COMPLETO
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Capítulo 1 – Beto
Meus pais se casaram cedo, tinham apenas 18 anos cada um deles. Apesar de se amarem muito, o motivo? Era eu que estava a caminho, claro! Meu pai Carlos Roberto, era aquele cara bonitão e popular do colégio, do tipo atleta que deixavam as meninas doidas. Minha mãe, Denise era aquela rara combinação de bonita e inteligente. Quando eu tinha três anos de idade meu irmão Carlinhos nasceu.
Acho que por conta do nascimento dele que me aproximei mais do meu pai. Minha mãe se dedicava ao Carlinhos e meu pai a mim. Morávamos em uma cidade não muito pequena próxima à capital. Quando eu tinha 14 anos eles se separam, acho que eles já não estavam bem há um bom tempo, por isso, meu pai pediu transferência para a capital. Eu decidi morar com ele. Carlinhos que tinha 11 anos, muito apegado à minha mãe quis continuar lá com ela.
Meu pai pediu que eu esperasse o término do ano escolar, assim poderia começar o Ensino Médio na capital. Fiquei o restante do ano com a minha mãe e, no final de janeiro, fui morar com o meu pai. Meu pai disse que quando Carlinhos terminasse o ensino básico, também ir morar com ele. Fazer o Ensino Médio na mesma escola que eu iria estudar. Sendo assim, Carlinhos ainda ficaria mais 4 anos com a minha mãe e quando estivesse maior e mais independente iria morar com a gente.
Meu pai se mudou para um prédio bem bacana, que tinha quadra de esportes e até piscina. Da janela do meu quarto eu via a piscina. Em alguns finais de semana ela ficava cheia, eu adorava ficar lá em cima vendo as mulheres de biquíni. Ficava com tesão e sempre batia punheta. Descobri também uma coleção de vídeos pornôs do meu pai.
Todos os dias à tarde, entre os deveres da escola, quando começava a ficar cansativo, eu sempre ia para a sala e colocava um DVD diferente, batia uma punheta bem gostosa, com aquelas cenas de sexo. Um dia, eu estava lá de boa no sofá da sala do jeito que vim ao mundo com pau duro. Via uma morena, de cabelos longos, bem gostosa chupando o pau de um cara, escutar eles gemendo me dava muito tesão. Em um desses dias, meu pai entrou em casa e me viu daquele jeito. Fiquei todo sem graça, não tinha roupa perto para me cobrir, minha reação foi desesperadamente desligar a TV.
– Desligou por quê? – Meu pai perguntou sorrindo.
Eu não consegui nem o encarar.
– Pode ligar Beto, não precisa ficar sem graça. Esse DVD é meu, acha que eu tenho ele por quê?
Meu pai tentou me deixar à vontade. Eu ainda estava sem graça, e ainda estava de pau duro.
– Chega pra lá. – Meu pai disse se sentando do meu lado.
Passou com o braço por cima da minha barriga, quase relando no meu pau e pegou o controle da TV. – Vamos ver juntos.
Eu fiquei surpreso, ainda cobrindo o meu pau com as minhas mãos. Meu pai ficava com o olho fixo, vidrado na TV apalpando o pau por cima da calça. Depois de um tempo, ele abriu o zíper e colocou aquele mastro para fora. Tentei não reparar, mas o seu pau era quase tão grande quanto o do ator pornô. Papai começou a se masturbava na minha frente.
Não sei como perdi minha inibição, voltei a me masturbar. Percebi papai olhando para mim. Não com desejo, mas contente por me ver desinibido me entregando ao prazer.
– Olha a raba dessa mulher. – Meu pai disse.
– Muito gostosa e a buceta toda lisinha. – Complementei.
No filme, o homem fodia forte a mulher que gemia muito.
Meio tímido comecei a gemer, também gozei melando todo meu peito e minha barriga. Papai guardou o seu pau duro, se levantou e trouxe uma toalha de rosto para eu me limpar. Me levantei e fui para o banho. Não comentamos mais nada sobre isso. Papai nunca mais chegou cedo me pegando no flagra.
Semanas ou meses depois, estávamos vendo um filme que rolava muita sacanagem, como estávamos de pijama, era evidente a nossa ereção. Quando o filme acabou papai falou comigo:
– Beto, escolha um dos meus filmes lá. Estou morrendo de tesão. – Ele falou sorrindo.
Peguei um dos filmes com dois casais na capa. Coloquei esse filme no DVD e com menos de 20 minutos de filme eu e papai estávamos gozando. Papai gozando me chamava atenção, a forma como ele se masturbava, com as duas mãos e o gemido dele de machão era muito bacana. Eu queria crescer logo, ter um pau grande como o dele e gemer daquele jeito.
Quando eu batia punheta sozinho treinava o meu gemido, tentava ficar cada vez mais parecido com o dele. Nossos rostos eram bem parecidos, inegável que éramos pai e filho. Meu pai é jovem, é alto e forte, tem o corpo sarado, peito e pernas fortes também, tem a pele clara, e está sempre bronzeada. Às vezes usava barba, às vezes ficava com o rosto limpo. Era muito bonito, eu gostava quando diziam que a gente se parecia. Ele não tinha namorada fixa. Mas quase todo final de semana saía e dormia fora. No primeiro ano que fiquei lá, levou mulher para casa apenas duas vezes, e mesmo assim, ele as levava embora cedo.
Eu espiei papai metendo nessas namoradas nas duas vezes. Ele metia como um touro. A mulher gemia, era ainda mais gostoso que ver um pornô. Acho que papai soube que eu espiei pelo buraco da fechadura na primeira vez, apesar de não ter comentado nada, pois na segunda, ele deixou uma fresta da porta aberta, para que eu visse melhor toda a cena.
Meu pai era engraçado, divertido. Me deixava beber cerveja. Víamos futebol juntos, íamos ao estádio, ao clube. Paquerávamos juntos, além de ver filme pornô e bater punheta juntos. Eu não tinha muitos amigos, apenas um em especial, o Wagner, que quase sempre estava lá em casa; tinha meu pai como uma figura paterna e sempre nos acompanhava no estádio de futebol. Arrumei uma namorada quando estava no segundo ano do Ensino Médio. Contei para o meu pai um dia à noite e, no dia seguinte ele veio falar comigo:
– Beto, você já é um homem. – Meu pai disse.
– Sempre fui pai. – Eu disse rindo.
Tinha acabado de sair do banho. Estava apenas de toalha. Tirei a minha toalha e balancei o meu pau pra ele, que já media 16cm. Eu fazia questão de medir e acompanhar o crescimento.
– Estou falando sério filho. Senta aqui. – Meu pai disse rindo se sentando na minha cama.
Eu me sentei ao lado dele ainda com a toalha enrolada.
– Fala pai. O que pega? – Perguntei.
– Você me disse ontem que estava namorando. – Meu pai respondeu.
– Ah não pai, não precisamos dessa conversa. Eu já sei como tudo funciona. – Eu disse me levantando para vestir roupa, meu pai me puxou de volta para sentar na cama e a minha toalha caiu.
– Eu também achava que sabia e mesmo assim fui pai com apenas 18 anos. – Meu pai disse.
– Tá bom pai, pode falar. – Liberei.
– Daqui a pouco você estará fazendo sexo.
– Assim espero. – Eu respondi sorrindo.
– Muitas vezes não nos controlamos quando vem a vontade, não importa o lugar, a hora... Só pensamos em curtir o momento. Eu me lembro bem como é isso, eu vivi isso. Sabia que tinha que usar camisinha e a sua mãe fazia a tabelinha. – Meu pai disse.
– Hoje em dia as meninas tomam pílula desde cedo.
– Nem todas, meu filho. E muitas vezes elas se esquecem. Sua mãe não tomava, tinha medo de pedir para ir ao ginecologista e os seus avós descobrirem que estávamos transando. Por isso fazia a tabelinha, e mesmo assim aqui está você. – Meu pai disse sorrindo me puxando para dar um beijo na minha testa. – Não me arrependo de nada. Mas não é o que desejo pra você. Espero que estude, que faça uma faculdade e monte a sua família quando estiver pronto.
– Eu sei pai. Mas os tempos são outros agora.
– Eu quero te dar isso. – Meu pai disse me dando camisinhas. – Ande sempre com elas, as vezes a oportunidade aparece dentro do banheiro da escola, no horário de educação física, ou dentro de casa quando estiverem sozinhos, ou até mesmo em uma rua deserta no escuro. E muitas vezes, você pode estar sem camisinha e com o tesão à flor da pele. Isso não vai impedir você de transar. Deveria, mas sei bem que não impede.
Percebi que meu pai dava exemplos reais de quando ele transou com minha mãe. Provavelmente foi em um desses que fui concebido.
– Tudo bem pai. Vou ficar sempre com elas.
– Além de evitar a gravidez, ela te protege de doenças. Na minha época a gente não se preocupava com as doenças, a ideia era que só se pegava sífilis em zona e Aids era coisa de quem comia viado. Hoje sabemos que não é assim e, existem várias outras DSTs. – Meu pai disse.
– Eu sei pai, já tive essa aula. – Respondi.
– Que bom. Você sabe que isso aqui é uma arma, não sabe? – Meu pai disse pegando pela primeira vez no meu pau.
Fiquei constrangido porque meu pau começou a crescer em sua mão. Meu pai não soltava.
– Sei sim. – Por fim respondi, só depois da minha resposta ele largou o meu pau eu o cobri tampando a minha ereção.
– Relaxa Beto, meu pau também é sensível ao toque. – Meu pai disse. – Quero saber se você sabe colocar uma camisinha? – Meu pai perguntou.
– Claro que sei, pai. – Respondi.
– Você já colocou uma?
– Não. Mas eu sei como se coloca.
– Então coloca aí, quero ver.
– Não precisa pai. Não vou fazer isso na sua frente. – Eu disse.
Só queria que aquele papo acabasse, ainda estava sem graça de ter ficado com o pau duro na mão dele.
– Para Beto, quantas vezes já batemos uma juntos? Te vi gozar várias vezes. Está com vergonha de colocar uma camisinha? – Meu pai insistiu.
– Tá bom pai.
Eu peguei a camisinha, levei o pacote até a boca como se faz com saquinho de ketchup.
– Para, para. Não se abre com a boca. Você pode fura-la. Tem que tomar cuidado. Se usar o dente, vai bem no cantinho. – Meu pai disse.
Eu tomei cuidado e abri a camisinha.
– Isso, agora pode colocá-la.
Peguei a camisinha e já estava com ela na cabeça do meu pau.
– Para, está errado. – Meu pai disse.
– O que está errado? – Eu perguntei irritado.
Não era possível que eu não estava sabendo colocar uma camisinha.
– Do jeito que você está colocando está entrando ar. Não pode entrar ar. Você tem que segurar a pontinha dela. Me dê aqui.
Meu pai tomou a camisinha de mim, dobrou o bico, colocou na cabeça e foi descendo a camisinha pelo corpo do meu pau. Senti a mão me tocando, agasalhando o meu pau. Ele deslizava a camisinha com seus dedos e segurando firme o meu pau que estava duro.
Não sei o que aconteceu comigo, foi uma questão de segundos, enquanto meu pai descia com a camisinha meu pau pulsava. Um prazer incrível tomava conta de mim, minhas pernas estavam bambas, eu me apoiei no ombro do meu pai e gozei dentro da camisinha com meu pai ainda segurando o meu pau. Meu pai sorria. Eu tirei a sua mão do meu pau e não disse nada.
– Ninguém nunca segurou no seu pau né Beto? – Meu pai me perguntou.
– Não, comecei a namorar agora, estamos só nos beijos ainda. – Eu respondi sem graça enquanto tirava a camisinha cheia de porra.
– Ainda bem que não foi com a namorada né. – Meu pai disse sorrindo.
– Não sei se seria mais constrangedor.
– Beto, eu sou seu pai, não precisa ficar constrangido comigo. – Meu pai disse. – Vou comprar mais camisinhas pra você, vamos fazer isso de novo. Não quero que você goze com a sua namorada colocando a camisinha em você.
Meu pai saiu do meu quarto, eu o evitei o resto do dia. No dia seguinte ele trouxe mais camisinhas, novamente ele colocou em mim. Fiquei excitado mas não gozei. O constrangimento estava diminuindo e, mesmo que eu não quisesse assumir, estava gostando disso.
No terceiro dia, assim que meu pai entrou no meu quarto eu já fiquei excitado. Ele pediu que eu colocasse a camisinha, fiz da forma correta. Meu pai pegou um creme, passou na mão e me masturbou. Não sabia de onde surgiu aquela ideia, nem se aquilo era normal, mas foi maravilhoso. Meu tesão foi a mil e em 10 segundos, eu gozei. Ficando mais uma vez sem graça.
No final de semana meu pai saiu durante à tarde e voltou com uma sacola na mão.
– Trouxe um presente pra você. – Ele disse.
Fiquei empolgado e fui abrir. Surpreendi quando vi que era um brinquedo erótico. Que imitava uma boceta
– É pra você treinar. Não vai querer gozar em 10 segundos quando tiver comendo a sua namorada, não é? – Meu pai disse.
Eu fiquei feliz, mas me lembrei do constrangimento do dia anterior.
– Pega um filme, vamos estrear essa buceta.
Coloquei um filme. Assim que estava de pau duro, papai me mandou colocar a camisinha. Ele passou um lubrificante naquela boceta de silicone.
– Lembra muito uma de verdade. – Meu pai disse.
Coloquei aquela boceta artificial no meu pau, gozei assim que ela entrou. Meu pai riu.
– Tá vendo que isso vai ser útil. – Meu pai disse.
– Pai, será que eu tenho algum problema? Ejaculação precoce? – Eu perguntei preocupado.
– Claro que não meu filho. – Ele me disse rindo. – Se tivesse, até na punheta você gozaria rápido.
– Verdade, na punheta eu demoro bastante.
– Beto eu era igual a você, tudo que é novo e prazeroso eu gozava muito rápido, aprendi a me controlar. Sozinho foi muito mais difícil. Por isso papai quer tanto te ajudar. Não tenho dúvidas que com esse brinquedo em uma semana você já vai saber se controlar. Me passa essa boceta aqui deixa eu te mostrar.
Ele também colocou a camisinha no pau e começou a foder aquele brinquedo, ele ia me falando dos movimentos, mostrava as posições, disse várias vezes que estava prestes a gozar, mas que mudando de posição e diminuindo o ritmo, ajudava a aguentar mais.
Eu não sabia se estava de pau duro vendo o filme ou prestando atenção no papai comendo aquela bucetinha. Depois que ele gozou, eu coloquei uma nova camisinha e voltei a brincar com o nosso novo brinquedo, consegui ficar uns 20 minutos para gozar.
– Muito bom meu filho, bom trabalho. Mas na segunda a gente sempre aguenta mais. Importante é conseguir esse tempo de primeira. Outra dica é você bater uma punheta no dia, antes de encontrar com a sua namorada.
Estava satisfeito. Depois desse dia as aulas com meu pai acabaram, em menos de uma semana eu metia naquele brinquedo por mais de 30 minutos. Contava para o meu pai as minhas conquistas e ele ficava com cara de satisfeito. Continuamos a ver os pornôs juntos uma vez ou outra. Fui perder a virgindade mesmo uns seis meses depois daquilo.
Quando entrei para o terceiro ano estava solteiro, apesar de estudar bastante eu sempre tinha tempo para o meu amigo Wagner e principalmente para as meninas. Minha ex-namorada que saiu do colégio, tinha feito a minha fama de bom de cama. Não precisei me esforçar muito, as meninas vinham para cima de mim. Não sei se era coisa da idade ou do tanto de sexo que eu estava fazendo, mas meu pau tinha crescido mais 2cm no último ano e engrossado também. Um dia batendo punheta com meu pai ele reparou.
– Beto, o que você fez? – Ele me perguntou.
Eu como o meu pai segurava o meu pau com as duas mãos.
– O quê pai?
– Cara! O seu pau tá enorme. – Ele respondeu.
Eu levantei a minha mão para ele ver melhor. Ele tocou no meu pau e balançou de um lado para o outro.
– E engrossou também. Daqui a pouco fica maior que o meu. – Ele sorriu e eu sorri de volta.
– Também estou raspando. Além de valorizar no tamanho, as meninas preferem lisinhos para chupar, elas chupam até as bolas.
– Nunca me raspei, na minha época não tinha disso.
– Agora elas gostam, pai. Sinta. – Eu levantei as minhas bolas para o meu pai passar a mão. Ele passou.
– É diferente. – Ele constatou.
– Se quiser eu te raspo, comprei uma maquininha. Vai fazer sucesso. Podemos raspar o seu peito também. – Sugeri.
– Meu peito não. Estava mesmo estranhando você sem pelos no peito. Essa moda estranha de vocês jovens. As moças da minha época adoravam um peito peludo.
– Hoje em dia elas acham feio. – Respondi rindo. Meu pai fechou a cara. – Mas o seu é bonito, não é do tipo Toni Ramos e nem ursão.
Meu pai riu, nem terminamos de ver o pornô. Peguei a minha máquina de aparar e fui raspar o meu pai.
– Não quero máquina zero não. Pode deixar bem baixinho, mas nada de ficar liso. – Meu pai pediu.
Passei a máquina dois em sua virilha. Em alguns momentos esbarava no pau do meu pai. E o pau dele foi ficando duro.
– Sensível ao toque. – Ele me disse rindo. Eu sorri de volta.
Eu liguei o foda-se, já tinha bastante liberdade com o meu pai. Forcei o seu pau para baixo, para um lado e, para o outro para usar a maquininha. Sentia o pau dele pulsado e algumas vezes até melando a minha mão.
– Segura seu pau pra cima e abre um pouco as pernas, agora vai ser máquina zero no saco. – Eu pedi.
Meu pai fez como eu pedi, raspei bem o seu saco e toda aquela região. Quando estava acabando papai se mexeu, o dente da máquina deu uma pequena beliscada em seu saco. Papai gritou dando um pulo, seu pau vinha na direção do meu rosto eu me afastei para ele não tocar em mim, estava agachado. Desequilibrei, iria cair, não seria um tombo, mas no susto segurei na perna do meu pai pegando impulso em direção ao seu pau. Meu pai se forçou ainda mais contra mim. Meu rosto estava totalmente grudado na sua virilha e o seu pau estava lá duro e babado entre nós.
A maquininha ainda estava ligada e na minha mão, eu evitava dela encostar na perna do meu pai. Ele recuperou o equilíbrio e me puxou para cima, como eu estava praticamente em baixo dele, meu rosto e meu corpo foi subindo colado em seu corpo. Eu que ainda estava nu voltei a ficar excitado.
– Caralho Beto! Essa porra me machucou. – Meu pai disse, segurando o saco.
– Você que se mexeu, máquina zero tem que ter cuidado. Você me babou todo. – Eu disse sentindo o meu rosto melado e algumas partes do meu peito e barriga. Meu pai ria.
– Não ri não. Vou gozar na sua cara palhaço.
– Não vai nada. Você já me tirou sangue. – Meu pai disse mostrando uma gotinha de sangue do dedo dele.
Me abaixei de volta ao seu saco, tinha um corte minúsculo com uma pontinha de sangue.
– Para de drama pai, já fiz isso em mim. Não dá nada não, só vai arder hoje quando tomar banho, amanhã tá novo.
