EM BUSCA DO SUCESSO - CAPÍTULO 32

Um conto erótico de Rocio
Categoria: Homossexual
Contém 3587 palavras
Data: 25/02/2020 09:03:01
Última revisão: 25/02/2020 09:07:21
Assuntos: Amor, Chantagem, Gay, Morte, roubo

Anderson: Moleque, passa essa merda pra cá. – Ele deu um chute na mão de Kauan fazendo a arma cair perto de César.

Rapidamente o bancário pegou a arma e viu que Kauan estava apanhando de Anderson.

César: Nele você não toca.

César disparou um tiro em Anderson que caiu na piscina.

EM BUSCA DO SUCESSO – CAPÍTULO 32

A água da piscina ganhou tons de vermelho.

Néia: O que você fez? Anderson!

O homem boiava na piscina. César e Kauan estavam em choque.

Kauan: César o que a gente vai fazer?

Néia: Agora você se ferrou de vez, anda tira ele da piscina!

César: Me ajuda aqui Kauan.

César e Kauan conseguiram tirar ele da piscina, mas Anderson não apresentava mais sinais de vida.

Néia: Está morto?

César: não sei, vou chamar a ambulância.

César pegou o celular para ligar e na hora Néia tomou o celular da mão dele.

Néia: Houve um assalto, o bandido entrou na casa armado, por favor, vocês precisam mandar uma ambulância rápido.

César: Que história é essa de assalto?

Néia: O que você ia dizer?

César: A verdade.

Néia: Ah você quer que a verdade venha realmente à tona? Eu tenho uma versão perfeita pra esse crime César, vamos dizer que foi um assalto, você reagiu como legítima defesa, o Anderson já é investigado pela polícia por outros crimes, ninguém vai duvidar de você.

César: E você sai da história como se não tivesse culpa nenhuma né?

Néia: Prefere dizer o que?

César: Chantagem é crime.

Néia: Você matou um homem, se não dizer que ele estava praticando um assalto as coisas vão se complicar pro seu lado, ninguém mata um chantagista e sai ileso.

César: Ele estava batendo no Kauan.

Néia: Não interessa, você atirou, atirou pra defender o amante, que coisa linda, espera até tua família saber disso.

Kauan: César pense bem.

Néia: O menino é mais esperto, em quem você acha que vão acreditar? Numa bicha enrustida?

César: Vai se ferrar Néia.

Néia: Kauan acho melhor você ir embora, a polícia vai chegar interrogando todos nós, vão querer saber o que você estava fazendo aqui.

Kauan: Ela tem razão César.

Néia: Vai, vai pra casa, pra todos os efeitos você estava em casa.

César: Não vai Kauan.

Néia: Você quer ferrar a vida do menino? Vai dizer o que pra polícia? Que seu amante dorme com você enquanto a família viaja?

Kauan: Eu vou indo então, me avisa qualquer coisa.

César: Tudo bem.

César levou as mãos a cabeça pensativo.

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Enzo puxou Gustavo para a água e os dois foram logo se beijando novamente. Camila ficou chocada.

Camila: Meu Deus, na nossa cara e ninguém vê. – Ela disse voltando para o apartamento.

Enzo levou as mãos de Gustavo até seu pau embaixo da água, estava duro e era tudo o que Gustavo queria.

Gustavo: Melhor voltar, alguém pode ver.

Enzo: Tá certo, é melhor mesmo.

Na cama, Camila fingia dormia quando Gustavo chegou. Ela estava inquieta.

CURITIBA

Na casa de César, Samu e polícia já tinham chegado.

Policial: O que aconteceu realmente?

Néia olhou séria para César.

César: Houve um assalto, eu reagi em legítima defesa.

Policial: E o que ele roubou?

Néia: Ele não conseguiu levar nada.

Policial: E a senhora quem é?

Néia: Sou a empregada da casa, vi tudo o que aconteceu, estava acordada quando ele entrou.

Policial: Será preciso ir à delegacia prestar depoimento, o IML virá recolher o corpo.

César: Tudo bem.

DIA SEGUINTE

Camila estava agoniada e foi falar com Estela.

Camila: Mãe, convença o Guilherme a ir embora.

