Pois é, minha vida não foi boa, não posso mudar isso. Infelizmente, ainda vivo os fantasmas disso tudo.
No outro dia eu acordei todo dolorido, o castigo foi dobro, Meu querido irmão nunca teve pena de mim parecia que ele tinha ódio de mim, a raiva era muita, nunca entendi de fato a raiva dele nunca quis entender. Fui até o banheiro tomei medicamento para dor, voltei pra cama, lembrei do meu celular, mas quando procurei na cama não estava fui atrás no bolso da minha calça também não estava, eu não acreditava que eu tinha perdido meu celular, sentei na cama fiquei pensando, Bruno não saia da minha cabeça, foi eu lembrar dele que minhas lágrimas começaram cair, as marcas nos meus braços doíam, mas não me importava muito.
Fiquei algum tempo na minha cama, fui até o banheiro tomei banho me troquei e fui comer alguma coisa, já eram 10 horas da manhã, minha mãe estava sentada na cadeira na mesa da sala de janta, ela estava lendo um livro, meu irmão não estava mais em casa, até que observei que meu celular estava na na mesa na frente dela, nossa que fiquei com medo, se ele tivesse me ligado, ele tivesse lido alguma mensagem ou coisa do tipo.
Eu - bença mãe?
Mãe - Deus abençoe!
Fui andando até a cozinha, peguei alguma coisa pra eu comer, me sentei na mesa pra comer, já estava começando a comer.
Mãe - Quem e Bruno ?Bateu um frio na barriga.
Eu - senhora ?
Mãe - quem e Bruno, Fernando?
Silêncio… ela me olhava
Eu - um amigo. - falei abafado
Mãe - amigo… bem enquanto você está dormindo ele, agora pela manhã ele ligou, disse querer falar com você, pela ansiedade na suas voz o assunto parecia ser importante.
Eu - ele disse mais alguma coisa ? - falei de cabeça baixa.
Mãe - olhe para mim Fernando, não gosto quando você está assim
Logo levantei a cabeça
Mãe - ele disse que quer muito falar com você, e que você retorne o mais rápido possível
Filho da puta ainda tava atrás de mim
Mãe - Ele e seu amigo mesmo?
Eu - não mãe
Mãe - pela urgência que havia na sua voz, ele parecia bem preocupado com você Fernando.
Eu - ele e amigo de um amigo, conheci ele por acaso mãe, não tenho muito intimidade com ele.
Mãe - compreendo.
Mãe se levanta da mesa, deixa o celular na minha frente na mesa, meu celular tinha senha, ela não tinha visto nada. Mãe foi para seu quarto, as dores estavam de volta, fui até a cozinha adiantei o almoço. O dia seguiu normal, tomei mais medicamento para passar as dores fiquei encaram meu celular, tinha várias mensagens, ligações dele, mensagem pedindo desculpas, que tinha sido tudo um engano, que tinha entendido tudo errado, que tinha me precipitado, que ele queria se explicar essa coisas, apaguei todas a mensagem dele dele.
Cris - tudo bem ?
Eu - mais ou menos, estou muito triste, sabe…
Cris - Bruno não foi legal contigo, atitude dele foi péssima
Eu - horrível… vou sobreviver!
Cris - vai sim, ele foi atrás de ti ?
Eu - ligou várias vezes, mandou mensagem, mas não respondi! Não quero falar com ele
Cris - estranho…
Eu - o que é estranho?
Cris - às atitudes de Bruno, sei lá, ele parecia que gostava tanto de ti, e do nada faz isso…
Eu - acho que eu era o passatempo dele
Cris - também… vamos nos ver hoje ? Tu pode ficar só, conversa um pouco.
Eu queria ir, mas eu não podia sair de casa, até minha mãe liberar e tinham marcas no meus braços
Eu - poxa mana, deixa pra outro dias. Eu tô bem!
Mentira minha, eu tava na merda…
Conversei mais um pouco com Cris, ela estava bem preocupado comigo ela é uma boa amiga, de vez em quando o Bruno me ligava ou mandava mensagem, eu rejeitava as ligações e mensagem, até que tive que desligar meu celular
No outro dia, minha mãe me acordou cedo, para eu ir pra igreja com ela, ela mandou eu colocar uma camisa de manga para cobrir as marcas no meu braço, chegamos na igreja meu irmão estava lá com a família dele, mamãe foi sentar perto deles, as cadeiras do lado dele já estavam ocupadas sentei mais distante deles onde tinha algumas cadeiras vazias, o culto começou, como todas as igrejas aquele sentar e levantar eu permaneci sentado de cabeça baixa, pelo menos lá mamãe não implicava comigo! Meus pensamentos estavam distante, enquanto eu tava de cabeça baixa, o pessoal cantando as alturas, observei que um homem se sentou do meu lado. Quando eu olhei pro lado Bruno estava sentado do meu lado olhando para frente.
Eu - o que você está fazendo aqui? - perguntei espantado.
Ele continuou olhando para frente.
Eu - tu e louco cara!
Bruno - e tu deveria está orando, em vez de está atrapalhando minha oração! - Bruno falou sério
Olhei para frente.
O culto seguia, Bruno prestava atenção no sermão, eu estava encabulado com ele aí do meu lado.
Eu - não sabia que você era religioso
Bruno - vim orar, rezar sei lá oque vcs fazem aqui, mas vim pedir perdão dos meus pecados.
Eu - ah, sim.
Continuei olhando a pregação.
Bruno - na realidade eu vi atrás de ti, quero muito falar contigo!
Eu - sabia, não tenho pra falar contigo Bruno.
Bruno - Nando, foi tudo um mal entendido.
Eu - chega Bruno, estamos no meio da pregação!
Bruno - que se dane essa pregação!
