CAPÍTULO 03 – A VIDA SEMPRE NOS SURPREENDE
É engraçado, sempre pensarmos que nada nos surpreende. Passaremos por coisas que nos deixará tristes, alegres, pensativos, com raivas. Mas no fim essas coisas que nos acontecem é para nos tornarmos fortes, pessoas compreensivas e aprendermos que por mais difícil que seja uma situação, ela existe para que saímos dela com uma lição.
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Eu não imagina que ouviria aquelas palavras saírem da boca do Lucas, sempre achei ele um cara decidido no que fazia, mas ele não era o tipo de cara eu achava que se interessaria por mim. Eu tinha interesse nele, mas pensei que éramos amigos apenas.
Eu sentei na cama e não consegui encarar ele. Não sabia o que dizer.
- Eu sei que deve parecer estranho para você. – Falou ele sentando na cama e me olhando.
O silêncio reinou no quarto por um tempo. Ele estava do meu lado abraçando as pernas.
Ficamos em silêncio por um tempo até que ele falou.
- Olha David. – Ele falava quase em um sussurro. – Desculpa por isso. Vamos dormir, é melhor a gente esquecer isso. Vou beber água.
Ele levantou e foi para a cozinha.
Ele estava encostado na pia bebendo água quando eu cheguei e parei na frente dele. Ele engoliu o último gole de água e colocou o copo ao lado dele na pia e ficou me olhando.
- David eu... – Antes que ele falasse qualquer coisa eu o beijei. Sabia que a gente ia ter que conversar sobre isso depois, mas isso seria depois, naquela hora ou só queria beija-lo.
Ele retribuiu o beijo e me puxou para junto dele. Ficamos nos beijando por um tempo. O beijo dele era quente, senti sua língua invadir minha boca procurando pela minha. Enquanto nos beijávamos uma corrente de adrenalina tomava conta do meu corpo.
Nos beijamos por um tempo e quando dei por mim já estávamos no quarto dele deitados na cama dele. Ele estava só de cueca e eu podia sentir seu pênis pulsando sobre meu corpo. Ele logo se tratou de equilibrar a situação tirando minha camiseta e minha bermuda. Ele me deixou só de cueca também, a cueca que ele havia me emprestado. Eu deitei na cama e ele por cima de mim me beijando.
Ele parou de beijar minha boca e foi descendo para meu pescoço, sentir seus lábios no meu pescoço me fez arrepiar, ele foi beijando cada parte do meu corpo, meu pescoço, meu peitoral e deu uma baita ênfase nos meus mamilos o que me deixou bastante excitado, desceu para meu abdômen e chegou na minha cueca. Ele deu uma pausa para olhar para mim, eu estava olhando para ele e ele fez questão de encontrar meu olhar, beijou meu pênis por cima da cueca e deu uma mordida de leve, o que fez meu pênis pulsar mais ainda, ele desceu e beijou minhas coxas até voltar para meu pênis que já estava latejando dentro da minha cueca. Ele tirou me cueca e olhou para mim.
- Puta que pariu! – Exclamou ele.
- O que foi? – Saiu quase em um sussurro.
- Que pau bonito. – Elogiou ele dando uma mordida no lábio.
- Va... leu... – Quase não respondi quando ele começou a chupar meu pênis.
Ele começou colocando a cabeça na boca. Senti a boca quente dele no meu pau fez eu gemer de prazer. Caralho, era bom demais, e ele sabia fazer demais isso. Ele chupou a cabeça por um tempinho e se estendeu pelo resto do meu pênis. Quando olhei para ele, encontrando seu olhar, ele engoliu meu pênis todo, não tenho um pau exagerado, tem seus 17 cm, um pouco grosso e bem desenhado, modesta a parte. A cabeça do meu pênis é bem rosada e o restante é bem proporcional em desenho e espessura.