Depois disso sempre que eu me raspava, perguntava se meu pai queria se raspar também. A cada duas vezes que eu me raspava papai se raspava uma. Com o tempo ele começou a me ajudar também. Mesmo nos tocando para nos raspar e ficando de pau duro não existia constrangimento nem conotação sexual. Quando estávamos vendo filmes pornô, mesmo nos olhando e sentindo tesão ao ver o outro nunca chegamos a nos tocar.
Algumas vezes depois de gozar tomávamos banho juntos, também nada sexual apesar dos esbarroes. As vezes ficava de pau duro e chegava a nos masturbar lá dentro. Uma vez acabei gozando na perna do meu pai, ele levou na brincadeira. Construímos uma liberdade bem grande e bacana.
Terminei o terceiro ano, passei no vestibular e iria entrar na faculdade. Conforme o combinado, Carlinhos iria iniciar o Ensino Médio na escola que eu estudei.
Quando me mudei para a casa do meu pai, eu voltava para casa da minha mãe quase todos os finais de semana. Mas com o passar do tempo, muito estudo, jogos de futebol, novos amigos e namoradas, passei a ir cada vez menos. Eu ia lá somente nos feriados e nas férias. Nunca fui muito próximo do meu irmão, a diferença de 3 anos fazia vivermos em universos diferentes, ainda mais por ele ser sempre grudado na minha mãe. Quase nunca ia brincar comigo e com o meu pai. Depois que mudei, ele nunca veio nos visitar. Nas visitas que fazia a minha mãe, nós ficávamos pouquíssimo tempo juntos. Carlinhos não me dava muito papo, ficava mais na dele.
Fui passar o natal com a minha mãe como sempre fazia. E dessa vez, passaria todo o mês de janeiro por lá com ela. Meu pai também estava de férias e foi viajar. A recepção foi calorosa, minha mãe estava feliz porque eu passei no vestibular. Carlinhos tinha crescido, estava começando a pegar corpo. Suas pernas e bunda era o que mais se destacava. Ele estava diferente, não estava tão tímido e nem procurava ficar o tempo todo escondido.
Tivemos momentos agradáveis do início das férias até meados de janeiro. Dividia o quarto com Carlinhos, ele com a cama de um lado do quarto e eu do outro.
– Carlinhos, cadê as meninas dessa cidade? Estou subindo pelas paredes. – Eu disse e ele sorriu.
– Beto, você sabe que essa cidade fica vazia nas férias.
– Caralho! Preciso de sexo. – Eu disse rindo.
– Quem sabe eu não posso te ajudar.
– Tem alguma amiga safada?
– Não. – Ele respondeu sem graça abaixou a cabeça e saiu do quarto.
Não tinha reparado nada estranho nele. Desde criança, ele tinha o jeito da minha mãe e cresceu mantendo o mesmo jeito, inclusive a sua aparência. Mas sempre que eu saía do banho e trocava de roupa no quarto, Carlinhos me olhava.
Morando com meu pai não nos importávamos em ficar pelados, afinal éramos homens, pai e filho. Achei natural fazer aquilo com o Carlinhos no quarto. Sempre saía do banho com o pau meia bomba, pois sempre batia uma punheta. Achava que podia ser uma curiosidade, eu também olhava o meu pai. Mas antes de eu tomar banho ele nunca estava no quarto e quando eu saía do banho, lá estava ele. Na hora de dormir, ele também usava um pijama velho e curto que não tampava a sua bunda toda e, ele sempre a empinava para o meu campo de visão. Achei estranho também o hábito dele de acender e apagar a luz e rapidamente durante a noite. Eu sempre me mexia nessa hora.
Naquela noite, quando ele acendeu a luz eu não me mexi. Rapidamente Carlinhos apagou a luz e sentou na minha cama.
– Beto. – Ele disse baixinho.
Eu não respondi. Ele me chamou mais duas vezes e eu fiquei calado.
Carlinhos colocou a mão no meu pau, que endureceu na hora. Eu não sabia como agir. Estava certo, meu irmão caçula era um viadinho que queria o meu pau. Me virei para o lado sem falar nada. Na noite seguinte, Carlinhos não fez nada, pelo menos eu não vi. Na seguinte, ele repetiu o seu ritual. Mas eu já estava excitado antes dele me tocar.
Senti quando ele me tocou por cima da coberta... quando ele foi por baixo... quando ele tirou meu pau do pijama e ele o colocou na boca. O tesão era grande, mas eu não sabia o que fazer. Deixa-lo continuar ou interromper. Não iria falar nada com ele até porque eu não sabia o que dizer. Me virei para o lado e Carlinhos voltou para a cama. Eu ainda estava de pau duro, não conseguia pegar no sono. Senti Carlinhos se levantando, piscando a luz e voltando a me chupar. Eu não resisti, deixei ele se deliciar no meu pau.
Carlinhos me chupava com vontade. Passava a mão por dentro da minha camisa deslizando pelo meu abdômen até chegar no meu peito, ele apertava os meus mamilos. Se eu estivesse dormindo, acordaria com o que ele estava fazendo. Fiquei na dúvida se ele queria que eu acordasse e fizesse o serviço completo ou não. Mas isso eu não faria. Continuei fingindo que dormia. Carlinhos me chupava com desejo. Não me segurei e jorrei a minha porra na boca dele. Carlinhos engoliu tudo, deixou o meu pau limpo e o guardou. Antes de voltar para a sua cama ele me deu um beijo na boca, senti a sua língua. Estava em êxtase, mas também preocupado.
Quando tive oportunidade conversei com a minha mãe:
– Mãe tem algo errado com o Carlinhos.
– Não tem nada errado com seu irmão. Tinha antes, quando ele era triste e não saia de casa, só ficava trancado dentro do quarto. Agora não tem nada errado. – Minha mãe disse.
– Então você sabe?
– Sei sim. E não quero escutar de você que a culpa é minha, que eu que o mimei demais, que eu o privei de referência masculina. – Minha mãe estava com os olhos cheio de lágrimas.
– Não vou dizer isso. – Eu respondi. Alguém falou isso com ela, provavelmente a sua irmã. – Mas talvez ele indo morar comigo e com o papai pode ajudá-lo.
– Ele não vai Roberto.
– Por que não? Não foi isso o combinado? Ele fazer o Ensino Médio lá?
– Era o combinado.
– Mas a escola lá é melhor. Ele não pode ficar aqui de baixo das suas asas para sempre.
– Beto, essa foi a sua desculpa para escolher morar com o seu pai. A escola aqui também é boa e ele será capaz de passar no vestibular e vai estudar onde ele quiser. Seja aqui, na capital, ou até em outro país.
– Mãe, deixa ele morar com a gente. Pode ser melhor pra ele.
– Não, ele não quer ir. E, não ache que você e o seu pai vão mudar a natureza dele. Isso não é questão de criação, escolha ou qualquer outra coisa. É a natureza. Pode sim incubar isso, colocar ele de volta dentro do armário, deixa-lo ser um rapaz triste e incompleto. Mas não vou deixar ninguém fazer isso com meu filho. Não permitirei que nem você e nem ele seja infeliz nessa vida. Mesmo que as pessoas achem que estou errada.
– Eu entendo mãe. – Eu disse abraçando a minha mãe. Ela chorava. Não era o momento de tentar argumentar em mais nada.
– Você lembra como ele era triste e introvertido. Me doía ver aquilo. Eu já sabia desde sempre, mas esperava ele me dizer. Mas não aguentei, foi no feriado de outubro que eu falei com ele. Disse que o amava independente de tudo, que ele não precisava esconder nada de mim e que provavelmente eu já sabia. Seu irmão chorou, e disse que se sentia mal por não ser homem. – Minha mãe limpava as lágrimas e continuou. – Foi difícil, mas conversei muito com ele e expliquei se a sua orientação não mudaria quem ele era. Eu o coloquei na terapia e agora ele está aí feliz, em dois meses Beto, olhe como ele mudou. Acha que eu devo deixa-lo triste de novo?
– Não mãe. Você fez certo. Mas por que não contou pra mim e para o papai?
– Não é algo para ser contado. Quando o Carlinhos quiser, ele que conte. Ele tem medo da sua reação e da do seu pai também. E como você descobriu?
– Não teve uma situação específica. – Eu menti.
Depois fui conversar com o Carlinhos:
– Mamãe disse que você não quer voltar comigo. Não quer morar comigo e com o papai.
– Não quero Beto. A escola aqui também é boa.
– Você sabe que eu e o papai amamos você, não sabe Carlinhos? Que você pode ser feliz lá. Você pode ser você.
– Eu não estou pronto Beto. – Carlinhos disse e me deu um abraço.
Eu também não estava pronto, não estava pronto para dizer mais nada e nem para continuar ali. Decidi antecipar a minha volta para casa. Disse que recebi um e-mail da faculdade pedindo para eu levar alguns documentos que estava faltando para a minha matrícula.
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Capítulo 2 – Carlinhos
Sempre soube que eu era diferente do meu pai e do meu irmão. Eles sempre tão másculos, gostavam de brincadeiras violentas, esportes, coisas que sempre soube que não eram para mim. Beto é três anos mais velho do que eu, nunca tivemos muita intimidade. Afinal, três anos de diferença quando se é criança é muita coisa. Sem contar que, sempre fiquei mais agarrado com a minha mãe. Meus pais se separaram quando eu tinha 11 anos. Meu irmão, Beto, rapidamente foi morar com meu pai na capital. Meu pai esperava que eu terminasse o Ensino Médio para ir morar lá também, o que ainda demoraria mais três anos para a minha sorte.
Eu não era uma criança triste, mas quando fui me conhecendo melhor fiquei abalado. Morava apenas eu e a minha mãe. Beto já morava com o meu pai. Me lembro uma vez que minha tia Deyse foi lá em casa com o meu primo Pablo, ele era apenas um ano mais velho do que eu. Escutei a mãe dele o mandando ir brincar comigo.
– Não quero mãe. O Carlinhos não sabe brincar como um menino, aposto que é um viadinho. É isso que falam dele na escola e se souberem que vim aqui vão falar o mesmo de mim. – Pablo disse para a sua mãe.
– Deixa ele brincar na rua. – Minha mãe disse com a irmã. Liberando meu primo do suplício que era brincar comigo na minha casa.
– Você está vendo Denise. O que andam falando do seu filho? Isso que dá você mimar demais o menino, sempre carregando ele no colo pra cima e pra baixo, deixando ele fazer comida, ele te ajudando na cozinha. Ele penteava o seu cabelo Denise! – Tia Deyse criticava a minha mãe.
– Para com isso Deyse! Não tem nada a ver uma coisa com a outra. – Minha mãe respondeu.
– Agora sem o Carlão e sem o Beto aqui, referências masculinas na casa, que o Carlinhos não vai ter concerto mesmo. – Tia Deyse disse.
– Deyse, está louca? Acha que meu filho está quebrado para ter conserto. Já falei para parar com isso. – Minha mãe disse.
– Se não quer ouvir, eu não falo, mas depois não vá dizer que eu não avisei. – Tia Deyse finalizou.
Depois desse dia me vi de uma forma que eu nunca havia me visto, era fato, eu era gay e não era culpa da minha mãe como ela disse. Eu não sabia que na escola falavam de mim. Fazia sentido eu não saber, afinal sempre ficava com as meninas e não com os meninos. Nunca jogava bola com eles, só era procurado para fazer trabalhos em grupos pelo fato de ser inteligente. Tentei me afastar das meninas e me aproximar dos meninos. Queria aprender a ser homem, como era o meu pai e o meu irmão. Mas era muito difícil para mim. Com isso acabei ficando cada vez mais triste e solitário.
Depois da mudança, Beto vinha quase todos os finais de semana e foi diminuindo. Apesar de dividirmos o quarto, nós mal nos víamos e também mal nos falávamos. Eu não tinha assunto com ele, e nem com meu pai, que me ligava toda semana e era sempre a mesma: “Oi, como tá? E a escola? E as meninas, já está namorando? Estou com saudades. Quero que venha me ver. Beijo e Tchau”. Toda semana ele perguntava as mesmas coisas e eu respondia as mesmas coisas.
Eu gostava do meu pai. Na verdade, foi o primeiro homem que eu admirei, lembro quando tomávamos banho juntos, eu e ele ou eu, ele e o Beto. Adorava ver o seu corpo, adorava ver o seu pau grande balançando, nem sabia o que era um boquete, mas já tinha vontade de colocá-lo na boca.
Meu pai me chamava para passar alguns dias na casa dele, eu quase fui algumas vezes, mas minha mãe me dava tantos conselhos que me deixava inseguro. Não era sobre a violência da cidade grande. Era para cuidar do meu jeito, da forma que eu falava, que eu gesticulava. Ela tinha medo da reação do meu pai e do Beto. Acho que no fundo, ela tinha medo por mim e por ela. Ela ficava triste pelo que a minha tia vivia buzinando no ouvido dela. Eu ficava ainda mais triste por deixa-la triste.
Comecei a viver num mundo virtual, onde era mais feliz e livre. Podia ser várias pessoas diferentes, dar opinião sobre tudo e aprender muita coisa. Minha mãe me via como um rapaz triste, talvez no mundo real eu fosse mesmo, mas no virtual eu era feliz, acho que ela não entendia isso.
– Carlinhos você tem que sair do quarto, tomar banho, comer longe desse computador. Assim não dá. Tem que ter uma vida social. – Minha mãe repetia isso quase todos os dias, mas nada adiantava.
Nas férias de julho quando eu estava na oitava série, minha mãe inventou uma viagem para praia, uma cidade pequena no litoral do ES, só tinha televisão, nada de computador e internet. Foi terrível no início. Viajamos eu, minha mãe, minha tia Deyse com os filhos e o marido. Beto não foi. Ficou com a namorada. Não tinha nada para fazer. A presença dos meus primos me incomodava, imagino a que a minha também a eles. Resolvi andar pela vila, vi uns pescadores e sem maldade fiquei olhando para eles trabalhando. Um deles, o mais novo, que devia ter entre uns 18 e 20 anos se aproximou de mim. Ele estava sem camisa e com um short curto exibindo belo abdômen e belas pernas. Fiquei nervoso quando ele se aproximou.
– Oi, está de férias? – O pescador me perguntou.
– Sim eu... eu vim com a minha família.
– Legal, aproveite a cidade.
– Obrigado. – Respondi sem graça. O jovem pescador estava voltando para junto dos outros.
– Meu nome é Binho. Prazer – Ele se apresentou se afastando.
– Prazer, sou Carlinhos.
Continuei parado ali, desta vez admirando apenas o Binho, agora com maldade, com malícia mesmo, eu tinha 14 anos e já sentia muito tesão em ver um belo espécime de macho. Binho pareceu gostar de mim, ele sempre me olhava e dava aquela ajeitada no pau. Não sabia se era um sinal ou se estava excitado. Eu sei que eu estava, mas não peguei no meu pau. Fiquei uns 40 minutos naquele final de tarde só admirando aquele homem. Quando ele terminou o trabalho voltou a se sentar ao meu lado.
– O trabalho é pesado. Desenrolar as redes, esticar, costurar onde arrebenta. E quando for umas 5 da manhã, estamos aqui de volta para ir pescar. – Binho me contava.
– Nossa! Cedo assim?
– É, e por volta das 7 já estamos de volta para vender o peixe fresquinho.
– Bacana. – Eu não tinha assunto.
– Quer dar uma volta mais tarde?
– Tenho que pedir a minha mãe. – Eu respondi sem graça. Não queria parecer uma criança.
– Então passo aqui às 7 da noite, se você tiver por aqui a gente dá uma volta, se não der, sabe onde me encontrar. – Binho respondeu.
Fiquei bravo por que minha mãe não deixou sair sozinho à noite. Disse que eu poderia, se fosse com os meus primos. Por isso desisti. Mas às 19 fugi, queria dizer ao Binho pessoalmente que não poderia ir.
– Que pena, tentamos outro dia então. – Binho disse pegando no pau. Meus olhos foram naquela direção na hora. Ele percebeu que eu encarei. Fez aquilo de propósito. Binho sorriu, me puxou para um meio abraço de forma que o senti pela primeira vez, um pau duro relando em mim. Não sei como explicar, eu fiquei excitado, meu pau ficou duro, meu cu piscava, minhas pernas tremiam.
– Quem sabe amanhã?
Acordei cedo, não tinha problema sair durante o dia. Às 8:00 da manhã cheguei à peixaria fiquei quase duas horas fingindo que não estava fazendo nada. Binho olhava pra mim, pegava no pau e sorria.
– Estou fedendo a peixe. – Binho disse.
– Não é tão ruim. – Eu disse e ele sorriu.
– Percebi que estava olhando muito pra mim.
– Se percebeu é porque olhava muito pra mim também.
– Tem razão. Mas reparei que você olhava para uma parte específica.
– Talvez porque você sempre estava pegando nela.
– E você quer pegar?
– Eu não sei, nunca fiz isso. – Eu respondi.
Binho pegou a minha mão e levou até o seu pau, senti o pau dele duro. Foi fantástico. Fiquei excitado na hora. Ficamos na areia, a praia ainda estava vazia e comecei a bater punheta para aquele rapaz, que passava a mão nas minhas pernas. Eu queria beija-lo, mas tive medo. Ele gozou e sorriu pra mim.
– Tenho que ir, espero te ver de novo. – Binho disse.
Os meus dias naquelas férias foi tentar encontrar o Binho sempre que eu podia, e nem sempre que nos encontrávamos eu conseguia segurar no seu pau. Um dia ele pediu para eu chupá-lo, mas não tive coragem. Vontade eu tinha, muita, mas não tive coragem. Eu achei que estava apaixonado pelo Binho, mesmo sem tê-lo beijado, fiquei triste e sofrendo quando fui embora. Mergulhei de vez no meu mundo virtual e abandonei o real.
Em outubro deste mesmo ano a minha mãe veio falar comigo:
– Filho, podemos conversar? – Minha mãe perguntou.
– Já sei o que vai dizer, é pra eu largar esse computador. Comer na mesa, tomar banho...
– Hoje não é isso. Não gosto de te ver assim. Esse mundo que você está não é real Carlinhos, aqui é mundo real. É aqui que estou, eu, sua mãe que amo você mais que tudo nesse mundo. Independentemente de qualquer coisa. Você entende isso Carlinhos?
– Entendo. – Eu disse. Estava com medo de onde ela queria chegar.
– Você sabe que não precisa esconder nada de mim, não sabe? Não precisa carregar nenhum peso sozinho. Sabe que seja lá o que você tiver que carregar, pode dividir comigo. Eu aguento. Talvez eu já esteja carregando e você não percebeu ainda. – Minha mãe disse, via que estava emocionada. Eu não aguentei e comecei a chorar em seu colo.
– Eu não queria ser assim mãe. Eu não queria. Eu queria ser homem como meu pai, como o Beto, meus primos, como qualquer homem.
– Meu filho você é homem. Você se sente homem? Queria ter outro corpo? Se sente uma menina?
– Não. – Eu disse.
Sentir vontade de beijar, chupar e dar para um homem, isso não me fazia querer ser menina. Gostava do meu pau, de senti-lo duro, de pegar nele, de gozar por ele.
– Então você é homem. Não permito que não se sinta como um. Gostar do mesmo sexo não muda isso. Não muda nada. Não muda quem você é. Só uma coisa tem que mudar. Essa vida que você está levando, trancado aqui dentro, preso nesse computador. Você deve viver a sua vida está entendido?
