A vida continua a seguir o seu ritmo: acabou o primeiro semestre e tivemos umas férias escolares que, Quim e eu, aproveitamos e fomos de carro até Foz do Iguaçu para fazermos uma pausa no cotidiano. Valter, depois que venceu seus problemas psicológicos, se tornou uma pessoa melhor, mais amigável e mais próxima. Provavelmente por esse novo comportamento ele conheceu o Luiz Henrique, um médico de 30 anos e resolveram morar juntos no nosso prédio. Nossa amizade se estreitou e os quatro estavam sempre juntos; pelo menos duas vezes por semana jantávamos, uma noite no nosso apartamento e a outra no apartamento deles.
Meu relacionamento com o Quim só melhorou, ficamos mais próximos, mais companheiros, voltados a cuidar um do outro e isso estava me fazendo muito feliz. Um belo dia minha mãe me liga pede para que eu vá passar as festas de final de ano lá e eu digo que não (ainda não me sentia preparado) e dei a desculpa que queria aproveitar este período para viajar e descansar do ano letivo, ela ficou chateada mas disse compreender, sabia que os jovens queriam conhecer o mundo mas me fez prometer que eu estaria lá para o meu aniversário, não pude negar...
Conversei com meu tio e ele falou que eu fiz muito bem e me mostrou, em seu computador, que havia comprado duas passagens para a Madrid, onde ficaríamos 20 dias, entre o natal e o ano novo, conhecendo a Espanha, Eu sorri e lhe dei um beijo, dizendo: “que presente excelente!”.
⁃ Iremos comemorar nosso primeiro ano juntos! Estaremos um pouco adiantados mas não causará impacto nas suas aulas... E eu respondi:
⁃ Pois eu também tenho um presente pra te dar mas vai ser no dia do nosso aniversário e dei uma piscadela.
⁃ Do que se trata? Fiquei curioso!
⁃ Pois pode ficar curioso porque eu não vou contar e dei uma gargalhada, ele me falou:
⁃ Ah! Não dê essa gargalhada que eu te pego aqui e agora! E eu respondi:
⁃ Está esperando o quê e me joguei na cama, Ele foi pulando por cima de mim, dizendo:
⁃ Vem cá, moleque safado! Vou te ensinar a respeitar seu tio...
A vida, era muito boa, então!
O final do ano chegou, fiquei muito contente com o resultado e com as notas na faculdade, viajamos para a Espanha, passeamos, conhecemos lugares muito interessantes e namoramos muito. Como tem homem atraente naquele lugar, passávamos o dia nos excitando por vê-los e o tesão aumentava de forma que tínhamos que nos saciar constantemente. Em Toledo vi um homem que me deixou louco, ele tinha por volta de 1,90m e uns 120 kg, trajava um uniforme cinza e demonstrava grande virilidade e força física, aquele uniforme o deixava muito másculo e reforçava as formas de seu corpo, principalmente das suas nádegas e do volume na frente entre suas pernas. Ele me olhou com um olhar penetrante que me fez tremer e ficar excitado automaticamente. Ainda bem que o Quim não percebeu. O dia estava frio mas o tesão me fez sentir um calor insuportável. Poucos metros depois, meu tio perguntou se estava tudo bem e eu disse que devia ser alguma alteração na pressão sanguínea, ele disse:
⁃ Quer se sentar e tomar uma água? Eu ia visitar uma igreja antiga mas deixo para a próxima vez que voltarmos aqui...
⁃ Estou bem, vá visitar a igreja que eu fico aqui te esperando...
⁃ Ok, se está tudo bem com você, descanse que volto em 30 minutos. E se afastou seguindo um grupo de turistas alemães com quem já havíamos mantido contato antes.
Dei uma olhada em volta e lá estava ele, encostado em uma das paredes da prefeitura, me aproximei como quem observa a arquitetura e quando cheguei mais perto, ele entrou no prédio. Eu entrei atrás e ele foi até os pés de uma escadaria, se virou para confirmar que eu o estava seguindo, nem disfarcei pois ficou óbvio que era o que ele desejava, então subiu a escadaria e virou à direita, parando próximo à uma porta ao final do corredor, fui me aproximando e ele abriu a porta e esperou em entrar, entrou em seguida e trancou a porta. Era um salão enorme, bonito, bem decorado mas sem móveis, fui até as janelas e vi que dava vista para a praça e imaginei que este deveria ser um salão de festas da antiga realeza. Sinto ele chegar atrás de mim, alisa meus braços com suas mãos fortes e, em seguida, tira meu casaco, jogando-o ao chão. Novamente acaricia meus braços e me abraça por trás, ele era muito forte e grande e eu me sinto um pouco sufocado mas a sensação era muito boa, solto um gemido de prazer que o incentiva a seguir em frente.
