Karen estava há algum tempo no telefone enquanto Arlequina animada preparava seu famoso prato de almôndegas com batatas para almoço. Os sons da conversa da kryptoniana se misturavam ao noticiário na TV que relatava alguns crimes ocorridos na noite anterior. Arlequina cantarolava mexendo suas almôndegas com muito molho e cuidando carinhosamente de suas batatas que assavam lentamente no forno.
Karen desligou o telefone e sentou-se a mesa sentindo o agradável aroma da comida de sua amiga.
—Só pelo cheiro isso parece que está muito bom. – elogiou Karen já sentindo seu estômago roncar de desejo.
—Você vai adorar quando provar. – falou Arlequina cheia de si.
Poderosa riu entusiasmada por esse momento.
—Quem era no telefone? – perguntou Arlequina abrindo o forno para conferir suas batatas.
—Eram os pais do Fisher perguntando se eu podia ficar com ele mais alguns dias. Disse que não tinha problemas. – falou Karen pegando alguns aperitivos preparados por Arlequina.
—Que bom. Ainda mais agora que vocês fizeram as pazes. – falou Arlequina contente.
—É um pouco teimoso pela idade, mas na maior parte do tempo não incomoda. – falou Karen saboreando aquele petisco.
—No fundo você gosta da companhia dele. – falou Arlequina com um belo sorriso se debruçando sobre a mesa.
—Admito que é bom voltar para casa e ter alguém a sua espera. – confessou Karen olhando para sua amiga e lhe retribuindo seu sorriso simpático.
—OWN... Também te amamos. – falou Arlequina dando a volta na mesa e sentando-se no colo de Karen com um forte abraço.
Arlequina deu um demorado selinho na boca de Karen que apenas curtiu o carinho de sua amiga doidinha.
—Você está com gosto de almôndegas. – falou Karen rindo.
—Ah é, minhas almôndegas! – falou Arlequina saltando de cima de Karen e indo para o fogão. —Ufa. – exclamou ela vendo que estava tudo bem.
Karen riu pegando mais alguns petiscos.
—Falando do Fisher cadê ele? – perguntou Arlequina fechando a panela e voltando para mesa.
—Embaixo do chuveiro batendo punheta. – falou Karen na maior tranquilidade do mundo.
—Tá espionando né? – falou Arlequina com um sorriso safado no rosto.
—Na verdade escutando. Infelizmente não posso desligar minha super-audição quando quero. – justificou Karen.
A kryptoniana conseguia reduzir bastante o alcance de sua super-audição, mas não desligá-la. O banheiro era ali do lado com isso ela conseguia escutar cada pingo que batia ao chão e na pele do garoto. Karen conseguia escutar os movimentos rápidos da mão de Fisher em seu próprio pau assim como a pele de seu prepúcio que ia e vinha velozmente chocando-se com água. Sua respiração pesada e seu coração acelerado.
—Ele está dizendo alguma coisa? – perguntou Arlequina interessadíssima.
—Só gemendo baixinho. – falou Karen pouco interessada.
—E você não se importa dele rebocar as paredes do banheiro com porra? – perguntou Arlequina querendo provocar sua amiga.
—É um adolescente com os hormônios a mil. Proibi-lo de tocar punheta seria como proibir alguém de respirar. Impossível. – caçoou Karen rindo.
Arlequina também riu concordando.
—Pelo menos ele faz isso no banheiro e limpa toda a bagunça. Então eu finjo que não sei de nada. – explicou Karen rindo.
—Agora eu entendo porque ele vai tanto ao banheiro. – falou Arlequina com um sorriso lascivo no rosto.
Karen se levantou rindo para pegar uma água gelada.
—O moleque é uma máquina de bater punheta. Sorte que ele não tem super-poderes porque senão as paredes no meu apartamento estariam todas furadas. – caçoou Karen rindo muito.
—Que maldade. – falou Arlequina terminando de preparar a comida.
Arlequina pegou suas batatas do forno enquanto Karen pôs as almôndegas de aparência apetitosas em uma bela fôrma de vidro. Arrumado a mesa com talheres e pratos Arlequina lançou um olhar enigmático para sua amiga.
—O que foi? – perguntou Karen já sabendo o que aquele olhar queria dizer.
—Agora que vocês fizeram as pazes podíamos fazer uma festinha particular só nós 3. – falou Arlequina com muita lascívia na voz.
Karen riu já esperando por aquilo.
—Se essa festinha não rolar nudez, sexo, lascívia, luxúria, safadeza ou qualquer outro tipo de orgia, por mim tudo bem. – falou Karen em tom amigável e irônico.
—Sua sem graça. – resmungou Arlequina sentando-se a mesa.
Karen sorriu contente.
—Não sei por que você fica tão entusiasmada com isso. O garoto não tem experiência e nem resistência. Fisher não aguentaria 5 minutos em cima de uma cama. Ainda mais com garotas fogosas como eu e você. – falou Karen dando uma piscadela para sua amiga.
—Vou ignorar a parte que você desdenha da minha grande ideia, mas aceito o elogio. – falou Arlequina.
Karen ficou curiosa e resolveu perguntar.
—Você já transou com algum adolescente? – perguntou Karen muito interessada.
Arlequina pegou um petisco e mordeu lançando um sorriso enigmático para sua amiga.
Karen ficou ainda mais curiosa, porém antes que Arlequina pudesse dizer qualquer coisa Fisher saiu do banheiro e sentou-se a mesa.
—O cheiro está muito bom. – elogiou ele faminto observando aquela abundância de comida.
—Comigo pode comer a vontade. – falou Arlequina de um jeito lascivo que Karen captou no mesmo instante soltando um leve riso.
Fisher não notou nada além daquele saboroso aroma que tomava conta de seu olfato. Logo todos se serviram.
Karen deu sua primeira garfada e uma explosão de sabores invadiu sua boca. Ela olhou admirada para Arlequina que aguardava uma resposta.
—E ai? – perguntou Arlequina curiosa.
