Nota1: Como de costume, meus contos podem ser um pouco maiores do que o normal, espero que aproveite.
Nota2: Para aumentar a velocidade de publicação dividirei o conto em partes, não deixa de comentar.
Epilogo
Meu nome é Rafael, sou de SP, 29 anos, um pouco mais alto que a maioria tenho 1,90 metros e não sou nem magro nem gordo, apenas o normal da sociedade.
Eu moro em SP faz alguns anos, vim parar aqui após algumas estadias em outras cidades do Brasil como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador. Minhas viagens sempre renderam certas aventuras, mas esse texto se trata de uma aventura que aconteceu alguns anos após o esperado e com a pessoa que não era esperada, para começar vamos falar um pouco da minha estadia no Rio de Janeiro.
Eu havia recém chegado no Rio para um projeto pontual, estava a serviço da empresa de consultoria e atuaria em um projeto de 6 meses alocado em um cliente, a empresa estava pagando o pacote completo de acomodação em um bom hotel da cidade, logo as noites poderiam ser regadas a diversão e álcool já que eu não precisava me importar em arrumar nada. Lembro de ser recebido no escritório no primeiro dia por Eduardo, um coordenador local, lá dentro uma agradável surpresa me aguardava, uma beleza digna de ser admirada até mesmo por outras mulheres, Soraya.
Obviamente Soraya poderia ser identificada por sua característica mais acentuada, a cor da pele, ela era negra por definição, ainda que eu não detenha as palavras corretas para descrever essa cor, palavras não eram o suficiente para descreve-la, contudo vamos continuar:
Soraya era negra, cerca de 1,70, tinha como penteado naquele momento um cabelo afro de volume médio, olhos negros e um sorriso maravilhoso, talvez se um dia você veja os portões do paraíso se abrindo, você tenha a visão que eu tive naquele momento. Seu corpo era estilo musa, não imaginava que de baixo daquela roupa social estaria uma mulher sarada, mas certamente ela tinha seios e bunda avantajadas. Ela vestia um conjunto social marrom junto ao sapato preto da cor dos seus olhos, aquela mulher sabia de sua beleza e não tinha medo de mostrar isso ao mundo.
Pela descrição acima fica obvio que eu olhei aquela mulher com todo meu desejo, admito que não era costume da minha pessoa encarar uma mulher de certa forma que até poderia ser considerada vulgar pelo tempo e pela força, um detalhe ao termino da minha visão me jogou um balde de água fria e tristeza, enquanto ela vinha em minha direção pude notar a aliança dourada em sua mão esquerda, qualquer um que olha-se para mim teria a clara visão que algo me entristecia.
Soraya: Bem vindo Rafael, prazer Soraya, primeira vez na cidade?
Aquela voz me acordou do pequeno transe em que eu me encontrava naquele momento
Eu: Sim, prazer, primeira vez, nunca estive no Rio antes.
Soraya: seja bem-vindo, espero que goste da cidade, deixa eu te apresentar meu marido.
Aquilo foi o segundo soco no estomago, além de trabalhar com essa mulher vou ter que trabalhar junto ao marido? Vai ser difícil disfarçar o interesse.
Soraya: Carlos, nosso novo amigo chegou, o Rafael vai trabalhar conosco no novo projeto de implantação.
Carlos podia ser chamado de armário facilmente, simpático, mas enorme e quando uma pessoa do meu tamanho chama alguém de enorme é sinal de que a pessoal é enorme mesmo.
Carlos: Bem vindo Rafael, espero que goste do escritório, estávamos esperando por você, seu chefe falou muito bem de você.
Eu: HAHAHA o Jonathan fala bem de todos os seus pupilos, espero poder fazer jus aos elogios dele.
Carlos: Certeza que fará, Jonathan nunca me indicou alguém que eu não gostasse e viesse a admirar o trabalho, tenho certeza que dessa vez não vai ser diferente.
As coisas no Rio andaram bem, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, acabei conhecendo melhor Carlos e Soraya, eles eram um casal lindo de estar perto, provavelmente melhores amigos. Ainda que Soraya fosse uma mulher de todas as formas desejável, minha amizade com seu marido floresceu de uma tal maneira que eu não tentaria algo com ela de forma alguma, nesse período até tive a oportunidade de conhecer sua filha de 13 anos, Amanda. Essa menina como boa filha era espevitada e vivia dando trabalho para os dois, com o tempo começou a me chamar de Tio Rafael.
A convivência com a pirralhinha foi interessante, descobri que Soraya era a mandona da casa, enquanto se dependesse de Carlos a menina certamente colocaria fogo no mundo, como amigo de ambos, porém também adorando uma traquinagem sempre ajudava a pequena em suas brincadeiras e apoiava a bagunça. Certa vez a menina quase se enrascou com a mãe, mas eu e seu pai demos um jeito de acalmar Soraya.
6 meses finalmente se passaram, minha estadia no rio foi proveitosa, fiz grandes amigos, Carlos e Soraya, tive a oportunidades de conhecer outras mulheres, a sexualidade impera naquela cidade, se eu tivesse ficado um ano com certeza ficaria enrascado ou acabaria me relacionamento de forma fixa com alguém de lá, porém uma hora a brincadeira acaba.
Meu telefone toca no domingo, ultimo dia antes de minha viagem na segunda de volta para SP.
Carlos: Fala Rafa, tudo bem com você?
Eu: Tudo bem meu querido e você? Tudo bem ai? Precisa de algo?
Carlos: Você vai embora amanhã não vai?
Eu: Sim, mas não se preocupe, vou no escritório antes dar um abraço em você e em todo mundo, não vou sem dar tchau.
