#BlackMenta
Aaaaah... Os cigarros sabor menta. Para mim eles têm sabor de adolescência, mas naquela época eu me perguntava se a boca dele teria esse sabor. O meu badboy da adolescência, com seus jeans rasgados, as camisetas pretas de banda e o par de all star sujos. Um típico garoto roqueiro da época. Tinha sempre um sorriso travesso e um olhar curioso, e cabelos cacheados, loiros, macios, sedosos...
Ele era um ano mais velho e pertencia à turma "nº 2", mas era muito amigo de um dos meninos que sentava perto de mim e com quem eu fiz amizade naquele ano. O seu nome era Gabriel. Era o típico garoto problema, pouco disciplinado, notas baixas, bebia bastante e também fumava. Os pais haviam se divorciado há pouco tempo, então ele ficava com o pai, que nunca parava em casa.
Esse garoto despertou em mim uma necessidade imensurável de tê-lo por perto. Lembro-me de ter um dia pegado o relógio que ele usava no seu pulso e colocado no meu, por fim, acabei esquecendo de devolvê-lo e passando a usá-lo o resto do ano como uma espécie de amuleto que me ligava a ele. Sempre que o via eu dizia:
— Hey! Estou com o seu relógio, pega comigo no final da aula, não esquece!
Mas na verdade, eu desejava que ele esquecesse para que eu continuasse com ele pertinho de mim.
Quando tinhamos aulas com professores substitutos eu fazia questão de avisá-lo, assim, ele mataria aula para assistir aula na minha sala, geralmente, ao meu lado. Era excitante a rebeldia, pois eu jamais teria coragem de me passar por aluno de outro ano. Nós viviamos sempre juntos, sempre saíamos juntos... E só cortávamos o cabelo quando o outro também cortava. Nos sentíamos bonitos de cabelos longos, estilo Kurt Cobain.
No final daquele ano, junto com as últimas provas do colégio aconteceria também a formatura do meu irmão. Por essa razão, eu não pude viajar na mesma semana em que meus pai, fiquei, dessa forma e pela primeira vez, sozinho em casa. Mas não fiquei sozinho, é claro, ele me fez companhia ao longo daqueles dias. Dormiamos juntos, em colchões na sala, que unidos formavam colchão de casal.
Certa noite eu senti sua mão pousar sobre a minha cintura enquanto dormíamos, lembro-me sempre da forma com que aquele toque espalhou alguma espécie de eletricidade em todo o meu corpo. Me aconcheguei em seus braços e permaneci de conchinha com ele.
Um belo dia, ele havia começado um bico de garçom em um bar bem no centro, o que foi ótimo, pois tinha um garçom parceiro. Eu esperava até que ele finalizasse o expediente, para que a gente pudesse partir juntos para casa. Foi em um desses dias, quase 5h da manhã, que ele me convidou para assistir um filme na sua casa. Saindo do bar ele comprou um dos típicos cigarros amentolados que ele curtia e talvez tenha tido tempo de fumar um ou dois no caminho até sua casa.
Ainda na rua ele me questionou:
― Heka, qual a sua porcentagem de homossexualidade?
Eu surpreso, travei por um segundo, sem saber o que responder. Mas eu me sentia tão confortável na sua presença, não havia por que mentir para ele. Na verdade, o irmão mais novo dele havia se assumido naquele mesmo ano, com todo o apoio dele, o que me deu confiança para responder, não diretamente, é claro:
― Mais de 50%, eu diria.
Ele sorriu de canto e começamos um papo bem sincero sobre sexualidade e também sobre algumas drogas. Eu o perguntei se ele já havia ficado com algum menino antes, afinal, eu já havia ouvido alguns rumores. Ele respondeu:
― Já beijei dois caras, eu estava chapado, mas não gostei. O primeiro foi para testar e o segundo para confirmar, mas meu pau nem ficou duro.
Entortei a boca, um tanto desapontado.