—Isso está muito bom. – elogiou Karen impressionada com o sabor da carne e do molho.
—Verdade... Muito bom... – concordou Fisher com a boca cheia de comida.
Arlequina sorriu muito contente.
—Obrigada. – agradeceu ela.
—Onde você aprendeu essa receita? – perguntou Karen levando outra garfada a boca.
—Aprendi quando sequestrei um chef internacional em Gotham. Ele tinha ótimas receitas. E depois dizem que não se aprende nada de bom com a vida de crime. – falou Arlequina alegremente.
Karen e Fisher se entreolharam e riram.
Os três saborearam animados as surpreendentes almôndegas com batatas de Arlequina enquanto jogavam conversa fora. Então repentinamente o comunicador da Liga da Justiça de Karen começou a apitar na sala de estar.
—Pega lá para mim Fisher. – pediu Karen.
Fisher com suas bochechas inchadas de comida, levantou-se e seguiu o barulho. Por alguns segundos o garoto ficou confuso, pois o som vinha do sofá, mas não havia nada ali. Então houve um estalo em sua mente e lembrou-se que mais cedo havia derrubado algo embaixo do sofá, mas ficara com preguiça de pegar.
Fisher olhou para trás e para seu alívio Karen estava distraída conversando com Arlequina. O garoto sorrateiramente se ajoelhou no chão e se inclinou para ver embaixo do sofá.
Lá estava o comunicador.
“Por favor, não esteja quebrado” – pensou Fisher esticando a mão para o aparelho.
Quando o comunicador surgiu diante de seus olhos, um grande alívio tomou conta do seu corpo. O aparelho semelhante a um celular estava intacto.
Fisher levou o comunicador até Karen que limpou as mãos e o pegou.
—Merda. – falou ela se levantando rapidamente da cadeira.
—O que foi? – perguntou Arlequina curiosa.
—Código ômega. Que maravilha. – falou Karen parecendo pouco feliz.
Arlequina e Fisher a olharam sem entender nada.
—Isso quer dizer...? – falou Arlequina querendo uma resposta mais clara.
—Isso quer dizer que você e Fisher não vão sair desse apartamento até eu voltar. Caso as coisas fiquem perigosas por aqui, quero que os dois peguem um carro e saiam da cidade. Fui clara? – perguntou Karen indo pegar seu uniforme.
—Sim. – responderam Arlequina e Fisher.
Karen em uma fração de segundo se trocou na frente dos dois que viram nada mais do que um borrão super-veloz.
—A que horas você vai voltar? – perguntou Arlequina vendo sua amiga se direcionar para janela.
—Se tudo der certo não devo demorar muito. – falou Poderosa abrindo a janela. —Não esquece o que eu falei Arlequina.
—Fica tranquila, Fisher não poderia estar em mãos melhores. – falou Arlequina sorridente.
Poderosa soltou um longo suspiro preocupado com aquela frase, mas estava sem tempo para mais papo. Então aceitou aquelas palavras e saiu em super-velocidade pela janela.
—Será que é o fim do mundo? – perguntou Fisher preocupado.
—Talvez. Quer jogar Twister? – perguntou Arlequina sem nenhuma preocupação voz.
Fisher olhou o curtíssimo shortinho que Arlequina usava e boas memórias retornaram.
—Quero. – falou Fisher esquecendo a possibilidade do fim do mundo e focando nas branquíssimas coxas de Arlequina.
—Beleza. Arruma tudo lá na sala enquanto eu limpo a louça aqui. – falou Arlequina.
Cada um foi rapidamente cumprir suas tarefas.
Voando pelo centro da cidade...
—Torre qual a situação. – perguntou Poderosa por seu comunicador vendo uma gigantesca nave sobrevoando a ilha de Manhattan.
—Invasões alienígenas hostis estão ocorrendo nas principais cidades do planeta. Separei e enviei todo nosso contingente para cada uma delas. Mulher-Maravilha, Vixen e o Lanterna-Verde já estão ai.
—Entendido. Já estou chegando. – avisou Poderosa adentrando a ilha e vendo a zona de guerra que estava.
Havia androides para todos os lados atirando em tudo o que se movia. Policiais tentavam combatê-los enquanto a população corria apavorada entre destroços e a fumaça causada pela destruição dos invasores.
Logo Poderosa encontrou seus amigos.
Vixen com seu uniforme alaranjado utilizava seus aspectos animais para atacar. Corria velozmente feito um guepardo para desviar das investidas inimigas enquanto seus socos com uma força de elefante destraçava os androides em milhares de pedaços. A alguns metros dela estava Mulher-Maravilha utilizando seu Laço da Verdade para golpear vários inimigos que tentava cercá-la. A amazona laçou um dos androides e o girou rapidamente ao seu redor acertando vários outros que explodiram e se despedaçaram.
Lanterna-Verde utilizava seu anel para criar barreiras de luz sólida para proteger e impedir que os androides avançassem para cima dos civis e se dispersassem pela cidade.
—Vamos lá. – falou Poderosa para si descendo em super-velocidade para um aglomerado de androides que avançavam em direção aos seus amigos.
Poderosa pousou com muita força ao chão fazendo o choque do impacto com o solo arremessar para cima os androides e com uma sincronia incrível a kryptoniana soltou uma forte rajada de sua visão de calor que cortou ao meio todos aqueles robôs de cor roxa que explodiram em pleno ar.
—Boa! – falou Vixen esmagando com a mão um dos androides que segurava.
Não houve muito tempo para conversar, pois uma nova enxurrada de androides pareceu de todos os lados.
—Poderosa cuide dos voadores e eu e Vixen cuidamos dos que estão em solo. – falou Mulher-Maravilha correndo em direção aos inimigos.
—Certo. – concordou Poderosa levantando voo e partindo para cima dos androides voadores.
Tiros e rajadas de energia cortavam o ar tentando acertar a kryptoniana que com grande destreza desviava de cada novo ataque. Entretanto seus adversários não tinham a mesma sorte.