Então ele se abaixa, abre minha calça e a abaixa levando junto minha cueca, puxa meu quadril em sua direção e enfia sua língua enorme dentro de mim, eu me contorço de tesão, o que o deixa mais excitado ainda. Eu me viro e ele se ergue, então é a minha vez de me ajoelhar e abrir sua calça; deixo escapar seu instrumento que, como suspeitava, era bem grande e grosso, caio de boca e mamo com prazer. Ele solta um gemido rouco e, depois de alguns minutos, me coloca apoiado na janela, cospe no meu ânus, coloca a camisinha e encaixa seu pênis na entrada do me buraquinho, eu dou uma rebolada para ajudar a encaixar, ele segura minha cintura com a mão direita, cobre minha boca com a esquerda e, sem dó, me dá a primeira estocada enfiando tudo de uma só vez, a dor foi grande, tentei gritar mas sua mão impediu, ele encostou seu corpo no meu e ficou parado por alguns segundos, tempo suficiente para eu começar a sentir prazer. Então, relaxei e comecei a movimentar meu corpo enquanto meu esfíncter mordia seu pênis. Ele percebeu que eu estava pronto e tirou sua mão da minha boca, levando-a até meu quadril, afastou seu corpo e me possuiu com força, gozou forte, saiu de dentro de mim, tirou a camisinha e terminou de se limpar com um lenço. Ergueu suas calças, me deu um sorriso e se foi sem falar nada. Eu me vesti e voltei para o café, meu tio chegou cinco minutos depois, se sentou, pediu uma água e então perguntou se eu estava melhor.
⁃ estou ótimo, o mal-estar passou mas você parece estar cansado?
⁃ Me perdi nessas ruas estreitas. Respondeu. Dei um sorriso pensando: “Acho que ele também conheceu alguém”, ele devolveu o sorriso, com uma piscadela.
A viagem transcorreu muito bem, Natal em Madrid, Ano Novo em Barcelona mas, como tudo que é bom dura pouco, voltamos para nosso lar. Pouco tempo depois fomos comemorar meu aniversário em Jacareí, algumas escalas de avião mas menos cansativo que por ônibus. A família ficou feliz por me ver e, mais feliz, por ver o Quim, que não viam há anos... A ira do meu pai estava reduzida, creio que a saudade a amenizou.
⁃ Olá, Tavito! Que bom te ver, meu filho. Parabéns pelo excelente ano letivo, suas notas foram muito boas.
⁃ Grato, meu pai! Somente fiz minha obrigação pois você está financiando o meu futuro e esta é a prova de que vale a pena. Trocamos um sorriso porém não nos abraçamos, creio que a distância entre nós ainda era grande... Mesmo assim, ele comentou:
⁃ Fico sempre surpreso com seu amadurecimento, cada vez que eu te encontro você está mais maduro.
⁃ Pois já sou um homem, meu pai! Já sei o que quero pra minha vida e já descobri como ser feliz. Agora é só dar tempo ao tempo para ver o que a vida me reserva... Meu pai se volta para meu tio e, também o agradece:
⁃ Muito obrigado por tudo que tem feito pelo meu filho, Joaquim! Nunca serei grato o suficiente...
⁃ Como o próprio Tavito disse, ele já é um homem feito e eu pouco contribuí para isso, a não ser tirar-lhe as dúvidas quando me questionou.. Minha mãe entrou na conversa, dizendo:
⁃ Para mim, ele sempre será o meu menino! Mas agora deixa de conversa, vão tomar um banho e, Joaquim, você vai ficar no quarto do Tavito pois é um quarto grande com duas camas de solteiro e não temos outro quarto vazio na casa. Meu tio ficou meio enrubescido.
⁃ Não se preocupe comigo, eu posso ficar num hotel ou mesmo no sofá da sala... Minha mãe respondeu:
⁃ Nada disso! Se você não quer dormir no mesmo quarto com o Tavito, ele é quem dormirá no sofá da sala e você no quarto dele... meu tio respondeu:
⁃ Claro que não é nenhum problema dormir com o Tavito! Passamos o ano inteiro na mesma casa!