Eu - tu ficou louco cara, tu está dentro de uma igreja.
Lembro que nesse momento, uma mulher veio até nós pedir que ele falasse mais baixo ou se retirasse. Ele não gostou nada, achei bem engraçado a cara dele levando ralho de uma senhora. Kk
O pastor tinha terminado a pregação, todos levantaram eu e Bruno também, ele começou a cantar e orar, lembro que ele pediu para as pessoas darem as mãos, então eu segurei a mão de Bruno, ele se espantou com a minha atitude. O pastor pediu para todos fecharem os olhos e começou a orar, fiz oque ele mandou e orei também, senti Bruno levantando minha mão e senti ele beijando ela, eu abri meu olhos, olhando pra ele, ele veio até meu ouvido
“Eu te amo moleque” falou baixinho
Eu fiquei olhando pra ele, já estava no final oração, ele foi se distanciando de mim, ele apertou minha mão e me olhou no olhos, na hora eu fiquei com medo dele querer me beijar lá dentro da igreja, mas ele não fez. O pastor terminou a oração, todos aplaudiram e ele terminou o culto. Fui saindo da cadeira para ir até minha mãe ele me segurou.
Bruno - vamos conversar.
Eu - agora não bruno, minha família tá aqui dentro, me solta pfvr!
Logo ele soltou, fui até minha mãe, tava meu irmão e a mulher dele conversando, eles estavam falando sobre o culto de como tinha sido bom, eu acompanhando a conversa deles, quando vi Bruno se aproximando, se aproximando, ele vinha na nossa direção sorrindo, eu balançava a cabeça em sinal de negativo
Bruno era muito cínico, demais mesmo!
Ele chegou perto da gente, minha mãe ainda tava distraída conversando, eu passando mal, querendo morrer.
Bruno - Bom dia
Quando eu falo, deu aquele arrepio. Minha mãe olha pra ele, meu irmão também.
Mamãe - bom dia, posso ajudá-lo?
Minha respiração está muito ofegante, eu tava pensando mal já.
Bruno estendeu a mão pra minha mãe em seguida para meu irmão, comprimentados.
Bruno - Oi Fernando - ele estendeu a mão para mim e sorriu.
Eu paralisei!
Mamãe - não vai comprimenta-lo filho ?
Eu ainda em estátua
Mamãe - Fernando?
Eu - sim mãe, oi. - apertei a mão dele.
Meu irmão - pq estas nervosos Fernando?
Eu - eeeu, eu não estou nervoso.
Irmão - aparentemente sim
Mãe - realmente Fernando, vc parece está bem nervoso.
Eu - não mãe, estou bem.
Mãe - Entendo. pois bem rapaz o que deseja? - mamãe olha pra Bruno.
Bruno - bem, eu sou amigo do Fernando, pra ele tinha avisado vocês que eu viria visita a igreja de vcs.
Mamãe - amigo do Fernando? - mamãe olhava pra mim - ele nunca me falou de vc.
Eu tava pra cair a qualquer momento.
Bruno - ele deve ter esquecido, Nando vive com a cabeça cheia de coisa, atividade do curso e do colégio, talvez ele tenha se esquecido né Nando ?
Ele me olhava - sim mãe, eeeeu, eu, eu acabei esquecendo de avisar
Mamãe - Nando? Nunca ouvi ninguém te chamando assim
Bruno - apelido entre os amigos - ele sorriu.
Eu - eeeee mãããe, pessoal me chama assim.
Mamãe - nossa você está praticamente gago.
Não sabia o que Bruno pretendia com aquele atitude, mas ele tava se dando bem com minha mãe, já meu irmão sempre olhava com olhar desconfiado. Bruno conseguiu arrancar uma boa com minha mãe, já estávamos saindo da igreja, já na calçada.
Bruno - Dona Lúcia, bem gostaria de convidar o Fernando para almoçar, se a senhora permitir é claro.
Mamãe - bom eu acho…
Não deixei ela terminar
Eu - não mãe! Não quero ir!
Mamãe me olhou espantada - nossa, mais que desfeita Fernando.
Bruno me olhava sério.
Mãe - se você não quer ir….
Bruno - vamos Nando, vai ser legal
Eu - não, obrigado!
Bruno - poxa…
Mãe - Fernando não faça essa desfeita com rapaz
Eu - mãe quero ir para casa, vamos.
Bruno mais uma vez
Bruno - vamos Nando, assim eu não almoço só
Eu já estava olhando com ódio pra ele.
Mamãe - Fernando vá com ele!
Eu - mãe eu…
Mãe - Fernando ? - ela me olha
Eu já sabia que não podia discordar dela
Mãe - vá Fernando, ass vc faz companhia para seu amigo, assim ele não come só.
Só fiz concorda com a cabeça.
Mãe - vou para casa de seu irmão, não chegue tarde!
Bruno - não se preocupe, levo ele em casa!
Mãe - obrigado Bruno, você parece ser um rapaz muito gentil
Eu tava explodindo de raiva por dentro.
Mãe - já vou indo, Fernando?
Eu - bença mãe ?
Mãe - Deus abençoe!
Ele foi andando até meu irmão, eu fui até o carro do Bruno em silêncio, Bruno destravou o carro e entramos. Ficamos em silêncio.
Bruno - uma pessoa que tu obedece e tua mãe.
Eu Virei meu rosto pra ele
Eu - oque você comigo ?
Bruno - temos que conversar Fernando.
Eu - pra que ?
Bruno - eu tenho que te explicar muitas coisa cara, mas tu não deixa!
Eu - explicar?
Bruno - sim Fernando! Tu não deixa eu chegar perto de ti nem falar contigo.
Eu - eu vi tudo naquele dia
Bruno - você não viu nada, deixa eu te explicar cara, deixa eu te contar toda a história!
Continua…