Eu estava sonolento e não vou negar que de fato cochilei várias vezes durante aquela sessão, ele cutucava a minha bochecha e com o indicador e dizia:
― Acorda, porra!
Eu me fazia de bravo e tentava prestar atenção novamente no filme, mas logo cochilava.
Ele me abraçou, depois que tombei sobre seu ombro:
― Quer dormir lá no meu quarto?
Eu neguei com a cabeça, pois estava confortável em seus braços. O cheiro do cigarro ainda estava em suas roupas, misturado ao seu perfume. Ele sempre foi bem cheiroso, apesar de eu ter certeza que pulava um dia o outro de banho ao longo da semana.
Escorreguei até o seu colo e ele gentilmente passou a afagar o meu cabelo. Sonolento, esfreguei a ponta do nariz contra sua calça e me aninhei em seu colo. Então se inclinou em minha direção e segurou minha cabeça, me dando um beijo gentil. Sua boca ainda tinha o gosto dos cigarros de menta.
Levei a mão aos seus cachinhos e os segurei com firmeza, intensificando aquele beijo que evoluiu de carinhoso para cheio de desejo. Mordi os seus lábios e puxei entre os meus lábios de leve. Suguei sua língua com tanto desejo que ele gemeu e puxou meus cabelos. Tão logo eu estava sentado em seu colo, rebolando nele e puxando seus cabelos entre suspiros de tesão.
Ele acariciou meus lábios com o polegar e eu o fitei no fundo dos olhos, enquanto colocava a língua para fora. Seus dedos passaram a brincar na minha língua, primeiro o polegar, depois o indicador e por fim o indicador e o dedo médio. O suguei, puxando o sangue para a ponta dos dedos e pude ver a expressão de prazer tomar o seu rosto ao me ver chupar seus dedos.
Ele se descontrolou naquele momento e puxou-me pelo queixo para mais um beijo intenso. Nós arfávamos e eu puxava os seus cabelos, gemendo de tesão. Os beijos estralavam alto e então seus lábios tocaram meu pescoço.
Fechei os olhos e me derreti por completo em seus braços, mordendo os lábios segurando os gemidos de prazer enquanto ele sugava minha pele. Meu corpo estava mole, e ele facilmente me levou até o tapete, deitando-se sobre mim e roçando o seu volume contra o meu.
Mordeu meus lábios, meu queixo e meu pescoço. Meus olhos reviravam, eu puxava o seu cabelo e direcionava para o meu pescoço pedindo mais. Ele ergueu a minha blusa e mordeu meus mamilos, sugando-os com força. Eu afagava o seu cabelo com carinho.
Ele tirou a própria jaqueta e a camiseta e sentou-se sobre meu peito, abrindo o cinto. Eu via o seu pau pulsando contra o jeans e podia sentir o cheiro do pré-gozo que se acumulava na cabecinha. Eu salivava de desejo de colocá-lo na boca logo.
Mas ele queria brincar comigo, puxou minha cabeça e esfregou meu rosto sobre o volume na cueca. Eu apertava aquele pau pulsante entre meus lábios, ainda sobre a cueca e esfregava meu nariz de eleve, liberando o odor masculino que dali exalava.
Sua cueca ficava úmida, talvez pela minha própria saliva, talvez pelo seu pré-gozo, ou ambos. Ainda segurando o meu cabelo, ele liberou aquele falo e deixou que ele se depositasse sobre meu rosto. Pareceu admirar aquela cena por alguns segundos e então passou a esfregar a cabecinha melada pelo meu rosto.
Entrou na minha boca uma vez, umedecendo-o e voltou a esfrega-lo contra o meu rosto e a bater a rola contra a minha língua. Então foi a vez das suas bolas se alojarem na minha boca, delicadamente, lambi o seu saco e beijei suas bolas enquanto ele se masturbava e puxava o meu cabelo.