⁃ E eu, só espero que o tio não ronque muito, e todos demos risada.
No dia seguinte, meu tio saiu para rever os amigos de infância, meu pai o acompanhou. Eu, que nunca tive amigos de infância, falei que ia sair para ver como estava a cidade mas eu o que eu queria mesmo era ir até a rodoviária procurar meus saudosos motoristas. Chegando lá fui até o guichê e perguntei no caixa da companhia de viação:
⁃ Boa tarde, estou procurando por dois motoristas, um deles se chama Laércio e o outro Álvaro. Sabe se eles estão por aqui hoje? A atendente do cachê respondeu com uma um olhar um tanto quanto enigmático:
⁃ Humm... os únicos Laércio e Álvaro que temos aqui não são motorista, são os donos da companhia... Levei um susto, achei que era um engano mas resolvi confirmar a informação:
⁃ Algum deles está por aqui?
⁃ Eles estão no escritório. Você tem que ir até a administrativa e pedir para falar com eles na recepção da nossa empresa. Fiz o que ela me sugeriu, fui até a recepção da viação pedir para falar com um dos dois e a recepcionista fez uma ligação e me informou que os dois estavam na sala de reunião e que iriam me atender lá, ela me levou até a sala e eu entrei. Para minha surpresa os dois “motoristas” estavam lá, de terno e sentados na mesa da reunião. Ao me verem se levantaram dizendo meu nome vindo em minha direção, me abraçaram e me convidaram a me assentar.
⁃ Não estou entendendo! Vocês foram promovidos? Eles deram uma gargalhada e responderam:
⁃ A história é outra, garotão! Nós fundamos essa companhia há 25 anos atrás, quando éramos, realmente, jovens motoristas de ônibus. De lá pra cá tudo mudou, no começo tivemos muito trabalho mas a companhia progrediu muito desde então. E somos amigos inseparáveis desde aquela época. Temos nossas famílias mas temos essa queda por garotões como você, disse Laércio sorrindo...
⁃ Estamos sempre de olho no movimento da rodoviária, completou o Álvaro, e naquele dia, Laércio que estava no guichê te viu e me ligou dizendo. “Se prepara, porque hoje vamos fazer uma viagem!“. Eu fui rapidamente até a rodoviária pata te ver, fiz o sinal de positivo para o Laércio e fui trocar de roupa, dispensamos os motoristas daquela viagem e assumimos o lugar dos mesmos. Fizemos o mesmo quando entrou em contato por telefone.
⁃ O resto é história! E você? O que faz por aqui? Está com saudade, pergunta Álvaro com aquela cara de safado que ele tinha...
⁃ Sim, estou com saudade, mas de vocês, não necessariamente do sexo... Não que eu não goste mas tinha vontade de encontra-los novamente.
⁃ Quer uma água ou um café? Pergunta Álvaro se dirigindo ao frigobar que estava próxima a porta.
⁃ Uma água gelada vai bem, com esse calor... Laércio pega o telefone e avisa a secretária para que ninguém interrompesse pois estava numa reunião muito importante. Álvaro tranca a porta e traz água pra mim e começa a massagear meus ombros.
⁃ Também estávamos com saudade de você. Eu comecei acariciar sua coxa e Laércio vem minha direção.
⁃ Sabe, temos muita coisa, ainda, para te ensinar, suas aulas ainda não acabaram! E começa tirar a roupa, se aproximando de mim. Álvaro afasta minha cadeira para que Laércio se sentasse na mesa e eu comecei a chupa-lo até deixa-lo bem excitado... Enquanto eu “cuidava” do Laércio, Álvaro vai até uma pasta executiva, tirar alguns apetrechos e caminha até nós já tirando sua roupa. Ele faz com que eu me levante da minha da cadeira e eu o faço sem parar de chupar e Álvaro tira minha calça, enquanto Laércio puxa minha camiseta. Álvaro passa a me fazer carícias e eu começa a rezar que ele tome iniciativa de enviar sua língua no meu orifício Mas ele faz outra coisa e, após passar um pouco de gel, introduz algo em formato de um ovo no meu ânus e vem até o meu ouvido e fala:
⁃ Segura esse botão e aperta toda vez que você tiver vontade e me entregou um pequeno controle com um fio que estava ligado ao objeto que ele introduziu em mim. Ao me entregar o controle ele colocou meu dedo em cima do botão e fez com que eu apertasse o botão pela primeira vez. Sentir algo vibrar dentro de mim e fiquei louco de tesão. Ele soltou o aparelho em minha mão e eu comecei a utilizá-lo o tempo todo, algumas vezes por mais tempo algumas vezes por menos tempo. Laércio riu e disse:
⁃ O garotão está gostando da brincadeira, vem cá, Álvaro! Vem sentir com a boca desse putinho faz maravilhas no seu pau. Álvaro se aproximou mais e trocou de posição com Laércio, sem pensar duas vezes, abocanhei o instrumento do Álvaro e continuei minha sessão de massagem, chupando, mordiscando e lambendo aquele mastro com que o Álvaro foi presenteado ao nascer.