Poderosa os esmurrava com tamanha força que seus corpos se destroçavam em milhares de peças que caiam ao solo como uma chuva prateada de metal.
Poderosa em super-velocidade socava, atropelava e cortava ao meio com sua visão de calor aquelas máquinas que não paravam de surgir. Então uma enorme sombra se deitou sobre ela tapando o sol a cima. Poderosa viu um grande enxame de androides se juntarem em uma imensa esfera que a cada segundo ficava maior e maior.
—Que porra eles estão fazendo? – se questionou Poderosa.
Todos os androides de cor arroxeada começaram a brilhar em uma tonalidade avermelhada como se sua pele metálica estivesse atingindo temperaturas absurdamente quentes.
—PODEROSA SAI DAI! – gritou Lanterna-Verde virou seu anel em direção a sua amiga para projetar um escudo entre ela e as máquinas.
Contudo o aviso não foi rápido o suficiente. A grande esfera de androides se virou contra Poderosa e a atacou. O escudo de luz solida de John Stewart foi estilhaçado pelo enxame de androides que atingiram em cheio Poderosa. Ela sentiu braços e mãos quentes a agarrarem com muita força enquanto era levada velozmente para cima.
—Vocês já estão começando a me irritar. – falou Poderosa puxando brutalmente se corpo para todos os lados para de desvencilhar, mas sem sucesso muito sucesso.
Entretanto para cada androide que ela conseguia destruir um novo tomava seu lugar e voltava a segurá-la.
—CANSEI! – esbravejou Poderosa soltando uma imensa rajada de sua visão de calor ao redor de seu corpo que pulverizou seus captores.
Seus companheiros viram uma enorme faixa avermelhada cortar o céu e Poderosa reaparecer entre aqueles milhares de androides. Sem dar alguma chance para revidar a kryptoniana destroçou em super-velocidade os robôs restantes.
Poderosa desceu e se juntou aos seus companheiros que também pareciam ter derrotados todos os androides em solo.
—Você está bem? – perguntou Mulher-Maravilha ajeitando seu laço dourado.
—Sim. Não sei o que eles estavam tentando, mas não deu certo. – respondeu Poderosa flutuando alguns centímetros no ar.
—Eles pareciam estar querendo levá-la para dentro da nave. – falou Vixen olhando para cima.
—Seja o que estiver lá dentro parecer estar interessada em você. – completou Lanterna-Verde.
—Já tentaram invadir a nave? – perguntou Poderosa.
—Já. Mas não conseguimos passar do campo de força que a protege. Estamos esperando o Ajax encontrar alguma forma de resolver esse problema. Até lá ficamos de mãos atadas. – explicou Mulher-Maravilha.
—Entendo. – falou Poderosa vendo ao longe uma nova remeça de androides saírem de dentro da nave.
—Ajax falou que nossos reforços vão demorar um pouco para chegar. O teletransporte da Torre está sobrecarregado com o deslocamento das equipes e civis.
—Então é com a gente. – falou Vixen.
—Eu posso quebrar a barreira, mas... – falou Poderosa analisando a gigantesca nave.
—Mas? – perguntou Mulher-Maravilha interessada.
—Eu vou acabar desmaiando no processo. – falou Poderosa olhando para seus amigos.
—E como seria feito isso? – perguntou Lanterna-Verde.
—Qualquer campo de força em uma nave se espalha de modo igual para proteger todos os lados. Se me jogar em super-velocidade contra um único ponto, vai sobrecarregar todo o sistema.
Então ou a barreira cede e desliga ou resiste e quebra. De qualquer forma ela acaba. – explicou Poderosa.
—Você já fez isso antes? – perguntou Vixen preocupada.
—Já. Fiquei desacordada por uma meia hora, mas funcionou. – falou Poderosa voltando a analisar a nave.
—Me parece um bom plano. – falou Mulher-Maravilha.
—Sim. Mas se der errado ficaremos com um a menos em combate. – advertiu Vixen.
—Não temos escolha. O reforço vai demorar a chegar e do jeito que as coisas estão indo logo estaremos exaustos para continuar lutando. Um plano perigoso é melhor do que nada. – argumentou Lanterna-Verde.
—Tudo bem então. – concordou Vixen.
—Quando ficar desacordada protegeremos você. – completou o Lanterna.
—Eu sei. – falou Poderosa sorridente.
—Vê se não se mata lá. Ainda temos que fazer aquele feriadão em Themyscira. – falou Mulher-Maravilha baixinho desejando boa sorte para sua amiga.
—Pode deixar. Não perderia isso por nada. – falou Poderosa animada enquanto se afastava de Diana.
Alguns metros adiante Poderosa se ajoelhou no chão e ergueu a cabeça para analisar onde seria o ponto de impacto na espaçonave.
Terminado sua análise, a kryptoniana respirou fundo e disparou para cima. O asfalto da rua abaixo se despedaçou por completo assim como toda a faixada dos prédios ao seu redor. Poderosa em uma fração de segundo atingiu o escudo da colossal espaçonave e um gigantesco brilho iluminou o céu.
Seus sentidos ficaram atordoados e sua visão começou a escurecer. Poderosa sentiu o ar passando por baixo de seu corpo o que indicava que ela estava despencando rumo ao solo, porém antes que perdesse a consciência Poderosa viu todo o escudo azulado da espaçonave acima se desfazer por completo.
—Consegui... – balbuciou Poderosa contente antes de apagar por completo.
Algum tempo depois...
Poderosa foi despertando aos poucos até recobrar totalmente a consciência.
A kryptoniana estava completamente nua e por um segundo achou que estava na ala médica da Torre de Vigilância, mas logo percebeu que estava em uma espécie de prisão. O lugar era uma cela grande sem nada, o qual uma das paredes era um campo de força sendo o único ponto de entra e saída dali.
Poderosa se aproximou da parede transparente e a tocou com cuidado.
Era intransponível.
Poderosa observou que do lado de fora havia um grande salão circular com outras celas e o que parecia uma espécie de centro de comando.
