Profanos: Aliados

Um conto erótico de Duque Chaves
Categoria: Gay
Contém 2425 palavras
Data: 16/03/2020 11:37:59
Assuntos: Gay

A festa estava vibrando.

Rihanna tocava alto nas caixas de som.

Todos do internatos estavam ali. O que deixou a festa a cheiro de cocaína e a luxúria vibrando.

A festa era um marco para todos ali. Já que pela primeira vez permitiriam meninas na escola.

A matilha estava espalhada, naquele dia seria o tão chegado dia do trote.

Os filhos de Afrodite andavam divulgando a festa em suas redes sócias, enquanto o clube de Xadrez estava aproveitando seus novos clientes.

Até que um grito, de desespero partiu do lado oeste da festa.

Era o corpo de Matheus Castilho no chão.

O corpo sem vida do garoto estava no chão, Cristovão estava chorando e gritando vendo o corpo do garoto que ele gostava, cheio de sangue. A música tinha parado e so ali deram conta, que um dentre eles, alguém tinha matado o garoto.

Cinco meses atrás.

Ícaro andava pesadamente pela escola, era difícil está na mesma escola que seu ardiloso irmão, e ele precisava de um aliado naquela luta. Ele não poderia ter a ajuda de ninguém ali daquela escola. Ou eles amavam a matilha, ou tinham medo demais de derrubar o rei negro.

Os filhos de Afrodite? Nem pensar. Ele realmente não gostou de Diego. O clube de Xadrez? Poderia ser uma boa. Mais ele teria que entrar, ou deveria um favor para Murilo.

O Grêmio?

Cristovão era o arqui inimigo de Matheus. Mais isso daria certo? Ele apostaria que não. Cristovão não era uma pessoa fácil, mesmo chamando atenção do grandão.

- Eu tenho que achar alguém que poderia ser leal a mim!

- Falando sozinho? – a voz que veio de trás dele apareceu mostrando um sorriso convencido.

Diego apareceu comendo uma maçã do amor, seus lábios estavam sujos e logo tratou de limpar. Diego era uma pessoa que precisava de atenção, seus pais pensavam que ele era o filho perfeito. Mas o garoto tinha um segredo bem obscuro.

Ícaro olhou aqueles olhos de calendoscpio. E por um momento se perdeu. Se perdeu naquelas cores.

- Devo me curvar ou o que?

- Há? Eu não entendi. – respondeu Lourenço, olhando seriamente o grandão a sua frente. – Você que estava falando sozinho. Queria saber o que estava falando.

- Não e você o imperador de gelo? – a pregunta fria e áspera, fez os ombros de Diego se recolherem rapidamente, mais ele voltou aquela pose de sempre, prepotente e egocêntrico. – E porque quer saber, vai colocar na sua revista de fofocas?

Diego sorriu de uma forma sinica.

- Sim, eu acho um garoto que saiu do sanatório e voltou para a realidade muito Interessante. Você daria uma ótima capa de revista. Já pensou a matéria? “ Será mesmo que ele está curado ou vai ter um surto e matar todos aquí?”

Diego mordeu mais um pedaço de maçã e sorriu. Dessa vez debochado, ele tinha gostado do grandão, e pensava que por ser da família do líder da matilha, seria pelo menos melhor que ele.

- Você é muito engraçado. Agora vaza.

- Que pena. Eu ouvi o que estava falando. E eu tenho a pessoa perfeita que poderia ser seu perro fiel. Mais já que é tão estupido quanto seu irmão, espero que consiga sozinho.

- É porque iria me ajudar? Achava que amava o Matheus. – Zombou Ícaro do moreno.

- Eu não o amo. Mais ele me prejudicou demais. Ele me fez ver o monstro que habita dentro de mim, do jeito mais difícil e da forma como ele fez. Eu quero que ele sofra. Não to nem aí para sua tentativa de viganca. Só quero ver o rei negro, morto.

Os olhos de Diego brilharam intensamente. O menor tinha firmeza na voz, e Ícaro se perguntou o que o Castilho tinha feito para aquele garoto, o que de tão mal ele fez para o menor?

Diego voltou e deu alguns passos por onde veio, e logo foi parado por um ícaro pegando sua mão.

- Quem sería ele?

Lourenco se virou e sorriu.

- Ande, temos que fazer uma visita ao diretor e depois ir embora daqui.

A escola era imensa é isso fazia todo sentido por ser uma escola de gente rica. Cada aluno tinha seu proprio tablet, as atividades eram levadas a sério é muito mais, tudo que era feito ali. Seria para seu futuro, para onde você iria quando terminasse o ensino médio? Sua faculdade? Ou seguirá os passos dos seus pais?

A grande maioria sería Herdeiro do legado de onde nasceu. Seja para o bem ou para o mal. Enquanto eles andavam tranquilamente pelos corredores da escola, Diego explicava do porque criou o grupo e de suas motivações.

Ícaro ainda não gostava do garoto, mais se admirou, pelos motivos. Ele queria seguir os passos do pai, um ator famoso, mais queria fazer isso por vontade própria.