Estela: Aconteceu alguma coisa?

Camila: Não estou me sentindo bem, pra mim já deu essa viagem.

Estela: Vou ligar pro seu pai agora.

Estela ligou para César e o mesmo contou a falsa versão da morte de Anderson.

Estela: Meu Deus César! Que horror! Meu amor, você está bem?

César: Já está tudo bem.

Estela: Iremos embora imediatamente.

Guilherme: O que aconteceu?

Estela: Um bandido entrou na casa, seu pai pegou a arma e o matou.

Guilherme: O que?

Estela: Precisamos ir embora, alguém pega um copo com água pra mim, por favor, estou nervosa, meu marido podia ter morrido.

Enzo: Pelo menos deu tudo certo, bandido bom é bandido morto mesmo, que foi gente? Vão ficar com pena agora?

Valentina: Enzo, é um problema de família, melhor irmos embora, acho melhor todos arrumarem suas coisas.

Paula: Seu copo com água Estela.

Estela: Obrigada querida.

Camila: Eu vou voltar com o Gui, Paula você pode ir no meu lugar com o Enzo?

Paula: Claro amiga.

Valentina: Vem com a gente também Renan, já aproveitamos os 2 em casa.

Logo, eles já estavam saindo.

Renan: Uma pena terminar a viagem assim.

Camila: Não sei se valeu tanto a pena.

CASA DE ANDERSON

Néia rapidamente tirou todas as suas coisas da casa do bandido morto.

Néia: Pra quem será que fica isso? Será que tinha algum parente?

Ela entrou no carro e dirigiu até uma famosa pensão no centro da cidade.

Néia: Dona Matilde?

Matilde: Sim, o que senhora precisa? De um quarto?

Néia: Exatamente.

Matilde logo apresentou um quarto da pensão que Néia já conhecia muito bem.

***

Néia: Ninguém vai chegar aqui?

Anderson: A Matilde viajou, ninguém te viu entrando.

***

Matilde: E então o que acha?

Néia: Ótimo, é do tamanho que eu preciso, é com você mesmo que eu acerto as contas?

Matilde: Não, é com meu filho, irei chamar ele, fique à vontade.

Matilde foi até a sua casa que era grudada na pensão.

Matilde: Ezequiel, chegou uma nova moradora, preciso que acerte as coisas com ela.

Ezequiel: Tudo bem mãe, já vou lá.

Matilde: O que foi? Está com a cara pálida. – Ela estranhou.

Ezequiel: Tô meio indisposto só.

Matilde: Está com febre meu filho. – Ela colocou as mãos na testa dele.

Ezequiel: Mas já tomei um remédio, vai passar.

Matilde: Que bom.

Ezequiel foi resolver a situação pendente de Néia.

APARTAMENTO DE RENAN

Enzo parou o carro e deixou Renan e Paula em casa, os dois irmãos nem imaginavam em como estaria o apartamento. Eles entraram e viram que a porta estava aberta.

Paula: Meu Deus do céu!

Renan: Não acredito!

O apartamento estava revirado e as coisas mais valiosas e fáceis de roubar não estavam ali.

Renan: Como isso foi acontecer? As TVs, notebook.

Paula: Levaram até uma joia que eu tinha aqui, vou ligar para a polícia.

Renan: Vou avisar o sindico, ver se algum vizinho viu alguma coisa.

CASA DE CÉSAR

Camila, Guilherme e Estela encontraram César em estado de choque, o bancário estava fumando um charuto para se acalmar.

Guilherme: Pai, que merda aconteceu aqui?

Camila: Você está bem?

Estela: Meu amor! Como você está?

César: Péssimo, eu nunca atirei em ninguém.

Guilherme: Mas mandou bem paizão, um CPF cancelado.

Camila: Guilherme! Acha que é fácil?

Guilherme: Ah pai relaxa, o cara entra na nossa casa pra roubar, o senhor atira com a arma dele e ainda tem que responder processo? Por isso que esse país não vai pra frente.

Estela: César você fez o certo querendo ou não, ele poderia ter matado você!

Camila viu que estavam limpando a piscina.

Camila: Como foi pai? Por que estão limpando a piscina?

César: Eu atirei e ele caiu na água.

