Havia uma certa emoção jamais antes experimentada, da qual, embora eu ainda não estivesse totalmente consciente, eu ia usufruindo através de um prazer que me mantinha o tempo todo com um sorrisinho sem dentes no cantinho da boca enquanto me virava pra cá e pra lá em frente ao espelho, parecendo ir se esvanecendo quase por completo qualquer sentimento de culpa ou remorso, ficando tudo pequenininho, mas vivos num canto de mim. Acostumada àquelas calças largas que escondiam minha bunda, a bela saia bege, além da possibilidade de eu mostrar minhas pernas, era daquele linho fino que levemente apertado, marcava e permitia às pessoas verem minha bunda como realmente era, mesmo que coberta até à metade da parte de cima pela camisa, ou seja, bem feita, mas não grande, levemente arrebitada.
Quando desci lá estava Seu Fernando não cumprindo a promessa de que não apareceria. Não contive um sorriso quando ele fez aquela cara brincalhona de admiração positiva. -Olha, se suas irmãs não tiverem ido embora, não aparece na volta, hem Seu Fernando. Já dentro do metrô não tinha como não notar os diversos olhares. Mas no trabalho... Ah! Não lembro sem rir, da Janete dizendo “amiga! assim você arrasa com nós todas, sua chefe está morrendo de inveja, olha a cara dela...”. Mas a cara do Seu Antônio, chefe do almoxarifado, foi impagável. -Desculpa, mas, posso olhar melhor? =com aquele seu jeito extrovertido, brincalhão, me fez, muito envergonhada, dar uma voltinha enquanto levantava meu braço direito segurando minha mão quase pela ponta dos meus dedos=. E seus olhos pareciam não mais se desgrudarem de mim me perseguindo por onde quer que me vissem. Confesso que no início aquilo me deu um certo constrangimento, acho que resquícios da antiga eu, mas não demorou que uma pequenina sensação fizesse brotar uma das sementes daquele meu jardim interno daquela nova eu que nascia e se se ampliava, se não já existia. Isso foi lá no café quando estávamos somente eu e ele; ao tentar tirar os copinhos agrupados ele deixou cair um daqueles copinhos vazios de café que rolou pra próximo dos meus pés e ele pediu pra eu pegar. E embora eu estivesse me agachando cuidadosamente, com as pernas fechadas, me inclinando o mínimo possível, minha saia naturalmente subiu até a metade de minhas coxas e no momento que eu vi que ele olhava, quase instintivamente, ao me levantar, abri um pouco as pernas na direção dele, tendo a certeza de que ele veria, mesmo que com muita brevidade, por pelo menos um segundo, do branco reluzente da minha calcinha. Nossa! As reações dele me tocaram mais do que eu esperava. Ele esfregou seu rosto e fechou a mão no próprio bigode tampando a boca para uma tossezinha nervosa. O acontecimento me iniciou aquela fraquezazinha um dia iniciada pelo Seu Fernando e que acabava por me deixar com aquela sensação de melada entre as pernas. Era uma sensação estranha, diferente e que eu sentia até na boca que parecia ficar mais seca para em seguida me fazer salivar. Fiquei pensando que poderia ter sido mais lenta, ter demorado mais ao levantar pra ele ver melhor. Mas aí ele poderia achar estranho... Nada! Ele ia é gostar muito! E se ele vir me cantar? Essa era a resposta que eu ainda não tinha. Mas a reação dele me tocou... Eu tinha que mostrar mais... Mas não nos encontramos mais naquele dia tomados por nossos afazeres profissionais; porém, a oportunidade viria no dia seguinte.. Sei que quando saí dei uma esticadinha em uma loja que eu sabia que encontraria roupas mais de acordo com aquele meu momento. Entre saias, shorts, calcinhas e outras roupas, comprei um vestido em especial. Calcinha eu podia não mudar o padrão por causa do Márcio, mas as outras roupas ele não ia nem ver. O vestido era um vestido social preto com decotes nas laterais embaixo dos braços e entre os seios, mas o que chamou minha atenção é que ele era todo de botões também pretos pequenos, meio escondidos de cima até embaixo me permitindo deixar um ou outro botão solto sem serem notados na hora que eu quisesse. Meio inconsciente, com sinceridade, eu estava traçando estratégias para aflorar cada vez mais a minha nova eu... Não sei se porque cheguei mais tarde, ou se porque estava realmente cumprindo a promessa que eu pedi, mas Seu Fernando não estava lá quando eu cheguei; e até que seria bem vindo pra me ajudar com os embrulhos.