– Não tenho coragem de encarar o mundo mãe.
– O mundo real é cruel sim meu filho. Mas estamos vivos e temos que viver. Vou marcar para você fazer terapia tudo bem? – Minha mãe disse. Eu concordei com a cabeça. – Quero te ver feliz meu filho.
A terapia e a minha mãe me ajudaram muito a me aceitar, aprendi que me aceitar não significa me assumir para os outros, apenas para mim mesmo. Me aceitei como gay. Não precisava fazer sexo para saber disso, não precisa beijar ou chupar algum cara. Também não precisava contar para ninguém.
– Então não vai contar para o seu pai e o seu irmão?
– Não. – Eu sabia que minha mãe não queria que eu contasse, ela tinha mais medo da reação deles do que eu. Acho que minha mãe construiu sem querer esse medo em mim. Minha mãe não é culpada por eu ser gay, ninguém tem culpa nisso. É a natureza, você é ou não. Não se vira gay. Mas talvez ela tenha me influenciado a ter esse medo da reação do Beto e do meu pai, e que todos a culpem por isso. Preferi não contar para ela, mas eu pretendia esperar sair de casa, morar em outra cidade para viver a minha vida gay longe dela e das pessoas a que a julgariam. Só tinha que esperar alguns anos até fazer 18 anos e entrar em uma faculdade. – E decidi também que não vou morar com o meu pai e com o Beto.
– Você acha que eu vou ficar triste? Ter meu filhinho aqui por mais três anos. – Minha mãe disse toda feliz.
– Mas também não quero que conte para eles, vou deixar pra contar em cima, não quero escutar eles falando na minha cabeça que a escola lá é melhor. A escola daqui é uma das melhores do estado.
Eu realmente tinha tirado um peso dos ombros, voltei a ter amizade com as minhas amigas, perdi o medo dos meninos, me tornei mais independente e menos robô, tentava demais ser menino padrãozinho e tudo o que eu não era é um padrãozinho. Não era afeminado, mas de vez em quando dava umas escorregadas, mas não me importava. Conhecia “héteros” que escorregavam mais do que eu. Terminei a oitava série ainda BV (boca virgem). Não só a boca, era tudo, menos a mão.
Beto veio para as festas de final de ano, ele estava diferente, encorpado, bonito. Não parecia o mala do meu irmão. Ele tinha passado no vestibular e estava empolgado com isso. Minha mãe adorava quando ele vinha. Eu sei que sou o filho preferido, mas ninguém pode dizer que minha mão não amava o Beto. Eu já não sabia se o mesmo valia para o meu pai em relação a mim.
Eu e Beto dividíamos o mesmo quarto, adorava vê-lo nu saindo do banho, seu pau sempre inchado, como se ele tivesse acabado de gozar, tinha dias que dava para ver aquele melado se formando. Sempre dava um jeito de chegar no quarto para vê-lo daquele jeito. Sei que era loucura, mas estava morrendo de tesão no meu irmão. Peguei um pijama velho que deixava a minha bunda bem a mostra para ver se ele sentia o mesmo por mim.
Uma noite fui ao banheiro e quando voltei ascendi a luz. Consegui ver o formato do pau do Beto sob o pijama que ele usava, apaguei a luz e passei a mão nele, senti o pau dele pulsar e corri para a minha cama. Todas as noites passei a ascender a luz em busca de ver e tocar naquele pauzão de novo.
– Carlinhos, cadê as meninas dessa cidade? Estou subindo pelas paredes. – Beto me perguntou em uma tarde, eu sorri pra ele.
– Beto sabe que essa cidade fica vazia nas férias. – Eu respondi.
Se ele perguntasse onde tem jogo de futebol com as pernas mais bonitas ou as melhores bundas eu saberia. Passei a gostar de ver futebol só para admirar os jogadores. Até mesmo essas peladas.
– Caralho! Preciso de sexo. – Beto disse sorrindo.
– Quem sabe eu não posso te ajudar. – Eu disse. “Vai que cola”
– Tem alguma amiga safada?
– Não. – “Putz não colou” fiquei sem graça e sai do quarto.
Sabendo que o Beto precisava de sexo eu tentei me arriscar. Ascendi a luz, e ele dormia, diferente dos outros dias que ele se mexia com a claridade.
– Beto, Beto, Beeetooô. – Eu o chamei. Beto não se mexia eu me sentei ao lado dele na cama.
Com muita coragem coloquei a mão no pau dele, senti endurecendo entre os meus dedos. Como eu queria aquele pau. Devia ter uns 18 centímetros, era grosso e bem proporcional, nem se comparava com o do pescador. Pena que durou pouco. Beto se virou de lado e eu larguei o seu pau.
Voltei para a minha cama pensando se ele acordou, se ele sabia o que eu fizera, ou se apenas se mexeu dormindo. Fiquei com medo de tentar novamente, mas o medo durou pouco. Ascendi a luz novamente, fiquei feliz com a cena. O pau do Beto já estava duro e marcando o pijama.
Coloquei a minha mão sobre a coberta, senti novamente aquele caralho grande e gostoso na minha mão, tirei a coberta. Beto usava o pijama sem cueca por baixo, foi fácil colocar aquele pau para fora. Eu forçava a vista para conseguir enxergar aquele pau duro, queria guardar na minha cabeça, queria guardar na minha boca.
Me inclinei e passei meus lábios na cabeça do pau do Beto, senti uma gotinha do pré gozo dele. Era uma delícia. Desci pelo resto do seu pau até senti-lo todo na minha garganta. Consegui dar duas chupadas até Beto se mexer, fiquei assustado e voltei para a cama deixando o pau dele ali para fora.
Eu estava louco de tesão, louco de vontade de continuar chupando, acho que minha bunda se lubrificou sozinha assim como o pau do Beto, eu queria ser preenchido, queria dar para o meu irmão. Não queria mais um homem, queria o Beto com aquele pau gostoso. Criei coragem e voltei para a cama do Beto e voltei a chupa-lo. Chupava com vontade, como se eu soubesse o que estava fazendo. Me dedicava a cabeça, ao corpo, as bolas; fazia tudo que eu podia, sentia aquela babinha vindo e achava uma delícia.
Eu batia punheta para o Beto com a cabeça do pau dele na minha boca. Passava a minha mão pelo corpo dele, aquele corpo de homem, ali no meu quarto, eu não resistia. Não me importava com mais nada, estava alucicrazy. Adorei quando Beto gozou na minha boca, eu também gozei sem encostar no meu pau. Algo novo, diferente e delicioso.
Engoli toda a porra do Beto, um gosto diferente, forte, não tão bom como o da babinha, mas engoli tudinho, deixei o pau do Beto limpinho, um pau gostoso que não amolecia depois de gozar. Guardei o pau do Beto e olhei para o seu rosto. Ele parecia feliz, estava lindo. Devia ter gozado no sonho também.
Beto foi o primeiro homem que eu chupei, eu queria que também fosse com ele o meu primeiro beijo. Me inclinei sobre ele, dei um beijo nos seus lábios e coloquei a minha língua dentro da boca dele, senti as nossas línguas se tocando. Sei que Beto sentiu, minha mão estava sobre o seu pau e senti mais uma vez pulsar enquanto eu o beijava.
No dia seguinte, veio todo o medo que eu não tive na noite anterior, preferi ficar mais no quarto, além de, quem sabe ver Beto pelado de novo.
– Mamãe disse que você não quer voltar comigo. Não quer morar comigo e com o papai. – Beto me disse ao chegar no quarto.
– Não quero Beto. A escola aqui também é boa.
– Você sabe que eu e o papai amamos você, não sabe Carlinhos? Que você pode ser feliz lá. Você pode ser você. – Beto me disse.
Achei que aquilo poderia ser um enigma.
– Eu não estou pronto Beto. – Respondi dando outro enigma e um abraço em Beto.
Naquele mesmo dia Beto foi embora disse que recebeu um e-mail da faculdade pedindo para ele levar alguns documentos que estava faltando para a sua matrícula.
Na primeira semana de aula me surpreendi com um e-mail do Beto. Ele dizia que sabia que estava sempre no computador, que ele mesmo usava pouco e que não gostava de falar no telefone, que poderíamos usar essa ferramenta para mantermos o papo em dia. Me contou sobre como eram as coisas na faculdade, sobre as amizades que ele fizera. Sobre as meninas bonitas, sobre um amigo gay.
Resolvi responder. Falava também da escola de como estava tudo. Todo dia, ou dia sim e dia não, trocávamos meia página de palavras. Eu ficava na dúvida se Beto sabia o que eu fiz com ele, ou se ele já sabia que eu sou gay, ou se realmente só queria ser um bom irmão.
Mais para o meio do ano, Beto me disse que estava ficando mais sério com uma garota, confesso que morri de ciúmes com aquilo. Eu disse para o Beto que eu também estava apaixonado. O que era mentira, ou talvez estivesse pelo próprio Beto. Inventei que já tinha beijado na boca e que estava pensando em fazer sexo. Eu sabia que Beto teve a sua primeira relação com 16 anos. Achei estranha a forma que ele respondeu, dizendo para eu ir com calma, não fazer nada que eu pudesse me arrepender, escolher uma pessoa (não garota) especial.
Beto não voltou nas férias de julho, resolveu ficar com a sua ficante. Mas no natal ele apareceu com ela. Aquela garota era um grude, ainda deixei os dois ficarem no meu quarto. Meu pai também foi para o Natal a pedido do Beto à minha mãe, que não via problemas, mas que ele teria que ficar no sofá.
Resolvi dormir com o meu pai na sala. Até que o nosso papo fluiu bem mais, pois estávamos ali pessoalmente, não ficamos no roteiro de sempre. Papai me elogiou, disse que eu estava crescendo e estava bonito. Mas não deixou de perguntar sobre as namoradas. Papai dormiu sem camisa e só de cueca, vi como o pau dele era grande e grosso, isso tudo mole, me deu água na boca.
Eu estava mesmo bem tarado, não estava perdoando meu irmão e nem o meu pai. Também eram os únicos homens que chegavam perto de mim. Meus primos são idiotas, na minha escola só têm idiotas.
Perto do meu pai eu cuidava melhor da minha postura, tentava não escorregar, e deu certo, ele pareceu não perceber nada. Mas não me hesitei em ataca-lo naquela noite. Fui de leve com a minha mão por cima da cueca dele. Como a TV estava ligada eu pude confirmar que ele realmente dormia, não se movia. Seu pau ia endurecendo dentro da cueca e a cabeça ficando do lado de fora.
A cueca ficou tão apertada para o pau do meu pai que eu não consegui nem o tirar para fora. Eu passava a língua na cabeçona do seu pau que estava perto do próprio umbigo. Não era seguro chupar muito e nem deixar papai gozar, pois imaginei que não ia conseguir deixa-lo limpo. E também não sabia se ele poderia acordar. Tinha mais medo e mais tesão ali na sala com papai do que foi com o Beto no ano passado.
Meu pai me chamou para passar o resto das férias com ele, eu disse que não. Mas ele insistiu tanto que resolvi ficar uma semana lá com ele.
Tinha 5 anos que meu pai morava lá e eu nunca tinha pisado em seu apartamento. Era um prédio muito bom, apartamento espaçoso com dois quartos. Tinha um terceiro, mas virou escritório.
– Quando vier morar aqui se não quiser dividir o quarto com o seu irmão eu transformo esse em um quarto de novo. – Meu pai me disse.
– Tudo bem pai. Não se preocupe. – Eu respondi. Nem sabia onde eu iria estudar ainda.
Papai foi para o banho. Eu achei o máximo vê-lo saindo pelado do banheiro e andando pela casa com maior naturalidade. Ele reparou que eu estava olhando.
– Está estranhando né? Aqui é casa de homem, pode andar como quiser. Não temos frescuras aqui não. – Papai disse rindo.
– Está certo. Eu mesmo nunca andei pelado pela casa.
– Então vai lá, toma um banho e ande pelado. – Meu pai disse rindo. – Sinta a liberdade.
Depois de um tempo tomei banho e sai pelado pela casa. Reparei meu pai olhando para a minha poupa, fiz questão de empiná-la um pouco. Para a minha sorte, papai já tinha colocado um shortinho. Porque se eu visse aquele pau, ia estar desfilando pela casa de pau duro.
A semana na casa do meu pai foi bem agradável. Infelizmente não tive oportunidade de ficar perto de mais dele, mas me deliciei muito o vendo andando pelado todos os dias com o pau balançando entre as pernas e gostei de me exibir para ele.
Encontrei a coleção de DVDs pornô que ele tinha, me assustei quando meu pai apareceu atrás de mim.
– São os nossos pornôs. – Ele disse
– Seu e do Beto?
– Sim, assistimos de vez em quando, quando bate aquela vontade de gozar. – Papai disse sorrindo.
Eu sorri sem graça, mas quase furei a calça imaginando o meu pai e o Beto sentados ali na sala escolhendo um filme pornô, colocando no DVD e se masturbando juntos.
Voltei para minha casa. Beto ainda estava lá com a namorada, mal conversamos. Não sei se era culpa minha, do Beto ou da namorada. Mas estávamos meio sem graças de conversar um com outro pessoalmente. Dormia com a minha mãe e Beto continuava ocupando o meu quarto com a namorada.
No ano seguinte, minha mãe inventou mais uma viagem com a família que Beto não precisou ir. Pensei em ir para a casa do meu pai, mas eu gosto de praia.
A cidade estava cheia, muita gente bonita. Eu arrumei umas paqueras. Cheguei até ficar com uma garota, meus primos pareceram não acreditar. Não fiz aquilo para aparecer, mas porque tive vontade mesmo. Foram só uns beijos. Troquei olhares com alguns garotos, mas eu não sabia o que dizer, esperava que algum deles viesse falar comigo, mas ninguém veio. Cheguei a ver o Binho, ele estava com uma garota, me reconheceu e acenou de longe, mas não voltamos a nos encontrar. Ele não estava mais tão bonito. Talvez eu tenha aumentado o meu padrão comparando com o Beto e com o meu pai que são lindos. E eu também, apesar de parecer mais com a minha mãe, que muito bonita, eu pareço com o Beto e com meu pai também.
Num piscar de olhos mais um ano havia acabado. Era o meu ano de formatura. Meu pai e Beto não puderam vir para a minha colação, nem para a festa. Tudo caiu no meio da semana. Eu fiz três vestibulares e passei nos três. Um deles para a capital. Outro na minha cidade e outro no Rio. Estava em dúvidas em qual ir. Decidi pensar nisso depois da viagem de formatura. Que foi para praia, desta vez no Rio. Foi uma viagem muito boa. Que me ajudou a decidir onde morar. Descobri que o Rio é a cidade perfeita para férias, principalmente nos meses de férias escolares e carnaval. Mas para morar, não era tão bom assim. Por isso, decidi ficar na capital do meu estado mesmo. Morando com o meu pai e meu irmão. Economizando em moradia.
Tinha dois anos que eu não via o meu pai e o Beto. Apesar das constantes ligações para o meu pai e as trocas de e-mails como Beto. Nesse período houveram muitas transformações no meu corpo. Eu havia crescido bastante, não tinha os 1,80m do meu pai e do Beto que devia ser ainda maior, mas já estava com 1,75m, ganhei um pouco de peso também, que foram para as pernas, bunda e braços. Minha barriga continuava negativa. Eu amo o meu corpo, minhas pernas definidas, meus braços grossos, mas não musculosos, meu peito grande. E o meu cabelo que deixei crescer na altura do ombro, mas que eu sempre prendia ou escondia com um boné.
Uma semana antes de iniciar as minhas aulas, resolvi ir para a casa do meu pai de surpresa. Da rodoviária peguei um taxi para o condomínio dele. Tinha acabado de deixar as duas malas grandes na portaria e estava ajeitando o meu cabelo quando o elevador abriu a porta. Vi dois homens lindos saindo de dentro dele, claro que aqueles lindos eram o meu pai e o Beto. Enrolei o meu cabelo, cobri com o boné e me virei para eles.
– Oi papis, Oi Beto. – Eu disse.
Meu pai me olhava surpreso, com uma cara de bobo. Beto ria do papai e eu buscava entender o motivo daquela graça toda.
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Capítulo 3 – Beto
Faltava uma semana para a volta às aulas. Eu estava saindo do elevador com o meu pai, não me lembro sobre o que conversávamos.
– Olha lá. – Meu pai apontou.
Na portaria tinha uma silhueta contra a luz, não conseguíamos ver quem era, pois ela estava de perfil, aquelas coxas grossas e a bunda enorme chamava atenção. Ela mexia no cabelo que ia até os ombros.
– Olha que delícia Beto.
– Pai, não acho que seja uma mulher.
A pessoa enrolou o cabelo e o cobriu com um boné. Olhou na nossa direção e disse:
– Oi papis, oi Beto. – Carlinhos disse vindo em nossa direção.
Não era uma mulher, apesar da sombra nos enganar, era o Carlinhos. Com uma calça jeans bem apertada, uma blusa larga, uma mochila nas costas, de tênis e com um boné escondendo os cabelos grandes.
Eu olhei para o meu pai e ria da cara de bobo que ele fazia. Meu pai não conseguiu responder ao Carlinhos.
– Oi Carlinhos, não esperávamos você aqui. – Eu disse.
– É, vim de surpresa. Decidi que irei estudar aqui mesmo. Ainda tem lugar pra mim? – Carlinhos perguntou.
– Claro que tem meu filho. – Meu pai respondeu despertando do transe.
– Vocês estavam de saída? – Carlinhos perguntou.
– Não era nada importante. – Meu pai respondeu.
Eu e papai pegamos as malas do Carlinhos e voltamos para o apartamento.
– Beto, coloque as malas do seu irmão no escritório. Carlinhos, você dorme no quarto do Beto até eu esvaziar o escritório transforma-lo em um quarto de novo. – Meu pai disse.
– Sem problemas pai. – Carlinhos disse.
Mas havia um problema. Eu não imaginava que Carlinhos iria decidir morar lá com a gente. Já tinha dois anos que eu havia trocado a minha cama de solteiro por uma de casal. Não dava para levar as meninas para casa e dormir em uma cama de solteiro.
– Onde vou dormir? – Carlinhos perguntou quando viu a cama de casal no quarto.
– Pode ficar com a minha cama que eu durmo na sala. – Eu disse.
– Não, eu durmo na sala. – Carlinhos disse.
– Meninos! Essa cama é grande. Por que não dividem? – Meu pai indagou.
Meu coração disparou. Não ia ser legal eu e o Carlinhos na mesma cama. E se ele tentasse passar a mão em mim, me chupar. Como eu ia resistir? Como me segurar para não voar para cima dele e devorar esse garoto? Pensei.
– A gente dá um jeito. – Eu disse.
Estava certo que não iria dividir a cama com o meu irmãozinho gostosinho e veadinho.
Carlinhos tirou mais uma vez o boné e soltou o cabelo. Um cabelo bonito e bem cuidado, que o deixava com uma aparência feminina apesar do Carlinhos não ser afeminado, pelo menos não na maior parte do tempo.
– Está grande o seu cabelo. – Eu disse.
– Está sim, deixei crescer para poder doar. Mas gostei muito de ter o cabelo grande assim que acho que vou ficar com ele pra mim. – Carlinhos disse rindo.
– Por que não corta a parte de baixo e doa? E em cima você deixa, acho que vai ficar mais bonito, mais masculino. – Eu disse.