Camila: Só estavam vocês dois aqui?

Estela: E quem mais estaria se estávamos todos na praia?

Guilherme: Pai, o senhor tem dinheiro pra pagar advogado, vai ficar tudo bem.

César ignorou o questionamento da filha que sentiu que alguma coisa estava errada.

CASA DE GILDA

Jéssica: Um assalto com direito a tiro, César matou o bandido.

Gilda: Eu estou chocada, que perigo meu Deus. – Ela levantou do sofá de muletas.

Jéssica: Aí já viu né? Estela deu um piti e quis voltar o mais rápido possível pra casa.

Gilda: Onde você estava ontem Kauan?

Kauan: O que?

Gilda: Foi dormir com alguma vagabundinha de novo?

Kauan: Mãe, eu tava na casa de um parça aí.

Gilda: Um parça, ta.

Jéssica estava recendo uma ligação de Renan.

Jéssica: Alô?

Renan: Amiga do céu, você nem imagina, entraram aqui em casa, roubaram um monte de coisa.

Jéssica: Meu Deus, como assim?

Renan: Terrível, terrível viu, que desgraça, levaram Tv, notebook, impressora, ainda nem sabemos como aconteceu.

Jéssica: Essa cidade ta virada no caos mesmo e agora o que vão fazer?

Renan: Não sei, precisamos ver com o dono do apartamento, não quero mais ficar aqui, que perigo.

Jéssica: Vou me aprontar e já dou um pulo aí.

Renan: Tudo bem, o Kauan está aí?

Jéssica: Ele está sim.

Renan: Avisa ele o que houve.

Jéssica: Claro, até daqui a pouco.

Gilda: Que diabo aconteceu agora?

Jéssica: Entraram no apartamento do Renan, levaram um monte de coisa, coitado.

Kauan: Capaz!

Gilda: Aquela bichinha?

Jéssica: Mãe, tenha mais respeito.

Gilda: Eu não falei por mal, credo hein, coitado, ninguém merece passar por isso.

Kauan: Vamos dar um pulo lá Jéssica.

Jéssica: Claro.

Gilda: Tomem cuidado.

CASA DE GUSTAVO

Gustavo estava pensativo em casa.

***Enzo: Gustavo, por favor, eu gosto de você. – Ele segurou seu braço.

Gustavo: Em que sentido?

Enzo: Desde adolescente, apesar de tudo, sempre me culpei por olhar por você de forma diferente, me arrependo de não ter tido coragem há 4 anos atrás, mas eu sempre penso em você***

***Enzo: Diz que não sente nada? Diz que quando eu chego perto de você não se arrepia? – Ele foi se aproximando dando-lhe um cheiro no cangote.

Gustavo: Isso é loucura, mas...

Gustavo e Enzo se olharam e tascaram um beijão, quente, ardente, com emoção***

Gustavo sorria, todo bobo. Santana apareceu na sala.

Santana: O que houve?

Gustavo: Nada não vó.

Santana: Como está a Camila?

Gustavo: Bem, por que?

Santana: Como bem, e o bandido que o pai dela matou? Já passou até no jornal.

Gustavo: Eu hein, como a notícia se espalha, estava falando com ela agora pouco.

Santana: Escuta netinho, quero que vocês se casem logo!

Gustavo: Não viaja vó, olha nossa idade.

Santana: Eu me casei aos 18.

Gustavo: Naquela época né, casou porque já estava grávida.

Santana: E não me arrependo, se estão namorando, tem que casar.

Gustavo: Quer se ver livre de mim? Que eu saia dessa casa.

Santana: Mas é claro que não, vou morar com vocês, já estou velha, não posso ficar sozinha.

Gustavo: Vó não vamos apressar as coisas, não terminamos nem a faculdade ainda.

Santana: Não quero morrer sem ver você casado, sem segurar meu bisneto no colo.

Gustavo: A senhora está bem de saúde, melhor parar com esse papo. – Ele se levantou para ir para o quarto.

APARTAMENTO DE RENAN

A polícia foi ao local para verificar o roubo.

Policial: O B.O está registrado, depois vocês vão poder acompanhar pela internet, essas coisas podem aparecer em alguma apreensão policial.

