Vânia não se surpreendeu quando Romário chegou da rua com o gel lubrificante, deixou o tubo no criado mudo de seu lado na cama e foi tomar banho.
Também não estranhou quando terminada sua novela, ele levantou-se e disse: vamos para o quarto.
Manda-la despir-se era rotineiro. Ficar de quatro, costumeiro. Apesar de não ser comum, sentir seu anus invadido por um dedo grosso e besuntado não era anormal. Em seguida foi um pênis, grosso e besuntado.
Dez, quinze, minutos de fricção anal com alguns gemidos de ambos como nas suas fodas normais. Um pedido: goza logo! Atendido prontamente por Vânia.
O leite quente lhe invadindo o intestino e um som: Fláviiio...
Vânia demorou a dormir, pensando: quem é Flávia?
II
Vânia ser chamada pelo nome de outras mulheres não era um evento estranho em suas trepadas. Mas essas mulheres eram personagens inventados por ela e por Romário.
Até os 20 anos Vânia conservara uma carinha de bebê. Ela comprou um uniforme escolar genérico e combinavam as proximidades de uma escola para se encontrarem.
Quando o rosto de Vânia deu seus primeiros sinais de maturidade, tentaram manter essa via se encontrando nas faculdades da cidade. Mas já não os satisfazia.
Vânia fantasiava vendedoras de lojas de departamento, hippie pedinte, agente de trânsito. Uma vez Romário subornou o zelador de um hospital, para usarem um quarto vazio, pra brincarem de doente/enfermeira.
Como uma peça de teatro non-sense, eles sabiam como começavam seus encontros. Nunca onde iam terminar. Na pele de suas criaturas eles já haviam transado num banheiro químico, na escadaria do Fórum, debaixo de um palco com a banda se apresentando.
Vânia sentia que Romário interessava-se mais por suas criações do que por ela. Perguntava-lhes de seu passado, seus gostos, suas opiniões. Transando chamava-lhes os nomes, trocava-lhe de posição, se preocupava com seu gozo.
III
Uma noite, aproveitando que Romário foi dormir cedo Vânia investigou as cadernetas escolares do marido. Aquele semestre ele tinha apenas três turmas.
Na primeira averiguação não encontrou nenhuma Flávia.
Resolveu procurar nomes compostos. Nada.
Desanimada, fez um ultimo repasse de nomes. Seus olhos se fixaram numa possibilidade.
IV
(Três meses depois)
Romário chega oito horas da noite em casa e abre a porta de seu apartamento. Joga sua pasta no sofá e escuta risos de Vânia na varanda.
Ao chegar à varanda, vê sua esposa com um rapaz mais jovem.
Ao cruzarem os olhares, ambos empalidecem:
- Você conhece minha esposa?
- O meu professor é seu marido?
V
(Um mês antes)
Vânia foi à faculdade numa tarde em que sabia que Romário não estava lá. O marido tinha ido à capital, participar de um evento científico.
Vânia chegou à coordenação do curso onde Romário dava aulas e puxou assunto com a Secretária Miranda.
(Numa festa de confraternização dois anos antes uma professora comentou com Vânia que Miranda sonhava com a pica de Romário em sua buceta e com os peitos de Vânia em sua boca).
Depois de uns dez minutos de social, Vânia fala quase ronronando para Miranda:
- Romário me disse que tem um aluno aqui com mais jeito para decorador do que para Engenheiro Elétrico.
- Sim, querida. É Flaviano, o Flávio. Um amor de pessoa. 18 anos de idade. É o representante da turma, graças a essa capacidade de organização espacial.
- Estou pensando em remodelar meu apartamento, e não quero gastar muito. Onde encontro esse jovem Nyemaier?
- Terminaram as aulas em sala por hoje. Ele deve estar na quadra, fazendo educação física. O número dele é 17.
- Obrigada, querida. Tchau, tchau.
- Tchau. To aguardando aquele vinho prometido há mais de um ano.
(Vânia deu um muxoxo simpático e seguiu. Se ela tinha certeza de uma coisa é que não queria uma língua feminina em sua xana).
Chegando à quadra não foi difícil enxergar o número 17. Mais alto que seu marido. Forte. Com gestos firmes e delicados.
Aproximou-se:
- Sou amiga da Miranda. Ela me disse que você é decorador amador.
Meio desconfiado, Flávio se identificou e aceitou o convite para um refrigerante.
Depois de dois encontros semanais, Flavio se sentiu a vontade para lhe fazer algumas revelações:
- Aos 18 anos era completamente virgem;
- Ele gostava de olhar os colegas no banho, para comparar mentalmente seus “membros” com o dele, para saber quem era o maior;
- Tinha curiosidade em chupar os “melões” de algumas coleguinhas de turma;
- Quando pensava seriamente se seria gay, só duas pessoas lhe atraiam: um vizinho de sua idade - Sérgio – e um professor – Romário. Mas não tinha ilusão com nenhum deles.
VI
Vânia convidou Flavio para conhecer seu apartamento e para jantar. Nessa mesma ocasião conheceria seu marido.
Durante o jantar Vânia se divertiu com o desconforto de ambos. Mas a macarronada sumiu da mesa rápido.
Depois de terminarem a segunda garrafa de vinho, Vânia decretou:
- Vamos sair, quero dançar.
Mesmo sob protesto, ambos acederam à ordem. Afinal o dia seguinte seria feriado.
Chegaram às 11 da noite na boate. Romário e Flávio mataram uma garrafa de uísque, sob o olhar de Vânia. Às quatro da manhã ela decidiu:
- Vamos dormir. Eu dirijo.
Mesmo semiconscientes, eles se surpreenderam quando Vânia, depois de dirigir 15 minutos entrou no Remake’s, o motel mais caro da cidade.