Me julguem, foi um pouco de preconceito, não queria meu irmão parecendo uma menina, o que iriam falar. Mas também vê-lo como uma menina me despertava coisas que era melhor eu não pensar.
– Ideia boa Beto. Tem algum salão que posso ir? – Carlinhos me perguntou e eu torci a cara.
– Vamos na barbearia mesmo, é 10 reais o corte. – Eu disse. Carlinhos riu.
– Pode até ser em uma barbearia, mas não vou colocar os meus cabelos na mão de alguém que cobra 10 reais no corte. Vamos naquela que vão os jogadores de futebol, daquele barbeiro famoso daqui. – Carlinhos disse.
– Beleza. – Preferi não render. – Vou pegar o telefone e a gente marca.
Não queria perder tempo, quanto antes Carlinhos mudasse o corte mais rápido eu iria conseguir vê-lo como um garoto, apesar de que foi o garoto que me chupou 3 anos antes. Aquele garoto cresceu, mas eu tinha certeza que os seus instintos não haviam mudado. Consegui marcar o corte do Carlinhos para a próxima segunda-feira.
– Pessoal cadê a comida? A dispensa está vazia. Só tem macarrão instantâneo e biscoito. – Carlinhos disse.
Fui até a cozinha e meu pai estava lá se explicando:
– É que a gente mal come em casa meu filho, e somos péssimos cozinheiros. Da última vez que compramos um pacote de arroz, tivemos que jogar fora porque ficou parado por anos.
– Isso agora vai mudar. Eu não vou viver de carboidrato. Nem vocês. Um dia comendo isso minha barriga triplica o tamanho. – Carlinhos disse levantando a sua camisa e mostrando a barriga. Uma barriga linda, branquinha e sem pelos, negativa com 4 gominhos tímidos aparecendo. Uma barriga que as garotas da minha academia gostariam de ter. – Não sei como vocês não estão gordos. Tá vendo, isso não puxei de vocês.
Meu pai sorria. Aposto que o seu pensamento era o mesmo que o meu. “O que você puxou da gente?”. Eu ainda não tinha certeza se o meu pai via o Carlinhos como um menino delicado que foi criado por mulheres ou um rapaz gay.
– Me levem ao mercado, faremos compras e teremos comida de verdade nesta casa. – Carlinhos se impôs soltando e prendendo os cabelos mais uma vez.
Era sexy a forma que ele fazia aquilo. Até o meu pai o encarou.
Fomos ao supermercado. Eu e meu pai nunca havíamos saído de lá com tantas compras. Um monte de comidas sem glúten e integrais. Carne vermelha magra, peito de frango, peixes e ovos. Além de vegetais e legumes.
– A geladeira vai estranhar quando colocar isso tudo dentro dela. – Eu disse. Papai e Carlinhos sorriram.
Carlinhos fez um almoço fantástico. Uma salada deliciosa de entrada e um macarrão com um molho escuro com tiras de carne. Eu e meu pai repetimos inclusive a salada.
– Para o jantar será apenas salada e um bife de frango. Tem que ter educação para comer, se não vão dizer que eu que vou engordar vocês. – Carlinhos disse.
– Mas sua comida está uma delícia. Melhor que a da mamãe. – Eu disse.
– Está mesmo. Se sua mãe cozinhasse assim, ainda estaríamos casados. – Meu pai disse brincando.
– Que piada infame. – Carlinhos disse.
Não podia fazer brincadeira com a mamãe perto dele. Aprendemos isso já no primeiro dia.
Depois do almoço deitei no sofá. Carlinhos foi tomar um banho e depois foi para o escritório se trocar. Vi quando ele saiu do banheiro com a toalha amarrada até no peito, mas quando viu que eu estava deitado, tirou a toalha para que eu pudesse ver seu corpo nu, foi muito rápido, percebi que ele não tinha pelos no corpo, nem nas pernas. E a bunda, ainda maior do que antes, firme e redonda. Carlinhos passou pela sala com uma bermuda curta, onde mostrava perfeitamente o desenho da sua bunda. Ele estava sem camisa exibindo aquela barriga linda e o peito grande, não era um peito feminino, mas não masculino como o meu, era grande, num formato bonito, mas dava para ver que era macio.
Papai saiu nu do banheiro. Trazia a toalha molhada na mão. Carlinhos olhava para o papai com curiosidade e desejo. Era um dia quente então papai não se secava direito, deixava as costas e o peito com gotas para se secarem sozinhas. Eu aprendi isso com ele, era gostoso. Então até se secar papai ficou pelado andando de um lado para o outro na casa.
– Deixa eu sentar aí. – Meu pai pediu. Eu levantei a cabeça e ele se sentou, eu voltei a me deitar apoiando a cabeça na perna do meu pai. – Carlinhos aproveita que está em pé pega o controle da TV para o papai. – Carlinhos pegou e entregou para o meu pai que ligou a TV. Carlinhos olhava como bobo para o meu pai sentado ainda pelado e eu com a cabeça em seu colo. – Beto dê espaço para o seu irmão se sentar.
– Poxa eu estava deitado aqui. Cheguei primeiro. – Eu disse levantando as pernas. Era o máximo que eu faria. Carlinhos se sentou e eu coloquei a minha perna sobre ele e continuei deitado.
Estava passando um programa de esportes, meu pai via com atenção. Carlinhos tentava disfarçar, mas não parava de olhar para o meu pai. Senti que ele empurrava minha perna bem de leve em direção aos seus joelhos, me deixando um pouco torto. Achei aquilo estranho e fiz o movimento contrário. Foi assim que percebi que o Carlinhos estava excitado, muito excitado. Ele empurrava a minha perna para que eu não pudesse sentir, mas com aquele movimento eu senti. Me assustei e levantei.
– Acho que vou tomar banho também. – Eu disse.
Meu pai me ignorou e Carlinhos olhava para baixo. Para o pau duro em seu short tentando tampar.
Estava no banho quando gritei o meu pai.
– O que foi? – Ele perguntou de lá.
– Faz favor. – Eu disse. Ele entrou. – Fecha a porta.
– O que foi Beto?
– Pai acho que com o Carlinhos aqui temos que mudar algumas coisas.
– Como assim?
– Acho que não devemos andar pelado com o Carlinhos aqui.
– Por que não?
– Pai o Carlinhos é diferente da gente. Não é possível que você não percebeu.
– Claro que percebi Beto. Por isso mesmo devemos continuar como sempre fomos. Seu irmão foi criado só por mulher, é normal ficar curioso. Você também estranhou isso, era curioso.
– Mas eu tinha 15 e não 18 anos.
– Seu irmão só veio pra cá agora. Não seja estranho. Mostre pra ele que é natural. – Meu pai disse querendo encerrar o assunto.
– Mas é natural ficar excitado? – Eu perguntei. Meu pai me olhava estranhando. – É pai, o Carlinhos ficou de pau duro lá no sofá. Não sei se foi por que te viu pelado, ou me viu com a cabeça no seu colo.
– Talvez fosse a sua perna encostando nele. Você estava com a perna no colo dele não estava? – Papai abriu o box o segurou no meu pau, que rapidamente ficou duro na mão dele. – Tá vendo, sensível ao toque. Não viaja no seu irmão. E vamos continuar com a vida normal.
Eu não falei mais nada. Não tive coragem de dizer que Carlinhos me chupou, pra isso eu teria que dizer que eu deixei, que gozei e que não contei nada. Além da minha mãe já ter me confirmado isso há anos.
Saí do banho com a toalha na cintura, meu pai ainda estava no sofá e pelado, mas Carlinhos não estava lá. Entrei no meu quarto e lá estava ele.
– Beto eu vim me deitar um pouco. Quer que eu saia do quarto? – Carlinhos me perguntou.
– Não precisa. Pode ficar aí, só vou colocar uma bermuda. – Eu disse.
Peguei minha bermuda tirei a toalha e me vesti, evitei deixa-lo ver meu pau. Mas foi inevitável
Carlinhos não disfarçou, ficou olhando. O pior foi que eu gostei e meu pau ficou duro.
– Carlinhos, Beto. Venham cá. – Meu pai chamou.
Quando voltamos para a sala meu pai estava no sofá ainda nu e a TV a sua frente tinha um pornô com duas garotas e um único cara. Meu pai fez aquilo para provar que eu estava errado.
– Uma loira e uma morena. Qual é o seu tipo Carlinhos? – Ele perguntou.
– Eu não sei.
– Você já transou com alguma garota? – Meu pai perguntou. Carlinhos estava ficando vermelho.
– Não.
Eu olhei para o meu pai querendo mostrar que eu tinha razão. Mas ele não queria desistir.
– Então senta aqui vamos ver qual você vai gostar mais. Via pornô lá na sua casa? – Meu pai perguntou.
– Não.
– Como não. Na sua idade eu era viciado em revista de mulher pelada, seu irmão vive vendo os meus filmes. Né Beto? – Meu pai me inseriu na conversa.
– É. Eu gostava dos pornôs. E de ver as mulheres na piscina. – Eu disse apontando para a janela.
– Eu gosto de ler contos eróticos. – Carlinhos respondeu.
– Interessante. Vamos ver esse pornô. Senta aí Beto, vamos ver o pornô dessas duas gostosas. – Meu pai disse dando o play. E eu me sentei com eles no sofá.
As mulheres começavam sozinhas uma fazendo carinho na outra. Depois lambiam os seios e a boceta uma da outra e, tinha um homem que as observava. O homem colocou o pau pra fora e se masturbava. Reparei que foi nessa hora que Carlinhos pegou no pau pela primeira vez. Não sei se meu pai percebeu. O homem tirou toda a roupa e se juntou a elas na hora que ela iria usar os brinquedos “Por que não um de verdade?” – O ator perguntou. As mulheres sorriram e uma chupava o seu pau enquanto a outra o beijava na boca.
– E aí, qual prefere Carlinhos? – Meu pai perguntou.
– A loira. – Carlinhos respondeu. Era a loira que estava chupando o grande pau do ator pornô.
Meu pai estava excitado, ele acariciava de leve o pau. Carlinhos olhava toda hora para o pau do meu pai.
– Pode ficar à vontade, tira a bermuda. Você também Beto. – Meu pai disse pra gente.
Carlinhos se levantou e tirou sua bermuda como uma mulher tira uma calça jeans apertada se dobrando e empinando a bunda para mim e para o meu pai. Papai reparou na bunda dele, eu vi. Eu também abaixei a minha bermuda sem me levantar, também estava excitado.
– Você também tem o pau sensível ao toque? – Eu perguntei ao Carlinhos.
– Como assim? – Carlinhos indagou não entendendo a minha pergunta.
– Quando encostam no seu pau ele fica duro? – Expliquei
– Eu não sei. – Carlinhos respondeu
– Não lembra disso ter acontecido? – Eu perguntei de novo. – Mesmo uma pessoa ter feito sem querer?
– Não me lembro. – Carlinhos disse e eu olhei para o meu pai de novo.
O pornô rolava, a morena cavalgava no pau do homem, enquanto a loira fazia o mesmo em sua língua. As duas mulheres se beijavam.
Carlinhos mal olhava para TV, focava no meu pau e no do meu pai. Meu pai sempre vendo a TV não reparava, mas uma hora ele viu, Carlinhos corou e meu pai riu.
– Nunca tinha visto o pau duro de outro homem meu filho?
– Não. – Carlinhos disse.
Mentira! Ele viu o meu, pegou e chupou. Além das vezes que já me viu saindo do banho.
– Isso é normal. Você ficou tempo de mais com a sua mãe. Pode olhar, matar a sua curiosidade. – Meu pai ficou em pé na frente dele com o seu pau reto apontando para cima. – Pode olhar o do seu irmão também.
Carlinhos olhou para o meu pau. Mas eu não me levantei. Meu pai se sentou de volta.
– Você também já tem um pau de respeito. – Meu pai disse para o Carlinhos. Que ficou sem graça. Reparei pela primeira vez no pau dele, realmente era um pau grande. Não como o meu e do meu pai, mas devia ter uns 17cm, bem proporcional. É o do tipo de pau que quando tá mole é bem pequeno, mas duro cresce bastante. Meu pai foi até o Carlinhos e segurou no pau dele. – Pesado também. – Meu pai soltou o pau do Carlinhos e sorriu. – Na primeira vez que peguei no pau do seu irmão ele gozou na minha mão.
Meu pai sorria e eu fiquei sem graça. Carlinhos ficou interessado.
– É mesmo? E como foi isso? Me conta. – Carlinhos pouco se importava com o pornô.
Meu pai contou da minha namorada, sobre a camisinha, sobre a boceta de borracha. Carlinhos gostava e se masturbava ouvindo a história sem deixar de olhar para o pau do meu pai.
– Se quiser dar umas treinadas ainda temos a bucetinha aqui. – Meu pai disse. Carlinhos não pareceu se interessar.
– Seu pau é bem mais grosso que o meu. – Carlinhos disse quando o assunto morreu.
Acho que foi uma forma de justificar o tanto que ele olhava para o pau do meu pai. Carlinhos num ato rápido pegou no pau do meu pai o deixando sem fala. Eu dei aquela olhada e sorri. Foi tudo bem rápido. Enquanto segurava o pau do meu pai Carlinhos passou a mão pela cabeça do pau do meu pai que estava bastante lubrificada fez um movimento de punheta e gozou. Foi o Carlinhos quem gozou, sem mesmo encostar no próprio pau, apenas de tocar no pau do meu pai. Aquela cena me deu muito tesão, comecei a bater ainda mais rápido e gozei quando Carlinhos passou na minha frente andando para o banheiro meio que rebolando aquela bunda linda. Gozei num gemido que aprendi com o meu pai, Carlinhos olhou para trás e ficou me vendo até eu acabar de gozar, só depois que acabei que ele foi para o banheiro.
– Eu não disse. – Falei para o meu pai que ainda estava meio estarrecido com o acontecido.
Meu pai não respondeu nada. Desligou o DVD e foi para o seu quarto. Eu entrei no banheiro e Carlinhos estava com a porta aberta.
– Anda logo, preciso me limpar também. – Eu disse
– Mas acabei de entrar. – Carlinhos me respondeu. – Ou você entra comigo ou espera, não vou sair agora.
Eu entrei, era melhor limpar a porra antes de secar. Carlinhos agia supernatural. Eu fiquei sem graça de comentar qualquer coisa. E mais sem graça de olhar para a bunda dele.
– Papai tá bem? – Ele me perguntou.
– Não sei. – Fui sincero.
Sai do banho e Carlinhos continuou lá. Vesti minha roupa e fui para a sala ver TV, meu pai não saiu do quarto. Carlinhos saiu do banho e foi preparar a salada e grelhar o frango para o jantar. Quando ficou pronto ele foi até a porta do quarto do meu pai e o chamou para jantar. Papai veio logo em seguida. Comemos em silêncio. Papai voltou para o quarto. Carlinhos foi para o meu quarto e eu continuei na sala. Até cochilei.
– Beto. Acorda. Vai ficar todo torto se dormir nesse sofá. Vamos para cama. É grande suficiente para nós dois. – Carlinhos me acordou por volta de meia noite. Fui ainda meio bêbado de sono para a cama.
Me deitei na beirada da cama. Carlinhos apagou a luz e passou por cima de mim. Me deu um beijo no rosto.
– Boa noite meu irmão, eu te amo. – Ele disse.
– Eu também. – Eu respondi.
Carlinhos me abraçou e não saiu. Como se ele quisesse dormir abraçado comigo. Eu não me mexi. Mas Carlinhos foi além, passou a mão no meu peito e foi descendo aos poucos, até que chegou ao meu pau que já estava duro. Ele segurou forte e punhetava de leve. Senti ele se movendo na cama, ele ia descer para me chupar.
– Não Carlinhos.
– Por que não Beto? Eu sei que você está a fim.
– Não podemos fazer tudo que estamos a fim. – Eu disse.
Se pudesse, eu faria mais do que deixar ele me chupar. Me levantei da cama, dei um beijo no rosto dele. Mas Carlinhos me segurou e beijou os meus lábios. Após o beijo eu saí do quarto.
– Pai, tá acordado? – Eu perguntei entrando no quarto dele. A sua TV estava ligada e ele olhou pra mim. Deitei na cama com ele. – Vou dormir aqui com você hoje.
– Tudo bem. – Ele respondeu.
– Por que está assim?
– Você sabe Beto, você tinha razão, seu irmão não é como a gente. Ele é diferente. Não sei como ser pai de um garoto assim. Não sei o que fazer.
– Eu também não sei pai.
– Temos que dar um jeito nisso. Talvez ele entrando na faculdade, conhecendo umas garotas, podemos levar ele na zona. Quem sabe experimentando, ele não goste?
– Pai eu falei isso com a mamãe ela disse que era a natureza dele.
– Quando você falou isso com a sua mãe? Por que não me contou? Como não me contou?
– Tem um tempo já pai. Minha mãe acha que o Carlinhos que tem que contar, quando ele achar que for a hora. E acho que ela tem razão.
– Se ele não contou ainda, talvez seja porque não tem certeza, então podemos tentar. – Papai disse queria se apegar em algo.
– Mas pai...
– Mais nada. Não podemos desistir dele. – Meu pai desligou a TV e virou para o outro lado da cama. Não dissemos mais nada um para o outro.
Peguei no sono, mas acordava algumas vezes estranhando a cama. O colchão do meu pai era mais duro que o meu, por isso precisava mudar de posição. Dessa vez não foi fácil, não conseguia me mover, sentia um peso em mim. Era o meu pai que me abraçava enquanto dormia. Um braço e uma perna sobre mim. Nas minhas costas senti o seu pau duro.
Meu pai não estava acostumado a ter alguém dormindo com ele. Às vezes quando dormia, eram algumas de suas ficantes. Me virei para empurra-lo, mas ele me prendeu de novo, agora estávamos de frente um para o outro, o seu pau esbarava no meu deixando-o duro. Eu comecei a gostar daquilo, o contato do pau com outro pau, o lubrificante que saia do pau dele melava o meu também. Não demorou e o meu pau já estava tão duro quanto o dele. Minhas mãos estavam presas para baixo eu só alcançava o meu pau e do meu pai.
Eu segurei nossos paus com uma mão deixando-os juntos, percebi que a grossura era a mesma, eu apertava os dois ao mesmo tempo. “Caralho, o que estou fazendo?” Eu me perguntava. Com a minha mão e meu corpo eu fazia o movimento, estava me dando muito prazer. Minha respiração estava ofegante, estava prestes a gozar quando eu parei.
Era muita loucura, anos morando com o meu pai, anos vendo filmes, masturbando, raspando, banhos juntos e nada daquilo aconteceu. Um dia com o Carlinhos ali tudo muda, eu fugindo da cama do Carlinhos pra não fazer nada com ele, agora estava eu relando pau com o pau do meu pai. Eu tentava sair do abraço do meu pai, mas não conseguia. Até que resolvi acorda-lo.
– Pai. Pai. – Eu chamei.
– Não para não, continua. – Ele pediu.
