Ela está ajoelhada no chão. Submissa. Lindamente entregue a mim. Toda minha. Somente de calcinha, e nada mais. Minha. Negra, alta, cheia de curvas, cabelos longos. Olhos brilhantes. Boca de lábios bem desenhados. Perfeita.
Finjo certo desinteresse, indo ao banheiro. Deixo-a ajoelhada, na mesma posição costumeira, de joelhos abertos, e mãos sobre as coxas. Como uma gueixa faria durante sua apresentação. E é isso o que acontece. Sua apresentação a mim, como seu dominador. Mas talvez seja ela que me domine, já que não posso tirar por um segundo o sabor dos seus lábios da minha boca. Minha língua implora pela dela. Tento me livrar da ereção pungente que roça a calça, cada vez mais pesada. Falho, admito. E saio, ainda mais faminto do banheiro, enquanto ela me olha, em uma mistura de curiosidade, tesão e apreensão.
Segurando seu pescoço, de modo firme, seguido por um tapa. Seu grito de surpresa e dor é sufocado por um segundo de devaneio, onde beijo sua boca, sem permitir que levante do chão. Nossas línguas se tocam, furiosamente, em um balé íntimo, em que somente nós somos espectadores, e somente a nós faz sentido.
— Você realmente não tem se portado bem. Precisa ser castigada. Eu avisei o que aconteceria se não fosse obediente. Vou surrar você, até que aprenda a me obedecer.
— Me castiga, por favor. Eu sou muito desobediente. Mereço ser punida, senhor.
— E você vai.
— Me bate com força. Por favor, senhor.
Aqueles lindos olhos faiscavam. Seus lábios doces, recobertos por vestígios tenazes de um batom cor-de-vinho tremiam, arfantes dos beijos profundos que acabaram de me proporcionar.
Pegando-a por seus cabelos, a coloco contra a parede. Seu bumbum perfeito, está encaixado na minha ereção. A diferença evidente de altura não é problema algum. Eu a domino, e ela sabe. Castigo seus seios. Sua excitação aumenta, e a minha também. Sua calcinha some, entre um arquejo e outro. Dou um tapa, razoavelmente mais forte que o primeiro. Ela sorri. A beijo.
Ela se deita na cama, voluptuosa. Quase a posso ver entrar em chamas. Sua vontade de mim é palpável. Visível. Pulsante. Cada mínima curva de seu corpo é um convite a perdição. Eu realmente me perdi, e garanto que tantos outros que a vejam assim, também irão. Mas ela é totalmente minha nesse momento. E tão somente minha, totalmente entregue.
Coloco-a deitada sobre meu colo, ambos nus. Minha ereção pressiona sua barriga, e seu sorriso licencioso me faz querer bater ainda mais. Dar outros pequenos tapas, que fazem seu rosto ganhar ainda mais um ar sexual, de mulher decidida.
— Vou bater em você de cinto, e vai contar até 30. E vai agradecer cada vez, ou eu vou continuar batendo.
— Sim...
— Um.
Ela se contrai, com a dor repentina, e não conta nem agradece. Bato com mais força. Ela geme.
— Vou continuar batendo até lembrar o que precisa fazer.
— Um! Obrigado! Dois! Obrigado! Três!
Terminamos, com esquecimentos propositais, chegando até 50. Meu ombro dói, e eu decido brincar de quente-frio. Já está bem quente aquele belo rabo negro. Esfrio lambendo, e chupando, lentamente, aquele cuzinho pequeno e piscante. O barulho molhado, e o sabor delicioso, me fazem babar, não tão somente pela boca. Ela começa a gritar, de prazer e tesão, e decido estimular, usando os dedos. Ela geme, ainda mais alto. Cada pequena parte daquele monte de prazer é beijado, mordido, lambido, estimulado. Suas mãos agarram o lençol, e seu rosto se afunda em uma almofada, pretendo libertação. Vejo seu orgasmo se chegar, e paro.
— Sua vez, vadia gostosa. E é melhor mamar gostoso, ou vou te bater ainda mais pra aprender.
Ela reclama, sabendo que neguei propositadamente seu prazer. Mas ainda assim desce, lambendo cada parte do meu corpo. E alcança, rapidamente, meu pau cada vez mais babado, que logo some dentro da sua boca. Masturbado, cuspido, lambido. A textura e o calor da sua boca, a vontade dos seus lábios, a maciez da língua. O prazer me domina. A saliva molha o colchão abaixo de nós.
Fazemos um 69, e seu sexo fica cada vez mais úmido, como se me chamasse. Continuo a chupar seu delicioso rabinho disponível. Dedos, língua. Beijo, assopro. A cada contração dela, uma sugada maior vem.
Ela vai por cima, e pouco a pouco, ela cavalga sobre mim. Primeiro, lentamente, como quem deseja conhecer algo novo. Sinto o calor, a maciez e as contrações que dá, a cada parte que entra e sai. Tenho vontade gozar, mas seguro. Preciso fazer com que cada minuto seja ainda mais proveitoso. Suas mãos no meu peito, sentando vorazmente, querendo apagar o fogo que queima em nós dois, enquanto faço o mesmo movimento, deitado abaixo dela. O barulho do choque, alto e compassado, deve poder ser ouvido por quem passa lá fora. O inegável som do sexo forte, fundo. Animal.
Ela fica de quatro. Olho, rapidamente, o quão aberto já está. Sorrio, internamente. Eu fiz aquilo. Ela tem prazer comigo. O prazer dela é meu. Adentro novamente, sem qualquer pausa. O gemido é automático. Dentro-fora. Devagar, rápido, forte, fraco. Fazer amor, transar, trepar. Foder. Cada vez mais fundo e forte. Meus dedos ficam marcados na sua cintura, pelas palmadas seguidas e pelo modo rude como seguro. Novamente seu prazer vem se aproximando. Ela deita, se esfregando na cama, buscando libertação. A cor vermelha sobre a pele negra de suas nádegas é um convite cada vez maior a não sair nunca mais dali.
Coloco-a de frente para mim, suas pernas nos meus ombros. Posso ir ainda mais fundo. E vou. Seus olhos se fecham, seu corpo treme. Seu arfar-gemido é cada vez mais irregular. Ela me olha profundamente nos olhos. Implora por seu orgasmo. Segura meus braços, que apoio contra cama, enquanto penetro profundamente, estimulando seu interior cada vez mais macio e gostoso. Não há mais como adiar seu prazer. Acelero, tentando gozar juntamente com ela. Temos um orgasmo juntos, enquanto nove, dez jatos, preenchem seu interior. Começo a masturba-la. Ela se assusta, mas aproveita, tendo uma nova ejaculação, e um descontrole rápido do próprio corpo.
Cabeça no meu peito. Ainda arfa. Alguns risos ocasionais.
— O que foi, princesa?
— Tô feliz. Me sinto mais mulher.
— E você não é mulher?
— Sou. Uma mulher trans. E agora me sinto ainda mais mulher. Mas livre. Feliz. Fica comigo.
Ela me abraça ainda mais forte. E eu posso sentir seus temores, suas lutas, suas vontades. Minha. Mulher, forte, linda, alta, gostosa. Feliz.