Fala, galera! Então, primeira vez que eu estou escrevendo algo aqui. Vou contar minha história. Ela é até cheia de clichês, mas é vida real. Infelizmente, não esperem um final feliz. Tudo é real. Se gostarem, comentem. Não sei muito bem como escreve um conto, então se vocês não gostarem, não tem pq continuar. Como é a minha história, vou tentar colocar o máximo de detalhes possível. Vamos lá?
Então, eu me chamo João Victor e tenho 20 anos. Muita gente me chama só de Victor ou Victinho. Sou moreno claro, cabelo preto liso, barba cheia e bonita, 1,80, 70kg. Nunca gostei de malhar, mas jogo bastante futebol, então tenho um corpo legal, definido. Muitos amigos falam que pareço com o ator Rodrigo Simas. Sou bonito mesmo e faço sucesso com a mulherada. Venho de uma família de classe média alta. Sempre tive tudo que precisei. Viagens, carro, escolas boas, roupas dahora... e essa história começa quando eu entrei na universidade, em 2018, com 18 anos. Sou hétero (ou era, até a faculdade), fã de mina gostosa mesmo. Tinha terminado um namoro com a Maria (gravem esse nome) um pouco antes do terceiro ano, para dedicar aos estudos. Mas continuei saindo com as mina gata do colégio mesmo durante o ano do vestibular.
Meu sonho sempre foi fazer Direito, me tornar um grande juiz. A universidade que eu queria era em outro estado, muito concorrida, e na época tinha nota de corte de 780 pontos (para quem já fez enem, sabe que essa é uma nota muito alta, dando até para comparar com Medicina). Então, no meu ano do 3º ano, que foi em 2017, abdiquei de tudo e só estudei. Escola de manhã, pré-vestibular a tarde e reforço de matérias isoladas a noite. Fins de semana: estudo e resolução de questões. Minha família tinha condições de garantir estudo e materiais da melhor qualidade para mim. Foi bastante árduo, mas, no fim do ano fiz o ENEM e me senti confiante.
No início de 2018, veio o resultado. Abri o site do SISU e tcharan: aprovado na universidade e no curso que eu queria!
-Temos que providenciar logo um apartamento na sua nova cidade. Quer morar só ou arranjar alguém para dividir? - dizia minha mãe, empolgada.
-Nesse início, prefiro ficar só. Acho melhor, né? - Falei com um sorriso de orelha a orelha, sem acreditar ainda no que estava acontecendo.
Aos poucos a ficha foi caindo e uns 2 meses depois eu já estava de mudança, as aulas iriam começar! Esse processo de mudança não é fácil. O novo assusta bastante. E também tem o fato de que ia ter que ficar longe de meus amigos, familiares. Mas, sabe quando você quer muito uma coisa? Então! Eu, apesar de um pouco assustado com a mudança, queria muito aquilo. Então eu estava muito mais empolgado e entusiasmado do que com medo.
A mudança aconteceu. As aulas começaram e eu estava gostando muito mesmo. Morar só é libertador. Fiz logo um grupo de amigos (Eu, Gustavo, Pedro, Jéssica, Mariana e Ellen) e éramos inseparáveis. É muito engraçado pq era todo mundo de outros estados, então a gente meio que virou uma família. Fazíamos tudo juntos. Desde as aulas, até almoços na casa um do outro, estudos em grupo, idas à praia... muito legal essa amizade que fiz. Eu e Mariana tínhamos carro, então ficava tudo mais tranquilo para fazermos os rolês. Aos longo da história, vocês conhecem melhor os meus amigos.
O primeiro semestre foi passando. A Universidade era bem puxada, o ritmo de estudo foi pesado. Mas isso não me impediu de viver a Universidade. Entrei logo na Atlética (que promove festas e competições esportivas no âmbito universitário), ia jogar futebol e representar meu curso. Entrei também no Diretório Acadêmico, instituição que representa os estudantes na universidade. Senti falta de uma Empresa Júnior, que geralmente existe nos cursos, como oportunidade de estágio aos estudantes. Apesar de sermos uma universidade de excelência, concorridíssima, a Empresa Júnior estava desativada. Ao fim do primeiro semestre, me sentia em casa. Fazia parte de projetos legais, tinha ótimos amigos, fazia sucesso com a mulherada. Fiquei com inúmeras ao longo do semestre. Tirei boas notas e finalmente o semestre acabou. Como 6 meses passaram rápido! Nas férias do meio do ano, fui para casa passar com minha família e amigos.