- O que estão falando pela escola é verdade? Sobre você e sobre o que fez com Matheus, seu irmão?

- Primeiro meio irmão, e prefiro que chamem ele pelo nome, do que lembrar que ele é meu meio irmão. – Ícaro encarou o menor, depois de descer alguns lances de escadas. – E o que você acha sobre isso?

Diego estava preparado para aquela pergunta.

- Deixa eu advinha, você me acha culpado! – Ícaro pulou os últimos três degraus. – Nem precisa falar.

- Você realmente não é telepata. – Diego riu de seu comentário. – Não acho que tenha feito, conheço bem aquele desgraçado para perceber que ele pode ter armado isso. Não sou um santo e não estou defendendo ele. Mais se tivesse feito algo. Seria meu herói.

Depois disso, eles andaram até a sala do diretor calados. Ícaro pensava em como o garoto não o repudiava. Mesmo já a escola toda saber sobre aquele dia.

A sala do diretor estava parada, naquele dia. Depois da detenção, os alunos foram para seus aposentos, deixando apenas o diretor em sua sala.

Diego bateu na porta.

- O que está querendo por aquí, senhor Lourenço? – A pregunta do diretor foi bem direta. – Deveria estar na cama, e o senhor também, senhor Castilho.

Diego sorriu, mostrando toda a confiança naquele sorriso. Mostrando seu lado Frio e Calculista.

- Olá diretor. Estou aquí para implantar um projeto em nome do meu clube e também para ajudar a escola.

O diretor sentou na cadeira e se virou para o garoto a sua frente.

- E o que seria? Esse plano, que está falando?

Diego novamente mostrou mais um sorriso, dessa vez mais simplista do que o primeiro.

- O clube de Afrodite, está querendo fazer uma boa ação em trazer um colega nosso de volta. Estamos querendo trazer Rodrigo Santiago de volta a escola!

O diretor encarou o garoto.

- Você acha que vamos trazer um delinquente juvenil para dentro da escola? Ele vendia drogas para vocês e se não fosse por senhor Castilho…

- Claro que sim diretor. Mas, olhe pelo lado bom do nosso projeto. Se ele voltar aquí para escola, poderá ser o novo rosto da sua propaganda de marketing. Um colega que saiu das drogas, com ajuda do internato Getúlio Vargas…. Uma nova propaganda…

- Você só pode vim brincar comigo, senhor Lourenço. Agora volte a postar suas babaquice não internet e me deixe em paz, você sabe do porque ele foi jogado fora daqui dessa escola e…

Diego apertou suas mãos e os nós dos seus dedos estavam ficando brancos.

- Sim diretor, eu sei bem. Mas como lhe disse, um marketing melhor que esse? Do que ele mesmo fazendo isso de graça para o senhor? Já viu tantos de alunos problemáticos que temos nessa escola? Os pais pagariam a mais para ter ajuda nessa escola, e todos morreriam para ter uma vaga daqui….

- Eu já disse não. Não quero sujar o nome desse colégio mais uma vez, em aceitar ele, foi um error, e agora está sendo mais um em ouvir isso…

- Será mesmo? – Diego, cansou de ser bonzinho. – Ou será mais fácil eu twittear, algo como um grupo de jovens que fazem prostituição dentro da escola? E que o diretor apoia isso, porque tem um caso com um aluno? O que sua esposa pensaria? O que seu filho pensaria? O que sua carreira pensa sobre?

Icaro ficou ali calado olhando o jogo de xadrez sendo feito. Diego iria dar o xeque mate.

- Você nao ousaria em fazer isso! Você tem mais a perder do que eu. Já que seu pai está estrelando um filme agora…

- Será mesmo que eu sairia prejudicado? Eu posso dizer que é uma loucura adolecente. Enquanto você? Seria algum tipo de pedófilo? Ou maniaco? – O diretor encarou o Lourenço e engoliu em seco. – Então, Rodrigo Santiago está de volta?

O diretor da escola preencheu uma ficha, e assim a parte um do plano, do filho de Afrodite estava ok.

- Ferros você em? – Ícaro pegou os papéis que estavam nas mãos do filho de Afrodite e sorriu.

- Nossa primeira vez que sorri, e sim. Aprendi com a vida, que se quero ter algo, eu tenho que correr atrás. – Ele mexeu no seu armário e pegou sua bolsa, que estava com seus cartões e sua chave do carro.

- Desde de quando sabia sobre o diretor? Murilo não te diria nem que fosse torturado! – Ícaro por concidencia, tinha o armário do lado do garoto. Pegando suas coisas e saindo da escola com seu óculos escuro.

- Meu trabalho nessa escola e saber de tudo. E sei vários segredos, segredos esses que muita gente poderia me ver morto. – Ele colocou seus óculos escuro também é fora para a grande garagem de Getúlio Vargas.

A lamborguine do garoto era amarela, e corria pela cidade atrás do paradeiro de Santiago. Ícaro tinha que apostar nesse plano, e mesmo assim ainda desconfiava que Diego estaria fazendo isso, por viganca.

Algo a mais tinha naquela história e ele estaria curioso em saber do que.

