Então, meu amigo Luciano me chamou no MSN, aliás me “chamou a atenção” (para quem não sabe, chamar a atenção no MSN era fazer com que a tela do seu computador tremesse até você sair da página que está vendo no momento e fosse para a conversa de quem te chamou. Vibrava tudo! E um sininho tocava, se o áudio estivesse ligado).
Voltamos a conversar, ele com a cam ligada falando comigo e eu digitando e o respondendo.
- Markinhos, o que você achou de mim, de vdd hj!? Perguntou Luciano e parecia estar me olhando dentro dos olhos.
- Lu, (o chamei assim pela primeira vez) achei que você é tudo o que eu já imaginava.
Enquanto respondia pensava comigo mesmo: Mentira, me assustei com a altura, magreza, a brancura e até com seu perfume (Sintonia da Natura, maravilhoso)
Ele mais uma vez me indaga:
- Como assim tudo que você já imaginava!? Você fica pensando em mim depois que desligamos nossas conversas!?
A conversa já estava entrando num campo mais delicado e me fazendo transpirar. Meu coração já estava acelerando de medo e desejo por ele. Até pq a cena de nós dois no ponto do ônibus nos olhando firmemente dentro dos olhos, o perfume dele parecia ter entranhado não minha pele e mente e o abraço mais envolvente que já tinha recebido não me saia da cabeça. Mantive a conversa.
- Lu, não tem como não pensar! Você se tornou alguém especial pra mim... Gosto de você!
Eu não queria falar uma palavra sem pensar e queria usar palavras que deixasse uma incógnita e, se por acaso desse merda, me faria de louco e sairia pela tangente.
- Mas Markos me explica esse gostar!? Disse ele com uma leve aparência de interrogação (eu podia vê-lo por conta da cam e senti que já estava se posicionando na cadeira em frente ao computador de forma diferente, como quem estava se interessando em saber melhor sobre meus sentimentos).
Me fiz de sonso e respondi:
- Lu, só converso com quem gosto e, na amizade não seria diferente.
Na mesmo hora ouvi um leve sussurro:
- Ah! Que pena!
Meu coração aceleradíssimo o questionei escrevendo:
- O que você resmungou aí!?
Ele ficava levemente rosado de vergonha quando era indagado por algo que mexia com ele.
Tentou disfarçar e disse:
- Nada! Eu não falei nada não. Disse ele, e sorriu de canto de boca. O mesmo sorriso que me deu quando nos despedimos no ponto de ônibus.
Nesse momento, eu já sabia, embora não queria admitir, que algo estranho já estava rolando entre nós e que não era somente uma amizade entre dos jovens amigos pela internet. Já estava indo além. Só não sabia até aonde eu pedia ir.
Dava pra perceber que Luciano era muito ingênuo para algumas coisas. Ele era muito sincero nas coisas que dizia e geralmente não mentia. Se não queria falar sobre algo ele dizia a vdd que não queria tocar no assunto. Nessa parte ele era bem mais maturo que eu, mesmo sendo um pouco mais novo. Então eu pensava comigo mesmo que eu precisava escolher bem as palavras para não assusta-lo e conseguir tirar algum proveito daquela conversa que me envolvia cada vez mais.
Eu já não me importava com o avançar das horas. Meu coração e mente só queria aproveitar cada segundo com aquele amigo que fazia meu coração disparar.
De repente, Luciano sacode a blusa e diz:
- Cara, aqui tá muito quente e sem hesitar arranca a camisa que usava, a mesma que a gente se encontrou e fica sem camisa na minha frente. Nossa! Embora a gente já tivesse se visto, estávamos todos de roupa e eu ainda não sabia como ele era.
- Markos, tu não se importa não né!? Disse ele com sorrisinho vergonhoso.
- Claro que não, né! Por que me importaria!? Escrevi respondendo.
- Ah, sei lá! Vai que se incomoda ou fica assustado... Ele continua a me dizer ainda rindo.
Eu, já louco pra falar alguma outra coisa pra esquentar mais o ambiente, respondi:
- tenho três opções: me incomodar, me assustar ou amar.
Ele caiu na gargalhada... riu de uma forma que ainda não tinha visto, ria com vontade e fechava os olhos, de tanto rir.
