RASTROS IV: REENCONTROS

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2212 palavras
Data: 06/02/2020 19:09:29

Por um período relativamente longo, eu e Mariazinha não nos víamos nem nos falávamos, dada a distância e a impossibilidade de contato telefônico. Eu, de início, me conformei com essa situação, muito embora ela não me agradasse ..., e ela poderia prolongar-se, não fosse por minha inclusão em uma rede social ..., e foi ela que me encontrou! Trocamos números de celular e passamos a conversar regularmente.

Tudo parecia, então, que permaneceria meio onírico, embora tivéssemos ensaiado um encontro furtivo que não logrou êxito; todavia, o destino ainda nos reservava uma nova chance …, uma nova chance para nosso desejo. Algumas semanas após esse reencontro proporcionado pelas redes sociais, eu recebi um convite para assumir um cargo na administração pública, que aceitei de imediato, já que se tratava de voltar a trabalhar com uma equipe com a qual eu tinha uma enorme afinidade.

E alguns dias após assumir o cargo, fui me apresentar ao Diretor de Departamento; ao chegar na antessala do gabinete, surpreendi-me por uma presença que fez meu ser vibrar com toda a intensidade do universo …, na minha frente estava Mariazinha! E ela estava ainda mais linda, mais atraente e mais gostosa! Ela me fitou surpresa e um pouco assustada ..., mas, mordiscou os lábios e sorriu aquele sorriso de menina.

Passado o susto inicial, ela se levantou e veio em minha direção e assim que se aproximou, deu-me a face para um beijo; foi uma verdadeira tortura sentir seu cheiro sem poder, ao menos, abraçá-la com imenso carinho; conversamos rapidamente e fui para meu compromisso. Na hora do almoço, liguei para ela e perguntei se aceitaria um convite para que fizéssemos a refeição juntos. Com um tom inseguro, ela aquiesceu ao convite.

Almoçamos em um restaurante próximo e depois fomos caminhar um pouco. "Acho que não consigo tirar você, de dentro de mim!", ela desabafou, quebrando o silêncio. Eu ouvi, mas não sabia o que pensar ..., eu estava impregnado dela e ela de mim, tornando-se impossível uma separação que não fosse dolorosa ..., mesmo depois daquele distanciamento, nós ainda tínhamos algo muito forte que nos prendia um ao outro.

-Por mais que eu te deseje, nós sabemos que nossa relação é impossível – continuou ela com a voz embargada – Você é casado e não vai se separar para viver algo comigo ..., e assim, estarei sempre sozinha ...

-Eu sei disso! – respondi, me sentindo desconfortável - Mas, é algo mais forte que eu! É mais forte que você!

Mariazinha fitou meu olhar e percebi uma lágrima teimando em escorrer; ela mordiscou os lábios e ensaiou um sorriso; eu não resisti e tomei-a em meus braços; selamos um longo beijo …, o beijo do reencontro! Ali mesmo, na rua, ante olhos curiosos dos passantes, nos beijamos com paixão e com desejo. No caminho de volta, pouco antes de entrarmos no prédio, ela segurou meu braço, me fitou com um sorriso discreto e disse, quase em um sussurro: “Preciso pensar, tá? Me dá um tempo, por favor!”. Eu não disse nada, apenas acenei com a cabeça.

Os dias que se seguiram foram uma tortura sem fim …, mesmo que não quiséssemos, nossos caminhos se cruzavam durante o expediente, na hora do almoço, no café da tarde e na saída; olhares distantes querendo gritar e sorrisos que tentavam ser impessoais, almejando explodir em desejo e paixão. Eu tentava, por todos os meios, esquecer que a mulher que eu mais desejava estava a poucos passos de mim …, eu tentava …, mas, não conseguia!

Houve um dia, porém, que nós não nos encontramos. Durante toda a manhã, nossos caminhos não se cruzaram, até que, retornando do almoço eu a vi, e ela estava deslumbrante! Mariazinha usava um vestido longo tipo “tomara que caia”, com os ombros desnudos e o colo discretamente oferecido, que lhe concediam um ar de extrema sensualidade; os sapatos de saltos altos e finos completavam o visual deliciosamente insinuante.

Como de hábito, ela mordiscou os lábios e sorriu um sorriso discreto, mas perturbador; não dissemos uma única palavra; assim que entramos no elevador, Mariazinha, praticamente, perfilou-se ao meu lado, permitindo que eu sentisse o doce aroma de jasmim de seu perfume predileto. Ela desceu no andar da Diretoria e eu prossegui. Mal entrei em minha sala e o telefone tocou.

-Oi, fiquei sem jeito de dizer – disse Mariazinha do outro lado da linha.

-Dizer o que? – perguntei sem compreender o que ela pretendia.

-Queria te dizer que me vesti assim …, pra você! – ela prosseguiu com sua voz suave de menina – Mas, senti que você parecia me comer com os olhos!