Logo ela se deu conta que provavelmente estava dentro da espaçonave alienígena.
Poderosa tentou quebrar as paredes com suas habilidades, porém não causou um arranhão sequer. Cansada de tantas investidas fracassadas, Poderosa apoiou as mãos na cintura e ficou pensativa.
—O que está rolando aqui? – se questionou ela.
—Experimentos e coleta de informações. – falou uma voz fria e sem emoção.
Poderosa se aproximou do campo de força que era a única entrada e saída de sua cela, então um ser alto de pele azulada e feito de metal surgiu diante de seus olhos.
—Brainiac! – esbravejou Poderosa.
Brainiac era um supercomputador de Krypton, responsável por coletar e armazenar todas as informações do planeta. Quando Krypton explodiu, Brainiac conseguiu se salvar. Ele começou a explorar o universo para coletar todas as informações possíveis. Quando Brainiac encontrava um planeta, fazia upload de todo seu conhecimento e logo em seguida o destruía. O único objetivo de sua programação perturbada era acumular todos os dados que existiam no universo desde a tecnológica a biológica e por fim destruir tudo. Sendo assim o único guardião dessas informações.
—Devia saber que era você. – falou Poderosa com raiva dando um forte murro na barreira a sua frente que nem se moveu.
—Eu sou inevitável. Sua Liga de heróis apenas atrasaram meus planos, mas dessa vez terminarei o upload de toda informação deste planeta e iriei varrê-lo da existência. – falou Brainiac com uma voz robótica.
—O máximo que você vai conseguir é levar outra surra da gente. – vociferou Poderosa.
—Duvido muito. – falou Brainiac mexendo em uma tela que apareceu acima de sua mão. —Já que você está acordada, posso prosseguir com minha coleta de dados.
Antes que Poderosa pudesse abrir a boca para responder, tentáculos metálicos saíram do chão e das paredes e se enrolaram em suas pernas e braços. A kryptoniana foi erguida no ar, ficando de barriga para baixo com seus enormes seios pendurados.
—O QUE É ISSO? – esbravejou Poderosa utilizando toda sua força para tentar se soltar, mas sem efeito algum.
—Está na hora da coleta das informações sexuais. – informou Brainiac.
No mesmo instante os tentáculos metálicos que seguravam seus membros inferiores, abriram bem suas pernas expondo livremente seu cu e sua buceta rosada. Então novos tentáculos surgiram do chão em várias espessuras e com suas pontas formando glandes.
—SEU ARROMBADO. – esbravejou Poderosa tentando se soltar, mas novamente sem resultado algum. —O QUE VOCÊ ACHA QUE VAI FAZER?
—Coletar dados de cópula. Verei como se comporta o corpo de uma kryptoniana que viveu tanto tempo em um ambiente terráqueo aos estímulos sexuais. Terminada a coleta de informações, você será incinerada no sistema de fissão de matéria escura. – explicou Brainiac sem emoção alguma na voz.
—Seu filho da puta! – resmungou Poderosa tentando se soltar com sua visão de calor e seu sopro congelante, porém nada aconteceu com os tentáculos.
—Esta cela foi criada especialmente para kryptonianos e seus poderes. Não há como se libertar. Suas habilidades não foram enfraquecidas, pois isso causaria erros na coleta de informação.
A cela e seus instrumentos são mais fortes do que você. Então desista, não há como escapar. – explicou Brainiac.
—É o que todos dizem antes de levarem uma surra de mim. – falou Poderosa.
—Você poderia ser mais cooperativa na coleta de informações e me explicar porque você e as fêmeas deste planeta praticam sexo oral e sexo anal, os quais não tem nenhuma função para reprodução. Está informação seria muito útil e esclarecedora, reduzindo muito tempo dos testes. – falou Brianiac.
—VAI PRO INFERNO! – esbravejou Poderosa.
—Tudo bem, sem cooperação. Meu sistema irá descobrir as respostas sozinho. Nos vemos mais tarde para a incineração. – falou Brainiac retirando-se do grande salão cheio de selas.
“A cópula começará em 20 segundos” avisou uma luz vermelha piscante logo acima da entrada da cela.
—MERDA! – resmungou Poderosa tentando utilizar todo sua força muscular pra se soltar, mas frustrantemente nada acontecia.
“A cópula começará em 10 segundos”.
—Pensa Karen, pensa. – repetia Poderosa para si, porém nada vinha a sua mente.
“Início da cópula” avisou a luz vermelha.
Poderosa escutou algo se abrindo logo abaixo dela. Inclinou a cabeça para baixo e viu um novo tentáculo surgir. Diferente dos anteriores este tinha uma meia lua na ponta quase igual a uma meia-taça. Dentro dessa concavidade a kryptoniana viu dezenas de micro tentáculos que se balançavam quase como se estivessem dançando em conjunto.
—Merda. – esbravejou mais uma vez Poderosa antes de sentir aquele tentáculo-taça se encaixar perfeitamente em sua buceta.
Logo a kryptoniana sentiu dezenas de cerdas macias começarem a acariciar cada cantinho de sua buceta. Elas se moviam cruzando umas com as outras fazendo desde os grandes aos pequenos lábios serem massageados por todos os lados de uma forma constante e ininterrupta. Algumas das cerdas focaram em apenas acariciar seu clitóris que era estimulado de um modo perfeitamente prazeroso.
—Merda, merda, merda! – resmungava Poderosa sentindo aqueles estímulos em sua buceta aumentarem lentamente sua sensação de prazer que aos poucos foi competindo com sua raiva.
Querendo ou não, a kryptoniana começava a sentir prazer naqueles toques macios.
Naquele instante Poderosa percebeu que a contagem regressiva começara. Se não tomasse uma atitude logo seu corpo acabaria cedendo ao prazer e qualquer chance de fuga iria para o lixo.