Na manhã seguinte, precisamente quarta feira, a emoção da estreia do vestido preto. E lá estava eu com o sorrisinho de novo em frente ao espelho. Aí tudo já era bem consciente mesmo. E senta na cama em frente ao espelho, cruza as pernas, solta botão, descruza as pernas, prende botão, levanta, vira de costas, inclina a bunda, ensaia, e finalmente, ufa, rua. Seu Fernando não estava lá embaixo o que me permitiu apertar os passos porque já estava um pouco atrasada. No trabalho senti que a nova eu já não era tanta novidade e os olhares mais, digamos assim, mais constantes, eram só dos homens mesmo. Mas tinha um que eu queria observar em especial, claro, Seu Antônio. E lá vinha ele me comendo com os olhos... Mas não deu bom dia, estava com raiva de mim? Ele é sempre tão extrovertido e brincalhão... Devido às nossas diferentes dinâmicas no trabalho (que eu não vou entrar em detalhes(pode ser que eu até entre em detalhes na última parte quando eu for explicar porque que eu me permiti contar tudo isso)), nós nos encontrávamos mais na parte da manhã. Então eu tinha que aproveitar a parte da manhã pra encontrar Seu Antônio se eu quisesse que ele me visse melhor... Ao passar próximo ao café vi que Seu Antônio estava lá com um subordinado que já ia saindo; muito discretamente consegui desabotoar dois botões estratégicos do vestido e me dirigi ao café. E Seu Antônio também ia saindo quando me viu tomar a direção do café e parou. -Bom dia Seu Antônio... Nem deu bom dia hoje. -Bom dia, minha linda. Não dei bom dia? Devo ter me distraído com a sua beleza =o meu sorriso simpático diante de um galanteio deve tê-lo feito observar, se já não tinha observado antes, que a minha mudança não era só nas roupas, porque eu sempre ficava séria e pouco amigável em situações semelhantes que ele já testemunhou, inclusive com subordinados dele, o que o animou a fazer o galanteio seguinte =. -Ah! Se eu tivesse pelo menos uns 15 anos a menos... =nisso, eu que deixei, disfarçadamente, cair um montinho daqueles copinhos que rolaram vazios pelo chão fazendo com que nós dois nos abaixássemos simultaneamente, relativamente próximos um do outro, pra catar. As bordas do vestido desabotoadas entre as coxas e a calcinha fizeram uma curva pra fora deixando a calcinha (dessa vez rosa reluzente) e boa parte das minhas coxas próximas à calcinha mais expostas, completamente visíveis. Seu Antônio não se fez de rogado e olhou demorada e gulosamente. E ao olhá-lo e vê-lo olhando diretamente, desenvergonhadamente, desejando, comendo, aquela onda de sensações me invadia impiedosamente me deixando instantaneamente aérea, abobalhada, catando os copinhos. E frases ditas pelo Seu Fernando se misturavam a outras que se faziam na minha cabeça como “ela é dada... eu sabia que ia comer... ele quer me comer, Seu Antônio quer me comer...” ecoavam lá no fundo. Ele continuava olhando fixamente sem se importar com alguma reação contrária minha, se eu era casada, se eu ficava carrancuda, brava; eu já completamente tonta dei um passinho agachada só com a perna direita mais pra direita só pra me abrir mais um pouco ficando com a minha buceta completamente exposta a ele só coberta pelo pano reluzente da calcinha rosa que fazia um risco marcando devido a pressão imposta pela posição; e a sensação que eu tinha era que a qualquer momento ele ia esticar a mão e me tocar quando ouvimos alguém se aproximando e Seu Antônio teve mais forças que eu pra se levantar primeiro. Mas eu era uma puta recente, por assim dizer, de personalidade tímida, e com os dedos trêmulos pus os copinhos sobre a bandeja e sai rapidamente, muda e sem olhar pra ele, pra nada...Eu não sabia a hora que ele saía, sei que naquele dia pela primeira vez, depois de não tê-lo visto a tarde toda, pelo menos que eu me lembre, pela primeira vez ele veio encontrar comigo na saída. Sua presença já tomava um peso diferente e nervosamente comecei a caminhar. -Oi, Jaci, não quer tomar um café lá fora? Ou a gente pode beber uma outra coisa... =não, minha personalidade não mudara tão radicalmente e também o medo ainda tinha algum controle sobre mim e antes de sair em disparada eu lembro que eu falei = -Tenho que ir pra casa Seu Antônio... Mas já calma sentada no banco de um vagão a lembrança dele me olhando, de eu me mostrando, vinha em detalhes e eu cheguei na minha estação completamente molhada...
