei até a porta, mas sugeri que ele ficasse mais, afinal, minha mãe só chegaria mais tarde. Ele ponderou e me olhou com um ar de dúvida:
― Mas a gente vai ficar fazendo o que? Mexendo no computador?
― Ah sei lá, pode ser. ― Disse sem saber o que deveria responder, mas com o coração acelerado.
― Ah não, cara, vou para casa mesmo. ― Disse ele, por fim e deu as costas.
Meu corpo, contudo, estava pronto para o que quer que fosse e tamanha foi a minha surpresa quando vi, sobre a minha cama, um casaco cinza de dragão. Além do corpo deliciosamente torneado, outra característica do Guilherme era o quanto ele era cheiroso. Peguei o casaco e levei até o nariz, embriagado pelo perfume daquele garoto meu pau se ergueu.
Tomei coragem e enviei uma mensagem para o meu colega “Você esqueceu seu moletom”. Ao mesmo tempo em que eu me enchia de esperança de que ele viesse busca-lo o cheiro daquela roupa estava me deixando louco. Eu me despi, e passei a masturbar, vestido apenas com aquele casaco. Eu roçava o meu nariz na malha do capuz enquanto uma mão subia e descia pelo meu próprio pau e a outra afagava o meu peito e barriga.
Em transe pela luxúria, eu gemia e me imaginava com aquela rola na boca. Sentia a boca se encher de água, em puro desejo e imaginava seu leitinho viscoso inundando-a. Ah Guilherme! Eu só queria chupá-lo até que gozasse em minha boca. O orgasmo veio enquanto eu atritava os meus próprios pelos com uma mão e me masturbava com a outra, e foi tão forte que respingos caíram sobre a blusa.
Guilherme não retornou naquele dia, mas disse que passaria na minha casa outro dia para busca-la. Fico me perguntando se ele também se masturbou depois daquela mensagem, afinal, se ele quisesse apenas o casaco de volta, eu poderia entrega-lo na escola.
O final de semana chegou e Guilherme perguntou se poderia passar lá para pegar o seu moletom, prontamente respondi que sim (eu já havia lavado apenas as partes sujas de porra) e que seria melhor no horário da tarde, que minha mãe estaria trabalhando. Cerca de uma hora depois de a minha mãe sair de casa Guilherme me avisou que estava no portão e trazia consigo o narguilé e a essência de mentos (minha bala favorita).
Fomos até o terraço, onde poderíamos fumar sem problemas e ele montou o aparato. Puxou a fumaça pelo bico de metal e degustou, analisando se a essência estava presente na medida certa e então me estendeu a mangueira. Eu segurei e, antes de levar a boca comentei:
― Finalmente vou fumar na sua mangueirinha, hein?
Ele sorriu de canto e naquele momento eu soube que ele estava exatamente esperando essa deixa, e como se tivesse ensaiado muito respondeu com indiferença:
― Sei que você quer é na mangueira mais para baixo. ― E apertou a rola sob a calça.
Eu jamais me perdoaria se meus olhos não tivessem sido ágeis o suficiente para captar aquela cena, analisando a grossura daquela rola. Ele riu percebendo meu interesse e pegou a mangueira da minha mão, tragou do narguilé e soprou no meu rosto, praticamente dentro da minha boca, tão pertinho que eu simplesmente queria beijá-lo, mas estava imóvel e a sua mercê.
Ele então puxou a minha mão e levou sobre o seu pau, fazendo com que eu o apertasse sobre a calça:
― Você é boiola, né? Fala a verdade.
Eu estava com vergonha, mas ainda assim massageava sua rola que já estava rígida. Acho que Guilherme estava com tanto tesão quanto eu. Ele abriu as coxas grossas, deixando o pau pulsante nas minhas mãos e se escorou novamente na cadeira de plástico, sugando a fumaça do narguilé e soltando-a para o alto:
― Põe para fora, vai... ― Ele pediu com a voz baixa, como quem pede um favor vergonhoso.
A calça de malha fina não foi difícil de abaixar e eu sequer me dei ao trabalho de reparar a cor da cueca que ele usava, só queria libertar aquele caralho com o qual eu sonhava há meses. Ele era lindo, não era absurdamente grande, mas bastante grosso. Era uma sensação estranha pegar em um pau diferente do meu, sinceramente, eu não sabia ainda como trabalhar em algo que não tivesse a mesma espessura e tamanho do meu, mas ensaiei uma punhetinha, esfregando ponta do polegar na cabecinha, enquanto ia e vinha com a mão por aquele mastro.
Guilherme fechou os olhos e continuou a fumar. Eu me inclinei em direção a sua rola e coloquei na boca, um desperdício, eu sei, deveria ter brincado mais, beijado aquela cabecinha e aquelas bolas grandes, mas eu ainda era inexperiente. Com os lábios, passei a apertar aquela rola grossa e ir e vir com a boca, ainda sem muita habilidade. Ele pareceu gostar, pois arfava,
A cada arfada que eu ouvia, me convencia de que seguia para o caminho certo e deslizava mais a boca, levando a rola goela abaixo, atritando-a contra o fundo da garganta. Descobri que era disso que ele gostava, e então me dediquei a deixar que aquela glande grande e vibrante roçasse na minha garganta.
― Viadinho. ― O ouvi praguejar. ― Isso, chupa minha rola.
Ele me estimulava a continuar entre os gemidos arfados que dava. Ao mesmo tempo, mexia as pernas, tentando se livrar completamente das calças. O ajudei, puxando-a e logo ele se despiu também da camiseta.
O seu corpo era delicioso e eu pude apreciá-lo por alguns estantes, antes que pegasse minha cabeça e levasse de volta ao seu pau. Me dediquei àquela mamada, buscando provocar ao meu colega de escola um belo orgasmo. Queria tanto beber o seu leitinho, pois era assim que fantasiava cada vez que me masturbava pensando nele.
Ele tirou o pau da minha boca e o bateu contra minha bochecha e o esfregou nos meus lábios e língua, eu queria abocanhá-lo novamente. Estava sedento por aquela pica e ele parecia se divertir com isso:
― Delícia de boquinha. Era isso que você tava doido pra fazer né? Me mamar, né?
Eu assentia e voltava a chupá-lo, mas logo ele se ergueu, segurando minha cabeça enquanto eu tinha toda a sua rola em minha boca, alguns segundos depois eu me engasgava e recuava, precisando respirar. Sua pica permanecia babada, assim como meu queixo sujo da minha própria saliva. Tão logo eu retomava o fôlego, minha boca era invadida novamente e fodida por aquele garoto.
Eu estava totalmente sob seu domínio, que fodia minha garganta e abusava dos meus lábios, indo e vindo pelo seu pau grosso. Lembro-me que ele colocou um dos pés sobre a cadeira, enquanto eu, de joelhos, tinha minha boca fodida. E foi nessa posição que ele gozou.
Eu sentia o pau pulsando e os jatos sendo depositados em minha boca, eu os engolia satisfeito e esperava pelo próximo. Tinha uma textura estranha, viscosa, mas eu amava estar com porra daquele garoto na boca. Logo ele retirou o pau da minha boca e eu voltei a tentar respirar, ambos estávamos muito ofegantes. Fechei os olhos e Guilherme já havia vestido a calça quando os abri. A vergonha voltou a reinar em nós dois, ele se foi, a vida seguiu e nunca mais falamos sobre aquele episódio.