Poderosa continuou suas investidas para se libertar dos tentáculos que seguravam seus braços e pernas fortemente. A cada segundo que passava o prazer se tornava mais intenso em sua buceta que era constantemente massageada pelo tentáculo-taça. Poderosa já começava a suar frio, pois tentava ferrenhamente lutar contra aquele estímulo prazeroso enquanto força seus músculos a encontrar uma maneira de se soltar de suas amarras.
Era força de vontade versus prazer ininterrupto.
A respiração de Poderosa já estava alterada e sua vagina já começava a se lubrificar para o ato sexual.
—Fsssss... Fsssss... Fssss... – respirava lentamente Poderosa tentando manter o controle de seu corpo e não deixa-lo se entregar ao prazer. —Concentra garota. – repetia para si.
O suor frio escorria por seu rosto e pingava ao chão. Assim como em grande parte de seu corpo umedecido de satisfação por aquela massagem gostosa entre suas pernas. Uma grande quantidade de suor deslizava por sua pele e descia até seus imensos seios com bicos rosados que estavam entumecidos de excitação.
O corpo de Poderosa estava inquieto não conseguindo parar um segundo de se mexer. Entretanto não era o tipo de movimento que ela queria. A cada nova tentativa Poderosa sentia que seus poderes estavam mais fracos e descoordenados. Seu corpo já estava deixando de acompanhar sua mente.
Poderosa reuniu toda sua força de vontade que lhe restava, sabendo no fundo que com certeza aquela seria sua última tentativa. Seus músculos forçaram aqueles 4 tentáculos que a prendiam. Contudo neste exato momento o sistema de cópula pareceu entender as intenções da kryptoniana e tomou uma contra medida inesperada.
“Iniciando processo de estímulos Nível 2” – avisou o sistema.
—NÃO! – exclamou Poderosa sentindo aquele tentáculo-taça começar a chupar com força sua buceta.
Uma imensa e nova onda de prazer começou a ser estimulada entre suas pernas. Poderosa tentou aguentar, mas na quinta sucção foi demais para ela. Seu corpo perdeu totalmente as forças e cedeu ao completo prazer.
Naquele momento a mente de Poderosa só pensava em uma coisa: Gozar.
—Haaaaaaammmm... – gemia Poderosa sentindo aqueles fortes chupões em sua buceta que não parava um segundo de ser massageada pelas cerdas dançantes.
Os dois estímulos eram demais para ela. A kryptoniana pendurada e sem forças para lutar aceitou sua derrota prazerosa. Em segundos o interior de sua buceta virou um mar de fluidos vaginais que começavam escorrer para fora e pingar ao chão.
Longos minutos se passaram e a cada chupada em sua buceta Poderosa suspirava forçando voluntariamente sua genitália contra aquele tentáculo que parecia saber exatamente como ela gostava de ser acariciada. Todos seus sentidos estavam inebriados em prazer e luxúria. Seu raciocínio estava lento e esparso focando apenas em saborear cada toque e cada chupada em sua buceta encharcada de tesão.
“Estímulo físico alcançado com sucesso. Começando fase 2” – anunciou o sistema.
Poderosa sentiu o tentáculo-taça parar e se afastar. Ela olhou por debaixo de seu corpo suspenso e entre seus enormes seios viu outro tipo de tentáculo metálico se aproximar do meio de suas pernas. Este era muito espesso e com uma glande enorme na ponta. Toda a parte externa no tentáculo havia rugosidades semelhantes à pequenas pirâmides arredondas.
—Vem. – balbuciou Poderosa louco de desejo antes de sentir aquele grande falo metálico abrir caminho por dentro de sua buceta apertada.
Poderosa serrilhou os dentes em uma careta que misturava prazer e desconforto. Sua buceta se arregaçou ao máximo para comportar aquele intruso. Seus líquidos vaginais esguicharam para fora de sua vagina por não ter espaço o suficiente para ambos lá dentro.
Ela sentiu aquele tentáculo rugoso percorrer lentamente o interior de sua buceta que delirava de prazer ao sentir aquelas elevações rugosas acariciando suas paredes vaginais molhadíssimas. Não demorou e o pau artificial começou um vai e vem acelerado e sem cerimônias. Deixando claro para Poderosa que sua única intenção era dar o máximo de prazer a ela.
—ISSO! – falou Poderosa gemendo enquanto sentia aquele vai e vem em super-velocidade dentro de sua vagina pulsante de excitação.
Seus imensos seios pendurados balançavam no ar ao ritmo das estocadas, jogando pingos de suor para todos os lados. Sua grande bunda branca empinava-se para trás de modo instintivo querendo facilitar o máximo possível a penetração daquela pica metálica. Poderosa perdida em prazeres carnais, não percebia que a cada segundo que se entregava mais e mais aquela cópula artificial, as amarras em seus braços e pernas se afrouxavam.
Logo um dos tentáculos a sua frente aproximou-se de sua boca tentando adentrá-la. Num primeiro instante Poderosa resistiu, mas na segunda tentativa a kryptoniana estava tão excitada que não quis mais resistir e deixou aquela grossa pica metálica entrar em sua boca.
—Hummm... – gemeu Poderosa chupando aquele tentáculo de textura e sabor surpreendentes.
Poderosa chupou e deslizou a língua naquele tentáculo que parecia se agradar com suas caricias. Seu gosto e sua textura eram muito semelhantes à de um pau humano. Então ela continuou a mamá-lo com volúpia e satisfação. As chupadas de Poderosa sempre eram muito babadas e úmidas. Em pouco tempo quase toda a extensão daquele tentáculo estava molhado por sua saliva abundante.
Não demorou muito para Poderosa perceber que quanto mais suas chupadas estimulavam aquele tentáculo em sua boca, mais veloz e fortemente sua buceta era fodida. Quando se deu conta disso, ela se empenhou mais ainda em agradar aquele falo artificial.
Suas chupadas de Poderosa eram extremamente fortes e contínuas. Logo os resultados de seu empenho começaram a aparecer.
