Nos episódios anteriores...
Nome: Bruno
Profissão: Prostituto
Após o retorno do grande amor da minha vida que hoje namora minha irmã, acabamos dormindo juntos na chácara da família após ele revelar toda sua história de infância que envolve o assassinato de uma travesti e o suicídio do seu melhor amigo.
Menino de Rua 1x05...
Episódio: A porta estava aberta?
Quando todos se sentaram para comer algo, meus pensamentos não conseguiam assimilar as piadas do meu pai, as mensagens positivas da minha irmã, os olhares trocados entre Rodrigo e Amanda, ou até mesmo o jeito grosso que Enrique mastigava o pão com a mão na cabeça. Eu não conseguia lembrar se havia deixado a porta do quarto aberta, mas lembrava da história que Enrique me contara. Quando percebi que toda família tinha chegado, corri para o meu quarto para me vestir como se nada tivesse acontecido, como se eu não tivesse dormido ao lado do meu amor, do amor da minha irmã, completamente pelado.
- E então, Rique? O Bruninho foi uma boa companhia essa noite ou encheu o saco? - A pergunta de Lia me assustou no início, maldita culpa no cartório. Preferia está nos meus programas do que ali na mesa com todos eles. Enrique olhou nos meus olhos pela primeira vez naquela manhã.
- Foi ótimo!!! - Ele falou dando um sorriso para mim e segurando a mão da namorada dele... Lembrei daquele mesmo toque em mim na noite anterior.
- Pelo visto, ficaram enchendo a cara e não deu uma ajeitada na casa - Falou Rodrigo observando as coisas ao redor.
- Irei falar com o Sr. Raimundo depois, a tarefa de manter tudo limpo era dele - Disse minha mãe, enquanto o pai observava a mim e ao Enrique.
O dia transcorreu sossegado para todos, menos para mim, tentava ao máximo lembrar se eu havia fechado a porta, mas se alguém tivesse entrado com toda certeza a paz não estaria reinando como agora, não estariam todos tomando banho de piscina.
- Vai botar a sunga, primão - disse Rodrigo passando de sunga preta pela sala. Olhei rápido seu corpo, quando Enrique sentou ao meu lado do sofá.
- Sua irmã demora até para colocar um biquíni.
- Enrique, precisamos falar sobre ontem. - Eu disse puxando uma coragem dentro de mim, ao mesmo tempo que resisti em beijar aquele homem do meu lado, o joelho quase encostando no meu.
- Bruno, eu não deveria ter contado tudo que falei ontem, eu estava vulnerável.
- Nós dormimos juntos, Enrique. Eu não posso fazer isso com minha irmã, não posso fazer isso comigo. Você não pode fazer isso conosco, mostre para mim que você quer que nossa história seja diferente como disse ontem. - Enrique levantou sem me olhar e saiu da casa, Lia apareceu radiante logo após e sentou onde ele estava sentado.
- Não vai para piscina, irmão? - Ela pegou em minha mão.
- Não estou no clima, estou com dor de cabeça de ontem ainda. Bebemos demais - Contei uma meia verdade.
- Fico feliz que vocês se dão bem, o que seria de mim se meu maninho e meu futuro marido não se dessem bem, hein? - Ela falou acariciando minha mão. Engoli em seco olhando seu rosto.
- Já está pensando em casamento?
- Não posso deixar de pensar não é? E você Bruno? Como está em casa? A Relação com o pai? Bruno, você sabe que pode contar comigo se quiser fazer algum curso, alguma coisa. Sei que esse momento de seguir uma carreira é difícil na sua idade, sei o medo que surge em tomar decisões, mas elas tem que surgir uma hora. - Eu não gostava daquele assunto, no meu futuro, naquele momento, só enxergava um caminho: morto em algum barranco depois de ter dado para algum traficante enquanto ainda pensava em Enrique. Era a única visão que eu poderia ter de mim.
- Eu sei que posso contar com você, ao contrário do pai que só faz me colocar para baixo - Eu disse quando o Enrique retornou para buscar a Lia sem me olhar nos olhos.
- Vamos? Estão todos lá na piscina - Ele disse.
