AMOR DE IRMÃO - PARTE 2

Um conto erótico de Luigi
Categoria: Gay
Contém 1178 palavras
Data: 14/04/2020 19:33:11

Nos primeiros meses, a adaptação de Gael foi mais complicada. Mudar de casa, de país, mudar de escola, conviver em outra cultura, outro idioma – mesmo falando português de forma razoável -, ter de aceitar as regras de uma outra família, obedecer às ordens de um casal que não eram seus pais realmente era complicado, mas em menos de 1 ano ele já estava mais a vontade, tinha se adaptado a escola, feito novos amigos, conseguindo enxergar a possibilidade de um novo lar na casa da minha mãe. Durante os 2 primeiros anos consegui ir com mais frequência ao Brasil, passando feriados prolongados e férias com ele, inclusive em uma das férias ele passou 15 dias comigo em Nova York, onde eu morava. Isso permitiu uma aproximação muito boa entre nós, mas sempre o enxergava como meu irmão mais novo, alguém que eu acabei omitindo a atenção que deveria ter dado desde quando ele nasceu. Em 2013 entrei em um novo projeto que novamente tomou muito do meu tempo, tornando minhas visitas ao Brasil cada vez mais escassas e em contrapartida, Gael iniciava uma nova rotina de estudos, cursos e atividades que também fizeram com que ele não tivesse disponibilidade de ir me visitar. E assim mais uma vez o tempo passou com nossos contatos tornando-se mais virtual do que pessoal, mas sempre com frequência diária. Sempre conversávamos para contar as novidades, as coisas que nos irritava no cotidiano, os planos, enfim, uma relação bem mais forte como nunca tivemos. O único assunto no qual percebia que ainda existia uma pequena barreira, principalmente da parte dele, era quando tocava no assunto de relacionamentos, ele sempre fugia de uma resposta ou dava alguma bem vaga. Mas buscava respeitar essa timidez dele, dando liberdade para que conversasse comigo quando precisasse, afinal a imagem que guardava de Gael, ainda era daquele menino franzino e passava pela minha cabeça que talvez a timidez dele impedisse que chegasse em alguma menina.

Em 2015 foi o aniversário de 18 anos de Gael, disse para ele que não saberia se seria possível comparecer a comemoração em si, mas que faria o possível para visitá-lo o quanto antes ou daria de presente para ele uma viagem para me encontrar.

- Não esquenta Lui, nos vemos quando for possível – disse ele, podendo notar o tom de decepção na sua voz.

Resolvi então surpreendê-lo, mudei toda minha agenda dos próximos dias, adiantando o que era possível e adiando o restante. Avisei apenas para minha mãe da minha ida e pedi para que não contasse a ninguém, pois queria fazer uma surpresa.

Viajei durante a noite, chegando em São Paulo pela manhã, o dia estava lindo, um calor do qual as vezes sentia falta. Peguei um táxi e segui rumo a casa da minha mãe, que já tinha me informado que não estaria em casa pois tinha uma reunião programada e o Álvaro também estava fora, estando apenas Gale e Chiara em casa, que ela deixaria avisado para a Luzia – uma senhora que considerava como avó, trabalhava com minha família desde que meus pais eram casados e era responsável por gerenciar todo funcionamento da casa. Logo que cheguei, Luzia me recebeu no portão, com um forte abraço e enchendo de beijos. Perguntei como estavam as coisas, trocamos algumas palavras e perguntei onde estavam meus irmãos.

- A Chiara já saiu para escola e o Gael estava com uns amigos na piscina, mas acho que ele está no banho, mas da uma olhada lá no fundo que eu preciso ir à cozinha para ver como estão os preparativos para o almoço. Quando a Giulia pediu para preparar aquela carne recheada que você adora até desconfiei – respondeu Luzia dando risada e indo em direção a cozinha.