Nossa! Eu ficava cada vez mais apaixonado por cada pedacinho daquele amigo, apaixonado por cada gesto dele.
- E qual das três opções você escolheu!? Ele me questionando, ainda rindo.
- A terceira. O respondi, querendo colocar mais lenha na fogueirinha que estávamos criando.
- Markos, você está me amando!? Me perguntou com ar de amizade. Ao menos era o que aparentava na sua face.
- Sim... Amo todos os meus amigos! Respondi do generalizando para não me comprometer, embora meu coração quente de paixão me mandasse fazer coisas muito além.
- Aí caramba! Ele sussurrou. Já pensou se a gente se apaixona, cara!? Soltou essa frase rindo e passando as mãos na cabeça e ajeitando o cabelo.
Eu respondi de prontidão:
- Já estou!
Ele olhava para tela do seu computador com cara de espanto. Como quem não acreditasse no que acabara de ler como resposta. Se ajeitava na cadeira, como se todas as posições o incomodasse, coçava o peito, as costas, a cabeça, ajeitava o cabelo... Sua face passou a ter uma expressão que eu não conseguia decifrar. Encolheu a perna esquerda, apoiando-a no assento e abraçou a própria perna na altura do joelho e fitou os olhos na cam. Parecia que estava na minha frente, me olhando.
No mesmo momento, estava eu ali desesperado por ter falado de mais e possivelmente acabar com nossa amizade por conta de uma resposta que dei.
Meu coração nesse momento já estava quase explodindo de tão forte que batia, meu rosto queimava, minhas mãos trêmulas, minha boca ressecada. Acho que até falta de ar estava me dando...
Não passou de 30segundos toda essa sena, mas fiquei tão eufórico que parecia ter passado horas.
- Que merda eu fiz! Pensava eu repetitivamente!
Passando uns segundos ele fala:
- Peraí que preciso beber água.
Levanta ele da cadeira e, para minha surpresa, estava somente de cueca. Eu não sabia! Conversávamos sentados. A cam direcionada para o rosto. Dessa vez ele já estava sem camisa, mostrando suas pintinhas por todo peitoral branco e magrelo demais dele, e agora, descubro que tbm estava sem bermuda.
A Cueca branca, box, de elástico listrado de preto e branco na cintura. Não tinha muita bunda, mas em compensação, marcava a mala dele. Parecia estar meio bomba com toda aquela nossa conversa. As pintinhas no corpo, não eram somente no peito, tinha tbm por toda as costas dele. Acho que esqueceu que estava de cueca... A conversa estava intensa demais para dois jovem, até então, héteros.
Eu paralisado esperando que ele voltasse e brigasse, acabasse com algo que nem começou. O desespero já estava me dominando.
- Merda, merda, merda! Eu acabei com nossa amizade! Pra que que eu respondi isso! Que droga! Era o que eu pensava o tempo inteiro...
Ele voltou.
Nossa! E consegui fitar os olhos de melhor forma. Realmente o pau dele marcava muito na cueca box branca com elástico listrado de preto e branco. Era uma piroca pesada, até as bolas marcavam. No meu pensamento só pensava em ser aquela cueca naquele momento. Ainda bem que eu não tinha cam, pq eu já estava excitado, de pau durão olhando ele. Meu branquelo!
- Cara, tive que tomar uma água. Essa conversa tá me deixando meio esquisito. Disse ele olhando diretamente para cam e parecia me enxergar...
Me fiz de sonso, é claro! E respondi:
- Esquisito pq, gente!?
Ele fala:
- Pra você essa conversa não significa nada!? Já com cara de desapontado. Já que estávamos falando de algo que mexia com nossos sentimentos.
Eu ri ao responder e tbm escrevi:
- Significa mais do que você imagina. Ainda mais agora vendo você quase nu na minha frente, pela cam... e soltei vários hehehehehehe (risos)...
- Caracaaaa... Kinhos, esqueci que estava de cueca. Que vergonha que eu to! E ria com as bochechas mais rodadas do que todas as outras vezes que ficou com vergonha na “minha frente”. Foi tbm a primeira vez que me chamais de “Kinhos”. Achei carinhoso e percebi que o que eu falara antes, não tinha afetado em nada na nossa conversa, pelo contrário, ele parecia estar disposto a continuar até saber tudo o que se passava na minha cabeça em relação a ele e nossa amizade. Afinal, já estava conversando pelo MSN há meses.