- Vá colocar uma sunga e venha também, meu amor - Lia disse se levantando e dando um beijo na minha testa. Fechei os olhos, Mas poderia sentir o olhar de Enrique para mim.
*
2011
Era passeio da escola comemorando o dia das crianças, todos os anos íamos para uma Fazenda próxima a cidade, era basicamente uma pousada com piscina e charretes. Foi a primeira vez que tinha visto ele de sunga, era diferente das vezes que ele ficava pelado no meu quarto com aquele pau delicioso apontado para mim louco para ser mamado. Apreciar ele de sunga era mais íntimo do que aqueles momentos pelados.
Eu estava mergulhando quando levante e me bati de frente pra ele na água, ele sorriu passando a mão rapidamente na minha bunda. Olhei ao redor com medo de alguém ter visto, ele riu e passou o resto do passeio sem me olhar de novo.
*
2018
Foi com sonho ou lembrança que acordei durante a madrugada. Dessa vez eu estava na minha cama, pelo silêncio da casa todos já deveriam ter ido dormir, provavelmente bêbados. Peguei meu celular e fui olhar as fotos salvas na nuvem da época de escola, lá estávamos naquele dia do passeio. Lembro que na hora de ir embora, todos os meninos foram trocar de roupa no banheiro. Eu, com medo, fui pra trás da pousada, retirei a sunga e vesti uma cueca seca, não poderia correr o risco de ficar excitado olhando os meninos pelados, principalmente o Enrique. Mas para minha surpresa ele apareceu onde eu estava.
*
2011
Eu estava vestindo a camisa quando senti aquela mão por trás me agarrando, o beijo no pescoço fazendo eu me derreter mais uma vez. O pau dele roçava em minha bunda.
- Posso pagar depois? - Ele perguntou.
- Tá louco? Aqui não - Falei olhando para os lados e para cima. Enquanto ele colocava minha mão dentro de sua cueca, senti a cabeça do pau dele bem meladinho.
- Uma punheta rápida, nem precisa tirar a roupa. Eu pago depois - Ele disse mordendo os lábios e encostando na parede do casarão da fazenda.
Fiquei perto dele, abraçando para sentir seu cheiro ainda confundido com o cloro da piscina. Os gemidos no meu ouvido era o combustível para que minha mão apertasse aquele pau e batesse uma até que sua porra jorrou melando a cueca dele e a minha mão. Retirei e ele saiu correndo me deixando com a mão toda melada, não tive escolha a não ser sentir seu sabor, levando meus dedos até a minha boca e limpando cada gota que o meu homem havia deixado em meus dedos. Seria porra de macho o único anel de noivado que eu teria em toda minha vida?
*
2018
Eu estava lembrando daquilo com os dedos em minha boca. As lágrimas escorrendo em meu rosto, a falta de ter Enrique dormindo ali comigo se misturava a dor do corpo daquela travesti que ele assistíra o pai matar e agora isso o fazia ficar distante da minha cama.
Me virei para olhar a noite pela janela e devo ter adormecido novamente, pois não me dei conta da porta do meu quarto abrindo, só senti a cama movimentar com a aproximação de outro corpo, eu sorri me sentindo culpado por saber que ele largou minha irmã dormindo para vim deitar ao meu lado. Percebi ele retirar a roupa e aproximar o corpo do meu, no entanto não era o cheiro dele que eu sentia, não era o som do coração dele que eu escutava.
Eu estava prestes a me virar para vê quem era, quando a mão entrou apalpando minha bunda e roçando o pau ereto sobre mim, aproximando o rosto meio barbudo em meu ouvido.
- Se o seu cunhado pode comer seu cuzinho, você não vai negar uma foda com seu primão aqui - Então eu estava certo, alguém tinha entrado no quarto pela manhã e esse alguém era meu primo Rodrigo.
Continua...
Estou de volta pessoal, passei por alguns problemas familiares muito fortes e não estava bem de saúde mental,mas agora estou de volta e postei esse capítulo curto para vê se ainda tem leitores dispostos acompanhar essas história. Peço desculpas sobre meu sumiço, e espero que vocês leitores ainda estejam por aqui.
Até o próximo capítulo!!!
:-)