-Pra mim? Você se vestiu pra mim? – respondi depois de um suspiro profundo – Você está linda, meu amor! Linda demais!

-Obrigado! O teu olhar me fez pensar …, em nós – ela continuou – Pensei que …, não consigo mais!

-Não consegue mais o que, meu amor? – eu perguntei, temendo que a resposta me deixasse infeliz para sempre!

-Que eu te quero, meu amor …, meu homem! – ela respondeu com a voz entre a angústia e o desabafo.

A frase caiu como um raio, me deixando extasiado, pois era tudo que eu queria ouvir na vida. Por alguns minutos ficamos em silêncio; creio que as pessoas entravam e saíam da minha sala sem perceber que eu estava à beira da euforia absoluta. Do outro lado da linha havia uma mulher que me queria mais que tudo e que eu queria mais que sempre!

-Posso te pedir uma coisa? – retomou Mariazinha, quebrando novamente o silêncio.

-Pode pedir o que quiser, meu amor – respondi sem pensar.

-Quero passar uma noite com você – ela disse com um tom hesitante, quase amedrontado – Quero saber como é acordar ao seu lado …, pelo menos, uma vez na vida!

Emudeci; incapaz de dizer alguma coisa, mas, principalmente, de negar aquele pedido; o pedido de uma mulher apaixonada. O silêncio pesou muito entre nós, e eu ponderei que seria quase impossível atender ao pedido dela …, mas, o desejo falou mais alto! Falou, não, gritou!

-Está bem minha Mariazinha! – respondi cheio de ternura – Vou dar um jeito nisso …, mas, tem uma condição!

-Que condição, meu amor? – ela perguntou com a voz carregada de alegria.

-Você tem que ir com esse vestido! – disse a ela com um tom de provocação.

-Eu vou …, claro que eu vou! – ela devolveu enfática – Posso levar uma camisola também …, comprei uma pensando nessa noite.

-Claro que sim meu amor, pode sim! – respondi extasiado.

Nos dias que se seguiram, fiquei maquinando um jeito de conseguir passar uma noite fora de casa; entretanto, todas as possibilidades exauriam-se em algum ponto …, e passado mais de um mês de nossa conversa, eu ainda não conseguira ter uma boa ideia …, mas, novamente, o destino foi providencial! Em uma reunião, meu chefe me convocou para um seminário sobre políticas públicas que aconteceria na semana seguinte em Campinas.

O tal seminário aconteceria entre a quarta e sexta-feira, o que me dava uma vantagem, pois disse a minha mulher que o evento transcorreria durante toda a semana, o que foi aceito sem maiores questionamentos. No seguinte à reunião, liguei para Mariazinha e contei-lhe sobre o plano que tinha em mente …, ela ficou eufórica! Disse que precisava fazer alguns preparativos, principalmente no que dizia respeito aos cuidados com sua mãe, mas que, certamente, não seria um problema. Eu disse que poderíamos dormir juntos na segunda, depois iríamos ao trabalho e dormiríamos juntos mais uma noite, pois meu embarque para Campinas estava marcado para acontecer na manhã de quarta-feira.

Tudo foi previamente acertado, mas, ainda hoje sinto o remorso rondando minha alma! Na segunda-feira fui para o trabalho como normalmente fazia, exceto por carregar uma mala de viagem que deixei no porta-malas do carro, tomando o cuidado de colocar mais uma muda de roupas para a eventualidade. Durante o dia, eu e Mariazinha nos encontramos muito pouco, somente o necessário, mas, nossos olhares eram repletos de ansiedade e desejo. Notei também que ela não estava usando o vestido, mas, imaginei que houvesse algum imprevisto que a impediu de usá-lo, e isso não estragaria nossa pequena aventura!

Fiquei até um pouco mais tarde no trabalho e aproveitei para ligar para minha mulher de um “orelhão” (sim, naquela época eles existiam e funcionavam!), apenas para confirmar que estava de partida e que nos falaríamos na sexta-feira a noite quando do meu retorno. Voltei para a repartição, e depois de liquidar alguns assuntos pendentes, liguei para Mariazinha confirmando nossa saída. Ela respondeu afirmativamente, e pediu que eu levasse sua mochila para o carro também para não parecer suspeito.

No horário combinado, saí da garagem do edifício, contornei o quarteirão e encontrei Mariazinha a minha espera. Ela entrou no carro com seu sorriso atraente; eu não resisti e a beijei ali mesmo. Rumamos, então, para o nosso destino: um motel muito discreto, situado em uma avenida radial bem distante do centro.

Pedi uma suíte intermediária que pelo que vimos depois era de excelente bom gosto. Assim que estacionei o carro dentro da garagem, Mariazinha olhou para mim e sorriu, dizendo: “Você espera aqui …, vou entrar e trocar de roupa …, te chamo assim que estiver pronta!”. Acenei com a cabeça, não sem antes roubar-lhe um beijo que ela me concedeu de bom grado. Ela saiu e eu acendi um cigarro fumando calmamente …, afinal, aquela noite era nossa e sem pressa.