Ele engoliu meu pênis todo quando olhei para ele ao encontrar meu olhar, ele ficou me olhando e vendo ele me chupar era bom demais, fiquei olhando para ele enquanto ele chupava, engolindo meu pênis todo. Teve uma hora que ele deu uma mordida de leve na cabeça e eu dei um gemido mais profundo. Ele permaneceu masturbando meu pau um pouco enquanto dava uma atenção maior aos meus testículos, ele colocou os dois na boca chupando e alternando entre um e outro até voltar para o pau novamente. Teve um momento que tive que me segurar para não gozar, então o puxei para cima para beijá-lo. Então inverti, fazendo o mesmo com ele. Fui beijando o pescoço dele, peitoral – que se diga de passagem era bem definido assim como o abdômen –, abdômen e cheguei em seu pau que estava latejando dentro da cueca. Beijei o pau dele por cima da cueca e desci para beijar suas pernas, voltando para seu pau. Puxei a cueca dele, tirando-a, e me deparei com um pênis muito bonito também, tinha a cabeça bem vermelha, era uns 18 cm, só não era muito grosso, era fino, não muito, mas bem proporcional, estava cheio de veias em toda extremidade, puxei a pele para baixo deixando toda a cabeça exposta. Não fiz como ele, comecei pela cabeça, me estendi a todo o resto logo, tinha um gosto diferente, não sei explicar, logo estava com o pau dele todo dentro da minha boca, sugando cada centímetro daquele pau delicioso e bonito. Fiquei chupando por um tempo e dei uma atenção especial aos testículos o que era o ponto de tesão dele, pois quando comecei a chupar ele deu um baita gemido de prazer. Fiquei um tempo alternando entre os testículos e o pênis, até que ele me puxou para um beijo.
Ficamos nos beijando por um tempo e então ele falou para gozarmos, o que para mim foi um alívio, pois não estava preparado para penetração, na verdade não chegamos a tocar no assunto, poderia penetrar ele, mas se ele fosse querer me penetrar também, eu não estava confortável para fazer, não naquele momento.
Ficamos nos beijando enquanto um masturbava o pau do outro. Então depois de algum tempinho senti que ia goza e logo em seguida ele gozou também gemendo juntos. Ele gozou bastante, assim como eu, mais do que o normal.
Logo fomos para o banheiro onde nos beijamos enquanto tomávamos banho juntos. Eu terminei primeiro me enxuguei, enrolei uma toalha na minha cintura sai do banheiro para vestir uma cueca, não vesti a roupa, a intimidade tinha se instalado já. Logo em seguida ele saiu do banheiro enxugando os cabelos sem nada cobrindo seu pênis. Ele gostava de provocar.
Pegou uma cueca e vestiu. Eu coloquei a toalha no banheiro e deitei na cama só de cueca. Ele saiu para a cozinha e quando voltou eu já estava deitado.
- Vamos comer algo? – Falou ele ao entrar no quarto. – Dá bastante fome. – Ele deu um sorriso sacana.
Eu saí da cama e fui para a cozinha.
- Agora você vai dormir só de cueca? – Perguntou ele meio irônico e sacana. – Quer dizer que antes estava com vergonha?
- Intimidade é algo sério. – Rebati.
Ele pegou queijo, presunto e pão para fazermos um misto quente. Comemos o misto com uma Coca-Cola que ele abriu e depois fomos nos deitar.
Ele se deitou ao meu lado e me abraçou, e assim dormimos.
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Quando acordei e me virei o Lucas não estava na cama, ouvi pratos batendo na cozinha e fui ver o que era. Quando cheguei na cozinha ele estava só de cueca preparando um café.
- O que é isso? – Perguntei.
- Torradas, queijo, presunto, ovos fritos, bacon, hambúrguer, tomate, alface, geleia, caso goste. – Falou ele apontando para a bancada da cozinha. – E suco de laranja. – Falou ele pegando uma jarra de suco na geladeira.
- Você acordou que horas? – Perguntei.
- Tá com uma hora quase. – Responde. – Tem uma escova de dentes na pia do banheiro, pode abrir e usar deixei lá para você.
- Beleza. Volto já.
- Vou terminar os ovos enquanto você escova os dentes.
Escovei os dentes e vesti a bermuda antes de ir para a cozinha. Sentei e começamos a comer.
- Por que eu? – Perguntei olhando para ele enquanto ele mordei uma torrada com geleia.
- Por que você o quê?
- Por que se interessou logo por mim? O que viu em mim? – Eu estava curioso para saber.
- Você não enxerga o cara que você é não é David. Você é um cara muito bonito, gente boa, educado, amigo e muito prestativo.
- Seus pais sabem?
- Acho que é sempre a primeira pergunta.
