Minha época predileta do ano sempre foi o festival de inverno, época em que a cidade se transformava em um reduto de cultura, cheia de gente bonita com aquele charme que o inverno traz. Pelos becos da cidade, pessoas com jaquetas e cachecóis se aglomeram nos barzinhos e, por vezes, se sentam nas calçadas com os seus violões. Shows gratuitos enchiam as praças e essa era uma oportunidade de reencontros, pois vira e mexe você acabava esbarrando com algum amigo que havia se mudado para estudar em outra cidade.
Depois dos shows, os rocks nas repúblicas da cidade eram garantidos. E eu sempre acabava em algum rolê do tipo, ou ainda num barzinho em uma zona boêmia da cidade. Entre os bares preferidos, aquele em especial, ganhou fama de alternativo, onde jovens espremiam-se pelo beco apertado, disputando espaços para se sentar nas calçadas ou entre as poucas mesas disponíveis.
Vez ou outra podíamos encontrar cenas clássicas naquele beco, como a garota que sempre descia uma cesta de doces, oferecendo-nos “brigadeiros mágicos”. Aquele era um lugar de liberdade, como um beco secreto bem no coração do conservadorismo. Eu costumava frequentar aquele lugar praticamente todo final de semana, mas naquele, em especial, encontrei velhas amigas, já chapadas.
Logo, juntou-se a nós um grupo de conhecidos delas, estudavam juntos mas não eram muito próximos. Conversavam e logo trataram de me inserir nos assuntos sobre o colégio que eu também frequentei, anos antes. Eu comentava que eu lembrava sim dos seus rostos. Na verdade, eu sabia de algo muito mais intimo sobre alguns deles.
Gustavo era um cara muito meu estilo, alto, magro, branquinho do cabelo escuro e o nariz bem desenhado. Lembro de ter sempre tê-lo achado bonitinho, quando estávamos no mesmo colégio ou em algumas atividades extraclasse que fazíamos juntos. Acontece, que alguns meses antes um amigo havia me revelado que passou uma semana como convidado na casa dele, basicamente como um depósito de porra. Os pais do Gustavo sequer desconfiavam o que os dois faziam no quarto. Em um lar bem religioso, jamais esperariam que o filho despejasse, todas as noites seu leitinho na boca do colega gordinho... Ao final daquela semana, contudo, Gustavo acabou percebendo que não curtia meninos e passou a ignorar completamente o meu amigo.
O desabafo do meu amigo, acabou fazendo com que eu adquirisse uma certa aversão ao Gustavo, não que eu quisesse tirá-lo do armário, ou coisa assim, afinal, eu mesmo mantinha em segredo minhas experiências sexuais, embora naquele ano eu já tratasse o assunto com mais confiança.
Nós conversávamos banalidades, lembrando sobre o passado enquanto ela olhava fixamente para minha boca. Eu sabia bem o que aquilo significava e estava disposto a jogar aquele jogo, apenas pela diversão em vê-lo admitir que me queria. Ele me puxou pela cintura, dançando pertinho de mim, e pude ver que atraiu alguns olhares curiosos, especialmente do irmão de um bom amigo. Ele tinha uma expressão como se confirmasse a suspeita de que éramos viados.
Contudo, eu não era o único alvo de Gustavo aquela noite... Um loirinho que também estudava no nosso antigo colégio, recebia investidas do garoto. O loiro, contudo, não parecia muito interessado e tentava jogá-lo para o amigo, que sequer era bonito, mas que olhava esperançoso para o Gustavo.
Eu particularmente estava me divertindo com a situação, vendo-o revezar entre o loiro, o amigo do loiro e eu... Minhas amigas, aproveitando a liberdade do beco, bolaram, sem cerimônia, um beck e ofereceram àquela rodinha. Gustavo e eu rejeitamos, e iniciamos um papo sobre maconha:
― Na verdade eu nunca usei. ― Afirmei, após um olhar desconfiado do garoto.
― Eu duvido.
― É sério.
― Eu também não, como você sabe, eu sou um santo.
― Aham, sei sim.
― Por que esse tom de ironia?
― Eu sei que de santo você não tem nada, Gustavo.
― Que absurdo!
Ele disse com um sorriso, fazendo-se de ofendido:
― Mas já que tá todo mundo fumando, a gente podia ir fazer alguma coisa, nós dois, né?
Eu ri e neguei com a cabeça:
― Eu não vou ficar com você.
Ele, visivelmente confuso, perguntou:
― Por quê?
― Porque você é babaca e eu evito ficar com gente babaca.
― E por que eu sou babaca?