E ao sair da estação com quem eu dou de cara? -Filha, que saudade! Mas você está deliciosa! -Fala que quer me comer Seu Fernando. -Sim! Quero muito te comer, mas minhas irmãs...-Fala que eu sou dada Seu Fernando. – Sim , você é mais que dada, você é uma puta deliciosa, que não sabia, mas sempre foi. -Vamos lá no meu apartamento Seu Fernando... -Claro! Mas o coiso...-Ele tem demorado, vamos rápido. =alucinada que eu estava eu tive uma ideia, passei na portaria e falei com o porteiro que veria o carro dele entrar, que se visse o Márcio chegar até tal hora me avisasse pelo interfone, porque eu estaria preparando uma surpresa pra ele =. Eu e Seu Fernando nem nos importamos em dar um tempo e subimos juntos. E entramos juntos. Na sala mesmo, com as mãos trêmulas fui me livrando do vestido ao mesmo tempo que Seu Fernando buscava, com aquele jeito dele insano, tarado, minha boca pra beijar, enfiar a língua. Mas eu passei o dia quase todo melada, preparada pra receber alguma coisa na buceta, e não podia demorar. Tirei umas coisas de sobre a mesa e me debrucei sobre ela como fazia na cama dele. Só que na cama dele eu ficava de joelhos o que facilitava pra ele. Ele me abraçou por trás, me alisou, tocou minha buceta, mas pela altura da mesa e minha posição ficava difícil o alcance dele pra penetração. Minhas pernas doíam, minha buceta clamava... O tempo passava rápido, pensei que o Márcio pudesse não demorar, mas Seu Fernando não podia ir embora sem me comer. Peguei a mão dele e o conduzi até meu quarto, tirei a calcinha e me posicionei de joelhos no chão debruçada na minha cama como ele me comia no apartamento dele, na cama dele. Sua gargalhada não veio tão alta quanto no apartamento dele, mas deu pra sentir todo prazer dele se ajeitando atrás de mim, de seus joelhos abrindo mais minhas pernas, da cabeça grossa da sua pica encostando, da minha própria voz entrecortada pedindo diante do silêncio dele -Me chama de puta Seu Fernando... =A cabeça me entrando= -Puta. =Eu já não gozando tão rápido e já desfrutando mais das estocada dele= -Puta! =ele gozando, rosnando, gemendo, me enchendo com seu esperma quente e finalmente aquele meu gozo indescritível. Só que dessa vez eu tive uma vontade incontida de me virar depois de ter gozado e chupar o resto do esperma dele, de fazer algo que eu nunca tinha feito antes que era sentir o gosto daquele leite que tinha batido dentro de mim e me feito gozar daquele jeito; e assim eu fiz. Virei me sentando ali mesmo no chão e chupei a cabeça melada e o gosto era de prazer, de orgasmo. Passei o dedo na minha própria buceta e trouxe uma gota que escorria até a minha boca e olhei pra ele, ele sorriu e se levantou já pegando suas roupas. – Vou lá, filha. Esse porteiro é meio abestalhado e pode nem avisar...
Mas não foi correndo que eu avisei o porteiro que não precisava mais avisar porque não teria mais surpresa; não foi correndo que eu repus as coisas na mesa, que eu passei o pano no chão, que eu tomei banho, que eu arrumei a cama antes do Márcio chegar. E não foi correndo que ainda naquele fim de semana eu perderia a virgindade de meu único lugar ainda virgem. Dessa vez eu desfrutava daquele bem estar sem mais nenhum resquício de culpa. Já tinha certeza de que eu era realmente uma puta. Só não tenho certeza ainda se eu era assim e não sabia, ou se me transformei...