Ainda nas férias, antes do segundo semestre começar, estava na minha cidade natal e, recebi uma mensagem no grupo do Diretório Académico, do qual eu fazia parte. A mensagem perguntava quem poderia fazer a recepção dos calouros naquele semestre. Minha Universidade tem tradição de receber bem os calouros. Além do trote solidário (nada pesado e vexatório), tem café da manhã de recepção, festa de integração, momentos de explicação sobre o curso, etc. Não falei no início, fui muito bem recebido pelos meus veteranos.
Como eu tinha sido calouro a pouco tempo, me disponibilizei para ficar responsável nesse semestre pela recepção de calouros. Logo, meu colega me passou uns contatos de alguns calouros, para eu criar um grupo com eles. Criei um grupo e mandei a seguinte mensagem:
“Olá, pessoal! Sou o Victor e sou veterano direto de vocês no curso de Direito. Criei esse grupo aqui para ajudar vocês nos momentos iniciais. Qualquer dúvida, só falar! Tamo junto, vai ser dahora!”
Nesse momento, resolvi dar uma olhada nos membros do grupo. Vai que tinha uma caloura gata, né? Fiquei olhando a lista e achei umas meninas bem bonitas. Já ia atacar na primeira festa. Mas, pela primeira vez na vida, um cara me chamou atenção. “Caio Magalhães Calouro” era como o contato tava salvo. Olhei a foto dele e senti uma parada estranha. Ele era MUITO bonito. A foto era só de rosto, então resolvi tentar achar ele no Instagram. Nem sei pq tava fazendo aquilo, mas só fiz.
Fui no Instagram e com um pouco de pesquisa o achei. O perfil dele era aberto e logo fui olhar as fotos. Branco, alto, cabelo mais preto que o meu, barba desenhada, tatuagem em em um braço inteiro, malhado, mas nada excessivo. Macho mesmo. Cara de homem. Jogava vôlei de praia. Deus grego. Não sei explicar, mas sabe quando a parada bate só de olhar a foto? Fui vendo mais fotos e vi que ele namorava uma loirinha linda. A mais de 7 anos. Ele parecia ser mais velho que eu, devia ter uns 22. Fiquei triste por saber que ele namorava, mas deixei para lá. Devia ser coisa da minha cabeça.
Mais algumas semanas se passaram e a hora de voltar a estudar chegou. Meus pais me levaram ao aeroporto e fui para a cidade em que estudava. Cheguei la, era domingo meio dia. Comi algo no aeroporto mesmo e fui para o meu apê. Afinal, aquele dia seria de faxina. O apartamento passou as férias toda fechado, então estava precisando de uma faxina.
Lá para as 16h, eu no meio da faxina, escuto o celular apitar. Era uma notificação de mensagem. Quando peguei para olhar tinha assim no whats: 3 novas mensagens de “Caio Magalhães Calouro”. O coração bateu mais forte. Continuava sem entender o que eu estava sentido. Até hoje não sei explicar, na verdade. Corri para ver as mensagens e tinha assim:
Caio Calouro: Olá Victor
Caio Calouro: Aqui é o Caio, seu calouro
Caio Calouro: Você falou no grupo que podia ajudar nós, calouros... preciso de uma ajuda. Quero uma cerveja gelada. Topa me apresentar um bar nessa cidade e tomar uma breja comigo, mano?
Gelei. Ele tava me chamando para sair. Claro que na parceria. Fiquei sem reação. Ele mexia comigo de uma forma estranha. Mesmo sem eu conhecer ele. Mas, naquele dia eu não tinha mesmo como sair. Tinha que arrumar o apartamento, tava uma zona e as aulas já começavam no dia seguinte. Expliquei isso para ele, pedi desculpas e combinamos de sair na quarta. Era domingo ainda. Continuei arrumando o apartamento, acabei lá para as 21h. Fiz um macarrão, comi, e tomei um banho. Lá para as 22h deitei na cama, peguei o celular. Na hora, chegou mais uma mensagem de Caio, meu calouro. Percebi que ele tinha mudado a foto do perfil. Agora estava uma foto dele beijando a namorada gata numa praia.
Caio Calouro: E aí mano
Caio Calouro: Nessa faculdade tem mulher bonita? Você tem que me apresentar
Achei estranho, ele tinha namorada. Mas isso rola entre os homens né. Segui conversando com ele, trocamos bastante ideia. Do nada, ele me manda uma mensagem assim:
Caio Calouro: e você? ficando com alguém? gostando de alguém?
O que ele queria com aquilo?
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E aí, me conteeeem? Gostaram? Não tenho noção nenhuma se tá bom! Comentem, votem! Continuo ou não?