Passei a noite tentando compreender a reação do meu Tio Joaquim, sem entender. Por que ficou tão nervoso por eu ter passado a tarde na rua? Cheguei à conclusão que não poderia deixar isto continuar acontecendo e, se ele estiver mais calmo hoje, vou chamá-lo para uma conversa.
Tomamos o café em silêncio e fomos para a faculdade ainda um pouco distantes até que ele falou: você vai ter aula na autoescola hoje?
⁃ Não, vou direto para o apartamento depois da aula. Voltou o silêncio constrangedor e eu saí do carro sem me despedir.
Voltei diretamente para o apartamento, preparei um sanduíche, dei uma cochilada, estudei um pouco e fui olhar a dispensa para decidir o que fazer para o jantar, decidi por escalope ao molho madeira, com arroz e purê de batatas. Meu tio chegou e foi até a cozinha para me cumprimentar num tom de reconciliação:
⁃ Boa noite, Tavito! Que cheiro bom! Já percebi que gosta de cozinhar...
⁃ Boa noite, Quim! Sempre gostei! Como diz o dito popular, quem gosta de comer, gosta de cozinhar. Sabe, eu ficava o tempo todo na cozinha ajudando minha mãe e fui aprendendo. Mas vá se lavar! Daqui há pouco te chamo pois está quase pronto! Ele saiu e pensei: “ele está com um humor melhor, depois do jantar, falo com ele”.
Terminei o jantar, arrumei a mesa e fui chamá-lo. Para minha surpresa, ele saiu do me quarto, dizendo:
⁃ Estava procurando uma tesoura, mas não achei. Disse num tom tremido e com uma expressão de susto por ter sido surpreendido. Eu fui até a gaveta da escrivaninha, abri e peguei a tesoura que estava por cima de tudo, bem visível, e lhe entreguei.
⁃ Nossa! Disse ele. - Estou ficando cego mesmo, dando um sorriso sem graça, saindo do meu quarto.
⁃ Quando fui fechar a gaveta, notei que a tela do computador estava desligada pelo botão, algo que não faço pois tenho o hábito de “suspender” o computador e a tela se apaga automaticamente. Quando a tela acendeu, vi que estava apresentando meu histórico de navegação. Notei, também, minha mochila em cima da cama aberta e seu conteúdo revirado e pensei: “procurando uma tesoura, sei... Isto tem que acabar!”.
Mas segui em frente com meu plano, fiz que nada percebi, coloquei a comida na mesa, ele chegou e elogiou a comida novamente, se fartou (estava ótimo, mesmo) e me ajudou com a louça. Ao final, falou:
⁃ Agora vamos para a sala pois a sobremesa será saboreada lá, mostrando uma caixa de trufas belgas e eu respondi:
⁃ Agora sim vamos encerrar este jantar com chave de ouro! Servi duas taças de vinho do Porto e ligamos a TV. Quando os doze chocolates já estavam nos nossos estômagos, iniciei a conversa:
⁃ Quim, o que você procurava nas minhas coisas? Ele se enrubesceu e falou:
⁃ Me desculpe, mas eu tinha que fazer aquilo, tinha que ter certeza se você possui alguma droga escondida, Tavito, mas não achei nada, eu não entendo, tenho certeza que você está “limpo” e seu comportamento é tranquilo, não parece ser alguém que está num processo de reabilitação... Fiquei totalmente desorientado com aquelas palavras:
⁃ Tio, de onde tirou essa ideia? Eu nunca usei qualquer tipo de droga, nem cigarro eu coloquei em minha boca! Ele ficou surpreendido com minhas palavras, complementou:
⁃ Como assim? Seu pai me falou que precisava te mandar para cá porque você estava usando drogas e que precisava te afastar da cidade para você se reabilitar. Por isso tento evitar que frequenta as ruas. Fiquei transtornado com a história do parque pois é um local fácil para conseguir drogas, achei que alguém da faculdade tivesse te dado a dica...
⁃ Triste coincidência, Quim, eu tenho comportamento de um dependente químico?
⁃ Não, não tem! É isto foi o mais estranho desde o início, mas como seu pai afirmou...
⁃ Meu pai? Ah, Quim, ele me mandou para cá para se livrar de mim!
⁃ Mas por quê? Você é um excelente garoto...
⁃ Ok, para eu te contar a história, primeiro vou ter que te confessar algo: eu sinto atração por homens, falei de uma vez pois se não fosse assim, eu não conseguiria confessar.
⁃ Não se repreenda por isso, Tavito! Você é o que você é!
Toda minha dúvida sobre a possibilidade de meu tio ser homofóbico acabou.
⁃ Então vou te contar o que aconteceu, Quim! E narrei o evento do meu aniversário, o do dia seguinte e a sentença proclamada por meu pai.