-Oi, amor …, pode vir – ela disse, fazendo pose na porta da suíte.

Ao sair do carro, eu a vi com aquele vestido deslumbrante olhando pra mim; ela levantou a mão, estendendo o indicador na minha direção e gesticulando para que eu viesse até ela. Fechei o carro e caminhei em sua direção, com a vontade de correr!

Abracei-a e, juntos, entramos no quarto; nos beijamos longamente, e em dado momento, me afastei um pouco para apreciar aquela visão delirante de Mariazinha trajando aquele vestido inquietante; puxei o busto para baixo com delicadeza, pondo à mostra os lindos seios dela, com os mamilos intumescidos apontados para mim; suguei aquelas frutinhas deliciosas, ao som dos gemidos e suspiros dela, enquanto balbuciava: “Isso, meu homem! Me usa! Me faz tua mulher!”.

Bem que eu poderia passar a noite toda apenas saboreando os peitos de minha Mariazinha, mas, eu também sabia que havia muitos outros segredos a serem desvendados; apertei-a contra mim, com minhas mãos bolinando suas nádegas grandes e roliças (a única coisa em seu corpo que ela detestava!). “Hum, afobadinho, hein? Sabia que debaixo deste vestido não há mais nada?”, ela sussurrou em meu ouvido, deixando-me ainda mais excitado.

Imediatamente, fiz com que ela ficasse de costas para mim e empurrei-a contra o espelho; bem devagar, fui levantando o vestido, até que as nádegas grandes, firmes e roliças surgiram ante meus olhos estupefatos; acariciei-as uma a uma, com as mãos, até o momento em que consegui abaixar minhas calças e cueca, passando a esfregar minha rola naquela região magnífica. Mariazinha gemeu e rebolou o enorme traseiro.

Levei-a até a cama, fiz que se sentasse e tirei seus sapatos, beijando seus lindos pezinhos; enquanto ela se desvencilhava do vestido, eu quase arranquei minhas roupas; deitei-me ao seu lado e passei a trocar carícias cada vez mais intensas; depois de algum tempo, quando fiz menção de penetrá-la, Mariazinha olhou para mim e pediu: “Amor, me fode como se eu fosse sua mulher …, quero ficar de ‘frango assado’, por favor!”; prontamente, atendi ao seu pedido, e mais uma vez, meu mastro escorregou para dentro dela e nós fodemos intensamente.

Pelo resto da noite, ou boa parte dela, eu e Mariazinha fodemos de todas as maneiras possíveis; fiz com que ela ficasse de quatro e enterrei meu pinto grosso em sua buceta. A posição causou uma enorme sensação que ela comemorou, em especial, quando se seguiram orgasmos, um após o outro, cada vez mais intensos.

Ela também me cavalgou, e foi uma delícia vê-la sobre mim, subindo e descendo, enquanto eu manipulava seus mamilos, e segurava seus peitos com minhas mãos. “São seus, bobinho! Sempre serão seus!”, ela dizia em voz baixa, sorrindo ante meu êxtase em tê-los em minhas mãos. Por fim, disse a ela que atingiram meu limite, e Mariazinha pediu que eu não gozasse em suas entranhas; mesmo tomando anticoncepcional, ela temia que a proximidade de seu ciclo menstrual pudesse, de alguma forma, interferir no curso químico de seu organismo.

Pedi que ela me masturbasse, o que fez com enorme prazer, deitando-se ao meu lado, colando seu corpo ao meu, enquanto manipulava minha rola dura, sujeitando-me a uma deliciosa masturbação. Brinquei com seus peitos, sentindo o gozo sobrevir …, e quando ele estava no ápice, avisei a ela, que tratou de apontar meu pau contra minha barriga. “Goza, meu amor …, goza pra sua amante!”, ela disse olhando no fundo de meus olhos …, gozei, ejaculando vigorosamente, melando toda a minha barriga e meu baixo-ventre.

Adormecemos assim mesmo, sem nos preocuparmos com mais nada; por alguns minutos fiquei ouvindo ela ressonar como uma gatinha; sua pele ainda úmida do suor, esfriava rapidamente, já que o ar-condicionado estava ligado; puxei o lençol e fiz com que ela se aninhasse mais próximo de mim. Adormecemos …, mas não dormimos por muito tempo …, acordei com ela brincando com minha rola que já dava sinais claros de ressurgimento …, e assim, recomeçamos …, e recomeçamos, e recomeçamos ainda mais! Fomos vencidos apenas pelo avanço inexorável da madrugada …, cujos sinais evidenciavam que o dia estava se aproximando, trazendo para nós a realidade.

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