ROSA DE SANGUE II: O PACTO

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2349 palavras
Data: 26/01/2020 23:32:01

Eva vestiu-se rapidamente e desceu as escadas, ganhando a rua em seguida; parou na esquina no quarteirão seguinte ao da Sinagoga e pôs-se a pensar …, ela sabia para onde levariam Victor; para onde vão todos os jovens capturados no gueto …, a prisão de Pavjak! E se ele conseguisse sobreviver lá dentro …, seu próximo destino seria Auschwitz! Eva desesperou-se com a possibilidade de perder seu grande amor …, o primeiro homem de sua vida! Aquele a quem dera seu dote mais precioso!

“Klaus Ghunter! É claro!”, ela disse em voz alta encontrando uma luz no fim do túnel. Klaus era um polonês de ascendência alemã que juntara-se às forças do Reich, logo depois da invasão. Tornara-se um dos homens e confiança de Ludwig Fischer; eles se conheceram ainda na infância e tornaram-se próximos na adolescência …, Eva tinha que pedir sua intercessão para que Victor não fosse levado para um campo de concentração para minguar até a morte.

Enquanto pensava em um jeito de sair do gueto para procurar Klaus, lembrou-se que ele e Victor nunca foram amigos …, Klaus sempre se sentira rejeitado por todos, mas principalmente pelo amor de Eva. Mesmo assim, ela tinha que tentar …, mas, primeiro, precisava encontrar uma maneira de sair dali!

Alguns minutos depois, a corajosa jovem arrastava-se pelos bueiros fétidos e imundos do gueto; lembrou-se que alguns meninos costumavam escapar por ali, ir para a cidade, roubar comida e depois voltar …, no seu caso, ela não pretendia voltar. Rastejou por muito tempo, até encontrar uma saída que nada mais era que um escoadouro nojento que desembocava em um coletor largo. Empurrou a grade e ganhou a rua. Correu até a antiga loja do alfaiate Erivan, também conhecido como “mascate”, que ela sabia estar desabitada.

Lavou-se com a pouca água que havia na velha caldeira, trocou de roupas com as que lá encontrou e voltou para a rua caminhando displicente para não chamar a atenção. Foram algumas horas até que ela chegasse ao prédio que abrigava o governo-geral alemão. “Agora, o problema vai ser conseguir entrar no ninho das cobras!”, ela pensou, rezando para que algo lhe oferecesse uma oportunidade.

-Pequena Eva! O que faz aqui? – ouviu a voz de feminina estridente.

“Eis a minha salvação!”, ela pensou ao ver a Senhora Jablonski, a velha cozinheira do restaurante que era frequentado por seus pais. Ela cumprimentou a velha que a abraçou carinhosamente e deu-lhe um beijo na face. “Já sei! Veio em busca de cupons de alimentos, não é? Pois, venha comigo …, eu te ajudo!”. Nada mais providencial! Depois que entraram, a velha senhora mostrou-lhe a direção dos escritórios de informação e despediu-se apressada como de hábito.

Eva vagou pelos corredores, procurando pelo local onde Klaus estaria …, passou pela chancelaria, pelos arquivos, pelo protocolo …, estava quase a desistir quando ouviu uma voz conhecida: “O que uma judia polonesa faz fora do gueto?”. Ela se voltou na direção da voz e constatou que se tratava de Klaus. Ela caminhou até ele e quase sussurrando pediu: “Preciso falar com você …, a sós!”. Klaus fitou os lindos olhos azuis da menina e depois de um minuto de aflição, acenou com a cabeça, pedindo que ela o seguisse.

Subiram para o terceiro andar, e entraram na sala privativa do chefe de gabinete do Governador-Geral. Klaus fechou a porta …, ou melhor, trancou, pedindo que ela ficasse à vontade, indicando o confortável sofá de couro escuro. Como não encontrara uma calcinha, sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando do contato de sua vagina com o couro frio …, aquilo lhe pareceu um mal sinal.

O sujeito com ar arrogante, caminhou até uma mesa lateral onde estavam um bule de prata e xícaras e porcelana; despejou o conteúdo do bule em duas xícaras, e segurando-as pelos pires, voltou-se na direção do sofá onde Eva permanecia sentada e inquieta; Klaus lhe estendeu uma das xícaras; Eva sorveu o café quente que lhe reconfortou um pouco. “Mas, afinal, o que você quer, pequena Eva? Ah! Acho que sei …, é sobre Victor, não é?”, disse o colaboracionista com um sorriso irônico e uma expressão de desdém.

Imediatamente, Eva contou a ele tudo que acontecera, e estava tão nervosa que falava sem parar e também sem perceber a indiferença de seu interlocutor. “Acho que posso te ajudar, minha pequena!”, disse Klaus, elevando a voz para que Eva cessasse sua verborragia. “Pode? Ficarei imensamente agradecida a você e ...”, ela respondeu, sendo interrompida pelo colaboracionista.

-Mas …, você sabe …, - disse ele, com ironia na voz – Te dou alguma coisa …, e você …, me dá algo em troca …, é simples, não acha?

-Te dar algo em troca? – questionou Eva, incapaz de ocultar sua perplexidade – O que eu posso dar a você?