Álvaro, que comandava o grupo afasta minha cabeça se levanta e faz eu me levantar também. Me puxa por um braço e o Laércio por outro e começa a beijar nós dois ao mesmo tempo, são três línguas se massageando de uma forma muito gostosa. O líder retira o vibrador de mim e me coloca em cima da mesa de costas, Laércio vem e me penetra e, para minha surpresa, Álvaro chega por traz de Laércio e o penetra também.
⁃ Nossa! Faz tempo que você não me pega assim... Deve Estar com muito tesão! Álvaro começa a socar forte, empurrando Laerte para dentro de mim. Os três gemendo baixinho para não chamar atenção até que sinto Laércio tirar seu pênis de dentro de mim e se masturbar para ejacular na minha barriga. Ele então se afasta do meu corpo e abaixa sua cabeça sobre meu pênis e começa a me chupar enquanto Álvaro continuar a socar violentamente. Eu começo a ejacular na boca de Laércio e, Álvaro vendo isso, ejacula dentro do reto do amigo. Laércio volta até meu corpo, deita-se sobre mim e beija minha boca enquanto Álvaro faz o mesmo e se deita sobre nós dois beijando as costas e Laércio. Que loucura! Foi delicioso novamente. Eles me levam até o banheiro existente na sala de reunião, me limpam e depois limpam um ao outro. Voltamos para sala de reunião como bons amigos, batemos um bom papo e me despedi.
⁃ nos avise quando voltar, gostamos muito de você, garotão! Se despede Álvaro e Laércio completa:
⁃ E lembre-se: nos procure se tiver qualquer problema ou precisar de algo! Somos seus amigos e, a partir de agora, seus protetores!
⁃ Tenho certeza que nos veremos muitas outras vezes, caros amigos! Me despeço e parto feliz da vida e, ainda, em êxtase.
Voltei para casa e ajudei nos preparativos da festa do dia seguinte. A tarde foi corrida mas conseguimos deixar tudo pronto para o dia seguinte, Joaquim chegou e minha mãe recomenda que ele tomasse um banho de piscina, mas ele falou que preferia dormir um pouco antes do jantar. Eu disse que lhe faria companhia pois também estava cansado, ele me deu um olhar de agradecimento por ter entendido o recado. Fomos para o quarto.
Mal entrei e ele tranca a porta e me dá um grande beijo:
⁃ Não aguentava mais de vontade. E seguiu me beijando loucamente. Eu, também cheio de tesão, respondi:
⁃ Só vamos tomar cuidado para não fazer barulho! Ele confirmou com a cabeça e eu o fiz sentar na quina da cama, me ajoelhei e comecei a lhe dar prazer com minha língua da forma como ele gostava: primeiro a mamei até ficar bem dura, depois passei a lambe-la da cabeça a até o saco, subindo e descendo até que, na última descida, abocanhei suas bolas, primeiro uma, depois a outra, enfiava na boca, chupava e largava. Quim se retorcia e colocava a mão na boca para não gemer. Depois eu me ergui, tirei-lhe a calça com a cueca e empurrei meu tio para que se deitasse na cama, os dois pés no chão e seu pênis ereto apontando para o teto. Tirei minha roupa e me sentei naquele ferro em brasa e comecei a subir e descer lentamente, depois aumentei os movimentos aos poucos até praticamente pular sobre aquele mastro que me preenchia e me causava dor e prazer… Quim deu um tapinha nas minhas nádegas me pedindo para sair de cima. Ficamos em pé e ele me deu um novo beijo, sua língua percorrendo toda a minha boca, depois desceu até meus mamilos chupando e mordiscando, me matando de prazer. Ele me olha nos olhos e diz:
⁃ Trem uma sugestão de como podemos terminar isto com chave de ouro? eu sorri, fiquei de quatro no chão (pois na cama o barulho iria chamar a atenção de todos. Meu peito no chão, minhas nádegas empinadas ao máximo - era meu buraquinho que, agora, apontava para o teto. Quim desceu sobre mim, me penetrando por inteiro de uma vez só, foi minha vez de tapar a boca para segurar o grito, ele começou a socar fortemente e gozou fartamente dentro de mim. Ele voltou a sentar na quina da cama, me fez sentar em seu mastro e começou a beijar meu pescoço e mordiscar minha orelha enquanto me masturbava até me fazer gozar e lambuzar sua mão e minha barriga. Ficamos nesta posição até recuperar o fôlego, nos limpamos e dormimos nosso merecido sono.