Meu tio ouviu tudo em silêncio durante toda a minha narrativa e por uns dois minutos depois. Quando comecei a ficar ansioso, ele falou:
⁃ Lamento muito pelo ocorrido e eu preciso te contar uma história para te ajudar a compreender: quando jovens, seu pai, o Arthur, eu e uma quarta pessoa que você nunca conheceu, formávamos um grupo de amigos inseparáveis. Passávamos o tempo todo juntos: escola, clube, cinema, tudo ocorria em grupo. Até à iniciação do sexo. Sim, experimentamos o sexo em conjunto, no começo simplesmente a penetração, depois experimentamos os carinhos como os beijos, abraços e sexo oral. Fez uma pausa e continuou:
⁃ Naturalmente, fomos nos tornando duas duplas: seu pai e o Arthur, eu e o Alfredo (citou o nome do quarto componente pela primeira vez). Continuamos diariamente juntos até a entrada na faculdade, seu pai e o Arthur foram para uma faculdade de Arquitetura em Campinas, eu e meu parceiro, fomos estudar Direito em São Paulo. Então a situação começou a mudar pois nossos pais começaram a notar nossas relações íntimas e nos afastar. O primeiro que cedeu foi meu parceiro que, covardemente arrumou uma namorada e transferiu seus estudos para São José dos Campos, tentei procurá-lo mas ele se recusou, sofri muito mas esta é uma outra história... percebi que ainda era difícil para o Quim falar sobre isto. Ele respirou fundo e continuou:
⁃ Já seu pai e o Arthur resolveram o problema de outra forma, seu pai se aproximou de sua mãe e se casaram, o Arthur dizia ter uma namorada em São Paulo que, ao final o traiu e ele decidiu que nunca iria se casar, os dois se formaram e montaram o escritório de arquitetura, podendo assim continuar próximos, neste momento entendi as “reuniões” dos dois sócios no escritório de casa às portas fechadas e as caronas até o apartamento do Arthur.
⁃ Para terminar a história, continua Quim, me formei com louvor e fui convidado a trabalhar em Londrina, convite que aceitei de imediato, pois queria viver longe de todos. Eu fiquei em silêncio um minuto e falei:
⁃ Quim, estou atordoado com tanta informação, preciso de um tempo para digerir tudo e, se me permitir, conversar novamente com você para maiores detalhes. Ele concorda, dizendo:
⁃ Não esperava reação diferente, pois, cada dia que passa, admiro mais sua maturidade. Espero que consiga esquecer o Arthur, pois acho que nunca mais terão a oportunidade para continuar o que começaram...
⁃ Este é o menor dos problemas. O que meu pai não entendeu, pois nunca me deixou falar, é que o sr. Arthur não significava nada para mim, era só uma oportunidade de experimentar algo que ele despertou em mim. Se meu pai falasse “fique longe dele”, eu teria ficado sem problema.
⁃ O que você não percebe, Tavito, é que você deve ter despertado no Arthur sentimentos antigos, já te falei e repito: você é exatamente igual o seu pai aos 18 anos de idade, época em que o Arthur começou a viver com ele e, naturalmente, viu em você um retorno no tempo, uma oportunidade de reviver bons momentos. Te garanto que, se para você era somente uma experiência, para o Arthur é algo muito mais forte e foi por isso que seu pai, assustado, os separou. Concorda?
⁃ Sim, você está coberto de razão. Portanto, é melhor que eu fique longe mesmo pois não quero ser um problema na longa história que vivem.
⁃ Mas não se preocupe! Meu tio me disse - Logo você vai descobrir alguém com quem você gostaria de passar toda sua vida. E eu respondi:
⁃ Pois eu já descobri, é um homem incrível, bonito, charmoso e um ser humano de elevada grandeza.
⁃ Ele está em Jacareí? Pergunta meu tio com um tom curioso e, ao mesmo tempo, desapontado. E eu, que já havia perdido toda minha vergonha e agora falava tudo aquilo que queria, respondi:
⁃ Ele está na minha frente agora! Quim, você é tudo que eu sempre quis em um companheiro. E agora que eu sei do seu passado, ficou muito à vontade em te dizer: gostaria que a minha primeira experiência fosse com você E ninguém mais no mundo!
Ele me olha bem fundo nos olhos e responde:
⁃ Ah, Tavito, te desejo desde o momento que desceu daquele ônibus, você não percebeu mas eu peguei as malas e fui na frente para que você não visse a ereção que me causou!
⁃ Sério? Realmente não vi, mas que tal mostrá-la a mim agora?
Ele não disse mais nada, me agarrou ali mesmo no sofá, me deu um grande beijo, soltou meus lábios e me olhou fundo dos olhos e voltou a me beijar longamente. Eu sentia seu peso sobre meu corpo, seus braços fortes me apertando em um grande abraço, seu tórax pressionando o meu... pensei que ia desmaiar, que sensação gostosa!