Eu não tinha certeza se escutava direito, esperei ele repetir. Mas ele não repetiu, apenas me abraçou mais forte ainda grudando os nossos corpos novamente um no outro. Nossos narizes, nossos peitos, nossos paus. Apertei novamente nossos paus juntos, ambos lubrificados pelo seu pré gozo. Minha mão mal se mexia, mas só de estar ali era um tesão enorme. Gemíamos baixinho, respirávamos juntos, uma perfeita sincronia, papai me ajudava nos movimentos com o corpo. Imaginei eu e papai comendo a mesma boceta de silicone, ao invés do brinquedo era a minha mão. Pegamos um ritmo mais forte, com a mão papai segurou na mina cabeça. Nossas bocas se encostaram, mas não usávamos as línguas, o tesão foi aumentando. Gozamos juntos, no imenso prazer sem perceber mordi de leve o lábio inferior do meu pai. Ele fez o mesmo com o meu lábio superior, e mesmo após gozar e sentir minha mão toda melada, ainda estávamos duros e continuamos os movimentos.
Inclinei minha cabeça para trás em busca de um pouco de ar puro, estávamos suados apesar do ar condicionado ligado no quarto. Papai me prendia em um abraço. Eu via seus olhos abertos e o seu sorriso. Eu também estava feliz. Tentava justificar porque era tranquilo fazer aquilo com meu pai e não com o meu irmão. “Porque meu irmão é gay. Eu não sou gay. Papai não é gay”. Voltei a me lembrar do Carlinhos me chupando, dele pegando no meu pau horas antes na minha cama e do beijo que ele me deu. Fechei os meus olhos e beijei o meu pai.
Papai me retribuiu o beijo. Me puxou pra cima dele e continuamos os movimentos, nossas barrigas cheias de porra faziam nossos paus deslizarem, sentia quando eles se encontravam novamente, esses eram os momentos de maior prazer. Não demoramos muito e gozamos novamente. Mais uma vez mordemos de leve os nossos lábios na hora do gozo.
Me joguei de volta na cama e disse:
– Isso foi muito louco.
– Foi sim. – Meu pai respondeu com um sorriso no rosto.
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Capítulo 4 – Carlinhos
– Beto. Acorda. Vai ficar todo torto se dormir nesse sofá. Vamos para cama. É grande suficiente para nós dois. – Eu disse para o Beto. Ele foi para a cama ainda meio dormindo. – Boa noite meu irmão, eu te amo.
– Eu também. – Beto respondeu.
Eu abracei Beto que não se mexeu, eu vi aquilo como um sinal que podia avançar. Passei a mão em seu peito e fui descendo bem devagar. Senti que Beto já estava de pau duro. Comecei uma leve punheta e já estava pronto para ir chupa-lo.
– Não Carlinhos. – Beto disse.
– Por que não Beto? Eu sei você está a fim. – "Um pau duro é sempre sincero." Pensei.
– Não podemos fazer tudo que estamos a fim. – Beto disse se levantando da cama e me dando um beijo no rosto. Ele foi para o quarto do papai e eu não consegui dormir naquela noite.
Na manhã seguinte, levantei da cama e preparei um belo café da manhã. Meu pai e Beto levantaram e comeram. Eu ficava reparando neles, queria entender melhor o que havia acontecido na noite anterior. Eles pareciam normais. Depois de comer, meu pai me deu um beijo na cabeça.
– O que quer fazer hoje meu filho, como quer aproveitar o domingo? – Meu pai me perguntou.
– Vou preparar o almoço e dormir pai. – Eu respondi.
Quando acordei meu pai e Beto já haviam almoçado, meu pai deixou o meu prato pronto dentro do micro-ondas e já havia lavado toda a louça. Quando Beto chegou já à noite, eu disse para ele que poderíamos dividir a cama que eu não tentaria mais nada.
A semana passou de forma tranquila, eu dormia na cama com Beto e sentia durante a noite ele passando a mão na minha bunda. Eu fingia dormir apesar de ficar todo molhado. Durante a semana meu pai foi esvaziando o quarto para mim, mas ainda não estava pronto para eu me mudar. Durante o dia, eu ia conhecendo o bairro e a cidade, me matriculei numa autoescola. Fui no salão com o Beto e fiz um corte mara, mantendo a parte de cima do cabelo grande e a de baixo curta, fiz umas luzes castanho médio para dourado, fiquei parecendo um surfista. Também peguei sol na piscina do prédio para ficar com um bronze, queria chegar arrasando no início das aulas. Beto gostou de como fiquei, não só ele, como também várias garotas no prédio gostaram. Fiquei feliz por ter ficado mais masculino.
Na sexta à noite meu pai pediu pizza. Eu deixei, disse que no final de semana eles poderiam escolher o que queriam comer. Papai não quis me dar trabalho. Foi uma noite tranquila, Beto saiu com uma garota que ele estava ficando e eu fiquei com meu pai sozinho na sala vendo filme. Ele estava com uma bermuda larga e sem cueca, eu não conseguia parar de olhar para o volume dele, não me importava se ele percebia, e ele percebia, tanto que seu pau foi ficando duro.
Meu pai ficou sem graça e foi para o banho. Lá ele se masturbou e eu vi tudo. Não entendia porque ele não fez aquilo na minha frente, ou me deixasse fazer para ele, eu ia adorar. Fiquei o espiando naquela punheta, um homem gostoso, pegava no pau com as duas mãos e ainda sobrava, sua cabeça brilhava. Papai olhava para cima com os olhos fechados enquanto a água caia em seu rosto e descia pelo seu corpo. Vi ele gozando como um touro, isso deixou as minhas pernas bambas. Papai saiu pelado do banheiro, seu pau estava inchado por causa da punheta. Fui para a minha cama e fiquei viajando naquela cena. Me esfregava na cama e desejei ter um brinquedo para enfiar em mim. Beto chegou fazendo barulho, eu fingi que dormia, senti o cheiro de álcool no ar.
Beto se deitou ao meu lado, senti que ele estava nu quando me abraçou por trás. Beto passava as mãos pelo meu peito e foi descendo para a minha perna, enfiou a mão dentro do meu pijama e apertou a minha bunda. Beto desceu o meu pijama e mordia a minha bunda, beijou e enfiou a língua. Estava morrendo de tesão. Beto afastou as bandas da minha bunda e chegou com a língua no meu cu. Eu gozei, meu cu piscou e beto enfiava ainda mais a língua dentro de mim.
– O que está fazendo Beto? – Eu perguntei. Não ia deixar passar. Já tinha gozado mesmo.
– Carlinhos você está acordado?
– E você bêbado.
– Você está gostando não está, vêm pode pegar em mim também. Você quer me chupar?
– Pra amanhã você não se lembrar de nada ou me julgar? E na próxima vez que eu tentar tocar em você, você fugir para o quarto do papai? Não Beto, eu passo. – Eu disse e Beto ficou bem sem graça, virou para o lado e dormiu. Eu estava satisfeito, cansado da hipocrisia dele.
Acordei cedo, preparei o café da manhã e tomei com papai. Beto dormiu até mais tarde, quando acordou veio falar comigo.
– Carlinhos, desculpa por ontem. Eu estava bêbado. – Beto disse.
– Era exatamente o que eu não queria ouvir Beto e o que eu sabia que iria acontecer. – Eu disse o deixando mais uma vez sem graça.
O final de semana foi tranquilo, nada de vídeos pornô e Beto dormiu comigo sem tentar nada. Meu pai ainda continuava desfilando pelado pela casa e eu babando.
– Tudo pronto para o início das aulas? – Beto me perguntou enquanto eu escolhia a roupa para o primeiro dia de aula.
– Agora sim. – Eu respondi. Coloquei meu pijama e me deitei. Percebi Beto olhando para a minha bunda quando tirei toda a minha roupa.
Acordei cedo, tomei um banho e fui com o Beto para a faculdade, estudaríamos na mesma. Fomos para prédios diferentes. Eu estava empolgado. Me senti super em casa. Na sala 60% era mulher. Entre os homens a maioria era gay. Alguns eu percebia que estava dentro do armário. Talvez uns dois rapazes fossem “héteros”. No final do primeiro dia de aula já estava em um grupo com duas meninas e dois rapazes, um deles assumidamente gay e bem afeminado.
Um dos professores passou um trabalho para ser feito em grupo. Bruno o rapaz afeminado pediu para adiantarmos o trabalho, ele devia ter 1,70m uns 60kg, bem magro, moreno claro até bonitinho, mas nem um pouco atraente para mim. Combinamos de ele ir na minha casa naquela sexta à tarde. Eu fiz o almoço e começamos a estudar. Eu ainda não tinha falado para ele que eu era gay, quando disse ele falou que já sabia.
– Não que você pareça, mas eu tenho o radar né. – Bruno disse rindo.
Contei para ele como foi a minha vida e como me senti melhor depois que assumi para minha mãe e principalmente para mim mesmo. Disse que não queria ficar falando para todo mundo que eu sou gay, mas que se me perguntarem eu não iria negar. Contei também que ainda não havia contado nada para o meu pai nem para o meu irmão.
Eu e Bruno passamos o dia conversando e estudando. Beto foi o primeiro a chegar em casa estranhou quando viu Bruno. Eu os apresentei. Bruno babava no Beto. Beto não gostou dele, senti que foi grosseiro, talvez não tenha gostado da forma que Bruno olhava para ele. Tempos depois foi meu pai que chegou. Papai até que foi simpático com o Bruno, mas ficou fechado em seu quarto até ele ir embora.
– Nossa Carlinhos! Que família essa sua. Cada um mais bonito que o outro. – Bruno me disse quando estava indo embora.
O clima estava estranho na hora do jantar.
– O que esse rapaz estava fazendo aqui? – Meu pai perguntou.
– Estudando pai. – Eu respondi. – O Bruno é da minha sala, estávamos fazendo um trabalho.
– Diferente seu amigo né? – Beto disse.
– Diferente como Beto? – Eu perguntei já irritado.
– Diferente. – Beto disse já sem graça.
– Por que ele é gay? Você tem problema com isso Beto? – Perguntei
– A comida está ótima Carlinhos. – Meu pai disse para encerrar o assunto.
– Beto como foi no estágio hoje?
Eu saí da mesa e comecei a lavar as louças.
– Carlinhos pode deixar aí que papai lava. – Meu pai disse.
Sai da cozinha e fui para o quarto. Horas depois Beto se deitou ao meu lado.
– Eu não quis ofender seu amigo. – Beto me disse com o rosto bem próximo de mim, eu sentia o calor do seu corpo quase encostando em mim.
– Não foi só ele que você ofendeu Beto.
– Eu pensei que ele podia ser mais do que seu amigo.
– Não é, mas e se fosse Beto? É motivo para trata-lo mal ou ofendê-lo no jantar?
– Desculpa Carlinhos, acho que foi ciúmes, você é meu irmãozinho e pensar em alguém fazendo algo com você. – Beto disse me abraçando. Senti o seu corpo junto a mim. Seu pau duro próximo a minha bunda.
Meu coração disparava, eu estava com raiva de Beto, mas com vontade de virar e beija-lo, e ir além, senti-lo dentro de mim. Beto se esfregava em mim.
– Beto não. Não quero que faça algo que amanhã vai me pedir desculpas. – Eu disse. Mesmo meu corpo não se importando no que ele iria dizer no dia seguinte. Beto me soltou e virou para o outro lado.
No dia seguinte fui encontrar com a minha turma: Bruno, Dalila, Gustavo e Vivian. O encontro foi na casa da Vivian, era a mais rica da turma, morava em uma casa top em um bairro top. Vivian era linda, mas pelas fotos em sua casa deu para ver que já foi gorda. Seu rosto era mesmo grande, mas não diminuía a sua beleza. Dalila também era bonita, era a mais velha, tinha 22 anos, pele negra como um chocolate ao leite, seios firmes, cintura fina e bunda grande. Achava ela a mais linda da turma, queria vê-la nua e pinta-la. Gustavo também era mais velho, tinha 20 anos, eu suspeitava que ele era gay, mas nunca deu nenhum sinal. Rapaz bonito, um pouco mais alto que eu, devia ter 1,77m, traços bonitos, árabe, um charme, corpo normal de quem vai na academia, mas não é sarado. Dava para ver uma barriguinha de cerveja. Nem o Bruno tinha certeza se ele era gay. Eu, Bruno e Vivian tínhamos a mesma idade, 18 anos.
Depois de um dia superdivertido e de muito estudo voltei para casa. Quando cheguei me assustei, meu pai e Beto estavam sentados na sala apenas de bermuda com uma mulher sentada entre eles, ela usava um vestido curto, tinha um sorriso bonito, devia ter seus 25 anos.
– Ele chegou. – Meu pai disse sorrindo. Ele se levantou e eu vi que seu pau estava duro. – Carlinhos essa é Lady.
– Prazer Lady. – Eu disse. "Desde quando isso é nome?" Pensei. E fui para o quarto.
– Carlinhos coloque uma roupa que te deixe a vontade e venha pra sala. – Meu pai pediu. Achei aquilo estranho mais fui.
Lady estava com uma mão na perna do Beto e outra na do meu pai. Percebi que o que eles estavam fazendo. O que eles queriam. Quem era a Lady.
– Senta aqui filhão. – Meu pai disse cedendo seu lugar para mim. Quando ele levantou, Lady desceu a sua bermuda expondo o seu pau duro. Foi por ver aquele pau duro que eu resolvi me sentar. A minha ideia inicial era acabar com aquele circo. Mas que mal faria ver o meu pai e o Beto comendo uma puta na minha frente.
Lady começou a chupar o pau do meu pai bem ali do meu lado, me deixando com água na boca. Beto também se levantou e deu seu pau para ela chupar. Ela tentou chupar dos dois ao mesmo tempo. "Como eu queria estar no lugar dela", pensei.
– Vem cá também. – Beto me chamou.
– Estou bem aqui. – Respondi. Eu não queria que aquela mulher me chupasse.
Vendo-a chupando os dois e eles batendo o pau na cara dela eu fiquei excitado. Segurava meu pau por cima do short.
– Tira essa bermuda. – Meu pai disse. Eu tirei, me levantei e exibi a minha bunda para eles e voltei a me sentar. – Olha Lady o pau do meu caçula está duro também.
Lady olhou para o meu pau e foi toca-lo eu segurei a mão da moça.
– Não precisa. – Eu disse.
– Não se recusa uma mão gostosa dessa Carlinhos. – Meu pai disse.
– É a primeira vez dele pai, vai acabar gozando. Sabe como é. – Beto disse.
Meu pai colocou a Lady de pé, ajudou a tirar a sua roupa deixando-a nua. O corpo dela era bonito, imaginei que seria toda estragada por ser puta, pelo menos as putas da minha cidade eram judiadas, mas Lady não, era realmente boa.
– Quer tocar nela? – Meu pai me perguntou.
Eu neguei com a cabeça. Beto já foi logo apertando os peitos dela e chupando. Meu pai fez o mesmo. Beto colocou a camisinha e deixou a mulher de quatro e começou a foder o seu cu. Meu cu piscava, meu pau estava duro, como eu queria ser penetrado assim pelo Beto, me arrependi de não ter deixado ele fazer isso na noite anterior.
Meu pai me olhava sorrindo, chegou até mim e segurou o meu pau. Foi um momento de êxtase. Fechei meus olhos e senti ele colocando uma camisinha em mim. Depois de colocar a camisinha ele ficou me masturbando de leve.
– Beto, é a vez do seu irmão agora. – Meu pai disse
– O quê? – Eu perguntei no susto, pronto para fugir.
– Relaxa filho. – Meu pai disse sem soltar o meu pau.
Eu não queria transar com aquela mulher, ficaria ali só sentindo a mão do meu pai brincando com o meu pau. Lady sentou sobre mim e começou a cavalgar, meu pai ficou ao meu lado sorrindo, passava a mão no meu peito e na mulher. Para falar a verdade não foi ruim. Eu fechei os olhos e imaginei um homem, talvez Beto, meu pai, ou Gustavo. Mas nenhum deles ficaria gemendo igual aquela mulher, isso foi me broxando.
– Por favor não faça isso. Não fique gemendo assim. – Eu pedi. Lady obedeceu mesmo sem graça.
Meu pai e Beto estavam em pé ao nosso lado se masturbando ao olhar para cima eu via o pau deles. Isso me deixou excitado novamente eu me concentrava naquela punheta. Beto foi o primeiro a gozar, ele mirou nos seios da Lady mas escorreu até a minha virilha. Sentir aquela porra quente me fez gemer. Percebendo isso Lady se mexia ainda mais no meu colo. Meu pai também estava para gozar, ele não mirou um lugar exato, senti um dos jatos caindo em mim, passei a mão naquele líquido e levei até a minha boca. Gozei sentindo o sabor da porra do meu pai.
Lady como uma boa profissional fingiu que gozou e elogiou a minha virilidade.
– São poucos rapazes que aguentam tanto na primeira vez. – Ela disse. Meu pai ficou orgulhoso.
Continuei no sofá. Beto foi para o banheiro com a puta onde ela se limpou e foi embora.
– E aí filhão, gostou do presente do papai? Gostou da sua primeira vez? Virou homem. – Meu pai dizia sorrindo, eu lamentava em decepcioná-lo.
– Pai eu sou homem, sempre fui, mas preciso te dizer uma coisa. – Eu disse sério. Vi o sorriso em seu rosto sumindo. – Eu sou gay.
– Como assim? Você acabou de comer uma mulher. – Meu pai disse.
– Talvez ele seja Bi. – Beto disse para o meu pai.
– Não gente, eu sou gay. Não é por que transei com uma mulher que isso faz de mim “hétero” ou bi. Eu não gosto de mulher.
Meu pai e Beto se olhavam e olhavam para mim. Ninguém falava nada.
– Isso é um problema para vocês? Querem que eu vá embora? – Eu perguntei.
– Não. Claro que não meu filho. – Meu pai disse. Beto não disse nada, afinal ele já sabia.
Fui para o meu quarto. Meu pai tinha desocupado o escritório e comprado uma cama para mim. Mas eu ainda tinha que remodelar aquele quarto para deixar a minha cara. Esperei até eles irem para o seu quarto, só depois fui comer uma pizza que eles deixaram na geladeira e fui tomar meu banho.
Sai do banho enrolado na toalha e quando entrei no meu quarto vi meu pai sentado na minha cama.
– Carlinhos eu já sabia que você era gay. – Meu pai disse depois que me sentei do lado dele.
– E mesmo assim montou esse circo?
– Sim e não, me arrependo. Acho que você tinha que experimentar uma mulher para ter certeza.
– Pai, eu nunca experimentei um homem e já tinha essa certeza. – Eu disse. Meu pai me olhou de uma forma diferente, acho que ficou feliz, sei lá.
– Eu tinha que tentar. Mas isso não vai se repetir. – Meu pai disse ao se levantar.
– Pai.
– Diga meu filho.
– Você vai ficar estranho comigo?
– Claro que não.
– Vai me tratar como você trata o Beto?
– Vou.
– Então posso dormir com você hoje? Como o Beto dormiu com você no dia que cheguei? – Eu disse olhando para ele com cara de safado. Eu não dormi naquela noite. Escutei barulhos que vinham daquele quarto. Fui até lá e vi tudo que eles fizeram.
Meu pai ficou sem graça. Concordou com a cabeça. Eu lhe abracei deixando a minha toalha cair. Meu pau ficou duro enquanto eu o abraçava, ele passava a mão nas minhas costas e desceu até chegar na minha bunda que ele deu uma apertada.
– Vem dormir com o papai então. – Ele disse me puxando para o seu quarto.
Fui de mãos dadas com ele para o seu quarto. Me deitei em sua cama e meu papai veio até mim e me abraçou.
– Eu te amo meu menino. – Meu pai me disse.
– Eu também pai.
– O que você quer do seu pai?