Renan: Sei, muito difícil, já venderam para outra pessoa.

Paula: Infelizmente é assim.

Policial: Se roubam é porque alguém sempre compra, é um ciclo, a região é um pouco perigosa, um condomínio desse deveria ter câmera.

Renan: Já foi cobrado várias vezes, mas o síndico ainda não fez nada, o dono também não colocou grades na janela, fica fácil entrar assim, ainda mais sendo no térreo.

Policial: Algum morador do prédio passou a senha do portão pra alguém de fora provavelmente, isso aqui não tem segurança nenhuma, de qualquer forma, o que tínhamos que fazer, já foi feito, até.

Paula: Até, obrigada.

Os irmãos ficaram se questionando, até chegarem Jéssica e Kauan.

Renan: Os vizinhos não viram nada, mas não falei com todos ainda.

Jéssica: E o que pensa em fazer agora?

Renan: Ah o dono vai ter que rescindir o contrato, não dá pra ficar aqui, como vamos dormir à noite com medo?

Kauan: Que barra hein.

Renan: Nossa, que inferno.

Jéssica: Podemos te ajudar a arrumar a bagunça que fizeram.

Paula: Obrigada gente.

Kauan: O que precisar pode contar comigo. – Ele pegou no ombro de Renan.

CASA DE CÉSAR

César ficou pasmo quando Néia mandou o vídeo dele transando com Kauan para seu celular.

Néia: Espero que esteja pensando bem.

César: Maldita, precisamos nos encontrar.

Néia: Agora?

César: Sim, resolver isso de uma vez por todas.

Néia: Em meia-hora na frente do Shopping Estação.

Estela estranhou que o marido iria sair.

Estela: Para onde vai?

César: Preciso falar com o advogado.

Estela: Hoje?

César: Amor, preciso resolver as coisas logo.

Estela: Então tá.

César saiu para se encontrar com Néia.

César: Entre.

Néia: Pensei que já ia passear comigo no shopping. – Ela entrou no carro.

César parou o carro no centro da cidade.

Néia: Pensou direito? Logo sua mulher vai descobrir que eu estava presente no crime.

César: Pensei, acho que nesse momento eu vou preservar minha família de tudo isso que aconteceu.

Néia: E então?

César: Vou ceder a sua chantagem, vou me separar da Estela para casar com você.

Néia: Ótimo César, ótimo!

César: Vaca.

Néia: Me respeite.

César: Só me dê um tempo, até amanhã eu devo avisar a Estela e os meus filhos

Néia: Você vai dizer que nos apaixonamos, vão acreditar no nosso amor.

César: Você é louca, anda, sai do carro agora.

Néia: Beijo, gatão.

César mandou mensagem para se encontrar com Kauan. O novinho logo deu uma desculpa para sair da casa de Renan para se encontrar com o coroa em um restaurante.

César: Eu estou muito abalado com isso que aconteceu.

Kauan: Eu imagino, não foi fácil pra mim também.

César: Não queria que tivesse acontecido desse jeito, era um risco que corríamos.

Kauan: Estamos nas mãos dela César, eu estive pensando, acho que o momento de acabar por aqui, antes que tudo saia do controle.

César: Eu não quero ficar longe de você Kauan, foi tudo tão maravilhoso até agora, mas eu estou confuso, não quero que minha família saiba de nada e houve um crime, vou ter que responder por isso, querendo ou não é mais fácil e mais cômodo engolir essa história de assalto do que a verdadeira.

Kauan: Eu tenho minha mãe, muito preconceituosa, jamais admitiria um caso com você, que ela conhece ainda.

César: Mas que futuro essa relação teria?

Kauan: Infelizmente você sabe que eu jamais admitiria viver com outro homem, não é isso que eu quero pra mim sabe? Embarquei nessa por causa do dinheiro, mas não vou negar que me apeguei... um pouco.

César: É difícil pra mim também, largar tudo e me assumir assim, me relacionando com outro homem, eu sempre escondi isso a 7 chaves Kauan, infelizmente a vida inteira tive que me envolver com caras as escondidas, não tive coragem.

Kauan: Você foi o único na minha vida.