Ele se afastou um pouco de mim, tirou minha camiseta e a sua camisa e voltou a se deitar sobre mim e nossos lábios se unirão novamente. Lentamente ele passou a beijar o meu pescoço e desceu até os meus mamilos, eu havia comentado, durante a narrativa da história com meu pai, com foi gostoso quando o Arthur fez isso e ele quis me mostrar que poderia fazer melhor, e fez! Eu fiquei totalmente louco com aquele carinho.
Então eu o empurrei para o outro lado do sofá e, invertendo a posição, eu fiquei acima dele, beijei-lhe a boca e fui descendo com minha língua pelo seu peito e sua barriga. Abrir a sua calça e a baixei até os joelhos. Passei a mordiscar seu pênis por sobre a cueca até que também me livrei da mesmo e pude ver aquele instrumento, que já havia visto no banheiro, agora ao alcance dos meus lábios. Fiz tudo que pude para lhe dar prazer: beijos e lambidas, chupões e carícias com a mão enfim, tudo o que pude e sabia fazer...
Voltei a beijar sua boca, ele me ergueu e me manteve em pé enquanto se sentava no sofá. Me fez virar de costas e abaixou a minha calça, revelando meu traseiro. Ele beijou e mordiscou minhas nádegas e com as mãos foi revelando meu ânus. Ele sabia que eu era virgem mas, mesmo assim, como quem não acreditava no que via, passou a acaricia-lo levemente, passando seu dedo ao redor do meu anel e confirmando que realmente todas aquelas pregas o pertenciam. Em seguida, começou a fazer carinhos com a sua língua, lambendo em todas as direções e forçando a entrada com a ponta de sua língua.
Eu não aguentava mais e implorei que ele me tomasse, pois era tudo que eu queria na vida. Ele deu uma cuspida no meu ânus e me puxou em sua direção, fiquei com muito medo mas ele somente me trouxe até seu colo parando quando nossos órgãos se tocaram. Percebi que dali em diante eu estaria no comando. Ele somente pediu para eu relaxar e levar o tempo que eu quisesse... Então eu fiquei ali, forçando um pouco, parando quando a dor vinha, relaxando e aguardando o ardor passar e forçava mais um pouco. Lentamente foi entrando e, após entrar uns 5 cm eu dei uma pausa na penetração E passei a mexer meus quadris, tentando fazer com que encaixasse de forma mais tranquila. O tempo que levei fazendo isso também serviu para o meu corpo se acostumar com o estranho que se aprofundava em mim e, naturalmente, meu corpo foi cedendo e o restante foi entrando tranquilamente, porém vigorosamente.
Quando eu, finalmente, senti meu corpo sentado no colo do meu Tio é que me dei conta da grande prova pela qual passei. Meu reto estava em chamas sentia aquele instrumento enorme dentro de mim, Quim continuava tranquilo, aguardando meus movimentos e me incentivando, fazendo carícias em meu corpo e beijando minhas costas. Depois de um tempo me ergui vagarosamente, com medo de sentir dor novamente e desci bem devagar outra vez. Esperei alguns segundos e subi e desci novamente, dessa vez um pouco mais rápido e sentindo um prazer enorme. Durante todo esse período eu gemia prazerosamente...
Quim então me empurrou pra cima e também se ergueu, me deu um longo e gostoso beijo e, com olhar de desejo, me virou e me fez ajoelhar no sofá, com o peito apoiado no assento. Se aproximou e encostou seu pênis na entrada do meu ânus e foi forçando para me penetrar. Eu me mantive relaxado, pois sabia que esta era a melhor forma de receber meu parceiro e ele foi entrando e saindo em movimentos contínuos. O pouco de dor que ainda sentia se transformou em puro prazer até que ele, tomada pelo desejo, passou a se movimentar muito rápido, com a respiração pesada e soltando pequenos gemidos até que tudo explodiu em um grito de prazer e o jorro de seu leite se espalhou em mim. Ele ficou alguns segundos ainda ali em movimentos lentos até que saiu definitivamente de dentro de mim.
Ele então me deu um outro beijo carinhoso e, me abraçando, me levou até o banheiro de seu quarto, onde tomamos um banho e fomos para a cama e, usando seu peito como travesseiro, adormeci. Acordei por volta da meia-noite e Quim dormia profundamente. Segurei seu pênis lembrando o prazer e a dor que aquele pedaço de carne me causou, levei minha boca até ele e comecei a mamar colocando-o totalmente em minha boca, ele começou a crescer até atingir seu tamanho máximo, senti a mão do meu tio acariciando a minha nuca e subi até ele para dar-lhe um beijo.
⁃ Ainda não acredito que você está aqui, nos meus braços, gostaria que está noite nunca mais acabasse... Disse meu tio.
⁃ Não se preocupe, depois desta noite, virá um dia, e depois deste dia, outra noite e, depois, uma vida inteira. Respondi.
⁃ Quero fazer parte desta vida! Retrucou.
⁃ Já faz! Agora, que tal me fazer sofrer mais pouquinho e fui me virando de costas...