Dois novos tentáculos surgiram do chão e cada um enrolou-se em um dos seus imensos seios como cobras que encontram suas vítimas. Então começaram a massageá-los em uma dança ondulante enquanto com suas pontas acariciam os bicos rosados endurecidos de prazer.
Poderosa soltou um gemido satisfeito com as novas carícias em seu corpo. Contudo a kryptoniana queria mais.
Suas chupadas se focaram somente em mamar aquela imitação de glande humana. Novamente foi recompensada por seu empenho.
Poderosa escutou novos tentáculos surgiram atrás. Sem parar de chupar, inclinou a cabeça para o lado para ver qual seria seu prêmio. Em cada lado de seu corpo havia 3 tentáculos finos que avançaram para sua bunda e a abriram como mãos.
Seu cu rosado ficou generosamente exposto.
A kryptoniana logo viu um outro tentáculo atrás. Este estava em pé parecendo imponente como uma cobra naja. Era grosso e muito mais rugoso. De sua superfície escorria um líquido azulado por toda sua extensão. Poderosa sabia o que estava por vir e isso a deixou tão excitada que seu cu rosado começou a piscar de desejo.
Sem aviso algum, aquele grosso tentáculo começou a girar feito uma furadeira e mergulhou do alto em direção ao meio da bunda da Kryptoniana.
Aquele tentáculo se enterrou sem dó no cu rosado de Poderosa.
—HUUUUUUUUUUUUU! – gemeu Poderosa sentindo um gigantesco choque prazeroso percorrer todo seu corpo e quebrar sua mente.
Aquela pica artificial entrou profundamente em seu cu apertado fazendo Poderosa sentir um prazer que nunca experimentado antes. O tentáculo bombava entrando e saindo de seu ânus rapidamente enquanto em seu próprio eixo girava sem parar se esfregando ao máximo naquelas paredes anais. Era um prazer indescritível.
Poderosa estava extasiada de prazer. Seus seios eram massageados gostosamente enquanto sua buceta e seu cu eram fudidos ao mesmo tempo em um ritmo frenético e incansável. Seu corpo não demonstrava nenhuma resistência aquela orgia metálica. Sua força de vontade para se libertar daquilo estava muito baixa, tendo até mesmo outras prioridades em primeiro lugar.
—Assim que eu gozar... Dou um jeito de escapar... E vou atrás dele... Já que começou... É melhor eu deixar o teste terminar. – balbuciou Poderosa perdida de prazer querendo criar uma justificativa para si enquanto aqueles dois tentáculos grossos fudiam sem parar seus dois orifícios.
Poderosa suspirava e gemia agarrando com força os tentáculos que prendiam seus braços. Sua pele umedecida já exalava um forte cheiro de suor que aos poucos se misturava com os odores de sua buceta e de seu cu que eram constantemente invadidos por tentáculos cabeçudos que arregaçavam suas paredes vaginas e anais.
—ISSO... ISSO... CONTINUA ASSIM! – exclamou Poderosa gemendo muito com sua buceta extremamente molhada de prazer e excitação.
Poderosa excitadíssima voltou a chupar o tentáculo a sua frente, o que fez os outros ficarem com movimentos ainda mais intensos.
Quanto mais perto estava de gozar, mais sua força retornava. Os tentáculos em seus membros já mostravam dificuldade para segurá-la na mesma posição. Brainiac não previra que o sexo também era um forte estimulante de força para uma kryptoniana. Inicialmente Poderosa podia perder as forças pelo intenso estímulo físico, mas quando o orgasmo se aproximava, sua força bruta também crescia na mesma proporção do prazer.
Quando o momento chegou e Poderosa gozou, uma imensa carga de prazer explodiu em sua buceta e se espalhou para seu cu apertado que também explodiu em um segundo orgasmo instantâneo. Os músculos de Poderosa ficaram tensos e com uma força colossal pelo orgasmo que estava tendo puxou suas amarras que não arrebentaram, mas ficaram seriamente danificadas. Aqueles tentáculos não aguentariam um segundo puxão forte daquele nível.
“Registrando dados de orgasmo. Scaneando o cérebro da cobaia” – avisou o sistema que ficava logo acima da entrada da cela.
Poderosa ainda pendurada, ofegava muito sob o forte efeito do orgasmo. Seu corpo escorria uma grande quantidade de suor que pingava em abundância no chão da cela criando poças e mais poças de água. Os tentáculos fálicos foram lentamente saindo de seus orifícios e caíram pesadamente ao chão. Sua buceta e seu cu ficaram por alguns segundos semi-abertos e pulsando pela intensa foda que acabaram de participar.
“Iniciando processo de Lactação induzida.” – avisou o sistema.
—Que? – exclamou Poderosa com sua respiração pesada pelo orgasmo.
Então ela sentiu uma picada na bunda e ao olhar para trás viu um braço robótico injetando um líquido violeta em sua nádega.
—Que... porra... é essa? – perguntou Poderosa ofegante.
“Isto é um rápido estimulante à lactação.” – explicou o sistema.
—Lactação? – repetiu Poderosa preocupada.
“Exato. Irá estimular seus seios a produzirem leite, o qual será retirado para a análise”.
Segundos depois Poderosa sentiu um calor em seus seios. Então os tentáculos que ainda estavam encaracolados em seus imensos seios começaram a uma leve massagem.
—Só pode estar brincado comigo. – falou Poderosa vendo algumas gotas brancas pingarem ao chão.
Poderosa abaixou a cabeça e viu um líquido branco na ponta dos bicos de seus seios que começavam a gotejar cada vez mais. O calor passou repentinamente e os tentáculos deram outro apertão em seus seios que dessa vez soltaram um grande jato daquele líquido branco.
—Leite? – falou Poderosa surpresa e preocupada.
“Lactação induzida com sucesso. Iniciando processo de extração.”
Poderosa viu os dois tentáculos agarrados em seus seios os soltarem e retornarem para seus compartimentos.
Dois novos tentáculos surgiram de dentro do chão. Estes apresentavam uma espécie de cilindro transparente com uma borracha preta nas bordas.