― Não posso falar, mas você foi babaca com um amigo meu e eu não posso ficar contigo.
Logo ele quis saber mais e não parecia sequer desconfiar do que eu falava. Eu, contudo, estava irredutível. Foi quando nossas amigas vieram até nós, dizendo que deveríamos fumar um pouquinho juntos. Largaram o beck na nossa mão e eu o desafiei:
― Então, santinho, vai ser corrompido hoje?
Ele ponderou, parecia uma decisão difícil para ele:
― Só se você fumar primeiro.
― Eu não confio em você, mas se você puxar primeiro eu vou depois.
E assim fizemos, Gustavo tomou o beck da minhas mãos e sugou a fumaça, acho que ele jamais havia tragado antes e não sei se ele de fato levou a fumaça para o lugar certo ou se ela só passeou pela sua boca. Mas logo foi a minha vez. O cheiro de maconha nunca me agradou, me arremetia a sujeira e eu nunca gostei, mas mesmo assim cumpri minha parte no acordo. Tirei o meu cachecol e Gustavo tratou de usá-lo, parecia estar com frio, ou talvez só quisesse meu cheirinho nele. Pois ficou roçando o nariz contra o tecido. Será que a onda já tinha batido?
Algum tempo depois as meninas resolveram ir embora e eu havia prometido leva-las até em casa, pois iriam dormir na casa de uma delas em uma região um tanto perigosa. Me despedi de Gustavo e ele se ofereceu para ir junto:
― Cara, mas vão lá para a parte baixa da cidade, várias ladeiras para voltar para cá depois. Tá de boas, eu levo elas.
Ele não desistiu e nos acompanhou, até descermos por uma ladeira imensa e bastante íngreme. Eu mesmo já estava arrependido da decisão de levar as meninas em casa, pois teria que subir tudo aquilo de novo. Gustavo percebeu meu incômodo e se ofereceu para me levar de cavalinho nas costas, e prontamente aceitei, apenas pela diversão de vê-lo me carregar.
Descemos toda a ladeira dessa forma, como adolescente escandalosos, todos rindo, alguns chapados... Eu me segurava no Gustavo e afagava o seu cabelo, acho que nesse momento ele soube que havia me ganhado.
Quando chegamos ao pé do morro, as meninas disseram que moravam ali perto e que não precisávamos ir até lá, mas que bastaria que observássemos até que entrassem em casa. As garotas foram se afastando e Gustavo e eu nos aproximando... Não as vimos fechar o portão, pois já havíamos nos envolvido em um beijo intenso.
Entrelacei os dedos junto aos dele e puxei para o outro lado da rua, me escorando em um muro e beijando-o novamente. Esfregávamos nossos corpos, sentindo nossos volumes duros um contra o outro. Eu puxava seu lábio inferior entre os dentes e Gustavo arfava alto, claramente estava com muito tesão aquela noite.
A gente forçava os corpos um contra o do outro, nos beijando cada vez mais sedentos. Levei a mão à sua calça tentei abri-la. A essa altura ele apertava minha bunda com força, ainda arfando daquela mesma forma. Tamanha foi a minha surpresa quando o botão da sua calça simplesmente rolou pela calçada:
― Eita! Desculpa!
Disse pegando o celular e ligando a lanterna, tentando localizar o botão:
― Deixa isso para lá.
Ele disse levando minha mão para dentro da sua calça. A sua rola era grossa, pelo que eu podia sentir, e logo a coloquei para fora e passei a bater uma para ele, ali mesmo na rua escura. Ele fez o mesmo, colocou meu pau para fora, após batalhar contra o meu cinto, e começou a me masturbar, sempre arfando de tesão.
A luz de um farol nos alertou da aproximação de um carro e tivemos que parar por ali, guardando o pau e esperando que o carro passasse antes de voltarmos a nos pegar. Gustavo se abaixou e passou a me chupar ali mesmo, e não parecia preocupado com um local onde estávamos.
Eu mordia meu próprio lábio, reprimindo meus gemidos enquanto ele deslizava sua boca pela minha rola e acariciava minhas bolas. Novamente um farol nos alertou de que algum carro passaria por ali e tive de puxá-lo para cima:
― Aqui não vai rolar, tá muito movimentado.
Alertei, já guardando o pau. Gustavo passou a chupar o meu pescoço, me apertando contra o muro, o pau ainda para fora. Consegui convencê-lo a dar uma volta e procurar um lugar melhor para continuarmos. Depois de encontrar o botão da sua calça, seguimos de mãos dadas até uma praça.
― Você ainda é muito religioso? ― Questionei tendo uma ideia.