- Vamos dormir aqui. Tem o que eu preciso. E ninguém se arrisca a dirigir.
VII
No quarto pôs ambos para tomar banho.
Primeiro Romário.
Depois Flávio.
Por fim ela foi. Demorou tempo suficiente para, segundo seus cálculos, terminar o porre de seu marido e seu amigo.
VIII
Ela saiu do banho enrolada na toalha e encontrou ambos olhando apáticos a filmes pornôs na TV.
Pôs-se em frente ao aparelho de televisão, olhou seus homens deu um sorrisinho e... deixou a tolha cair.
Ambos nem tiveram tempo de se espantar e ela já pergunta;
- Quem tá a fim de me comer?
IX
Romário fica indignado e Flávio perplexo.
Mas Vânia quer manter a liderança do grupo.
- Calem-se. Na verdade se alguém vai me comer hoje é o Flávio. Mas ele vai ter que fazer uma coisa, com a ajuda do Romário.
Romário: como assim?
Flávio: o que?
- Flávio vai ter que ser enrabado pelo Romário.
Nova onda de indignação. Mas Vânia é firme.
- Flávio, meu amor. Você é cabaço encucado. Só vai resolver se experimentar ambos. O pau de meu marido é delicioso até no cú. E minha buceta é muito desejada. Você é um privilegiado.
- Romário, há três meses você me enrabou pensando no Flávio. A bunda dele é linda, realmente. Mas não sei se o que você sentiu era tesão ou paixão. Vamos descobrir agora.
Romário ficou envergonhado. Pois desde o começo das aulas não conseguia parar de pensar na bunda daquele moleque, nos lábios dele. Começou até a frequentar a quadra, para vê-lo mais. Com o termino do semestre se sentia aliviado, pois não o veria mais.
- E se eu não quiser enrabar o Flávio?
- Eu peço divórcio. E o se o Flavio não quiser ser enrabado, eu denuncio ele por furto. Tem um cinzeiro lá em casa que desapareceu depois de nosso jantar.
Flávio fala quase chorando:
- Eu topo. Confio na Vânia. Espero que nada saia daqui.
Romário se sentiu emparedado. Só pode baixar os olhos e dizer: tudo bem.
Para surpresa de Romário, sua pica endureceu bem rápido. Flávio foi orientado por Vânia sobre a posição a ficar. Ver aquele macho de quatro com aquele cuzinho cabaço piscando foi o melhor Viagra possível.
Vânia segurou o pau de Romário e colocou na porta de cú de Flavio e foi orientando a entrada. Flávio gritou, mas não arregou. Depois que o saco de Romário bateu em sua bunda se pôs a chorar. Depois do primeiro vai-e-vem pedia pelo amor de Deus para Romário gozar logo, para acabar a dor.
Mas Flávio não sabia que Romário é masoquista. Ver o sofrimento do outro o fazia retardar o gozo. Tirava a rola do cú do aluno só para faze-lo gritar de dor na nova entrada. Quando Flávio se acostumou jogo, Romário fez a pergunta:
- Flávio, você está gostando?
- Sim, mas dói.
- Quer experimentar a pelo?
- Mas e doença?
- Você é cabaço. E você é a primeira pessoa fora do casamento com quem eu e Vânia transamos em nossas vidas. Deixa eu tirar a camisinha, vai?
Flávio olhou para Vânia, que autorizou com um aceno de cabeça.
Rômulo tirou a camisinha e enfiou o pinto em Flavio de novo. Em pouco tempo estava se liquefazendo em gala naquele cú e gritando:
- Flaaaaaaaaaaaaaviiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiioooooooooooooooo!!!!!!!!!
X
Depois de alguns minutos foi vez de Vânia.
- Vambora tu ainda tem uma buceta prá comer.
- Tá doendo.
- Ta doendo teu cú, não tua piroca. Deixa eu ver.
Vânia começa a masturbar Flávio, que realmente fica teso rápido.
Aí ela resolve meter a boca naquele mastro que está esquentando sua mão. Quando começa a chupar sente o cheiro do esperma do marido, o que a deixa mais excitada.
Sentindo que Flávio está pronto, deixa o membro do rapaz quieto o olha nos olhos e fala.
- Sei o que você passou hoje, por isso vamos fazer bem básico. Um papai/mamãe. Tudo bem?
Vânia deita na cama e traz Flávio para cima dela. Assim como havia feito com o pau de Romário no cú de Flávio, ensina o caminho de sua buceta ao pau de Flávio.
Depois de cinco minutos, Flávio goza. Vânia manda todos dormirem.
XI
Após um tempo de mau estar, Vânia e Romário se acertam.
Trazem Flávio para morar com eles e todos saem ganhando.
Flávio não precisa escolher entre ser hetero ou homoafetivo. Tem os dois debaixo do mesmo teto.
Vânia tem um homem que a ama e um outro que a deseja.
Romário tem duas mulheres apaixonadas por ele, morando na mesma casa e uma sabendo da outra.
Epílogo:
Pela primeira vez Vânia tem um segredo para esconder de Romário.
Um final de tarde em que Romário estava viajando e Flávio iria esticar a faculdade com estudo em grupo, Vânia estava tomando uma caipirinha numa Plaza quando Edna – a professora que lhe havia “denunciado” os desejos de Miranda apareceu.
Edna sentou-se à mesa de Vânia e pediu a mesma bebida que ela.
Até hoje Edna se pergunta como foi parar naquele quarto de motel e acordou com Vânia de conchinha lhe apertando os peitos. Mas ambas gostaram da experiência, tanto que a repetem uma vez por mês, sem o prólogo da caipirinha.