César: E será que vou continuar sendo? E se você acabar aceitando o que é? Eu vejo como é mais fácil pros jovens da sua idade aceitar, no próprio banco, gays novos, assumidos e que estão em bons cargos, antigamente gay virava cabelereiro, eu tive um primo gay, um pouco mais velho que eu, ele era assumido, afeminado, eu era adolescente e via o que ele sofria na década de 80, não tinha emprego, não tinha oportunidade de estudar, ninguém gostava dele só porque o cara era gay.

Kauan: E o que aconteceu com ele?

César: Infelizmente ele morreu de AIDS, descobriu o HIV quando era tarde e naquela época nem isso era tratado direito.

Kauan: Que triste.

César: Eu me casei, formei minha família, mesmo sabendo que eu iria sentir falta de outras coisas.

Kauan: Eu sei que hoje em dia realmente as pessoas se importam menos com isso, vejo pela minha irmã, ela enfrenta minha mãe e não ta nem aí, meu amigo Renan, vive num mundo assim onde ser gay não é problema nenhum.

César: Eu vou deixar a Néia achar que ta no comando, mas na primeira oportunidade eu dou uma rasteira nela, ela não vai sair ganhando as nossas custas.

Kauan: Tá certo, então acabou mesmo né?

César: Não vou cortar seu cartão de crédito, quero te ajudar ainda.

Kauan: Não César, toma aqui. – Ele colocou o cartão na mesa.

César: Por que?

Kauan: Não é certo isso, não vamos ter nada, é melhor cortar esse tipo de relação também.

César: Eu sempre gostei de te ajudar.

Kauan: Sou muito grato por tudo, sem você eu não teria conseguido entrar na faculdade, comprado meu carro e todos esses luxos que eu tive até aqui, mas eu acho que agora é a hora de eu seguir com as minhas próprias pernas, não vou estar dando nada em troca pra você.

César: Entendi, como você quiser então. – Ele pegou o cartão.

Kauan: Sem mágoas, foi bom enquanto durou.

César: Se cuida viu, eu amo você... do fundo do meu coração, desejo tudo de bom. – Ele estava com os olhos lacrimejados.

Kauan: Eu gosto de você também, é melhor eu indo nessa.

César: Eu te levo em casa.

Kauan: Eu prefiro voltar sozinho, preciso que alinhar as coisas na minha cabeça ainda.

César viu Kauan levantando e saindo pelo restaurante e doeu, afinal ele estava saindo da sua vida.

César: Meu Deus, por que tinha que ser assim?

Kauan entrou no carro, chovia naquela noite.

Kauan: Não acredito que estou assim por causa de outro homem. – Ele estava com os olhos lacrimejados.

No restaurante, César tomava um vinho e lembrava do amante.

***César: Esses moleques jogando bola na rua, tenho que andar devagar.

Gilda: Aquele ali ó, é meu menino, Kauan.

César: Qual deles?

Gilda apontou para o garoto sem camisa. César ficou admirando o corpo de Kauan, o jeito dele, sua habilidade em jogar bola. ***

***César: Calma, eu nem cheguei lá, a gente começou a se aproximar, eu acho que posso te oferecer muita coisa que você nunca teve, digamos... condições, imagina você poder frequentar restaurantes bons, poder comprar uma roupa boa, eu costumo viajar muito pra São Paulo a trabalho, sempre sozinho, eu queria uma companhia, a gente pode fazer essa troca Kauan, o que você acha?

Kauan: Vamos com calma! Eu já imaginava o que você tava querendo, não sou bobo, mas é que pra mim, é uma parada diferente sabe, eu não sou gay, tenho namorada. ***

***Kauan: Caralho meu, foda, iphone 7? Caralho César, eu não imaginava.

César: Isso é pra você ver Kauan que eu te adoro.

Kauan: Mano, você é incrível.

César: Agora você vai me dar o que eu quero. – Ele disse sentando na cama e tirando o roupão de Kauan, revelando a rola branquinha, grossa e levemente entortada para a esquerda do novinho.

Kauan: Mama então. ***

Kauan dirigia enquanto começou a tocar na rádio a música “Ausência” de Marília Mendonça.

Kauan: Por que que eu fui entrar nessa? Era pra ser só por dinheiro.

Ele estava visivelmente abalado.