― Hmm... mais ou menos. ―Ele respondeu aparentemente confuso pela pergunta.
E eu o puxei pela mão até a lateral de uma igreja, era um lugar deserto, com várias arvores na frente e como a rua atrás da igreja não tinha saída, praticamente ninguém passava por ali, além de casais adolescentes, é claro.
Voltamos a nos pegar, ele já com o pau para fora se masturbando e apertando minha bunda, ainda arfando sedento. Eu me inclinei e passei a mamar aquela pica, que mais tarde a elegi, junto de um amigo como a rola mais bonita que já vimos. Enquanto eu o chupava, ele se concentrava em procurar meu cuzinho com os dedos, abaixando minha calça e invadindo minha cueca.
Tão logo ele abaixou a minha cueca, me prendeu contra a parede da igreja e passou a sarrar a minha bunda. Eu sentia o seu pau roçando entre minhas nádegas e empinava o rabo, enquanto Gustavo beijava meu pescoço e me masturbava. Não demorou muito e ele se ajoelhou e passou a lamber o meu cuzinho. A sensação de sentir sua língua molhada me invadindo e sua barba roçando na minha bunda era indescritível e me fazia rebolar inconscientemente. Logo seu dedo me invadiu e eu não conseguia acreditar no que eu estava fazendo bem ao lado da igreja.
Gustavo cuspiu no próprio pau e começou a força-lo contra o meu cuzinho, arfando alto e me segurando pela cintura, me fazendo rebolar:
― Eu vou te comer...
Ele sussurrou ao pé do meu ouvido enquanto forçava o pau contra minha entrada, isso fez com o que eu recuperasse a minha sensatez:
― Não! Tá doido?! Olha o tamanho do seu pau!
― Por favor... ― Ele pedia manhoso ao pé do meu ouvido, enquanto eu negava com a cabeça.
― Não... Não to preparado para isso, Gustavo!
― Por favor! Só a cabecinha.
Ele forçava mais o pau contra o meu buraquinho, que eu contraía, preocupado. Gustavo ainda arfava sedento:
― Só a cabecinha... Por favor...
E logo ele conseguiu me invadir com aquela cabeça grossa. Ficou algum tempo ali, mas logo passou a me penetrar mais um pouco. Eu mantinha minhas mãos contra a parede da igreja e gemia enquanto ele puxava minha cintura contra o seu pau.
Aos poucos, Gustavo passou a ir e vir dentro de mim, bem lentamente, dando tempo para que eu me acostumasse com o seu pau. Logo eu me apoiava na parede e rebolava em seu pau, me controlando para não gemer e ouvindo-o ainda arfar atrás de mim.
Com o estímulo ele passou a meter com maior velocidade em mim, me segurando pela cintura. Eu tinha só a minha bunda de fora enquanto ele apenas havia aberto a calça e tirado a rola, que agora me penetrava com força.
Ele beijava meu pescoço, me fazendo tombar a cabeça para trás e revirar os olhos de prazer enquanto ele metia cada vez mais em mim. Eu piscava em sua rola e ele arfava a cada piscada que sentia. Acho que a essa altura ele já havia conseguido colocar toda aquela rola dentro de mim e eu me sentia completamente preenchido por ele.
Ele estava tão confiante a essa altura que tirava completamente o pau de dentro de mim e voltava a socar com força, me fazendo segurar gemidos que em qualquer outra situação seriam altos. Acho que nós dois estávamos no cio aquele dia e o fato de estarmos em um lugar inapropriado parecia só aumentar o tesão daquela foda.
Gustavo voltou a meter com um certo ritmo intenso, atritando a minha próstata e me fazendo ficar praticamente cego de tanto prazer, eu já havia me esquecido completamente de onde estávamos. Mas a foda não demorou muito, arfando, ele disse como um sussurro:
― Vou gozar... dentro de você.
Sorri de canto e assenti, concordando:
― Pode gozar, eu gosto.
Algumas estocadas depois eu pude senti-lo pulsar dentro de mim e liberar todo o seu gozo. Ele guardou o seu pau, ainda arfando de tesão e eu subi minha calça, sentindo sua porra escorrer logo em seguida, pelo meu buraquinho.
Demos as mãos e começamos a descer as ladeiras, o levei até um caminho seguro para que voltasse para a casa e voltei para a minha, ainda sentindo sua porra escorrendo aos poucos pelo meu cuzinho. No outro dia, minha tia me encontrou e disse que ficou sabendo que eu estava dando altos beijos em uma menina num beco no centro da cidade e eu não pude deixar de achar fofo a preocupação do meu primo em trocar o gênero do meu ficante da noite anterior.