Como serpentes ameaçadas, os dois tentáculos deram o bote naqueles imensos seios acertando em cheio seus grandes bicos rosados. Então começaram movimentos subindo e descendo enquanto faziam fortes sucções.
Poderosa viu um fino jato de leite jorrar de dentro de seu bico e bater naquele frasco transparente.
“Previsão de produção de leite: 1 litro e meio por seio.” – avisou o sistema.
Logo seus seios estavam sendo ordenhados sem parar.
—Era só o que me faltava. – esbravejou Poderosa com muita raiva. —Acha que sou alguma vaca para me ordenhar.
Poderosa puxou com um ódio mortal os tentáculos que seguravam seus membros. Já danificados não aguentaram tamanha pressão e se partiram ao meio. Solta e em pé Poderosa arrancou aqueles tentáculos que sugavam seus seios e um grande jato de leite jorrou de dentro de seus bicos rosados acertando o campo de força a sua frente.
“Processo de extração interrompido. Iniciando protocolo de Contenção de Cobaia” – avisou o sistema.
Vários tentáculos surgiram das paredes e do chão.
—Não caio nessa de novo. – falou Poderosa desviando e arrancando cada tentáculo que tentava segurá-la.
Segundos depois não havia mais um tentáculo em pé.
“Protocolo de Contenção de Cobaia fracasso. Amplificando barreira.” – avisou o sistema.
Poderosa viu o campo de energia se fortificar, o qual era a única saída daquela cela.
—Vai querer bancar a difícil, beleza. – falou Poderosa se ajoelhando no chão e pronta para disparar contra aquela barreira.
Quando pretendia se jogar contra o campo de força, ele desapareceu repentinamente.
“Encerrando teste de cobaia” avisou o sistema antes de se desligar.
Poderosa sem entender nada voltou a ficar em pé e surpreendentemente Arlequina surgiu do lado de fora da cela.
—Arlequina? – falou Poderosa sem acreditar.
—Oie! – falou Arlequina com um belo sorriso enquanto em uma das mãos tinha uma maçã mordida e na outra uma sacola de compras.
—Como você chegou aqui? – perguntou Poderosa muito surpresa saindo de dentro da cela.
—Ah isso é uma história engraçada. Tipo... Você demorou para voltar e já estava quase na hora do jantar. Então tive que ir no mercado e durante o caminho ouvi dizer que você tinha sido capturada. Não acreditei porque você é toda fortona e continuei meu caminho.
Fiz as compras e quando sai do mercado, algum desses androides tentaram me assaltar. Ai destrói eles. Ironicamente deixaram a nave ali parada, então resolvi dar uma conferida se o boato era verdade. Essa navizona aqui me deixou entrar e aqui estou. – explicou Arlequina dando outra mordida em sua maça.
—Mas e o Brainiac? – perguntou Poderosa.
—Brainiac? Não conheço. Espero que não seja aquele carinha caído ali. – falou Arlequina apontando para um androide caído ao chão a alguns metros delas.
Poderosa viu Brainiac caído ao chão parecendo ter um grave defeito em seu sistema, pois seu corpo tremelicava e soltava faíscas de todos os lugares.
—O que aconteceu? – perguntou Poderosa olhando para Arlequina.
—Eu não fiz nada. Ele veio com uma conversa de coletar informações do mundo todo. Eu disse que pelo meu smartphone conseguia todas as informações pela internet. Ai ele falou que iria absorver os dados do meu aparelho e do nada caiu duro no chão. Acho que ele tentou hackear meu celular, mas isso aqui já está com tantos vírus que nem precisava. – explicou Arlequina tranquilamente mostrando seu celular.
Poderosa ficou chocada com o relato de Arlequina que continuava comendo sua maça sem saber que derrotara um dos vilões mais perigosos do universo.
—Ah é, toma aqui. Encontrei seu uniforme. – falou Arlequina retirando da sacola o uniforme de Poderosa.
Poderosa não ficou brava ou irritada por sua amiga ter desobedecido a suas ordens. Na verdade ficou muito agradecida.
—Obrigada. – agradeceu Poderosa com um amigável sorriso.
—De nada. Isso ai é leite escorrendo de seus seios? – perguntou Arlequina inclinando a cabeça.
—Sim. É uma longa história. – falou Poderosa colocando seu uniforme.
—Posso provar? – perguntou Arlequina empolgada.
—Talvez mais tarde. – falou Poderosa terminando de ajustar seu uniforme.
—Beleza! – comemorou Arlequina.
Poderosa soltou um leve riso pela reação entusiasmada de sua amiga.
—Acho que seus amigos também estão aqui. – falou Arlequina apontando para umas celas próximas dali.
As duas foram verificar e encontram Vixen presa em uma cela.
Vixen era uma mulher negra com coxas grossas e bumbum avantajado. Ela estava de 4 no chão da cela presa firmemente pelos tentáculos de metal enquanto uma espécie de aranha alienígena enorme fudida freneticamente sua buceta. Vixen estava ofegante e muito suada o que indicava que estava naquela foda a um bom tempo.
Poderosa se aproximou de uma tela ao lado da cela, o qual tinha as informações da cela.
“Teste de cruzamento entre espécies. Cópula iniciada a 3 horas atrás.”
—Que bicho feio. – comentou Arlequina olhando mais de perto.
—Se afasta Arlequina. – avisou Poderosa antes de desativar o campo de força.
No mesmo instante que a barreira sumiu a enorme aranha alienígena rugiu para Poderosa e correu em sua direção. A kryptoniana nem se mexeu apenas acertou um soco fortíssimo no aracnídeo que foi arremessado de volta para dentro da cela e estourou contra a parede fazendo entranhas voarem para todos os lados.
—Você está bem? – perguntou Poderosa estendendo a mão para Vixen que continuava de 4 no chão e muito ofegante.
—Sim. Exausta, mas bem. – falou Vixen agarrando a mão de Poderosa e se levantando.
