AMOR DE IRMÃO - PARTE 6

Um conto erótico de Luigi
Categoria: Gay
Contém 2099 palavras
Data: 17/04/2020 21:48:24

Após terminarmos o café, minha mãe saiu para o escritório e avisou que deixaria o carro dela a minha disposição. Falei para Gael se arrumar pois iriamos comprar algumas coisas para a festa dele, encomendar as comidas e bebidas e que queria ir levá-lo para comprar o presente.

Não demorou nem 15 minutos e ele já estava pronto, mais uma vez lindo e cheiroso. Entramos no carro e antes de sairmos liguei para Manoela, que prontamente se dispôs a nos encontrar naquele dia mesmo. Marcamos para a hora do almoço num restaurante.

Saímos de casa em direção a uma confeitaria para encomendar os doces. No caminho, aproveitamos para colocar o assunto em dia, desde que cheguei, não tivemos tempo para conversar a sós.

- Nossa, impressionante como o trânsito nessa cidade piora cada vez mais – eu disse, inconformado como o trânsito parado.

- E é todo dia assim, independente do horário, a tia nem gosta de dirigir muito por causa disso, sai quase sempre com o Tobias – respondeu Gael, referindo-se ao motorista da minha mãe.

- Impressionante, é igual Nova York. Mas me diga, ansioso para atingir a maioridade, virar gente grande? – perguntei, dando uma leve gargalhada.

- Engraçadinho – respondeu, dando risada – já sou grande, não tanto quanto você – realmente, tínhamos quase 10 cm de diferença – mas acho que estou normal, o que pode mudar tanto assim?

- Como nosso pai dizia, já pode ir preso se aprontar algo – respondi, lembrando que nosso pai disse a mesma coisa para mim quando completei 18 anos.

Percebi que fiz um comentário que trouxe a memória dele a lembrança dos pais, o que fez seu rosto mudar de um lindo sorriso, para um ar de tristeza, que incrivelmente também o deixava lindo, tive vontade de abraçá-lo e não soltar mais. Mentira, o desejo mesmo era de beijá-lo.

- Perdão Gael, não queria te deixar triste – falei, colocando minha mão sobre sua perna – falei sem pensar, se a dor para mim já foi grande, imagina para você. Mas saiba que os dois estão unidos, olhando por você e desejando que seja feliz.

- Não tem problema Lui, aprendi a conviver com a dor e agradeço muito ao apoio que sua mãe e o tio Álvaro me deram, sem vocês não sei o que teria feito. Sei que eles estão num bom lugar, só tenho dúvidas se estão orgulhos de mim – respondeu ele, olhando para fora do carro.

- Que bobagem Gael, não consigo enxergar um defeito em ti que pudesse fazer com que eles não se orgulhassem do filho que tiveram. Por que diz isso? – indaguei, tentando entender o porquê daquilo.

- Tem coisas que estão além do nosso querer – respondeu, ainda sem me olhar – meus pensamentos me fazem questionar se estou fazendo o certo.

- Não entendi Gael – questionei, tentando saber ao que ele se referia.

- Nada Lui, vamos deixar isso para lá.

Cada vez mais ficava confuso, será que na cabeça de Gael passavam as mesmas coisas que na minha? Mas como poderia, somos irmãos! Eu só poderia estar doido, não era possível que eu pensasse algo com meu irmão e pior, que ele ainda retribuísse isso.

Tentei tirar aquela ideia da cabeça e puxei outros assuntos triviais com ele. Consegui afastar um pouco dos pensamentos e ele voltou a sorrir novamente. Chegamos até a confeitaria, encomendamos um bolo e alguns outros doces. Por sorte eles tinham ampliado o cardápio e passaram a fornecer salgados também. Fechamos um pacote com toda parte de alimentos. Quando saímos de lá, por já ser quase o horário marcado com a Manoela, seguimos direto para o restaurante. Chegando no local, já avistei ela na porta. Quando me viu, gritou como a doida que sempre foi.

- LUIGI, sumido! Que saudades de ti, mudou para Nova York e esqueceu os reles mortais, não é mesmo? – ela continuava a mesma doida de sempre.

- Eu já te convidei várias vezes para ir lá me visitar e da última vez que estive aqui até te liguei para marcarmos algo, você que não teve tempo de me encontrar, então não reclama menina – respondi, dando risada.

- Nossa, não sabia que podia trazer o parceiro, sempre com bom gosto para escolher namorados e namoradas, não é mesmo Lui – ela disse, olhando para Gael.

Não sabia o que fazer, tive vontade de sair correndo de tanta vergonha. Nunca tinha conversado diretamente com Gael sobre minha sexualidade, apesar de nunca fingir algo. Como já tinha dito anteriormente, ele nunca me deu abertura para falar sobre relacionamentos. Segundo que ela estava confundindo as coisas, achando que ele era meu namorado ou coisa do tipo. Fiquei sem respostas e totalmente vermelho.

- Falei besteira? – ela indagou, vendo minha situação.

- Gael, prazer – ele disse, cumprimentando aquela maluca – sou o irmão do Luigi.

