Está bem, vou relatar um fato real desta vez. Não tem o tesão da ficção, já previno, mas, enfim, aí está...
Estive, recentemente, em uma praia de nudismo. Atravessando a área central, busquei um recanto mais afastado, para ficar mais tranquilo. Cheguei a um reduto gay, escolhi uma loca de pedra, estendi o pano na areia e fui para o mar.
Apareceu então o Lauro (nome falso, claro...). Gordinho, simpático, dirigia-se a mim, dentro da água, e já foi soltando um papo reto: “Está a fim de curtir um lance?” Sorri, simpático, mas sem abrir muito a guarda, embora sem também fechar completamente. Ele, então, foi falando: “Vi você chegando na praia, acompanhei você parando para passar o protetor no corpo e depois se dirigindo para cá... Então acompanhei!” O fato de ter sido alvo de uma “secagem”, sem que eu percebesse, me surpreendeu e me agradou intimamente.
Lauro era agradável, ainda que não preenchesse os padrões sociais de estética e beleza – mas eu estava cagando para padrões de beleza. Acima do peso, chapelão do Flamengo a lhe encobrir a calvície (que só depois descobri), e rola mais robusta do que as que costumo receber. Morava distante, estava ali a passeio. Eu me fazia de difícil, mas queria sentir aquele corpo; esperei uma onda e, em aparente desequilíbrio, joguei-me sobre ele, que me agarrou para eu não cair, enquanto sentíamos nossos corpos se roçando.
Primeira vez na vida que era cantado assim, publicamente, por um homem, eu estava reticente. “Podemos nos conhecer melhor?” – ele insistia. Procurei me esquivar, dizendo que me agradara dele, mas que eu precisava de um tempo... Frescuras assim. Ele, super compreensivo, não insistiu. Voltei para meu lugar, na loca da rocha, deitei-me e procurei relaxar, observando, entre as pálpebras semicerradas, Lauro se afastando, voltando à parte mais movimentada da praia.
Acho que dormi um pouco. Não havia sol e o céu nublado deixava o clima bastante agradável. Ao acordar, recolhi meus pertences e me encaminhei ao bar da praia, para pegar algumas informações. Estava disposto a ir embora: tomei um banho de água doce e me dirigia à saída, quando alguém me disse a hora: era cedo demais – o céu cinza fazia parecer mais tarde. Mudei de ideia, deixei a bolsa numa mesa do bar e fui dar uma última caminhada pela praia, até seu extremo.
O dia estava convidativo à reflexão. Encostei-me numa pedra verde de musgo e fiquei a admirar a beleza do mar, quando Lauro me aparece ao lado. Sem o chapelão, estava bem diferente, quase não o reconhecera. Ele pediu desculpas, perguntou se me incomodava e, ante minha negativa, contou que estava, com os amigos, na mesa ao lado da que eu deixara minhas coisas. Eu não o vira, de fato. Então ele me seguiu novamente, até a parte mais afastada da praia.
A conversa fluiu melhor agora. Ele falou do tesão e do desejo que estava sentindo. Eu me senti nas nuvens sendo cantado assim. Tocou-me algumas vezes e, não sentindo resistência de minha parte, foi se apropriando do terreno, e ficando mais ousado. Perguntou se podia me beijar. E pela primeira vez em minha vida, troquei um beijo gay em público.
Buscamos, então, um lugar mais afastado – fora da área naturista – e, protegidos pela espessa vegetação, nos beijamos e nos esfregamos e acariciamos mutuamente nossas rolas duras. Eu queria sentir-lhe o gosto, abaixei-me e explorei com a língua a extensão de sua vara, passando a sugar a cabecinha e a engolir, até acomodá-la completamente em minha boca. Lauro gemia. Em seguida, foi ele que recolheu minha rola em sua boca, fazendo um boquete delicioso, que, por pouco, não me fez gozar.
Assustamo-nos ao ver passar perto um casal – que, por certo, também buscava um lugar mais privado – e decidimos voltar para a parte pública da praia. A conversa continuou, agora mais apimentada, mais incisiva. Eu queria avançar, mas sabia das dificuldades, e mesmo impossibilidades de avanços naquele local. Resolvi, então, que era hora de partir. Trocamos mais um beijo e nos deixamos abraçar.
Não resisti, chamei-o de volta para o meio do mato. Enquanto caminhávamos, resolvi sensualizar. Como eu ia na frente, esperei que ele encostasse em mim, e, de costas, ergui os braços para trás e colhi sua cabeça, colando meu corpo ao seu. Sua rola dura roçava nas minhas nádegas e nas minhas costas – ele cuidadoso para não me penetrar, pois estávamos sem preservativo.
Virei-me para ele e nos beijamos e senti todo seu corpo, dei beijinhos no seu pescoço, que o arrepiaram; mamei mais um pouco na sua pica e, quando se abaixou para me chupar, coloquei minha perna sobre seu ombro; assim, ao mesmo tempo que aproximava ainda mais meu corpo de seu rosto, abria meu cu para as carícias deliciosas que seu dedo me fazia.
Um rapaz, com a rola dura, parou diante de nosso esconderijo, perguntando se poderia participar. Ante nossa negativa, ele continuou seu caminho. Tentei masturbar Lauro até que gozasse, mas ele disse que a pressão era muito forte e isso interferia no seu orgasmo.
Decidi, então, encerrarmos de vez nosso picante encontro. Ele concordou, e pediu para eu ir na frente, pois ele precisava acalmar sua rola, que estava ereta. Em instantes nos reencontraríamos no bar, para trocar nossos telefones. Foi o que fiz, foi o que fizemos. Abraçamo-nos, na despedida, e ainda trocamos beijinhos de cumprimento – outra coisa inédita para mim. Achei massa a naturalidade com que isso aconteceu.
Fui embora, mas a pica não dava sinais de que se aquietaria tão cedo. Como eu precisava de um mínimo de concentração para dirigir com segurança, principalmente porque começara a chover torrencialmente, entrei numa estrada vicinal, parei o carro e toquei uma punheta, sob a chuva.
À noite, trocamos mensagens e nos prometemos um reencontro para logo que possível, a fim de darmos prosseguimento ao que nossos corpos nos pediam.