– Quero que você seja o meu primeiro homem pai. Quero você dentro de mim, quero tomar o seu leite. – Eu disse.
Apesar do escuro, eu via o sorriso no rosto do meu pai. Passei a minha mão no seu peito, seus pelos estavam crescendo. Eu beijei o seu peito, meu pai segurou o meu rosto e beijou a minha boca. Foi um beijo de verdade, um beijo de homem, com pegada de homem. Eu segurava seus cabelos apertava as costas e pressionava o meu corpo no dele, sentia o seu pau duro e babado.
Me abaixei para chupá-lo, sentia o seu delicioso líquido pré gozo. Papai me carregou e levou a minha bunda até ele. Ele chupava o meu cuzinho que começou a piscar enquanto eu engolia toda a sua rola grossa, a sentia batendo na minha garganta. Meu pai inundava o meu cuzinho com a sua saliva, eu sentia a sua língua entrando e saindo do meu cuzinho que já estava todo relaxado implorando pela pica dele.
Meu pai me colocou de quatro na cama, chupou mais um pouco o meu cu e depois pincelou o seu pau na minha bunda. Eu gemia baixinho.
– Para não te machucar vou colocar só a cabecinha e você faz o movimento. – Meu pai disse e agindo ao mesmo tempo. Eu gemi concordando.
Senti a grande e macia cabeça do pau do meu pai me penetrando. Era maravilhoso, fui recuando meu corpo e sentindo seu pau entrando dentro de mim, não foi difícil nem doloroso, acho que o meu tesão era demais. Meu pai começou movimentos lentos e foi aumentando, eu tentava engolir o seu pau com o meu cu. Ele perguntava se estava me machucando, mas os meus gemidos mostravam que não. Ficamos uns 20 minutos naquele movimento, era um prazer intenso, mas eu não gozei. Papai gozou dentro de mim, senti seu pau pulsando, sua porra quente nas minhas entranhas e o gemido dele, que gemido.
Ele deitou na cama com seu pau ainda duro, eu queria mais, eu também queria gozar. Fiz como Lady fez comigo horas antes. Sentei sobre ele encaixei o seu pau todo dentro da minha bunda e comecei a cavalgar, gostei de ver a cara de prazer do meu pai. Eu gemia. Ele apertou o meu peito, sorria para mim e dizia como eu era gostoso.
– Você que é uma delícia pai. – Eu disse. Peguei a sua mão e chupei o seu dedo. Papai gemeu e senti o seu pau indo ainda mais fundo dentro de mim. Peguei a outra mão do meu pai e coloquei no meu pau.
Voltei a cavalgar, papai me masturbava e eu chupava os seus dedos. Ficamos assim até que gozamos juntos. Meu pai dentro de mim e eu por todo o seu peito. Me inclinei até ele e o beijei na boca.
– Eu adorei pai.
– Eu também. Nunca fiz um sexo tão gostoso Carlinhos. – Meu pai disse e me beijou mais uma vez. – Na próxima eu te dou o meu leite na sua boca. Não era isso que você queria?
– Vamos ter uma próxima papi?
– Se você quiser. – Ele respondeu. Eu o beijei, deitei sobre o seu peito e fiquei espalhando a minha porra que ali estava. Nos beijando até pegar no sono.
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Capítulo 5 – Beto
Eu sentia falta de Carlinhos dividindo a cama comigo. Tinha me acostumado com o seu corpo ao meu lado, de passar a mão nele enquanto ele dormia. Agora ele já tinha mudado de quarto, eu havia perdido a chance de ter uma noite de verdade com ele. Confesso que quando coloquei a Lady de quatro e comecei a foder aquele cuzinho eu fiquei imaginando o Carlinhos de quatro pra mim.
Eu não conseguia parar de pensar no Carlinhos. Eu queria falar isso para ele, mas não consegui dizer nada. Continuava o levando para a faculdade todos os dias. Meus amigos chegaram a ver Carlinhos no meu carro. Perguntaram para quem eu estava dando carona. Quando disse que era o meu irmão eles ficaram sem graça, percebi que iriam fazer alguma piada. Fiquei feliz que não fizeram.
As coisas em casa estavam diferentes. Papai começou a chegar mais cedo do que eu. Ele estava se dando bem com Carlinhos. Aceitou numa boa o fato dele ser gay, acho que isso até os aproximou. Eu e papai continuamos numa boa, aquilo que aconteceu quando Carlinhos chegou não voltou a se repetir. Não teve climão e nem foi necessária uma conversa sobre o assunto. Sabíamos o que aconteceu, sabíamos que foi bom e que não era preciso provocar nenhuma situação para acontecer de novo.
– Estou te achando abatido Beto, algum problema na faculdade ou no estágio? – Meu pai me perguntou.
– Não pai. Tudo bem.
– Então é uma garota. – Meu pai concluiu. Eu sorri sem graça. E Carlinhos me encarou. – Me conta quem é ela? É gostosa?
– É sim pai. Tive a chance de ficar com ela algumas vezes, mas agi como um idiota. Acho que agora já é tarde.
– Nunca é tarde filhão.
– Conversa com ela Beto. Só o fato de você saber que foi um idiota já é um bom início. – Carlinhos disse sorrindo. Me perguntava se ele sabia que eu falava dele e não de uma garota.
Naquela noite bati na porta do quarto de Carlinhos, entrei e ele estava lá deitado, olhou pra mim e perguntou o que eu queria.
– Era só saber se está tudo bem. Não temos conversado muito nos últimos dias né?
– Está tudo bem sim. Boa sorte com a sua garota Beto. – Carlinhos disse. Eu não sabia mais o que dizer e fui para o meu quarto.
Tomei o café da manhã que Carlinhos preparou e fomos juntos para a aula. Voltei para casa à noite e papai estava sozinho.
– Onde está o Carlinhos? – Eu perguntei.
– Ele saiu para fazer um trabalho da faculdade e ligou avisando que ia chegar mais tarde. Beber com os amigos. – Meu pai respondeu.
– Tudo bem. – Para mim não estava nada bem Carlinhos com amigos, num curso que pelo menos na minha faculdade a maioria era veado.
– Bora ver um filme? Acho que você está precisando. – Meu pai disse.
– Bora. Coloca o filme aí que vou trocar de roupa.
Voltei para a sala, meu pai já estava nu e com o filme começando. Sentei ao lado dele, desci meu short até o meu pé. Em segundos meu pau já estava duro, meu pai também estava com o pau duro. Começamos a nos masturbar enquanto víamos o filme, percebia meu pai olhando para o meu pau e eu também olhava para o dele. Uma dessas vezes olhamos juntos e começamos a rir um para o outro.
– Vem cá filhão. – Meu pai me puxou com um meio abraço. Passava a mão na minha perna e segurou o meu pau. Eu fiz o mesmo com ele.
O tesão que eu sentia ficando com o meu pai era diferente do tesão que eu sentia com Carlinhos e com as garotas. Ali era uma brincadeira de homens, de tesão, gozar junto na brotheragem.
Nos encostamos no sofá, coloquei uma das minhas pernas sobre o meu pai que passava a mão nela e subia até o meu pau. Passei a mão em seu peito.
– Estamos precisando raspar, hein? – Eu disse. Papai sorriu.
Eu desci com a mão para o seu pau e ficamos batendo punheta um para o outro, passava o dedo na cabeça do pau do meu pai e via aquele líquido saindo, eu usava o líquido dele para lubrificar o meu pau. Meu pai sorria. Massageava o saco do meu pai, sentia as suas bolas grandes, sentia o pau dele que vinha duro desde dentro do saco, sentia ele pulsando enquanto eu passava a mão. Meu pai repetia os meus movimentos. Voltamos a nos masturbar e gozamos juntos um na mão do outro num belo uivo de prazer. Desligamos o DVD e fomos juntos para o banho.
Papai foi pegar o sabonete e passou em mim. Lavou meu peito, minha barriga e meu pau. Ele queria lavar a minha bunda também.
– Essa parte deixa que eu lavo. – Eu disse rindo. Peguei o sabonete, lavei a minha bunda e ensaboei o peito e o pau do meu pai.
– Beto algum homem já te chupou?
– Não. – Eu menti. Carlinhos já havia me chupado anos atrás e quase fez de novo, mas eu burro o impedi. – E em você?
– Também não. – Meu pai disse depois de um tempo me encarando. – Me falaram que é melhor do que mulher.
– É sim. É o que dizem. Você está querendo pai?
– Quem sabe a gente não faz isso na próxima vez. – Meu pai disse sorrindo.
– Quem sabe. – Eu respondi e sorri de volta para ele.
Saímos do banheiro, voltamos para a sala apenas de toalha, ficamos lá vendo TV. Carlinhos chegou acompanhado.
– Oi pai, oi Beto. Lembram do Bruno? – Carlinhos disse.
– Oi. – Eu e papai dissemos.
– Ele vai dormir aqui hoje. – Carlinhos disse. Eu encarei papai esperando-o tomar alguma atitude.
– Vamos liberar a sala para você Bruno. – Eu disse, já que meu pai não disse nada.
– Não precisa Beto, ele dorme no meu quarto. – Carlinhos respondeu. Dessa vez meu pai se incomodou.
– Então você dorme no meu quarto. – Meu pai disse.
– Ou no meu. – Eu disse.
Bruno me olhava como se eu o estivesse convidando para dormir no meu quarto e isso começou a me irritar.
– Tudo bem. – Carlinhos respondeu.
Não soubemos para quem exatamente, eu e papai nos olhamos com a mesma dúvida.
– Vem Bruno, você quer tomar um banho? - Carlinhos perguntou para o amigo
Carlinhos entrou no quarto com o rapaz. Fui para o meu quarto e coloquei uma roupa, não poderia ficar à vontade na minha casa com aquele rapaz lá. Meu pai ficou em seu quarto, eu fiquei na sala. Queria vigiar o quarto de Carlinhos. Vi quando Bruno saiu do banho entrou no quarto e Carlinhos permaneceu lá dentro. Eu fiquei puto, queria entrar lá e interromper qualquer coisa que eles estivessem fazendo. Contei até 100 e fui em direção à porta. Carlinhos abriu a porta e me viu lá parado.
– Quer alguma coisa Beto? – Carlinhos me perguntou enquanto eu olhava lá dentro. Bruno já estava vestido e deitado na cama.
– Queria saber por que você ficou aí dentro enquanto ele trocava de roupa.
– O que que tem Beto? – Carlinhos disse irritado indo para o quarto do meu pai.
– Carlinhos espera. Vem pro meu quarto. Dorme comigo. – Eu pedi. Carlinhos me ignorou eu segurei em seus braços. – Vamos conversar.
Carlinhos veio comigo para o meu quarto. Sentou na beirada da cama e ficou me encarando.
– O que quer conversar, Beto?
– Quero te pedir desculpas. Tenho agido como um idiota Carlinhos. Não soube lidar com você se assumindo, não sei lidar com você trazendo amigo pra casa.
– Qual o problema nisso Beto, eu ser gay ou de trazer um amigo?
– Ciúmes, eu estou morrendo de ciúmes Carlinhos. – Eu disse abaixando a minha cabeça. Carlinhos colocou o dedo do meu queixo levantando o meu rosto e me olhou nos olhos.
Eu o puxei para um beijo. Um beijo de verdade, um beijo com paixão e vontade. Carlinhos se entregou ao beijo. Inclinou a cabeça para trás e eu mordi o seu queixo. Ele gemia. Forcei meu peso sobre ele, fazendo ele se deitar na minha cama. Fiquei sobre ele e o beijava. Carlinhos segurou o meu pau e me fez gemer. Eu beijei o seu pescoço e fui descendo. Coloquei o seu peito grande e macio na minha boca, mordia o seu mamilo, meu pau pulsava na mão de Carlinhos que me virou na cama e desceu para me chupar.
Carlinhos me chupou por um tempo, depois ele tirou a sua roupa e se sentou sobre mim. Não acreditei no que Carlinhos estava fazendo. Ele segurou o meu pau que estava firme feito uma rocha e se sentou lentamente. Carlinhos sentia dor pude notar. Mas ele não desistiu. Meu pau estava todo dentro dele. Ele começou a cavalgar, eu sentia seu cuzinho se contraindo e apertando o meu pau. Era uma delícia. Carlinhos gemia, eu também. Seus movimentos foram ficando mais rápidos, os seus gemidos mais fortes e mais gostosos. Não consegui me segurar gozei dentro dele, Carlinhos continuou cavalgando e gozou em seguida, disparando jatos de porra no meu peito e no meu rosto.
Carlinhos beijava o meu rosto e a minha boca, eu senti o leve gosto de porra na boca dele. Não me importei, estava em êxtase. Comi o meu irmãozinho, eu ainda segurava aquela bunda, meu pau ainda estava dentro e não acreditava que ela foi minha, estava sendo minha, que era minha.
Dormi como uma criança abraçado com Carlinhos. Acordei cedo e de pau duro. Carlinhos estava de lado na cama, com aquela bunda virada para mim, me abaixei até ela e comecei a beija-la. Carlinhos se virou deixando-a empinada para mim. Cuspi lá dentro e deitei sobre Carlinhos. Ele se ajeitou, virou o rosto para o lado e eu o beijei. Carlinhos sorria e começou a gemer. Meus movimentos aumentaram, aquela posição me deixava sobre controle. Segurava Carlinhos pela cintura, sua cara de prazer era uma delícia. Dessa vez gozamos juntos Carlinhos sujou o meu lençol e eu despejei toda a minha porra dentro dele, de novo.
– Onde você vai? – Perguntei para Carlinhos que estava se levantando.
– Preparar o café da manhã. – Carlinhos disse me dando um beijo. Eu o puxei de volta para a cama.
– Fica aí, eu vou preparar o café da manhã pra você. – Eu disse saindo do quarto. Carlinhos se levantou, mas foi para o banho. Quando saiu, ele entrou em seu quarto e voltou para a cozinha com o Bruno. Eu estava tão feliz que nem me importei com aquele rapaz afeminado me devorando com os olhos.
– Beto preparando o café da manhã? – Meu pai perguntou dando um beijo na cabeça do Carlinhos e batendo em meu ombro.
– Dei um descanso para o Carlinhos hoje. – Eu disse.
Bruno parou de olhar para mim e começou a olhar para o meu pai que estava visivelmente excitado, naquele tesão matinal. Eu achei graça. Meu pai quando percebeu deu uma ajeitada no pau e se sentou. Tomamos café juntos. Eu tinha um encontro com uma garota, mas desmarquei, queria passar o sábado com Carlinhos.
Bruno foi embora logo depois do almoço. Meu pai saiu com os amigos, foi jogar bola e eu passei o dia na cama com Carlinhos. Ele chupou o meu pau e pediu para eu gozar em sua boca, ele engolia toda a minha porra. Eu também chupava o seu cuzinho, e ele ficava doido piscando aquele cuzinho na minha língua. Passamos uma tarde deliciosa até a chegada do meu pai.
– Beto em casa pleno sábado à noite? – Meu pai se surpreendeu.
– É pai, tudo que eu quero hoje é ficar em casa.
– Que bom, vou passar o sábado à noite com meus garotos.
– Vou fazer pipoca pra gente ver um filme ou maratonar alguma série.
– Então deixa eu tomar um banho que estou bastante suado. – Meu pai disse tirando todo a sua roupa na lavanderia e passando pela sala pelado.
Percebi como Carlinhos o admirava e isso me deu uma pontada de ciúmes. Dei uma cotovelada em Carlinhos.
– Aí Beto. – Carlinhos reclamou.
– Fica esperto rapaz. – Eu disse rindo.
– Nem vem Beto. Tá pensando o quê? Fica esperto você. – Carlinhos disse me dando um empurrão me tirando do sofá.
Papai voltou para sala com uma toalha enrolada na cintura. Fui fazer a pipoca e quando voltei, Carlinhos estava deitado na perna do meu pai. Ele sorriu pra mim, meu pai também.
– Abram espaço pra mim, senão não vão ganhar pipoca. – Eu disse segurando os dois potes na mão, uma de doce e outra de sal.
Carlinhos encolheu as pernas, mas eu o mandei se sentar e me sentei entre eles. Foi uma noite tranquila e divertida, aproveitava para passar a mão em Carlinhos que sempre olhava pra mim com um sorriso de safado.
Não dormi direito à noite, Carlinhos não me deixou dormir com ele, mas disse que talvez iria para o meu quarto, e não foi. Fui dormir tarde esperando por ele, por isso acordei bem tarde no domingo.
Carlinhos já estava fazendo o almoço e papai no banho.
– Me deixou na mão ontem. – Eu disse para o Carlinhos.
– Tá louco Beto? Passamos o dia todo juntos, gozamos várias vezes.
– Mas você não foi dormir comigo.
– Não vou dormir com você Beto. É arriscado. Papai podia aparecer.
– Por que ele iria aparecer?
– Sei lá. Não quero que você vá ao meu quarto à noite e se eu achar que devo eu apareço no seu.
– E eu vou ficar na vontade Carlinhos?
– Claro que não Beto. Tenha noção e nem pense em me controlar. A gente dá um jeito. – Carlinhos disse se afastando da cozinha e ficando de joelhos na minha frente.
Carlinhos chupou o meu pau e me fez gozar bem ali. Ele engoliu a minha porra e veio me beijar. Senti o gosto da minha porra em sua boca e não achei ruim. Ficamos nos beijando até que escutamos meu pai desligar o chuveiro.
O domingo também foi tranquilo, fiquei em casa com meu pai e Carlinhos. Era divertido e excitante fugir e nos esconder do meu pai para dar uns beijos e passar a mão naquela bunda gostosa do Carlinhos. O dia acabou e fomos dormir separados. No dia seguinte recomeçamos a rotina de aulas.
Fui com Carlinhos para a faculdade, ele foi segurando o meu pau durante todo o trajeto. No intervalo, resolvi ver como ele estava. Vi ele sentado em uma mesa com outras 4 pessoas. O Bruno, duas garotas e mais um rapaz.
– Olha quem vem aí. – Bruno disse para o Carlinhos abrindo um grande sorriso para mim.
– Oi Beto. – Carlinhos me cumprimentou. – Gente esse gato é meu irmão.
– Oi prazer, sou Vivian. – Se apresentou uma ruiva muito bonita.
– Oi sou Dalila. – Se apresentou uma mulata, linda com olhos cor de mel, cabelos cacheados e seios firmes, devia ter a minha idade.
– Prazer é meu. – Eu disse – E você, eu me lembro de você. – Me virei para o outro rapaz.
– Oi Beto, eu fui seu calouro. Fiz alguns períodos de Administração. – Gustavo me respondeu.
– Me lembro mesmo. Gustavo né?
– Isso.
– Ainda namora com a Erika? – Eu perguntei. Vi Carlinhos e Bruno se olhando. Provavelmente deviam achar que Gustavo era gay. Talvez tenha virado, afinal saiu de Administração para Arquitetura.
– Não mais. – Gustavo me respondeu.
– Por que mudou de curso? – Eu perguntei.
– Trabalho. Na empresa em que trabalho, para eu poder coordenar os contratos eu tinha que ser arquiteto. Se não seria para sempre um assistente administrativo. Mas ainda pretendo terminar o curso de administração.
– Faz bem. Você já estava na metade do curso não era?
– Sim, iria para o quinto período. Você está em qual? No sétimo?
– Isso. No sétimo. Memória boa.