Ao ficar em pé uma grande quantidade de porra esverdeada jorrou para fora de sua buceta de lábios escuros.
Poderosa olhou acena com um sorriso sem graça.
—Não me orgulho em dizer isso, mas já transei com caras piores que essa coisa. – falou Vixen limpando suas pernas com as mãos e notando a presença da amiga de Poderosa.
Arlequina apenas fez um aceno amigável com uma mão enquanto sua maça era segurada entre os dentes.
—O que aconteceu? – perguntou Poderosa.
—Seu plano deu certo e conseguíamos invadir a nave. Só que não esperávamos encontrar o Brainiac. O Lanterna conseguiu escapar, mas eu e a Mulher-Maravilha fomos capturadas. – explicou Vixen.
—Essa é a Mulher-Maravilha? – perguntou Arlequina segurando sua sacola de compras e apontando para outra cela.
Poderosa e Vixen foram até lá e encontraram Diana destruindo vários tentáculos que tentavam segurá-la. A kryptoniana desligou o sistema.
Mulher-Maravilha ofegante e suada virou-se para as 3 garotas fora da cela.
—Oi. – falou Diana completamente nua colocando as mãos na cintura e com a respiração alterada.
Um forte cheiro de sexo saiu de dentro da cela da amazona.
—Acho que o que aconteceu aqui hoje pode ficar só entre a gente né? – sugeriu Vixen.
—Sim. – falaram Poderosa e Mulher-Maravilha em uma só voz e as 3 heroínas riram.
Por muita sorte ao terminaram de vestir seus uniformes, escutaram uma grande explosão do lado de fora da colossal espaçonave e então do meio do salão o chão explodiu jogando peças metálicas para todos os lados. Poderosa foi rápida e protegeu Arlequina dos estilhaços que voaram para todos os lados.
Dissipada a fumaça Arlequina viu os outros membros líderes da Liga da Justiça. Superman, Batman, Flash, Lanterna-Verde, Mulher-Gavião e Ajax.
—Eu estou muito fudida. – cochichou Arlequina atrás de Poderosa.
—Pode ficar tranquila. Eles não estão aqui por você. – falou Poderosa.
—Vocês conseguiram derrotar Brainiac. Impressionante. – elogiou Superman vendo o androide caído ao chão todo bugado.
As 3 heroínas se entreolharam com um sorriso cúmplice.
—Sim. Foi fácil. Ele não conseguiu dar conta do recado. Nada que uma boa surra resolva. – falaram as três.
Mulher-Maravilha e Vixen ficaram para explicar o que aconteceu, claro, deixando de contar alguns pequenos detalhes como os testes de cópula de Brainiac.
Poderosa e Arlequina se direcionavam para a saída da nave, o qual era o enorme buraco que seus amigos fizeram no chão. Neste caminho a kryptoniana percebeu que sua amiga estava muito grudada ao seu corpo como se estivesse se escondendo de alguém. Poderosa olhou na mesma direção que sua amiga e se deparou com Batman as observando de um modo muito sério e silencioso.
Batman e Poderosa se cruzaram trocando olhares cheios de farpas por Arlequina. Nada foi dito ou feito, Poderosa pode partir em paz com sua amiga, mas no fundo sabia que Batman não iria fazer vistas grossas a Arlequina.
Poderosa deixou Arlequina em frente ao seu prédio e foi para Torre de Vigilância, onde após algumas inspeções médicas recebeu uma boa notícia.
—É temporário. Seus seios vão continuar lactando pelos próximos dias, no máximo semanas, até o agente químico ser totalmente diluído pelo seu sangue. – falou a médica.
—Alguma dica para mim durante esse tempo? – perguntou Poderosa aguardando seus imensos seios de volta em seu uniforme.
—Não muito. Você pode retirar o excesso de leite para não ficar molhando suas roupas e seu uniforme. Mas se estiver a fim de fazer algo bom com isso, você pode ir em algum hospital e doar, ajudaria muitos bebês.– explicou a doutora.
—Posso fazer isso? – perguntou Poderosa surpresa pela informação.
—Sim. Algumas mães tem problemas com seu leite materno e não podem amamentar. Então hospitais aceitam doações de leite materno para estes recém-nascidos. Além disso, mesmo sendo uma alienígena, seus exames mostraram que seu leite não apenas serve para amamentação de crianças humanas como também é muito mais rico em vitaminas e cálcio. – falou a doutora com um sorriso amigável e impressionado com os resultados.
Poderosa ficou muito satisfeita com as respostas da médica. Sua lactação não era permanente e o que seria apenas um incomodo temporário, poderia se tornar uma ajuda valiosa para crianças em hospitais.
“Tudo tem um lado bom” – pensou Poderosa em sua cômica situação lactante.
Momentos depois...
Karen sentada sentia o cheiro agradável do aroma da comida de Arlequina que terminava de colocá-la sobre a mesa. Fisher morrendo de fome largou o controle do videogame e foi apressado em direção à cozinha seguindo aquele cheiro saboroso.
Sentou-se ao lado da kryptoniana que lhe lançou um olhar simpático e também faminto.
—Voilà, lasanha de carne e frango ao molho branco e com muito queijo. – falou Arlequina animada retirando a tampa de vidro.
Karen e Fisher ficaram com água na boca ao ver e sentir o aroma daquela deliciosa lasanha. Logo os dois se serviram e abocanharam com apetite seus garfos.
—Hum... Isto está incrível. – elogiou Karen com uma explosão de sabores em sua língua.
—Aham... Você... é a melhor... Cozinheira que já vi. – elogiou Fisher de boca cheia fazendo Karen sentir uma pontada de ciúme naquelas palavras.
—Valeu. – agradeceu Arlequina muito contente observando as garfadas generosas daqueles dois.
—Onde vocês duas foram hoje? – perguntou Fisher curioso.
Karen e Arlequina se entreolharam com um leve riso.
—Bom isso é uma longa história... – começou Karen.
A noite terminou com uma bela refeição e boas risadas entre eles.
Continua...
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