Já eram 1h27min da manhã. E nós ali, esquecidos da hora, esquecidos que em poucas horas tínhamos que estar de pé para trabalhar.
Falei da hora para ver qual seria sua reação.
- Lu, já viu a hora!?
- Vi sim. Me respondeu ele. Mas por mim, ficaria até as 05h que é a hora que levanto pra trabalhar...
- NÃO POSSO. TÁ LOUCO! Eu respondi com letras garrafais. - Se minha mãe levanta e me ver aqui, é falação na hora e vai me tirar a internet.
- Então vamos ter que finalizar por aqui!? Me questionou com cara de “cachorrinho que caiu da mudança”.
Fiquei com uma dor no coração e aquela vontade louca de ficar e falar logo que eu estava apaixonado e repondi:
- Mais 20min e saímos, ok!?
- Ok, Kinho. Ele disse. E continuou:
- Então me responde mais uma coisa com sinceridade. Pode ser!? Ele falando comigo.
Aí, meu coração que já tinha acalmado, voltou a disparar, meu pau já subiu na mesma hora e meus pensamentos não paravam de tanto pensar no que ele me perguntaria.
- Ok, fala aí! Estava eu desesperado, mas respondi como quem não estava se importando.
- Que tipo de sentimento você realmente senti por mim!? Mas diz a verdade... sem pensar no que vou achar. Ele me indagou.
Minha boca ressecou na hora. E falei:
- Agora é minha vez de beber água. E levantei... mas ouvindo seu riso no fundo...
Sai eufórico... Sem saber se falava a verdade, que já estava apaixonado por ele ou se deixava tudo meio indeciso para não me comprometer. Engolia a água com tanta pressão que fazia barulho ao passavam pela garganta, e pensava sobre o que dizer... Ao mesmo tempo que eu era ousado no que eu queria, preferia não deixar provas do meu possível erro, caso algo não desse certo. E ali, na conversa por um programa, o que ele questionava não ficava registrado pq mandava áudio, e sua imagem pela cam. Já eu não. Eu tinha que responder escrevendo, me comprometendo...
- Voltei! Escrevi para ele.
- Então não vamos perder tempo e me responde logo. Ele falando comigo como se minha resposta fosse responsável por todo nosso futuro de amizade.
- Não lembro o que me perguntou. Falarei com sarcasmo.
Ele mais uma vez bem direto ao assunto requestionou:
- Que tipo de sentimento você realmente senti por mim!?
Eu com medo, respondi:
- Lu, você é um amigo mais que especial, que tem me feito feliz em ter sua amizade, que tá fazendo um bem a minha vida que nem eu mesmo consigo entender.
Enquanto eu escrevia, via seus olhos expressivos lendo minha resposta e sua face mudando como quem se agradava do que estava lendo. E continuei:
- Tenho muitos amigos, desde a infância, mas você chegou e me fez ter sentimentos guardados sendo revelados. Você me faz rir de forma diferente, me prende com seus assuntos, me faz perceber o quanto é bom viver, que temos que ser mais otimistas nas coisas, e sinceramente, você tá fazendo uma bagunça no meu coração. Não sei mais se o que sinto é somente amizade ou se estou misturando as coisas.
- Aff! Fui sincero demais. Pensei enquanto acabava de escrever e não tinha como voltar atrás. Já havia enviado. O que me consolava era ver que ele lia tudo com um singelo sorriso. O sorriso mais encantador que já tinha visto! Estava completamente apaixonado por ele e, de certa forma ele já sabia... até pq um cara hétero não se deixaria levar um papo desses sem dar um fora e trazer o outro cara para realidade. Assim eu pensava enquanto o via lendo, analisando cada palavra que eu acabara de escrever.
- Nossa, Kinho! Não sabia que estava provocando tudo isso em você. Ele sussurrou, com um tom mais meloso, como se agora ele quisesse cuidar dos meus sentimentos ou respeitando o que eu sentia.
- E vc!? Agora é sua vez! Eu falando com ele.
- Ahhhh... Jura!? Ele falando comigo.
- Não sou bom em palavras como você. Ele completou.