– Sim, me lembro de ter servido você. – Gustavo disse. E o pessoal que via a nossa conversa sorriu. – Deixem de ser bobos. O pessoal da administração que é muito mais legal que vocês da arquitetura. Tinham um trote muito bacana para os calouros. No primeiro mês de aula o pessoal do segundo período organiza vários trotes, forçavam os calouros a angariar dinheiro para a festa. O pessoal do segundo período monta a festa com o dinheiro arrecadado e o pessoal do terceiro é convidado para comer e beber de graça.
– E os calouros eram os garçons do pessoal do terceiro período. – Eu finalizei.
– Podíamos fazer isso no nosso curso também. – Bruno disse.
– Sim, mas só no ano que vem. Aí não seremos os calouros. – Carlinhos disse. Foi esperto. As meninas concordaram.
– As festas da Administração eram muito boas. – Gustavo disse.
– Eram mesmo. A sua foi a última que eu fui. – Eu disse
– E aquela foi boa mesmo. Você bebeu muito. – Gustavo lembrou.
– Você me serviu bem. – Eu disse rindo. – Nem lembro como cheguei em casa.
– Sério? Eu te levei. – Gustavo disse.
– Então tenho que agradecer, pois tenho certeza que não fiz isso depois. – Eu disse um pouco sem graça, mas mantendo o sorriso no rosto.
– No dia você agradeceu sim. – Gustavo respondeu batendo em meu ombro.
– Já que colocaram o papo em dia, diz aí o que veio fazer no meu prédio? – Carlinhos perguntou.
– Deixa de ser chato Carlinhos, o prédio não é seu. Beto, você é muito bem-vindo aqui. – Bruno disse quase se derretendo.
– Só vim ver como é aqui. Respirar novos ares. – Eu disse sorrindo.
– Sei. – Carlinhos disse sorrindo.
No dia seguinte foi Carlinhos e a sua turma que veio até o prédio de Administração. Gustavo foi de encontro aos seus amigos da turma do 5.º período. Eu fui até o Carlinhos que estava acompanhado do Bruno e das duas meninas.
– O que estão fazendo aqui? – Eu perguntei.
– Respirar novos ares. – Carlinhos respondeu.
Dois colegas de sala chegaram junto a mim.
– Beto, não vai apresentar suas amigas? – Um deles disse, o mais idiota. Enquanto o outro apenas sorria.
– Essas são Dalila e Vivian. – Eu disse. – E este, é o meu irmão Carlinhos e, este é Bruno. – Percebi que eles ficaram sem graça pela piada. Se cumprimentaram e as meninas logo deram um fora neles.
– Gostaram do prédio? – Eu perguntei.
– O nosso é mais bonito. – Carlinhos respondeu.
– Mas aqui as pessoas são mais bonitas. – Bruno disse.
– Permita-me discordar. – Eu disse. – No curso de vocês só tem meninas bonitas e todas bem arrumadas. Ao contrário do meu que tem mais homens e as meninas arrumadas eram só aquelas que trabalhavam, algumas parece que acordaram, simplesmente saíram da cama e vieram para a aula.
– Então por que acha que preferimos aqui? – Vivian brincou. Eu sorri sem graça para ela. Não gostei da ideia de Carlinhos indo para o meu prédio com os amigos para procurar homens. Gustavo se juntou a eles.
– Controla essa turma, rapaz. – Eu disse pra ele.
– Não pense que não tentei. Essa turma aqui é incontrolável e desgovernada. – Gustavo disse rindo e se despediu.
– Agora o Beto tá amiguinho do pessoal da arquitetura? – Wagner, veio zoando.
Wagner era o meu amigo desde que mudei. Fizemos o Ensino Médio juntos, escolhemos o mesmo curso e a mesma faculdade. Mesmo sendo da mesma sala acabamos nos afastando.
– Você fala daquela ruiva linda e da morena gostosa? Quero ser mais que amigo. – Eu respondi.
– É, mas os viadinhos vêm junto? – Wagner disse.
– Ow é o irmão dele. – Outro censurou.
– Desculpa Beto. Não sabia que era o seu irmão. – Wagner disse.
– Não tem que me pedir desculpa por ele ser meu irmão, e sim por você ser um idiota. – Eu disse. Ouvi um zumbido de gritos e risos, daqueles quando a gente dá uma tirada em alguém na frente de outras pessoas.
– Depois a gente conversa, Beto. – Wagner disse em um tom ameaçador que eu achei graça.
– Até. – Eu disse voltando para a minha sala.
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Capítulo 6 – Carlinhos
Eu estava em uma ótima fase, me sentia realizado. Tudo ia bem na faculdade, tinha meus amigos e mantinha dois relacionamentos incestuoso em segredo. Papai não sabia de Beto e Beto não sabia de papai. Preferia deixar assim. Beto me surpreendeu quando se permitiu sem culpa e passamos aquele final de semana cheio de sexo. Não sei dizer qual pegada era melhor, de Beto ou de papai. Mas uma coisa era igual, à forma de macho como eles gemiam quando gozavam, isso me deixava de pernas bambas, só de lembrar meu cuzinho piscava.
Papai começou a chegar em casa cedo, antes do Beto. Ficávamos sozinhos em casa e assim aproveitávamos o nosso momento. Pedi tanto para o meu pai como para o Beto não irem ao meu quarto à noite. Era perigoso algum encontro. Claro que eu fantasiava os dois me comendo juntos, mas ainda era cedo demais para isso. Fiquei a semana inteira sem procurar nenhum durante a noite para ver se eles cumpririam a promessa e cumpriram.
Na faculdade, além do curso, as coisas estavam ficando cada vez mais interessantes. Beto passou a me vigiar durante o intervalo, ia sempre ao meu prédio. Vivian, Dalila e Bruno adoravam. De vez em quando era a gente que ia até eles. No dia que nos desencontramos conheci o Wagner, sem dúvida o cara mais gostoso daquele campus. Um homem alto, de aproximadamente 1,85m de altura, braços fortes, pele morena clara com um bronze, olhos claros, uma barba por fazer, bem desenhada. O tipo de cara que é bonito, sabe daquilo e usa muito bem isso.
– Ô arquitetura, estão perdidos? – Wagner perguntou.
– Sou irmão do Beto, vim ver se ele está aqui. – Eu respondi. Bruno babava atrás de mim. Dalila e Vivian trocavam olhares e Gustavo que foi obrigado a ir com a gente, era impossível de ler.
– Eu sei. Seu irmão não está aqui não, acho que foi para o prédio de vocês. Eu sou Wagner, Prazer. – Wagner disse pegando na minha mão, na do Bruno, abraçando as meninas e cumprimentando de longe o Gustavo que estava com cara de poucos amigos.
– Então vamos voltar lá. – Eu disse.
– Voltem sempre. – Wagner disse dando aquela ajeitada no saco, e pareceu ter um enorme pacote. Sorrimos e saímos.
– Não gosto do Wagner. – Gustavo disse.
– Por que? – Eu perguntei.
– Ele é muito escroto, já estava preparado para ele vir com uma piada em cima de vocês.
– O que quer dizer? – Foi a vez de Bruno questionar.
– Ele é um idiota preconceituoso. Sempre o vi fazendo várias piadinhas. – Gustavo respondeu.
– Ele já fez com você? – Bruno perguntou de novo.
– Claro que não. Mas já o vi fazendo com outras pessoas, ele é covarde, faz pelas costas. – Gustavo disse. Olhamos para trás e vimos Wagner e alguns amigos rindo.
– Ele deve ter mudado, foi bem simpático com a gente. – Eu disse encerrando o assunto, mas Gustavo ainda estava descontente.
Quando encontramos com o Beto contei que estávamos à procura dele e que Wagner foi muito simpático.
– Quero que você fique longe dele. – Beto disse. Senti Gustavo me olhando como se dissesse: “Eu disse”.
– Por que? Ele não é seu amigo? – Perguntei.
– Já foi. Não é mais. Cuidado com ele. Acho que vocês nem deviam sair desse prédio.
– Menos Beto. – Eu disse.
– Que gracinha, todo preocupado com o irmão. – Bruno disse.
– Preocupação não. Beto tá com mania de achar que é o meu dono. Para com isso já falei. – Eu disse.
Gustavo cada dia que se passava, se tornava mais observador e misterioso. Comecei a me preocupar na forma que eu falava com Beto, na forma que agíamos quando estávamos um perto do outro. Sentia que Gustavo era capaz de me ler, enquanto eu me sentia mais transparente em sua presença eu sentia que ele era cada vez mais opaco.
– Beto você vai na festa que o pessoal está organizando? – Gustavo perguntou.
– Vou sim.
– Que festa é essa? – Bruno perguntou.
– Em uma boate, fizemos uma parceria para juntar o dinheiro da festa de formatura. – Beto respondeu.
– Você não me falou nada. – Eu disse frustrado, percebi mais uma vez os olhos de Gustavo. Beto me ignorou.
– Você vai? – Beto perguntou para o Gustavo.
– Acho que sim, ganhei um convite. – Gustavo respondeu.
– Quando vai ser? Podemos ir todos. – Dalila disse. Beto ficava um pouco bobo quando ela falava com ele.
– É.… será nesse final de semana. Posso ver se consigo convites para vocês. – Beto disse meio que gaguejando.
– Isso seria ótimo Beto. – Vivian disse passando a mão nos braços definidos de Beto.
Voltamos para a sala de aula, estava incomodado com a forma que Beto ficava bobo perto das meninas, principalmente da Dalila. Fiquei bravo também por ele não me contar dessa festa que provavelmente ele iria sozinho se o Gustavo não tivesse falado sobre ela.
Cheguei em casa, fiz o almoço que também já seria o jantar do meu pai e do Beto. Adiantei alguns trabalhos, tomei banho e esperei meu pai chegar. Estava deitado no sofá com meu shortinho apertado onde mostrava metade da minha bunda, quando escutei o barulho da porta eu me empinei e fingi que dormia. Senti a mão grande do meu pai apertando a minha bunda, ele veio até o meu rosto e beijou a minha boca.
– Que delicia você assim Carlinhos, olha como me deixa. – Meu pai disse colocando a minha mão no seu pau.
– Isso tudo é culpa minha? – Eu perguntei sendo safado. Papai concordou com a cabeça. – Ai que delícia!
Desabotoei a sua calça e fui esfregando a minha cara naquela cueca, sentia aquele cheiro de macho misturado com o perfume que meu pai havia passado naquela região, como ele sempre faz toda manhã. Coloquei o seu pau para fora e comecei a chupa-lo. Meu pai segurava firme a minha cabeça. Eu engolia o seu pau até o fundo da minha garganta, no início eu ficava sem ar, mas essas semanas de prática eu já estava um expert. Chupei muito meu pai enquanto brincava com as suas bolas e apertava a sua bunda pressionando seu corpo contra o meu rosto.
Senti que meu pai iria gozar eu já estava preparado para engolir tudo. Eu queria todo o seu leite e bebi tudo sem desperdiçar nenhuma gota.
– Vou tomar um banho e te espero lá no meu quarto. – Meu pai disse.
– Hoje não papai.
– Está tudo bem meu filho? Eu te machuquei na última vez?
– Não machucou não papai, é que eu quero deixar bem apertadinho de novo para você. Mas se você quiser, quando sair do banho eu te chupo de novo. Adoro esse cacetão duro na minha boca. – Eu disse. Papai me deu um beijo e foi para o banho.
Eu menti para o meu pai, a verdade é que era dia do Beto, não tinha certeza se eu ia dá para o Beto, iríamos brigar antes, isso era fato, mas poderíamos fazer as pazes e ter um sexo maravilhoso.
Fui para o quarto do meu pai, adorava quando ele estava limpinho, engolia o seu cacete com mais vontade. Ele demorou muito, mas despejou todo o seu leite na minha boca. Foi o tempo de sair do quarto e Beto chegar. Jantamos juntos, vimos TV e depois que papai se deitou, fui para o quarto do Beto que já estava todo taradão para cima de mim.
– Calma aí Beto, precisamos conversar.
– DR de novo Carlinhos?
– Claro Beto, enquanto tiver achando que sou propriedade sua eu vou vir discutir com você, mas se você quiser não precisamos discutir, eu vou embora e você nunca mais me toca.
– Pode falar Carlinhos, sou todo ouvidos.
– Então tire as suas mãos de mim e só escuta. Não quero que diga onde devo ir e com quem devo falar. Fica ainda pior quando faz isso na frente dos meus amigos.
– O Bruno achou bonitinho.
– Tudo que você faz o Brunho acha bonitinho, mas o Gustavo está de olho. E não é por isso que estou falando. Eu tenho vida própria, não sou sua propriedade. Acho que você não entendeu isso.
– Eu me preocupo com você. Sei que você tem a sua vida. Mas fica longe do Wagner.
– Qual o problema desse garoto? Ele foi supersimpático.
– Ele não presta, ele é preconceituoso ao extremo. É do tipo que bate em gays na rua. Já aconteceu. E se ele fizer algo com você, eu o mato. Vou preso, mas eu o mato. Eu amo você Carlinhos, só quero o seu bem.
– Eu sei Beto, eu também te amo, mas não precisa se preocupar, eu sei me defender. Preciso que você também confie em mim.
Beto não me respondeu. Simplesmente me beijou, eu me entreguei naquele beijo, nem vi quando ele tirou a roupa, senti apenas o seu pau relando na minha barriga. Parei de beijar aquela boca e fui em direção aquele pau. Beto me virou na cama, chupava o meu cuzinho enquanto eu engolia aquele cacete. Eu não me cansava de chupar um belo pau. Era o do meu pai, era o de Beto. E naquela hora me peguei pensando no pau do Wagner, que parecia ser bem grande.
Voltei a atenção para o Beto assim que ele começou a gemer. Aqueles gemidos me tiravam do sério. Sentei em seu pau. Os olhos de Beto brilharam, nos beijávamos e eu comecei a cavalgar. Beto inundou meu cuzinho com a sua porra. Seu pau continuou duro ele não queria me deixar sair do seu colo. Mas eu o convenci a me comer de quatro. Beto abria a minha bunda, ele gostava de ver o seu pau entrando e saindo de dentro de mim. Me enrolei no travesseiro e comecei a gemer, gozei na cama de Beto.
Beto parou de me comer, deitou ao meu lado e me beijava, eu o masturbava até que ele gozou.
A semana passou tranquila, era estranho que eu nunca tinha visto, ou reparado, no Wagner. Mas depois daquele dia que ele se apresentou eu o via sempre na chegada, no intervalo e na saída. Comecei a fantasiar com aquele homem lindo e homofóbico.
– Eu acho que todo homem que é homofóbico na verdade vive preso dentro do armário. – Bruno disse.
– Seria uma delícia, entrar em um armário com ele. – Eu disse.
– Não acredito nisso. – Gustavo disse bravo.
– Não fica com ciúmes não Gu, a gente também entra no armário com você. – Bruno disse rindo. Gustavo ficou sem graça e nos ignorou. Vivian e Dalila voltavam juntas do banheiro. Combinamos como iríamos para boate. Bruno iria dormir lá em casa, já que mora longe. Carol e Gustavo iriam com Vivian que seria levada pelo motorista do pai.
Papai se assustou quando chegou em casa e viu Bruno lá, era o dia do papai. Esperei Bruno ir para o banho e fui compensar papai com um belo boquete. Quando Beto chegou já estávamos prontos.
– Mas está muito cedo. – Beto disse.
– A gente chega cedo, fica lá na porta tomando uma latinha, já calibrando, afinal lá dentro tudo é caro. E ficamos monitorando o público que está chegando. – Bruno disse fazendo Beto e meu pai sorrirem.
– Esperto ele. – Meu pai disse. Bruno voltou a olhar para o meu pai que estava lá sem camisa e só de shortinho marcando bem o seu pau com uma gota do seu liquido marcado.
Beto jantou e depois foi para o banho, saiu já seco, mas totalmente nu. Não sei se foi para provocar o Bruno ou simplesmente estava acostumado com a presença do meu amigo dentro de casa. Bruno babou vendo o tamanho do pau do Beto, quase bateu palmas, eu tive que rir. Me deu vontade de dizer que aquele pau gostoso era meu, que já esteve na minha boca e na minha bunda várias vezes.
Chegamos na porta da boate, tinha mesmo alguns ambulantes, carrinhos de cachorro quente e algumas pessoas já bebendo.
– Não vou ficar aqui na rua não, podemos ficar nesse barzinho aqui. – Beto disse apontando para o lado.
– Pode ser. – Eu disse.
Sentamos em uma mesa, fiquei ao lado do gostoso do meu irmão, eu passava a mão em sua perna por baixo da mesa. Tempos depois Vivian, Dalila e Gustavo chegaram. Beto me fez sair do seu lado para dar lugar a Dalila, isso me incomodou um pouco, mas fizemos bem, pois Gustavo estava reparando muito. Não sei se eu já estava cismado e começava a ver chifre em cabeça de cavalo. Mas uma coisa era fato, Gustavo era um bom amigo e uma pessoa do bem.
Fizemos uma rodinha, Gustavo do lado de Beto, Dalila do outro. Ficamos conversando quando Beto e Gustavo começaram a conversar, apenas os dois.
– Tá namorando Gustavo? – Beto perguntou.
– Não, tô de boa. – Gustavo respondeu.
– Com o tanto de meninas bonitas no curso de arquitetura deve ser fácil achar uma namorada. – Beto disse.
– Tem muita menina bonita mesmo, e as mais bonitas estão aqui na mesa. Mas não tô afim de namorar não. Fiquei muitos anos namorando, agora quero mesmo é curtir a vida, experimentar o que ela tem a me oferecer, lá pros 30 eu penso em namorar, casar, ter uma família.
– Eu sempre gostei de namorar.
– E agora está namorando? – Gustavo perguntou. Beto me olhou antes de responder percebi que Gustavo reparou.
– É, bem, não estou não. – Beto respondeu, percebi que Dalila ficou feliz e deu uma ajeitada na roupa.
Vi quando Wagner passou pelo bar olhou para nossa mesa e deu uma piscada, não sei exatamente para quem. Pagamos a conta e entramos para a boate.
A música era boa, o ambiente era legal e foi ficando cada vez mais cheio.
– Muita gente bonita, mas só tem héteros, ou aqueles que se fingem. – Bruno reclamou.
Tinha um DJ muito bom, batidas boas e a iluminação acompanhava as batidas, tinha hora que por uns 3 segundos tudo ficava escuro, nessas horas sentia Beto apetando a minha bunda e isso era excitante. Vi que Bruno tentou bolinar Beto em um desses escurinhos, mas não deu certo, talvez ele não tenha tido coragem. Gustavo bebia e se divertia, mas eu achava que até no escuro ele conseguia me enxergar.
– Desculpa. – Wagner disse após me esbarar quando fui pegar bebida. Eu fiquei parado segurando as duas garrafas na minha frente enquanto Wagner me segurava na cintura. – É você Carlinhos? Não sabia que viria.
Era claro que sabia, ele havia nos visto minutos antes.
– É, estou aqui. – Respondi pronto para dar o próximo passo. Mas Wagner não saia da minha frente e ainda segurava a minha cintura.
– Derrubei a sua bebida, deixa eu te pagar outra.
– Não derramou quase nada. Obrigado, deixa eu voltar lá. A cerveja vai acabar esquentando aqui na minha mão. Tenho que levar para o Bruno.