Saímos para jantar com meus pais, foi divertido, meu pai estava animado e o momento foi muito gostoso. Porém melhor ainda foi na cama antes de dormir: Quim parecia uma máquina, me acordou de madrugada para uma “rapidinha” e repetiu a façanha pela manhã ao acordar.
⁃ Nossa, que fôlego! disse a ele ao levantarmos e ele respondeu:
⁃ Quero você com o fogo bem baixo hoje pois teremos a visita do Arthur, respondeu num tom sério.
⁃ Quanto a isto, não tem o que se preocupar, não cheguei a sentir nada por ele, ele representava a oportunidade de ter uma experiência, que tenho certeza não teria sido melhor que essas que você me proporciona. Mas gostei de saber que existe um ciúme, aí, guardado em você. eu ri…
⁃ Quem ama tem ciúme, Tavito! E eu concordei:
⁃ Pois saiba que tenho muito ciúme de você e ficou louco quando vejo alguém se aproximar do meu companheiro.
⁃ Ah! Que bom te ouvir me chamar de seu companheiro...
O dia foi ótimo, quente e ensolarado como no ano passado, ficamos, todos, em volta (ou dentro) da piscina celebrando. Num certo momento, estávamos Quim e eu conversando com alguns amigos dos meus pais quando chegou o Arthur. Ele veio diretamente até nós e nos deu um forte abraço dizendo:
⁃ Tavito! Você está com uma ótima aparência, o mesmo digo de você, Joaquim! O tempo te fez muito bem...
⁃ Você também está muito bem, Arthur! Soube do seu problema na coluna mas vejo que já está caminhando normalmente.
⁃ Sim, nada melhor do que ter amigos e gente bondosa por perto para nos proteger e cuidar. Ainda mais quando você se é solitário como eu...
⁃ Mas eu também era solitário até chegar o Tavito, minha vida mudou muito desde que esse garoto veio me fazer companhia! Senti uma indireta por parte do meu tio, o Arthur também ficou desconfortável.
⁃ Deus te abençoe sempre, Octávio! Você merece todo o bem do mundo. Meu pai se aproximou com uma bebida e entregou ao Arthur dizendo: viu como o Tavito está bem, Arthur! Cada dia que passa fica mais maduro...
⁃ Sim, é verdade! Respondeu o Arthur e completou com um olhar de culpa:
⁃ Espero que a mudança não tenha te causado grandes problemas.
⁃ Na verdade, “seu” Arthur, a mudança me fez muito bem. Foi muito bom ter ido estudar em outro lugar ara entender melhor a vida. Mas falaremos sobre isso depois. Pode ser?
⁃ Claro! Quando você quiser...
A festa continuou e, realmente, foi muito melhor que a anterior. Me senti feliz por estar ali, ao lado do meu companheiro observava meu pai procurando um momento para falar com ele até que o vi, com o Arthur, indo em direção ao escritório, lancei um olhar para o Quim que, entendeu e me acompanhou. Quando os dois estavam quase entrando no escritório eu os chamei num tom médio:
⁃ Não fechem a porta ainda não, queremos falar com vocês... Ele se olharam com olhar de preocupação mas não falaram nada, simplesmente entraram no escritório, deixando a porta entreaberta. Nós entramos e eu tranquei a porta para que eles soubessem que o assunto era sério.