Carlos: Não imaginei diferente meu amigo, mas você precisa vir em casa se despedir da Amanda, ela ficou apegada em você e está triste.
Eu: Passo aí a noite e vamos comer uma pizza que tal?
Carlos: Combinado.
A noite chegou e eu passei na casa do casal para irmos a uma pizzaria que ficava nas redondezas, chegando lá estavam todos bem arrumados, até mesmo Amanda que normalmente dava trabalho para se arrumar estava toda bonita, porém eu como sempre estava largado, social para mim sempre foi um local de diversão e eu não gostava de me arrumar muito para isso.
Amanda: Oi, tio Rafa, gostou da minha roupa nova?
Eu: Vamos ver em quanto tempo você destrói essa roupa hahaha
Soraya: Ela insistiu em se arrumar hoje para se despedir de você.
Carlos: Praticamente me ameaçou para que eu fizesse aquele telefonema!
Eu: Então temos uma pequena tratante aqui? Vamos ver se essa roupa suporta o rodizio de pizza.
A noite foi tranquila, Carlos e Soraya como sempre um casal apaixonado, Amanda estava dando trabalho, talvez por estar triste com minha volta para SP fazia de tudo para chamar minha atenção, a pirralha deu trabalho naquela noite, porém, ao fim me despedi de todos com um forte abraço.
Carlos: Obrigado por tudo irmão, foi bom ter você ao nosso lado.
Eu: Eu que agradeço, foi ótimo fazer parte dessa família por esse tempo, desculpe qualquer coisa.
Soraya: Obrigada meu anjo, foi bom ter você conosco.
Eu: Foi muito bom estar com vocês, se um dia precisar de alguma coisa, qualquer coisa pode me ligar.
Caramba, um abraço foi o mais perto que eu cheguei daqueles seios maravilhosos, mas ainda assim foi alguma coisa.
Amanda: Obrigada por tudo tio, eu te amo.
Eu: Eu também te amo pirralha, qualquer dia desses convence seu pai a ir me visitar.
No dia seguinte me despedi das demais pessoas do escritório e voltei para SP, ainda que tenha ficado apenas 6 meses no Rio, com certeza a cidade tinha deixado boas marcas em mim, um dia eu voltaria para aquela cidade.
A ligação
5 Anos se passaram desde a minha ultima visita ao Rio de Janeiro, infelizmente pela distancia meu contato com Carlos e Soraya diminuíram, porém ainda existia aos finais de ano, como sempre com a promessa da tão aguardada visita, que um dia viria a acontecer.
Estávamos chegando na época das provas de vestibulares, o que para mim seria um período do ano qualquer se meu telefone não tivesse tocado naquele momento.
Eu: Alo?
????: Lembra de mim?
Eu: Hahahah jamais esqueceria essa voz que já me xingou tanto, tudo bem Soraya?
Soraya: Hahahah tudo bem comigo e com você Rafa e você?
Eu: Tudo ótimo, em que devo a tão importante ligação?
Soraya: Fico sem graça, mas estou precisando de um grande favor.
Eu: Até parece, você e o Carlos tem carta branca para pedir qualquer coisa e vocês sabem disso.
Soraya: Então, a Amanda precisa ir para SP e ficar durante uma semana para algumas provas de vestibulares que ela vai fazer. Carlos insiste e não deixar ela em pegar um local qualquer e os hotéis bem conceituados estão todos cheios, lembrei que você mora em uma boa região de SP, talvez caiba uma pentelha a mais aí?
Eu: Ah Soraya deixa disso, claro que sim, você sabe que sempre vou ajudar no que puder, manda a menina vim e ela fica em minha casa, estou com um AP novo que tem um quarto a mais e ela vai ter o canto dela.
Soraya: não sei como agradecer, a menina ainda vai te dar algum trabalho, mas vou mandá-la se comportar.
Eu: Fazemos assim então, você me manda o dia e hora do voo que ela vai chegar e eu a busco no aeroporto, talvez até tire uma semana de folga para acompanhar ela nas compras e assim o Carlos fica mais tranquilo com isso.
Soraya: Você é um anjo, sabia que podia contar com você, eu e o Carlos não sabemos como te agradecer, mas pode ficar tranquilo que daremos um jeito. Mando as informações por whats blz?
Eu: Sem problemas minha querida, vai ser um prazer ficar de olho por uma semana na pentelha para você e ele ficarem em lua de mel novamente.
Soraya: HAHAHAHHA adorei a ideia seu bobo, só não vou dizer que foi ideia sua, quero ficar com os lucros dessa ideia, desligando, beijos.
Após algum tempo eu tinha data e hora da chegada da pentelha, pedi ao meu chefe uma semana de descanso, seria o mínimo a fazer para cuidar da menina, Carlos e Soraya me apoiaram muito na minha estadia Rio e isso seria o mínimo a se fazer.
Chegada a fatídica semana, aluguei um carro para dar uma de motorista da pentelha, ficaria cuidando dela como se deve e evitaria qualquer confusão com isso, se ela continua dando trabalho deixa-la solta em SP pode ser uma péssima ideia.
Chegada ao dia, me dirigi ao aeroporto e acabei chegando cedo demais, a menina ainda demoraria uma hora para chegar, sorte a minha que tinha levado uma folha com seu nome, esperava brincar com a Amanda com isso, porém, acabei deixando o papel na frente dos meus pé no banco, enquanto o tempo passava acabei adormecendo e fui acordado por um leve toque no meu obro, eu deveria estar louco, ela lembrava a mãe, essa menina tinha crescido de mais, estava uma mulher completa.
Amanda: Oi Tio.
E ela pulou no meu colo para me abraçar.
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