- Para de bobeira e responde logo pq a hora está passando, falei.
E foi lalando:
- Kinhos, só sei que sua amizade tá me fazendo viver como homem que nunca pensei ser, penso nas nossas conversas, penso nas suas trocadilhas, (ele era esperto. Já sabia que eu fazia trocadilhos para não me comprometer). Continuou:
- Fico pensando em voltar a noite só pra falar com você. Ninguém mais importa estar on line, desde que você esteja. Não sei ainda qual o nome do que tô sentindo. Só sei que é muito bom e da medo ao mesmo tempo.
Eu entendia o que ele falava. O medo que ele expressou ter era pq éramos da igreja e, automaticamente, seria algo contra o que aprendemos... e seguiu falando:
- Cara, o que que está acontecendo com a gente!? E riu...
- Já pensou, no que tá acontecendo!? Estamos apaixonados um pelo outro, disse ele.
Eu o olhando na cam, se pudesse atravessar pelo fio, eu chegaria até a ele em milésimos de segundo, só pra senti-lo bem agarradinho de mim e juntos descobrirmos o que esse sentimento era capaz de fazer se ficássemos naquele momento juntos.
- Que loucura! Eu escrevi tentando esfriar o assunto.
Eu o via, com cara de conflito, passando a mão na cabeça, bagunçando o cabelo que sempre fora arrumadinho. Suas expressões já me deixava claro que estava realmente com sentimentos bagunçados e eu do outro lado excitadíssimo, escrevendo no tecladocom uma das mãos e a outra massageando meu pau. Já havia passado de 20min como tínhamos acordado que ficaríamos on line.
Ele então falou:
- Vamos ter que conversar isso pessoalmente. Falou isso sem mesmo me questionar se eu queria conversar. Ele era decidido e dominador e eu, só obedecia... hehehe
- Ótimo! Vamos sim. Só não posso me responsabilizar se eu fizer algo que não esteja planejando, soltei essa e fiquei olhando pra ver qual seria sua reação.
- Kkkkkkkkkk, ria demais e falou: - Tomara que você aguente sua irresponsabilidade caso algo aconteça!
Puttz, fui ao delírio.
-Como assim!? Eu questinei.
Ele levantou por 2 seg mas o suficiente para eu perceber e entender o que me aguardaria pela frente. O Luciano me mostrou que seu pau tbm estava duro. E pelo visto era o dobro do meu. A cueca dela parecia que ia rasgar, era um pau pesado, grande demais que marcava muito... ainda mais na cueca box e branca.
Apertei o pau com tanta força e já estava tão excitado que não aguentei. Meu coração estava acelerado, eu envolvido com toda aquela conversa, vendo que ele estava excitado, com aquela mala maravilhosa, com cara de safado que somente ele sabia fazer, não aguentei e gozei...
Eu sentia os jatos saindo do meu pau e a todo instante, meu peito tremia de tesão, minha garganta com um nó de vontade que gemer bem alto (sem poder), suando como se estivesse praticando o ato, meus olhos fechados por aqueles segundos já imaginando como seria nós dois juntos, boca ressecada, respiração ofegante como se me faltasse o ar, eu me contorcendo todo na cadeira, esticando minhas pernas e contraindo o cu para aproveitar melhor aquela gozada gostosa. E ele do outro lado, sem ao menos imaginar o que estava acontecendo comigo!
- Chega! Falei ao me recuperar após uns 20segundos, depois de me melar todo de porra. Era tanto jato que atravessou minha cueca e a bermuda que eu estava usando, sem contar meu pau e meu saco todo melado de porra.
Ele falou:
- Realmente precisamos ir.
Ele nem imaginava como eu já estava do outro lado. Todo melado.
- Me liga amanhã pra gente conversar durante o dia...
- Com certeza ligarei. Disse ele pra mim.
- Beijos você sabe onde! Eu disse pra ele me despedindo e usando uma figurinha de diabinho.
- Deixa pra me dar esse beijo pessoalmente. Ele respondeu, me surpreendendo.
A voz dele já não era a mesma, sussurrava como se estivesse falando no meu ouvido, falava com voz grossa, voz de tesão. E riu...
Como eu não esperava, só dei um tchau e desligamos.
Aí começou realmente o “problema”. Marcamos um encontro. (parte 3)