- Que mico! – dessa vez foi Manoela que ficou sem graça – Ele sempre fala de você, mas nunca tinha visto uma foto sua, mil perdões. E como o Lui sempre teve bom gosto, quando vi essa beldade do lado dele, pensei que era...

- Manoela, fica quieta – interrompi antes que ela falasse mais alguma besteira – Sim, ele é meu irmão e te liguei justamente para nos ajudar a organizar o aniversário de 18 anos dele, que será no Sábado, lá em casa.

O transcorrer do almoço foi tranquilo, explicamos para ela o que queríamos, algo bem elaborado, mas simples, apenas para a família e alguns amigos, cerca de 50 pessoas no total. Ela deu algumas ideias e no final do almoço já tínhamos acertado tudo. Apesar do curto prazo, Manoela iria usar seus contatos e experiência na área para acelerar tudo.

- Foi um prazer almoçar com vocês, mais uma vez eu peço desculpas pela gafe, mas é que de longe vocês formam um casal tão lindo – mais uma vez ela fazia questão de me deixar envergonhado

- Manoela, pode fazer um favor de manter sua boca fechada pelo resto da eternidade? – respondi, tentando sair da situação e percebendo que dessa vez Gael também ficou vermelho. Nos despedimos na porta do restaurante e entrei com Gael no carro.

- Perdoe-me pela situação, tenho a impressão de que a Manoela tomava água sanitária quando mais nova, porque só isso para explicar tamanha perturbação – disse, tentando contornar o que tinha acontecido

- Não se preocupe, gostei dela, extrovertida e fala o que pensa – ele respondeu, dando risada.

- Sim, é gente boa, mas tem que aprender a filtrar as coisas que diz – falei, tentando parecer natural

Ele ficou quieto, não me respondeu e preferi não alongar o assunto. Tinha receio do que ele poderia pensar. Seguimos para o shopping onde falei que ele poderia escolher o que quisesse, seria o meu presente para ele. Na realidade já tinha conversado com minha mãe e em conjunto iríamos dar um carro de presente para ele, mas seria uma surpresa a ser entregue no dia da festa, então simulei que iriamos comprar algo ali. De início ele negou, dizendo que não queria nada, que só minha presença nessa semana já seria um presente e que não iria querer mais nada. Insisti bastante até ele aceitar. Ficamos algumas horas no shopping até encontrar algo que ele quisesse, acabou optando por uma jaqueta. Realmente, tinha ficado ainda mais lindo com ela.

Saímos de lá e voltamos para casa, chegando ao anoitecer. Álvaro, Chiara e minha mãe já estavam em casa. Tomei um banho e depois desci para sala, onde ficamos um tempo conversando até o jantar ser servido. Após a refeição, segui para meu quarto, onde peguei no sono rápido. Mais uma vez o sonho se repetiu e novamente acordei com a mesma cena: nosso pai e Ester nos olhando quando íamos dar um beijo.

Levantei e fui tomar um banho, já tinha até desistido de tentar bater uma para relaxar, pois sabia que a imagem de Gael viria novamente na minha cabeça.

Já era Quinta-Feira e o dia transcorrer normalmente, fui com minha mãe até o escritório, visitar alguns conhecidos por lá, depois aproveitei para encontrar alguns amigos. Não tive muito contato com Gael nesse dia. Mais uma noite de sono e novamente o mesmo sonho.

Na Sexta-Feira, véspera da festa, Manoela passou em casa para acertar alguns detalhes e deixar alguns equipamentos que usaria no dia seguinte para decorar o jardim. Estava atarefada e por isso não demorou muito, o que agradeci, assim evitar que ela falasse mais alguma besteira. Aproveite que Gael ainda dormia para despistá-lo e ir até a concessionária, acertar a entrega do carro no dia seguinte.

Voltei para casa e ele já estava na piscina. Era difícil não admirar seu corpo apenas de sunga. Fiquei alguns instantes observando.

- Lui, onde você estava? Acordei e fui até seu quarto, mas a Luzia disse que você já tinha saído – ele disse, mais uma vez, me tirando daquele “transe”.

- Fui resolver algumas pendências que precisava, não quis te acordar – despistei – A água está gostosa?

- Veja você mesmo – disse, já me empurrando para dentro d’água e pulando em seguida.

- GAEL! Você é doido? – meus risos entregavam que não tinha ficado realmente bravo com a atitude dele

- Vamos aproveitar esse dia gostoso, vai lá por uma sunga e volte pra cá – ele falou, me empurrando em direção a borda da piscina.

Fui até o banheiro da piscina e me sequei um pouco, para não molhar a casa toda. Subi para o quarto e coloquei uma sunga, voltando para piscina. Percebi que Gael tentava disfarçar, mas ficava me observando. Pulei novamente na piscina, mergulhando e subindo próximo a ele.

- Pronto, contente? – falei encarando aqueles olhos verdes

- Você não imagina o quanto – ele respondeu, me encarando por alguns segundos, que pareciam eternos, até mergulhar e ir em direção oposta a minha.