Por fim, pude abocanhá-lo e me dedicar a chupá-lo. A língua estimulava aquela cabeça vermelha e grande, que liberava um mel de sabor delicioso. Quando mudamos de posição e pude ficar de quatro entre suas pernas, ele se livro das calças e eu voltei a chupá-lo. Beijei aquele mastro, apertando-o entre os lábios ao longo de toda a sua extensão e lambi, das bolas até a ponta, onde voltei a ir e vir com a boca, estimulando-o.
A essa altura, o Gabriel já gemia, praguejando de tesão:
― Puta que pariu, mano!
E segurando minha cabeça ele passava a foder a minha boca. Não pareceu se importar que eu me engasgasse e deixasse seu pau escorrendo minha saliva, pelo contrário, quanto mais eu me engasgava mais tempo Gabriel deixava a sua rola na minha garganta da próxima vez. Eu arfava, tomando fôlego, mantendo-o estimulado por uma punheta ágil e logo voltava a chupá-lo.
Lembro de seu gemido quando eu, tomado pelo tesão, mordi sua barriga. Rimos de leve e foi naquele momento que eu soube que eu não estava só aliviando um macho, mas, pela primeira vez, eu estava fazendo sexo com um amigo.
Ele voltou a se masturbar e bater com seu caralho contra o meu rosto, com aquele sorriso travesso no rosto e se levantou, as calças ainda em um dos pés. Me viu de joelhos diante de si e abriu minha boca, voltando a brincar com os dedos em minha língua. Vi que ele movia a língua no interior da boca e logo, sua saliva estava escorrendo dos seus lábios diretamente para minha boca.
Sorri sentindo o sabor de seu cuspe e logo ele passou a foder a minha boca, como fodia a bucetinha das garotas da cidade. Segurava minha cabeça com firmeza e metia contra minha garganta, por vezes olhando o meu rosto, por vezes inclinando a cabeça para trás e gemendo de olhos fechados.
― Boquinha gostosa da porra! Que delícia! Puta que pariu, mano.
Eu queria sorrir, mesmo com o caralho na boca, Ouvi-lo gemer de prazer era muito excitante, nós não parecíamos preocupados em pensar se aquilo poderia estragar nossa amizade, ou não, simplesmente nos entregamos ao prazer. Era tamanho o prazer que ele se contorcia e apertava meus ombros, cravando as unhas e urrava, xingando:
― Caralho! Que tesão da porra, mano!
Sua respiração estava alterada, a barriga se contraía a cada chupada e as unhas permaneciam gravadas em meu ombro:
― Vai se fuder!! Vou gozar, porra, vou gozar!
Sem sombras de dúvidas eu teria sorrido, se pudesse, mas me concentrei em manter aquele ritmo intenso da mamada e logo pude sentir o primeiro jato de porra se depositar na minha garganta.
― Filho da puta do caralho!
Ele praguejou mais uma vez enquanto gozava, inundando minha boca de porra. Engoli o que pude, mas logo tive que tomar ar, deixando que os últimos jatos de depositassem em meu rosto. Gabriel estava ali, arfando alto a cada jato, de olhos fechados diante de mim. Aos poucos, seus olhos abriram e ele sorriu de canto, vendo-me com a face gozada.
Levou um dedo ao meu rosto, recolheu a própria porra e colocou-o na minha boca, deixando que eu chupasse o seu indicador, enquanto retomava o fôlego:
― Caralho hein, mano?
Ele disse ainda ofegante, agora se afastando de mim:
― Vou tomar um banho, você ajeita lá no quarto?
Assenti com um sorriso que foi retribuído por ele, que seguiu para o banheiro. Enquanto ele tomava banho, ajeitei os colchões lado a lado e adormeci, exausto, pois já havia amanhecido lá fora. Gabriel foi meu amor adolescente, meu badboy. Só depois de muitos anos que eu fui entender o que aquele garoto cheio de problemas representou na minha vida. E obrigado pro ser para sempre o meu cigarro amentolado.