Deixei minha mala na sala e segui em direção ao jardim. Notei que havia alguém nadando na piscina, até pensei que era algum amigo de Gael e um belo amigo: não dava para ver muito pois ele estava na água, mas aparentava ter um corpo muito bem definido, sem excessos, o famoso “magro-definido”. Quando ele saiu da água, de costas e sem me notar ainda, pude observar melhor o corpo: aproximadamente 1.74 de altura, pele clara mas com um bronze típico de quem curte uma piscina/praia com frequência, pouquíssimos pelos e uma sunga preta que contorna uma bunda no tamanho ideal. Não pude deixar de imaginar algumas situações com a imagem daquela bela bunda na minha cabeça. Seus cabelos volumosos e com aquela tonalidade não me era estranha. Foi então que o rapaz se virou e quando arregalou aqueles olhos em minha direção, não tive como não reconhecer o verde que hipnotizaria qualquer um: era Gael.

Meu espanto foi tanto que nem percebi quando ele correu em minha direção, dando um abraço tão forte que pude sentir seu coração acelerado, o seu cheiro natural misturado com o do protetor solar e da água da piscina. Demorei alguns segundos para ter qualquer reação, sendo despertado daquele transe apenas quando escutei sua voz chamando meu nome.

- Lui, Lui, está tudo bem? Te machuquei? – ele dizia, parado na minha frente e me encarando com aqueles olhos.

- Não, só fui pego de surpresa com esse abraço de urso! Como você está mudado – respondi, tentando parecer natural, mas minha cabeça viajava em inúmeros pensamentos, dos quais muitos não queria ter.

- Surpresa? Eu que fui pego de surpresa, você disse que não iria vir, o que aconteceu? – seu sorriso era radiante, sua emoção era totalmente verdadeira, o que me fez ter certeza que aquela surpresa era o melhor presente que poderia dar para ele.

- Não é todo dia que seu irmão faz 18 anos, não é mesmo? Não tinha como passar essa data longe de você, remanejei minha agenda e vim voando, literalmente, pra cá – tentava não balbuciar, pois não sabia se encarava seus olhos, dos quais me perdia facilmente em meu raciocínio ou se disfarçava as olhadas indiscretas que lançava em seu corpo.

Não conseguia entender como aquele menino franzino se tornou esse rapaz tão atraente. Mesmo com as redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter), Gael nunca foi muito de postar fotos. Eram raras as imagens que encontrava dele nas redes. Via mais por marcações em fotos com a Chiara, com minha mãe ou em de amigos, mas sempre pouco nítidas ou que impossibilitavam de ver o belo rapaz que ali estava. Até pensei que essa “aversão” poderia ser pelo fato da mãe dele ser fotógrafa e talvez todo esse mundo lembrasse muito ela, o que traria certa tristeza para ele, por isso nunca cobrei fotos ou coisas do tipo. Até mesmo vídeo-chamada era algo raro dele aceitar fazer. Só não entendia qual a razão de esconder tanta beleza.

- Meninos, entrem. Você não quer ir tomar um banho e descansar um pouco Luigui? E Gael, vai se secar, está parecendo um peixe – disse Luzia, me resgatando daquele turbilhão de pensamentos. E esses pensamentos só estavam começando.

CONTINUA...

SEGUE A SEGUNDA PARTE DA HISTÓRIA, PEÇO DESCULPAS SE O INÍCIO FICOU ALONGADO, MAS É NECESSÁRIO PARA EXPLICAR COMO MINHA HISTÓRIA COMEÇOU. ESPERO QUE GOSTEM.

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Comentários

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Muito linda a administração que o gael tem pelo o luig

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o tamanho do texto esta bom assim continue por favor

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Encantado por essa história ❤️

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merece uma cena quente entre os irmão com direito a banho de champanhe

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por favor nao suna e continua logo

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muito bom... ansioso por mais! parabéns pela historia leve de ser contada e um comeco promirssor m

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AH, LUZIA TINHA QUE ESTRAGAR. DEIXA OS DOIS SE CURTIREM. TÁ COMEÇANDO A FICAR MAIS INTERESSANTE. CONTINUE.

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