-Olhe …, vamos fazer o seguinte – explicou Klaus, aproximando-se um pouco mais de Eva – Você vai para minha casa …, hoje a noite; nós jantamos, tomamos um vinho …, eu levo os papéis para libertar Victor e os entrego a você …, o que acha?

Eva quedou-se em silêncio; ela sabia que a proposta de Klaus não se resumiria a um jantar e vinho; ele sempre a cobiçou e agora tinha controle absoluto da situação. “Não posso recuar agora …, faço qualquer coisa por Victor!”, ela pensou antes de responder.

-Está bem, eu aceito! – ela disse com firmeza – O único problema é que não tenho roupas …, aliás, essas são roubadas!

Klaus, então, levantou-se, caminhou até sua mesa, pegou o telefone e discou; disse alguma coisa em alemão e desligou. Rapidamente, alguém bateu à porta; ele a abriu e uma oficial com o uniforme preto da GESTAPO surgiu com seu olhar metálico e sua expressão superior. “Conduza essa jovem até a loja de roupas na área sul …, deixe-a escolher o que quiser …, depois, leva-a para minha casa.

A oficial mirou o rosto assustado de Eva, e, em seguida, fez a saudação formal; Eva se levantou e acompanhou a mulher, deixando para trás o militar; ela não quis voltar seu olhar, pois tinha medo da expressão de Klaus; preferiu pensar que tudo o que estava fazendo era pela vida de Victor.

Na loja, a oficial deixou Eva a vontade para escolher o que quisesse, e mesmo com os olhares de reprovação ao seu redor, a jovem pensou em Victor e manteve-se firme em sua tarefa. “Espere, garota …, não vai experimentar o que escolheu?”, perguntou a Loira com seu olhar metálico, apontando para a direção dos provadores no fundo da loja.

Eva entrou e quando tentou fechar a cortina do cubículo, foi impedida pela militar, cujo nome era Helga. “Pode experimentar, mas não posso deixá-la só”, ela disse, em tom autoritário. Assustada e com muito medo, ela não viu outra escolha, senão obedecer. Despiu-se com cuidado, e assim que ficou nua, exibiu-se para Helga, imaginando que ela poderia ter em mente uma revista. ‘És uma linda mulher! Entendo, agora, porque o convite de Klaus para jantar!”, ela comentou, com uma expressão duvidosa.

Eva experimentou as roupas que lhe caíram perfeitamente; saíram da loja e entraram na viatura que as conduziria para a casa de Klaus. No caminho, Eva ainda sentia receio do que estava por vir.

Logo, chegaram ao seu destino; aliás, a tal casa não pertencia a ele; era o lindo sobrado da família Olinsky, um dos melhores ourives e joalheiros de Varsóvia. Já dentro da casa, Helga mandou que a jovem subisse e tomasse um banho, vestindo-se adequadamente para o jantar. Pronta, Eva desceu e as duas mulheres permaneceram na belíssima biblioteca ornada com estantes de madeira de lei e móveis de couro escuro. Nada foi dito, apenas o silêncio …, e a certeza de que nada era certo!

O jantar transcorreu em silêncio; apenas o som de um gramofone tocando Wagner tomava conta do ambiente, e ante os olhos aguçados de Helga e de um serviçal calçando luvas brancas; Vez por outra, Eva percebia o olhar cobiçoso de Klaus, mas, fingia indiferença. Quando terminaram a refeição, Klaus convidou a jovem para tomarem café na sala de estar.

Ele fez, então, um sinal para Helga, que retirou-se da sala, retornando com uma pasta de couro nas mãos que ela entregou ao militar colaboracionista. “Aqui estão os papéis para a liberdade de Victor”, ele disse em tom comedido. Eva ousou levantar-se da poltrona onde estava e avançar até Klaus, que a impediu com um gesto de mão.

-Vamos com calma – ele disse, com um tom irônico – Antes de mais nada, isto tem um preço …, um preço que, creio, não seja custosos para você.

-O que tenho que fazer, Klaus? – perguntou Eva, temendo pelo pior.

-Dispa-se, Eva! – ele exigiu com uma expressão de prazer – Tire as roupas, sua vagabunda!

Sabedora de que aquela exigência era apenas o começo de seu martírio, Eva ficou de pé e despiu-se lentamente, até ficar inteiramente nua ante os olhos do tétrico trio de algozes. Klaus levantou-se e caminhou até ela, mirando-a com desprezo. “Agora, faça aquilo que uma puta judia sabe fazer de melhor!”, vociferou ele, arriando as calças e exibindo seu membro duro. Eva conteve as lágrimas que ousavam verter de seus olhos; imaginando o rosto de Victor, ela ajoelhou-se na frente de seu algoz, segurou o mastro duro e começou a lambê-lo timidamente.

Irritado, Klaus segurou-a pelos cabelos, puxando seu rosto na direção de sua virilha. “Faça direito, sua puta! Eu sei que sabes muito bem como fazer!”, exigiu ele, no auge de sua ira; com as mãos de Klaus funcionando como garras, Eva quase engasgou algumas vezes, sugando o instrumento duro que chegava a machucar sua garganta, mas dedicou-se a satisfazer o prazer sádico de Klaus. Algum tempo depois, ela sentiu os jatos de esperma espalharem-se pelo interior de sua boca; e foi tal volume que ela não foi capaz de conter tudo!

