UM
A primeira visita aconteceu quando eu tinha 13 anos, estávamos quase no natal, era dia 21 de dezembro, as aulas já tinham acabado, papai estava internado e mamãe estava acompanhando. Ficando dia e noite no hospital, como já vivia na casa de Brenda, seus pais me acolheram e tomaram a responsabilidade de cuidar de mim. Brenda e eu sempre fomos inseparáveis desde os 5 anos, quando me mudei para a casa ao lado. Meu pai era funcionário em uma siderúrgica e havia pegado uma infecção, que o deixou de cama nos últimos 3 meses, minha mãe empregada doméstica estava se virando com os trabalhos que tinha.
Os pais de Brenda, Raul e Marjorie sempre me trataram super bem, apesar de não terem muito a oferecer, estavam me tratando com muito carinho, eram uma segunda família. Morávamos em uma comunidade carente, onde cada vizinho tinha um milhão de problemas, mas todos se respeitavam muito. O único assunto não muito comentado na casa de minha amiga era sobre seu irmão, Breno, mais conhecido como Brenão, que estava preso.
Com a proximidade do natal, tia Marjorie estava eufórica era a primeira vez em 6 anos que Breno iria sair da cadeia e poder passar o natal e ano novo com a família. Segundo relatos, o detento apresentou bom comportamento nos últimos meses, e teria a oportunidade de ficar com seus pais.
Brenda não estava tão animada assim, estava na verdade tensa, eu estava tentando fazer ela esquecer um pouco a chegada do seu irmão, resolvemos nos refugiar em seu quarto e começamos a falar a respeito de nosso assunto favorito: homens.
Apesar da pouca idade, eu e Brenda estávamos no auge da puberdade, e no ditado popular, com as coisas “piscando”, porém tanto eu quanto ela éramos virgens no assunto penetração. Já no quesito beijos e sexo oral éramos bem experientes.
Não era assumido, mas todos os meninos na escola sabiam da minha preferência, inclusive eles próprios levavam suas rolas duras até mim, que caprichava na gulosa, deixando os meninos de pernas bambas, meu passatempo favorito nos últimos meses foi mamar os meninos mais velhos do ensino médio, que ouviram falar de minha fama e me requisitavam muito. Brenda apesar de não fazer com tanta frequência assim, era uma piranha como eu.
- Aí que inveja amigo - ela começou assim que sentamos em sua cama - Mas me conta tudo, o Richard te chamou na casa dele e o que rolou, o de sempre?
- Sim, mas dessa vez ele estava mais afoito menina, me agarrando, me apertando, me fez lamber o corpo dele todo - contei me lembrando - Ele tinha acabado de sair do futebol, estava todo suadinho, lambi todo aquele corpo moreno, engoli aquela jeba preta dele, até sair leitinho, ele queria meter, mas não deixei é claro, ele prometeu que na próxima vez eu vou mamar ele no vestiário do campinho.
- Bicha maldita, que ódio de você - ela jogou o travesseiro em mim - Queria só ver a cara daquela cadela da namorada dele, se ela descobrisse que ele deposita litros de leite na tua barriga.
Caímos na gargalhada e continuamos a falar de todos os garotos que já tínhamos pegado e os que ainda faltavam para nossa lista. Depois de uma meia hora só jogando papo pro ar, tio Raul apareceu, encerramos o assunto.
- Vocês sempre de cochicho né - tio Raul era alto e corpulento, durante anos trabalhou como caminhoneiro, porém, desde a prisão de Breno, começou a trabalhar em uma empresa de conserto de caminhões, era um homem bonito, a barba cheia, um papai sexy, ele sempre me tratou como um filho - Então você foi cúmplice da Brenda nessa molecagem né?
Ele se sentou na cama e falava diretamente para mim. Brenda aproveitou e se levantou penteando seus cabelos.
- Qual molecagem tio? - eu estava de bruços, com o bumbum para cima em um short curtinho, só meu rosto encarava o homem que estava ali, ele me virou de barriga pra cima e levantou minha camisa.
- Essa aqui seu safado - ele riu ao verificar minha barriga - Então você também colocou um piercing no umbigo? - acenei afirmativamente e a mão de Tio Raul permaneceu em minha barriga que era retinha.
- Todo mundo tem né tio, eu a Brenda precisávamos ficar na moda - mordi o lábio ao falar e dei uma olhada de cima a baixo naquele homem, que estava de macacão de mecânico, será que seu pau era grande?
- Vocês são dois maluquinhos - disse por fim e antes de descer minha blusa passou sua mão mais uma vez - Arrepiou Fredzinho, é só o titio Raul.
Senti uma tensão sexual no quarto, porém lembrei que minha amiga estava por ali, e outra não podia fazer nada com aquele homem que estava me acolhendo em sua casa e que aliás sempre me acolheu como se fosse de sua família, desde que eu era um menininho de 5 anos.
Descemos os três para aguardar o jantar, Brenda sentou ao meu lado e novamente começamos a cochichar.
- Se liga viado, não vai inventar de dar o cu pro meu pai - quando ela falou eu gelei, então ela tinha percebido.
- Nunca amiga, jamais faria isso.
- Sei te conheço Fred, e vi que meu pai estava muito interessado na sua barriga, seu viado conquistador - ela apertou minha barriga - Se bem que meu pai é bonitão, sei que você curte um coroa, vai ser difícil resistir se ele tentar algo.
- Amiga juro que não quero nada com ele - não queria que isso acabasse com nossa amizade de tanto tempo.
- Relaxa amigo, estou falando sério se ele der brecha você deveria aproveitar, já acordei de noite e ouvi sussurros vindo do quarto dos meus pais, e minha mãe gemia muito parecia estar sofrendo se é que você me entende - ela foi contando e fiquei chocado - Acho que a ferramento desse mecânico é grande.
Começamos a gargalhar baixinho e dei uma olhada para tio Raul que estava sentado na poltrona ainda com a roupa do trabalho, tentei ver se tinha algum volume sobrenatural em próximo as coxas. Ele viu que eu estava encarando e sorriu:
- Adoraria saber o que tanto vocês conversam - ele disse me fitando.
- Coisas da escola papi - Brenda cantarolou.
- Nas férias? Vou fingir que acredito.
Tia Marjorie apareceu nos chamando para o jantar, nos dirigimos para a pequena cozinha daquela humilde casa. Começamos a jantar e os pai de Brenda perguntou o que fizemos durante todo o dia, aquele tinha sido o dia de folga de tia Marjorie que era enfermeira, Brenda tinha ficado o dia todo em casa, já eu tinha fugido para me encontrar com Richard um veterano do colégio, mas o que tinha contado foi:
- Só o Fred que saiu para se encontrar com o grupo de aconselhamento cristão - tia Marjorie falou e vi que tio Raul me olhou atento.
- Grupo cristão? Brenda porque não foi junto? - ele perguntou sério para nós dois, troquei olhares com minha amiga e ela me salvou.
- Hoje o encontro era só para garotos - ela falou sorrindo e tio Raul concordou com a cabeça.
- Só para garotos? Interessante - estremeci ao ouvir como ele dizia tudo com um tom firme.