Gael parecia um peixe na água, era incrível sua desenvoltura e aquele corpo só de sunga passando de um lado para o outro transforma meu corpo num vulcão. Após nadarmos um pouco, Gael saiu da água e me chamou para deitar próximo a ele numa espreguiçadeira.

Quando sai da água, notei que ele encarava, de forma discreta, minha sunga. Só então percebi que estava começando a ficar excitado. Fingi que não tinha notado, mas coloquei um roupão e fiquei sentado na espreguiçadeira. Ficamos o resto da tarde aproveitando a piscina, até que Chiara, Álvaro e minha mãe chegaram. Na hora do jantar, pedimos uma pizza e ficamos até tarde comendo e conversando.

Quando fui dormir, pedi que aquele sonho não se repetisse. Tive o pedido parcialmente atendido. Dessa vez, estávamos na mesma praia, andando de mãos dadas e na hora do beijo, momento que Ester e nosso pai apareciam, uma brisa leve tocou nossos rostos e finalmente nos beijamos. Estávamos apenas de bermuda, com seu corpo colado ao meu, podia sentir nossos membros endurecendo e enquanto nossas bocas se devoram, como se nossa vida dependesse daquele beijo. Era muita vontade e desejo sendo colocados para fora. Nos deitamos na areia e Gael veio sobre mim, beijando minha boca, enquanto dava leves reboladas no meu pau, já duro que quase rasgava o tecido da bermuda. Ia descendo pelo meu pescoço e tórax, intercalando leves mordidas com beijos quentes. Foi desabotoando minha bermuda, enquanto me encarava com aqueles lindos olhos verdes.

- Lui, Lui – ele repetia meu nome, como se pedisse permissão – Lui, Lui – podia escutar nitidamente sua voz, como se tudo aquilo fosse real, só conseguia soltar gemidos baixos, tamanho era meu desejo – Lui, está tudo bem? Acorda.

A voz dele me chamando não fazia parte do sonho, ele realmente estava ali, me acordando. Quase tive um treco ao abrir os olhos e vê-lo ali, me encarando, da mesma forma que o vi encarando no meu sonho. Notei que estava todo melado, por sorte o duvet cobria qualquer sinal do tesão que estava sentindo com aquele sonho.

- Vim te acordar, você estava soltando uns gemidos – ele riu, sem graça – Levanta, preciso que me ajude, esqueceu que a festa é hoje.

- Bom dia! Claro que não esqueci, já vou me levantar – respondi, esperando que ele saísse do quarto.

Assim que ele saiu, corri para o banheiro e encarei meu próprio rosto no espelho. Eu precisava dar um jeito naquilo, aquele sonho era um sinal de que estava perdendo o controle em relação aos meus desejos. Mal sabia que o sonho não era nada perto do que ocorreria no decorrer da festa.

CONTINUA...

MEUS QUERIDOS, AGRADEÇO IMENSAMENTE POR TODO FEEDBACK. PEÇO DESCULPAS PELOS TEXTOS MENORES PUBLICADOS ATÉ AQUI, TENTO DIVIDIR TUDO QUE ACONTECEU DE FORMA QUE NÃO FIQUE TÃO CANSATIVO PARA VOCÊ LEREM. MAS A PARTIR DESSA PARTE, COM O DESENROLAR DOS DESEJOS, OS TEXTOS FICARAM MAIORES. PEÇO QUE TENHAM PACIÊNCIA E CONTINUEM ACOMPANHANDO E COMENTANDO. MUITO OBRIGADO A TODOS, ATÉ A PRÓXIMA PARTE.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 36 estrelas.
Incentive Luigi Lui a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Continue está muito bom, envolvente e muito bem de escrito

0 0
Foto de perfil genérica

Continue assim nesse mesmo jeito que esta encantando.

0 0
Foto de perfil genérica

O conto esta envolvente, suave e sensual, uma leitura leve com personagem bem construído.

0 0
Foto de perfil genérica

o desejo aaflora na medida que a confiança aparece.

0 0
Foto de perfil genérica

ESTÃO PERFEITOS. ASSIM DEIXA UM GOSTO DE QUERO MAIS. GAEL PRECISA SE SOLTAR MAIS E DESABAFAR COM LUI. LUI PRECISA TRANSMITIR SEGURANÇA E COMPREENSÃO COM GAEL. ISSO É UMA TROCA. PARECE QUE OS DOIS NÃO FALAM AQUILO QUE ESTÁ IMPLÍCITO. FICAM JOGANDO INDIRETAS UM PRO OUTRO. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS MEIO JUVENIL DEMAIS ISSO. SE BEM QUE GAEL ESTÁ SAINDO DA ADOLESC~ENCIA PRATICAMENTE AGORA. MAS ESTÁ SE TORNANDO UM HOMEM. TEM QUE SE PORTAR COMO UM. PARABÉNS E CONTINUE ... MANOELA DEU UM FORA GIGANTESCO, MAS GAEL NÃO DISSE ABSOLUTAMENTE NADA. SERÁ QUE ELE CONCORDOU COM MANOELA? RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

0 0
Foto de perfil genérica

Ótimo. Ansioso pelos capítulos maiores...

0 0