- Não foi a primeira, foi a segunda. – Rebati.
- Você entendeu o que eu quis dizer.
- Sabem? – Insisti.
- Sim. Sabem.
- Hum. Mais alguém? Eles aceitam de boa?
Ele sorriu, como se eu tivesse feito uma piada que ele já ouvira antes. Era lindo o sorriso daquele garoto.
- Minha família sabe, alguns amigos mais íntimos também. – Ele deu uma pausa para comer outra torrada. – E sim, eles aceitam de boa.
Ele me olhou e eu sabia o que ele queria saber.
- Ninguém sabe de mim. – Falei, respondendo à pergunta mental dele.
- Ninguém que você saiba né?
- Não entendi.
- Alguém sempre sabe. As mães sempre sabem David.
- Eu... – Parei a frase. – Talvez.
- Quando eu contei aos meus pais... Na verdade eu fui meio forçado.
- Como assim?
- Minha mãe me pegou com um colega de escola.
- Vocês...?
- Não, não. Estávamos apenas nos beijando. Ela abriu a porta do meu quarto de repente e nos viu. Não falou nada então fechou a porta e esperou meu colega sair para conversarmos. Ela me falou que não importava se eu gostava de homens ou de mulheres, para ela o que importava era que eu fosse uma pessoa descente, o resto ela só queria minha felicidade. Mas disse que precisaríamos contar ao meu pai, que para a minha surpresa disse que já sabia e que a resposta dele era a mesma da minha mãe. Desse dia para cá parei de me preocupar com o que os demais falavam. Na minha família algumas tias criticaram falando que não era normal dois homens se gostarem, e meus avós maternos calaram a boca de todos dizendo que a vida era minha e que o que define uma pessoa não é se gosta de homem ou de mulher e sim o caráter que ele tem e como trata as pessoas. Até hoje alguns não aceitam, mas não falam nada por causa dos meus avós. Já a família do meu pai, como é pequena, só tenho uma tia, que me apoiou bastante, junto dos demais.
- Entendi. – Falei bebendo um pouco de suco.
Ele ficou me encarando, me observando.
- O que foi? – Perguntei.
- Você é lindo sabia?
Eu ri sem graça, nunca fui bom em receber elogios. Ele levantou e veio até mim e me beijou.
- Vamos manter isso entre nós por enquanto por favor. – Falei ao parar de beijá-lo.
- Tudo bem. Vale a pena. – E me beijou novamente.
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- Pensei que só viria a noite? – Falou minha mãe quando eu cheguei em casa.
Ela estava na mesa tomando café. Eu fui até ela e dei um beijo nela.
- Te amo Rose. – Falei e ela me deu um lindo sorriso em reposta.
- Também te amo meu bem.
- Vou tomar um banho e me deitar um pouco. Estou cansado, ficamos até tarde ontem estudando.
- Vá lá, quando acordar se quiser almoçar tem comida no fogão.
- Tá certo.
Tomei um banho e fui dormir.
Acordei era umas 19:00, me levantei jantei e voltei para a cama, não entrei no facebook. Mandei uma mensagem para o Lucas e voltei a dormir, estava morto de cansado.
DAVID: Boa noite Luc. Acordei agora de quando cheguei em casa. Vou dormir novamente estou morto. Amanhã a gente se fala. Abs.
Ele logo me respondeu.
LUCAS: Boa noite David. Tudo bem. Estou cansado também, meus pais não chegaram só vem amanhã. Amanhã a gente se fala. Abs.
Guardei meu celular e apaguei.
Acordei no domingo por volta das 10:00, o Lucas tinha me mandado uma mensagem avisando que os pais tinham chegado cedo e que tinham apenas ajeitado as coisas e foram os três para a casa dos avós dele e que possivelmente não conseguiriam conversar, mas que poderíamos trocar mensagem.
Passamos o domingo sem conversar, resolvi tirar o dia para maratonar séries. Fui dormir cedo pois no outro dia teríamos aula e prova, para variar.
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Boa noite pessoal, espero que estejam todos bem e gostando do conto.
Vi que muitas pessoas estão lendo, o que me deixa muito feliz.
Espero que tenham um ótimo final de semana e vamos todos, independente de religião, rezar para que possamos passar por essa pandemia que estamos enfrentando. Vamos ser conscientes.
Abração a todos.