Diego parou numa rua não muito movimentada. O endereço de onde o garoto estava, era numa parte da cidade que Diego jamais pisaria ali.

As pessoas os encaravam. Só não chegavam perto, devido aos olhares raivosos que Ícaro emanava e o seu jeito de presidiário que ele tinha. O que Diego achou mais atraente e excitante.

- Acha mesmo que ele vai estar aquí? – Icaro perguntou ainda desconfiado com o rapaz que o levou ali.

- Claro que sim. Pelas minhas fontes, ele está por aquí. – A voz dele era a única coisa que se podía ouvir. Naquele beco mal cheiroso, e com vários prédios do lados. – Depois do ocorrido, os pais deles acabaram o jogando fora de casa. Por ele baixar a penitenciária.

- Matheus fez isso com ele? – A pregunta ecoou no galpão vazio.

- Sim. Ele fez isso comigo. – A voz saia de tras de alguns galpões velhos. O local era grande e empoleirado. Vazio e triste. O garoto que falou aquilo, apareceu, sua camisa verde era grande para ele, de calças jeans amarrotadas e cabelos grandes e ondulados bagunçados. Seus olhos eram num cinza intenso, e sua pele era parda. – Ele destruiu a minha vida e você? Porque está aquí Imperador de Gelo? Esse é seu serviçal?

Diego olhou em volta e apenas olhou para Ícaro. Como uma forma dele tomar a iniciativa para convencer o garoto a volta para o internato. Se ele queria uma vingança, teria que ter aliados.

- Diego me trouxe aquí para te chamar de volta para a escola. Eu sou…

- Sério que você trouxe esse professor para me trazer de volta? Nunca fomos amigos Diego é porque está fazendo essa boa ação? Quer entrar no Lo reino dos ceis?- A voz de sarcasmos era nítida e Rodrigo sempre foi conhecido por ser sarcástico e irônico.

O latino tinha traços fortes nas maçãs do rosto. Ele estava mais magro, por causa de suas roupas largas demais. Ícaro viu o que o irmão estava fazendo. Ele daria um basta naquilo.

- Estou aquí para te levar de volta. Sou o meio irmão de Matheus Castilho…

- Só pode tá zoando com a minha cara? Sério? Ele? Voce veio me buscar para terminar o trabalho? Não… nem termine…

Rodrigo estava quase fugindo, quando Ícaro falou de vez.

- Quero sua ajuda para destruir meu irmão. E ter nossa vingança. Eu to vendo o que ele fez com você e não é muito diferente do que ele fez comigo.

Os olhos curiosos e castanhos de Rodrigo se intensificaram em Ícaro, olhando para o grandão e tentando ver alguma referência ao irmão do mesmo. Ele observava calmamente.

- E o que ele fez com você? Já que é irmão dele. Poderia se voltar contra cada um inimigo do se irmão não?

- Claro que sim. – Mais Ícaro sorriu para o comentário do menor. – Ele me colocou num manicômio por dois anos, longos e destrutivos anos. Eu quero que ele pague por isso. É porque não chamar um exército contra ele. Começando com você? Está aceito de volta a escola. Graças a Diego e podemos te ajudar a ter dinheiro. Eu sou rico também.

- Não acredito muito nisso. Você poderia ter feito isso sozinho. Mais porque nós quer? Sempre terá algo em troca do que você vai me ofertar. – Santiago ascendeu um cigarro e começou a fumar ali na frente.

- Sério? Eu tenho problemas respiratórios. – resmungou Diego soprando suas mãos à frente de seu rosto.

- Poderia fazer isso só? Sim. Mas, seria muito mais divertido, fazer isso com todo mundo que ele humilhou, com todo mundo que o fez sofrer e ainda mais. Você tem o Cristovão, que sente sua ausência. Deveria pensar nele e não em você agora. Uma chance dessas.

Rodrigo ficou calado. Sua expressão de pedra se suavizou e Ícaro percebeu que ele ainda gostava do garoto.

- Cristovão ainda te quer.

- Acho que não. Depois do que aconteceu. Eu magoei ele de uma forma, a mando daquele filho da puta. Se eu fizesse isso, eu não desceria a cadeia mesmo. – Rodrigo jogou o cigarro no chão. - Me dando um teto e a viganca que eu preciso. Eu te ajudo.

- Então temos um negócio fechado? – Ícaro levantou sua mão. E Rodrigo apertou.- Pegue suas coisas e vamos.

Diego olhou novamente o garoto a sua frente e ficou mais impressionado pelo auto controle que ele tinha. Se fosse o mesmo, já estaria explodindo. Ícaro era sangue frio.

Ícaro voltou seus olhos para Diego.

- O que está olhando?

- Estou olhando o próximo problema que eu vou gostar de ter por perto.

- Não sou um problema. Sou a justiça que esse colégio precisava.

Diego sorriu para o mesmo. Mais ele por alguns segundos ficou com medo de Ícaro, pela firmeza que o outro disse isso, por ser frio o bastante para ter dito aquelas palavras.

- Seja bem vindo de volta Rodrigo Santiago.

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