DIA SEGUINTE

Paula e Renan estavam tomando café.

Renan: To achando tão estranho o sumiço do Giovani.

Paula: Não é a primeira vez que ele some.

Renan: Sei lá, parece que pega o chip e joga fora do celular.

Paula: Mas você não deu um fora no menino? Ele pode ter te bloqueado pra esquecer.

Renan: Queria conversar com ele.

Paula: Não sabe onde ele mora?

Renan: Pior que não.

Paula: Sabe que uma vez ele deixou um currículo comigo, espera aí.

Paula mexeu em suas coisas e encontrou o currículo de Giovani.

Renan: E você não entregou o currículo dele?

Paula: Eu entreguei sim, mas, tirei uma cópia, ia entregar para uma amiga de outro Call center, mas acabei esquecendo.

Renan: Entendi, bom eu vou passar nesse endereço depois do trabalho, é uma pensão que ele morava.

Paula: Pois é.

O celular de Renan tocou.

Renan: Alô?

Era da delegacia.

Paula: O que foi?

Renan: Lembra daquele cara que comprou o caminhão do pai e era o principal suspeito de ter roubado o dinheiro?

Paula: Óbvio, acharam ele?

Renan: Sim, morto.

Paula: Capaz.

Renan: O bandido morreu Paula, ele era traficante, já tinha passagem pela polícia.

Paula: Mas e como sabem que foi ele mesmo que roubou?

Renan: O problema é que certeza eles não têm, mas é que agora com o principal suspeito morto, o crime nunca vai ser solucionado.

Paula: Enfim, se foi ele mesmo, agora o diabo toma conta.

HORAS DEPOIS

Renan chegou no endereço que encontrou no currículo de Giovani.

Renan: Boa tarde, você aqui?

Ezequiel: EMAE, como vai?

Renan: Bem, ué você trabalha aqui nessa pensão?

Ezequiel: Minha mãe é a dona.

Renan: Que coincidência.

Ezequiel: Veio atrás de um quarto?

Renan: Pior que até precisava me mudar sabe, acredita que entraram lá em casa, roubaram um monte de coisa mano.

Ezequiel: Meu Deus, que horror.

Renan: Enquanto a gente tava na praia.

Ezequiel: Que falta de segurança né?

Renan: Pior.

Ezequiel: Mas então do que você precisa?

Renan: Eu vim atrás de um hóspede daqui.

Ezequiel: Eu não posso passar informações confidencias sabe.

Renan: Querido, mas ele é um amigo meu.

Ezequiel: Amigo?

Renan: Mais que amigo, você entende, por favor Ezequiel me ajuda, ele sumiu.

Ezequiel: Como é o nome dele?

Renan mostrou o nome que estava no currículo. Ezequiel estava puxando os dados no sistema.

Renan: O que procura tanto?

Ezequiel: Ele disse que morava aqui?

Renan: Sim, esse currículo é atualizado.

Ezequiel: Ele saiu daqui em abril de 2018 e nunca mais voltou.

Renan: O que?

Ezequiel: Isso mesmo, ué você não sabia onde ele morava?

Renan: Ele sempre me disse que morava numa pensão no centro, uma vez até encontrei com ele bem aqui perto na praça, mas que estranho.

CONTINUA.

Obrigado pelos comentários, simplesmente amo todos! Bom carnaval gente!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 12 estrelas.
Incentive Rocio a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Jurava que a Neia ia morrer também.... enfim, você sempre some e demora séculos pra postar... não faz isso, não rs

0 0
Foto de perfil genérica

Quando tem o 33? Espero grandes surpresas!!! Ps: não demore a postar!! Team Gus e Enzo

0 0
Foto de perfil genérica

BOM, UM TRASTE JÁ MORREU. O ANDERSON. MAS AINDA FALTA A NÉIA. DEPOIS AINDA TEM A GILDA, O GUSTAVO, O ENZO, O CESAR, O KAUÃ. TODOS PRECISAM PAGAR PELOS ERROS QUE COMETERAM. NINGUÉM PODE SAIR IMPUNE. VEREMOS...

0 0
Foto de perfil genérica

Ainda acho a Neia devia ter morrido tbm.

0 0