⁃ Vou direto ao assunto: conheço toda a história de vocês, entendo por que tive que partir. No lugar do meu pai teria feito o mesmo... Os dois me olharam assustados e meu pai quis falar alguma coisa, mas o Arthur o impediu e falou primeiro:
⁃ Bom, se você já sabe a verdade, eu é que não vou tentar desmentir. Vê-lo, no ano passado, me fez lembrar do seu pai quando jovem e, aquela saudade me despertou desejos que não pude controlar. Queria muito relembrar os bons tempos. Sinto muito, mas aquela paixão me consumiu e eu tentei te seduzir. Já pedi perdão ao Rodolfo que, depois de alguma relutância me perdoou e agora peço perdão a você... Então, foi a vez do meu pai e falar:
⁃ Filho, desculpe-me por ter descontado em você o ciúme que senti. Muitas vezes acordei durante a noite inconformado com o que fiz, imaginando como reverter a história, mas cada vez mais percebia que era impossível. Só te peço duas coisas: que me perdoe e que, por favor, não deixa sua mãe saber nada sobre isso pois eu também a amo e não quero fazê-la sofrer...
⁃ Meu pai, aqueles dois primeiros meses foram difíceis pra mim, sofri muito mas, graças a isto sou o homem que sou hoje portanto, na verdade, eu é que agradeço a vocês por terem feito o que fizeram comigo.
⁃ Mas você não tem vergonha de seu pai por saber que eu tenho esta relação com o Arthur? Sabe filho, compreenda, eu o amo desde jovem...
⁃ Pai, eu entendo isto pois eu também tenho um companheiro e ele está aqui ao meu lado, eu e o Quim estamos juntos há 10 meses, somos muito felizes e, também como vocês, queremos manter isto em sigilo, principalmente da minha mãe.
Primeiro eu vi o olhar de susto dos dois, em seguida vi que o Arthur começou A Assumir um olhar de compreensão com um misto de gratidão por saber que eu estava feliz. Meu pai demorou um pouco mais pra assumir um olhar tranquilo mas, quando o fez, me disse:
⁃ Filho, sabendo de suas preferências, a surpresa é saber que elegeu o Quim como seu companheiro mas é uma surpresa muito boa pois ele é um homem sério e de grandes valores ético! Se é ele que te faz feliz, tem minha benção e meu apoio. O Joaquim é uma pessoa excelente e tenho certeza que ele vai te fazer muito feliz.
⁃ E tem mais uma coisa, fala Arthur - se no ano passado eu te dei a carteira de habilitação, este ano eu e seu pai estamos te dando um carro. Ele estará disponível para você quando voltar para Londrina. Com isto quebrou o clima emocional que certamente nos levaria às lágrimas.
⁃ Muito obrigado! Não sei como agradecer. Abracei os dois. Meu pai chorou e Arthur o consolou:
⁃ Tentei evitar mas ele sempre foi muito emotivo. Todos rimos.
⁃ Este carro era um consolo pelo que causamos, mas agora fica como presente pela união! Diz meu pai, abrindo uma garrafa de champanhe que estava no escritório já gelada. Quim brincou:
⁃ Ah, esta reunião de vocês estava planejada! Os dois enrubesceram.
⁃ Está era nossa forma de comemorar o aniversário do Tavito, fala Arthur e eu completo:
⁃ Sei... todos demos uma boa gargalhada. Nisto minha mãe bate na porta e eu a abro e ela fala feliz:
⁃ Ih! Já vi que a reunião às portas fechadas ganhou mais dois integrantes! Olhamos um para a cara do outro e soltamos uma grande gargalhada. Até hoje minha mãe não entendeu a piada...
O importante é que celebramos meu retorno, o perdão e a felicidade entre nós todos.
No dia seguinte voltamos para Londrina, nossa vida continuou ótima e dois meses depois completamos um ano de união. Eu levei o Quim pra jantar no meu novo carro, depois um cinema e voltamos para nosso apartamento, fui até o banheiro me lavar e quando voltei encontrei meu companheiro deitado na cama nu, eu sorri fui até gaveta do meu criado mudo peguei um frasco e disse a ele:
⁃ Agora vou te dar o meu presente. E fui para cama chacoalhando o frasco de “Virgin Again”.
Fomos felizes por toda a nossa vida, Quim esteve ao meu lado até seu último dia na Terra, ele me viu me formar, conseguir meu emprego e meu Doutorado. Hoje sou presidente de uma indústria farmacêutica multinacional e vivo uma vida solitária mas feliz, cercado de boas recordações.
Fim