Klaus sacou o membro ainda ereto e ordenou para os demais presentes: “Peguem essa vagabunda e coloquem-na na posição que me sirva!”. Helga e o serviçal, aproximaram-se da jovem e a pegaram pelos braços e pernas, conduzindo-a até a escrivaninha lateral, onde ela foi posta inclinada sobre o tampo. Suas pernas foram abertas como também seus braços foram amarrados com tiras de couro.

O colaboracionista aproximou-se por trás e depois de acariciar as lindas nádegas de Eva, ruminou algo indecifrável, golpeando com seu membro; a dor foi lancinante, e Eva não conseguiu conter o grito que explodiu em sua garganta; com movimentos brutos, rápidos e profundos, Klaus estocava no ânus de Eva, sem se importar com a dor que lhe causava. E tudo isso era feito ante os olhos gulosos e cobiçosos de Helga e do serviçal.

Por um tempo que pareceu uma eternidade, Klaus golpeou contra o ânus de Eva, grunhindo como um animal selvagem, até, mais uma vez, despejar sua carga quente e viscosa nas entranhas da jovem, que temeu desfalecer ante tanta dor e humilhação. Ao término do terrível espetáculo, o colaboracionista sacou seu membro, limpou-se de qualquer maneira e voltou-se para os demais.

-Recomponham essa puta! Depois levem-na! – ordenou ele, retirando-se da sala sem olhar para trás.

-Mas, e quanto a Victor? – perguntou Eva com voz enfraquecida e quase ofegante – Você prometeu!

-Acha mesmo que você ou ele merecem alguma coisa? – devolveu Klaus ainda de costas para ela – Os documentos que estão na pasta são a remoção de ambos para Dachau! Agora, cale sua boca imunda! E quanto a vocês …, façam o que quiser com ela, e depois levem-na para junto do outro judeuzinho miserável!

Não se ouviu mais a voz de Klaus que se retirara do recinto; Eva fitou os olhos de Helga e viu neles ainda mais sofrimento. E foi o que se sucedeu …, Helga ficou nua e fez com que a garota se deitasse sobre o tapete da sala, o mesmo fazendo o serviçal; ao longo de algum tempo, ela sentiu a carícia quente da alemã de corpo esguio e seios fartos roçando nos seus, enquanto o rapaz explorava sua vagina com alguma delicadeza.

Eva ainda tentou usufruir daquele abuso, apenas para minimizar os efeitos da rudeza de Klaus, e as carícias voluptuosas de Helga pareceram um bálsamo para a jovem, que retribuiu os beijos cheios de desejo da alemã, apreciando suas carícias ousadas, mas também doces e suaves. Em dado momento, Helga segurou o membro do serviçal e o masturbou até que ele gozasse, exigindo que ele se retirasse logo em seguida.

A sós com Eva, Helga mostrou-se apaixonada, beijando os mamilos intumescidos da garota e acariciando seu sexo úmido; de uma maneira incompreensível, Eva sentia-se acolhida por Helga e não resistiu para entregar-se ao seu assédio carinhoso e cheio de desejo. E ela gemeu alto ao sentir a boca ávida da alemã saboreando sua vagina ensopada. E por mais insólito que possa parecer, Eva sentiu-se recompensada pelo gozo proporcionado pelos lábios e língua de Helga.

O que se seguiu foi uma terna retribuição, em que Eva também saboreou a vagina de sua parceira e deleitou-se com os peitos enormes e cuja firmeza era intrigante e cobiçosa, até que ambas envolveram-se em um delírio oral em que bocas ávidas exploravam as possibilidades das fêmeas em pleno cio. Após muitas carícias e gozos prolongados, Eva e Helga quedaram-se vencidas pelo prazer. Adormeceram …

Eva foi abruptamente acordada por Helga que já estava vestida; ela também se recompôs, e ambas deixaram a casa; rumaram de carro até a estação de trem, onde os vagões de carga aguardavam os futuros ocupantes de olhares tristes e desesperançados. Helga abraçou Eva e tentou consolá-la, mesmo sabendo que isso seria impossível. Antes de deixá-la nas mãos dos responsáveis, Helga apertou a jovem contra si e sussurrou: “Se você sobreviver, provavelmente, eu não! Boa sorte, pequena Eva!”; ela se beijaram e Eva seguiu seu destino.

(Epílogo) Eva foi para Dachau, junto ao complexo de campos de concentração; jamais reencontrou Victor …, exceto por um sonho onde eles dançaram após um lindo jantar em um restaurante sofisticado.

-Você está linda, meu amor – disse Victor cheio de amabilidade.

-Estou sim, meu querido – ela respondeu com sorrisos – Afinal, estou junto do primeiro homem da minha vida …, primeiro e único!

Victor fitou o rosto da garota e ficou arrebatado ao saber que fora o seu único homem …, o que mais alguém poderia desejar na vida!

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