– Vai lá, entrega a cerveja pra ele e volta aqui. Vamos trocar uma ideia. – Wagner disse.
– Beleza. – Eu disse voltando para a minha turma. Claro que fiquei tentado a voltar, um homem daquele, dando mole. Gustavo e Beto deviam estar errados sobre ele. De longe eu reparava que ele estava sempre me olhando.
– Gustavooo! – Surgiu uma garota, bonita, alta, cabelos lisos nos ombros, mas em um dos lados era raspado. Ela pulou no Gustavo deu um abraço e um beijão na boca dele.
– Débora, tudo bem? – Gustavo parecia sem graça.
– Não acredito, Beto? – Débora disse.
– Oi. – Beto respondeu, era nítido que ele não a reconheceu. – Tudo bem?
– Beto lembra da Debs, do dia do meu trote, que te deixei em casa. – Gustavo disse. Beto ainda não parecia se lembrar.
– Claro. – Beto disse. A menina foi de encontro ao meu irmão e lhe deu um beijo na boca, não como beijou o Gustavo, foi mais comportado.
– Depois temos que marcar de novo. – Débora disse. Olhou a sua volta e viu todo mundo olhando para ela como se ela fosse um alien. – E vocês quem são?
Gustavo nos apresentou, Débora foi em direção para dar um selinho na Dalila que virou o rosto, Vivian fez o mesmo. No Bruno ela nem tentou beijar.
– Irmão do Beto? – Débora disse quando Gustavo nos apresentou. – Realmente se parecem, muito lindo você. Deixa eu achar a minha turma, bom ver vocês, Gustavo, Beto, me liguem, tô esperando.
– Gente que menina louca. – Bruno disse. Que amizades são essas Gustavo? – Bruno perguntou.
– E o que aconteceu nesse trote? – Eu perguntei para Beto.
– Eu juro que não sei. – Beto respondeu, tentando se justificar para mim e para a Dalila. Olhamos todos para o Gustavo.
– Vou pegar mais uma cerveja. – Gustavo disse fugindo.
Um tempo depois o assunto já era outro e Gustavo havia voltado, muita música já tinha tocado e Wagner de longe me olhava. Aquilo me deixava doido. Resolvi ir buscar cerveja.
– Oi de novo. – Wagner me disse.
– Oi estranho. – Eu respondi.
– Está gostando da balada?
– Sim. – Respondi para ele. – Mais uma cerveja por favor. – Pedi para o garçom, mas Wagner colocou a comanda dele na frente. – Por que está fazendo isso?
– Por que tenho dinheiro, gosto de pagar uma cerveja para os meus amigos. – Wagner respondeu.
– Não somos amigos, acabamos de nos conhecer.
– Mas você é irmão do meu amigo.
– Não é isso que o Beto acha.
– O Beto está estressado, mas sempre fomos amigos sim. E vamos voltar a ser.
– Então quem sabe não seremos amigos quando vocês voltarem às boas. Obrigado pela cerveja. – Eu disse saindo. Wagner segurou o meu braço, eu sorri para ele e saí. Antes de chegar aos meus amigos encontrei com Gustavo.
– Vamos comigo para o bar, pegar uma cerveja. – Gustavo disse.
– Mas a sua ainda está na metade.
– Ela esquentou.
Achei aquilo estranho, mas fui com ele. Gustavo fez hora para pedir a cerveja, continuou bebendo a cerveja que ele disse que estava quente e depois pediu outra.
– Vamos voltar? – Eu pedi.
– Vamos ficar por aqui, lá tem muito barulho.
– Então vamos chamar o pessoal.
– Não.
– O que está acontecendo Gustavo?
– Acho que a gente devia ficar aqui.
Fui em direção a minha turma, quando cheguei lá vi Beto e Dalila se beijando. Gustavo sabia, não queria que eu visse. Fiquei abalado. Não tinha conversado nada com Beto, não poderia exigir exclusividade, até porque eu também estava com meu pai. Mas aquilo mexeu comigo. Fiquei congelado, não sabia o que fazer.
– Você tá bem? – Gustavo me perguntou.
– Claro, por que não estaria? Me dê licença que eu vou no banheiro.
– Quer que eu vá com você? – Gustavo me perguntou. Neguei com a cabeça. – Quer que eu chame o Bruno?
– Não! Eu vou sozinho. – Eu disse. Me virei novamente para ele. – Obrigado.
Aquele obrigado não foi para se oferecer a ir ao banheiro, foi pelo cuidado, preocupação e a discrição. Pelo olhar de resposta do Gustavo eu percebi que ele entendeu.
Entrei no banheiro ainda meio perdido. Era estranho ver o Beto com alguém, com a gente estando junto, era pior esse alguém ser uma das minhas melhores amigas.
– Ei! Você tá bem? – Wagner me perguntou enquanto eu me encarava no espelho.
– Fala sério cara, qual é a sua? Está me seguindo?
– Bom, eu já estava no banheiro quando você entrou, então talvez você esteja me seguindo. – Wagner disse sorrindo. Eu não tinha resposta para aquilo.
– Então você tá bem? – Wagner repetiu a pergunta.
– Na verdade não muito.
– Posso fazer alguma coisa por você?
– Sim, avisa o meu irmão que eu estou indo embora.
– Deixa eu te levar embora.
– Não precisa.
– Então até o táxi.
– Se você sair da boate não vai conseguir voltar.
– Eu tenho passe livre aqui, não se preocupe. – Wagner disse.
Saí junto com Wagner, havia alguns táxis na porta eu fui em direção a eles.
– Carlinhos, meu carro está aqui. Vou pra casa também, deixa eu te levar. É meu caminho. Pode confiar.
– Você nem sabe onde eu moro.
– Sei sim. Já fui a sua casa várias vezes.
Wagner me convenceu, fui até o seu carro, um BMW grande.
– Esse carro é seu?
– É sim. Gostou?
– Combina com você.
– Por que é bonito?
– Espaçoso – Eu respondi, Wagner sorriu sem graça. – Mas é bonito também.
O carro do Wagner era automático, mas ele ficava com a mão na macha e toda hora passava em minhas pernas. Percebia ele olhando para mim, um homem daquele olhando para você era quase irresistível, resolvi olhar para o outro lado.
– Você quer ir para algum lugar? – Wagner me perguntou.
– Sim, para a minha casa. – Respondi. Wagner não insistiu.
Estávamos há dois quarteirões da minha casa quando Wagner parou o carro, era uma rua mais escura. Eu olhei pra ele.
– Minha casa é logo ali na frente.
– Eu sei. Queria conversar com você.
– Sobre?
– Te conhecer melhor, seu irmão nunca falou muito sobre você.
– Wagner, por que alguém como você teria interesse em mim? – Eu perguntei. Percebi que deixei Wagner sem resposta. – Por que não me conta por que você e meu irmão não são mais amigos?
– Seu irmão mudou, ficou diferente, se afastou e agora fica me tirando. Eu mesmo não fiz nada.
– Ele amadureceu e você não. – Eu constatei. Wagner não gostou do que eu disse.
– O que ele disse mim?
– Que poderia ser perigoso pra mim chegar perto de você. – Eu disse Wagner começou a rir.
– Pelo visto você não acreditou nele.
– Eu preferi me arriscar, você não me parece perigoso.
– Mas eu posso ser. – Wagner disse vindo em minha direção e me dando um beijo na boca.
Um beijo de verdade, um beijo gostoso, ele ia passando a mão na minha perna e chegou até o meu pau que ficou duro.
– Não era esse tipo de perigo que ele imaginava. – Eu disse. Achei graça da situação. Wagner abriu o zíper da própria calça e colocou aquele mastro para fora. A minha vontade era cair de boca, mas me contive.
– Vem cá, me chupa. – Wagner pediu.
– Cara, sei que você já sabe que eu curto, e surpreendentemente você também, mas não é assim. Colocar o pau pra fora e me mandar chupar. – Eu disse.
– Normalmente essas coisas são bem rápidas e práticas. – Wagner disse sem graça.
– Imagino que sim, você é um cara bonito, postura de macho, num carrão desses e um pau desse tamanho. Mas não sou desses. Obrigado pela carona. – Eu disse abrindo a porta do carro pronto para sair.
– Espera, vou te deixar lá na porta. – Wagner disse voltando para cima de mim fechando a minha porta antes que eu saísse. Wagner ainda quase no meu colo, abriu o meu zíper e meu pau que estava duro pulou para fora. Wagner caiu de boca.
Era a primeira vez que alguém me chupava, era uma delícia. Não imaginava que ser chupado era tão bom como chupar. Wagner subia e descia com os lábios no meu pau, sentia a sua língua passando na cabeça do meu pau. Me imaginei fazendo um 69 com ele ali mesmo. Não demorei muito, gozei na boca daquele macho, homofóbico e gostoso do Wagner. Ele não engoliu, abriu a porta do carro e cuspiu na rua.
– Vem sentir o gosto da sua porra. – Wagner disse me puxando para um beijo. Ficamos nos beijando até o gosto sair. Quando percebi, eu estava com o pau dele na minha mão, um pau grande e grosso, eu o masturbei e ele gozou na minha mão. Me larguei daquele beijo e respirei fundo. Não acreditava no que estava acontecendo.
– Você é um cara legal, diferente. Vou te mandar a real. Ninguém sabe que eu curto essas paradas e ninguém vai ficar sabendo, entendeu. – Wagner disse.
– Entendi. – Não gostei da forma que ele disse. – Vamos? – Eu pedi. Chegamos na porta da minha casa eu não sabia nem o que dizer.
– Tchau Carlinhos, a gente se vê na faculdade. – Wagner disse.
Não sabia se eu tinha me sentido usado. Acho que não, pois fui eu que gozei na boca dele. Eu gozei na boca daquele homem. Mas tudo aquilo era muito louco, inacreditável. Esse Wagner era mesmo uma caixinha de surpresas. Eu ainda estava parado na porta do meu prédio pensando naquilo que aconteceu, havia até esquecido de Beto com Dalila na boate. Me despertei quando vi meu celular tocando.
– Alô. Oi Bruno. Já vim embora. Volta com o Beto, isso se ele voltar para casa, senão pede para a Vivian te trazer até aqui. Desculpe não ter avisado. – Eu disse, subindo para o apartamento.
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Capítulo 7 – Beto
Era a noite que iríamos para a boate. Quando cheguei em casa Carlinhos e Bruno já estavam prontos me esperando. Eles queriam chegar cedo. Mas a ideia de ficar bebendo na porta da boate não me animou, por isso fomos para um barzinho do lado. Depois de um tempo os amigos de Carlinhos chegaram e entramos na boate. Curtimos muito juntos.
– Gustavooo! – Surgiu uma gata, cabelos castanhos com uma parte raspada, pele clara e seios enormes, ela pulou no Gustavo e deu um baita beijo na boca dele. Eu olhei pra ele e sorri. Vi que ele era um dos meus.
– Oi Débora, tudo bem? – Gustavo respondeu. A garota olhou pra mim.
– Não acredito, Beto? – Ela disse.
– Oi. – Eu respondi. Ela era familiar, mas eu não me lembrava de onde. – Tudo bem?
– Beto lembra da Debs? Do dia do meu trote, que te deixei em casa. – Gustavo me disse.
Eu tive um grande porre naquele dia, não me lembro de muita coisa. Nem me lembrava que foi o Gustavo quem me deixou em casa. Mas alguns flashs apareciam em minha cabeça, tinha quase certeza que eu já peguei essa menina.
– Claro. – Eu respondi. Débora me deu um beijo na boca. “É! Já peguei ela sim”. Pensei.
– Depois temos que marcar de novo. – Débora disse olhando pra mim e para o Gustavo. “Preciso ter um particular com o Gustavo pra saber o que aconteceu naquele trote”. Pensei.
– O que aconteceu nesse trote? – Carlinhos me perguntou.
– Eu juro que não sei. – Respondi. Mas acho que transei com essa garota. Mas onde? Quando? E o Gustavo nisso?
Voltamos a curtir a festa. Dalila, a morena gostosa estava dando o maior mole. Uma garota daquela era irrecusável. Eu tentava olhar para o Carlinhos, queria o aval dele, afinal é amiga dele. Mas ele estava sempre distraído procurando alguma coisa ou alguém naquela boate.
Mais cedo na mesa do bar, Gustavo perguntou se eu estava namorando, eu disse que não, afinal com irmão não se namora.
Carlinhos sumiu, Dalila dançava de forma sensual comigo, nossos olhos se cruzaram e um beijo rolou. Depois outro, começamos a nos pegar ali no meio da boate. A garota era safada, até no meu pau ela pegou, meu pau que é sensível ao toque já estava duro. Tinha semanas que eu não comia uma boceta. Comer o cuzinho do Carlinhos é uma delícia, mas uma boceta também tem o seu lugar.
– Cadê o Carlinhos? – Bruno me perguntou.
– Não sei. – Respondi.
– A última vez que eu o vi, ele estava indo para o banheiro. – Gustavo disse.
Mais um tempo depois perguntei à Dalila se ela queria ir lá para minha casa. Ela disse que não, que iria para a casa da Vivian que estava aos beijos com um colega meu. Bruno me lembrou que iria dormir lá em casa. Vivian chamou a Dalila para ir embora. Para mim não tinha mais graça ficar na boate.
– Achou o Carlinhos? – Perguntei para o Bruno.
– Não, vou ligar pra ele. – Bruno respondeu. Conversou com ele no telefone. – Ele já está em casa.
– Porra! Ele foi embora sem falar nada? Vamos embora então. – Eu disse. Chamamos um Uber.
– Se o motorista for gato eu vou na frente. – Bruno disse e eu comecei a rir.
O carro chegou, nem esperei Bruno ver a cara do motorista e já entrei no banco de trás e fechei a porta, fazendo com que ele sentasse no banco da frente. Fiquei lá trás de boa, pedi para o motorista aumentar a música e fiquei pensando na gostosa da Dalila que me deixou ir para casa de pau duro. Bruno conversava com o motorista, eu não prestava atenção.
Achei estranho quando o motorista diminuiu a velocidade, percebi que a mão do Bruno estava no pau do motorista. “Caralho, esse Bruno é uma puta mesmo” pensei. Como ele era corajoso, pegar no pau no motorista comigo ali atrás no carro. De alguma forma aquilo me deixou ainda mais excitado.
Quando chegamos em casa sai do carro rápido. Percebi que Bruno anotou o telefone do motorista.
– Fazendo contatinhos né safado? – Eu brinquei enquanto subíamos no elevador.
– Claro o mundo é dos espertos, e daqueles que sabem o que quer. – Bruno me respondeu, me devorando com os olhos, fiquei sem graça, não devia ter zoado.
Entramos dentro de casa, Carlinhos estava em seu quarto.
– Carlinhos vai dormir comigo né? – Eu perguntei.
– Achei que você nem ia dormir em casa.
– Por que achou isso?
– Pensei que ia passar a noite com a Dalila. – Ele respondeu. Percebi um ressentimento em sua voz.
– Não, não. Vamos lá. – Eu insisti.
– Não. Vou pro quarto do papai. Bruno fique à vontade o quarto é seu. – Carlinhos disse saindo do quarto.
– Carlinhos você ficou chateado porque fiquei com a Dalila?
– Ela é minha amiga Beto.
– E se não fosse sua amiga, você ficaria chateado?
– Eu não sei. Boa noite Beto. Depois a gente conversa. – Carlinhos disse entrando no quarto do meu pai.
Não entendi bem qual era a do Carlinhos. Mas meu pau estava muito duro para ficar preocupado com isso, sem contar que eu estava bêbado. Fiquei na cama de boa alisando o meu pau, pensando na morena gostosa e no cuzinho do meu irmão que estava do outro lado do corredor.
Minha porta abriu, pensei que Carlinhos havia decido dormir comigo. Senti a mão entrando por baixo do lençol e pegando o meu pau duro. Eu gemi. Depois senti o beijo na cabeça do meu pau. Eu gemi novamente. Aquela boca engoliu o meu pau.
– Sabia que ia gostar. Vi que ficou de pau duro a noite toda. – Bruno disse.
– Bruno! – Eu disse no susto.
– Pensou que fosse quem? – Ele me perguntou.
– Eu estava sonhando com a Dalila. – Eu disse. Inventei rápido uma desculpa.
– Não parecia estar dormindo.
– Cara o que você está fazendo?
– Te ajudando. Não vai conseguir dormir assim com esse pau duro.
– Não cara, não rola. Desculpa, vai para o seu quarto.
– Relaxa Beto, eu sei que você quer, você se mostrou pra mim hoje quando saiu do banho. Ficou a noite toda ajeitando o seu pau na minha frente. – Bruno disse ainda segurando o meu pau.
– Não foi de propósito, não foi pra você. Sinto muito se dei a entender alguma coisa nesse sentido. – Eu disse tirando a mão dele de mim. – Não posso fazer isso.
– Tem certeza Beto? Seu pau está duro, você está bêbado. Amanhã nem vai se lembrar disso.
– Tenho sim. Espero que amanhã nenhum de nós dois se lembre disso. Boa noite Bruno. – Eu disse e Bruno saiu do meu quarto.
Carlinhos já estava meio puto porque eu peguei a Dalila, que é mulher, que tem boceta. Imagina se eu deixasse o Bruno me chupar. Não podia negar que a boca de Bruno era gostosa, fui para o banheiro bati uma punheta rápida e gozei. Despejando todo o meu tesão.
Acordei tarde no dia seguinte meu pai estava estirado no sofá da sala.
– Bom dia Beto, que cara é essa? – Meu pai disse.
– Ressaca. – Eu disse e meu pai riu.
– Cadê o Carlinhos?
– Está na piscina com os amigos.
– Amigos?
– Sim. O Bruno, duas moças e um rapaz. – Meu pai respondeu. E eu já sabia quem eram todos.
Tomei meu café da manhã e sentei ao lado do meu pai.
– Pai, tenho que te contar uma coisa que aconteceu ontem. – Eu disse e meu pai me olhou curioso. – O Bruno foi no meu quarto durante a madrugada. – Ele começou a rir. – Ele pegou no meu pau e começou a me chupar. – Meu pai gargalhava. – Eu acordei e mandei ele ir embora.
– Nem deixou ele terminar o serviço?
– Não.
– E foi bom?
– Muito, tive que bater uma punheta depois. – Eu respondi. Tanto eu como o meu pai já estávamos de pau duro com o papo.
– Devia ter deixado ele terminar. – Meu pai disse rindo.
– Você teria deixado?
– Claro. Se ele já estivesse com a boca no meu pau eu deixaria.
Talvez eu devesse ter deixado. Mas não iria fazer isso com o Carlinhos. E não podia explicar os meus motivos para o meu pai.
– Acho que vou lá pra piscina. A morena gata que está aí, eu a peguei ontem.
– Muito boa a garota.
– É sim e safada, pegou no meu pau ontem na boate, mas me deixou na mão. – Eu disse e meu pai voltou a rir.
– E vai voltar a aparecer lá com o pau duro assim?
– Melhor não né? – Eu respondi também sorrindo.
– Toma um banho frio ou bate uma.
– Melhor os dois. Você também tá precisando.
– Vamos então. – Meu pai disse.
Fomos para o banheiro e entramos no chuveiro, a água fria me ajudou a despertar, papai entrou junto, lavamos o pau e começamos a nos masturbar. Eu curtia esses momentos com meu pai, aumentava a nossa cumplicidade. Mas contar o que rolava entre mim e o Carlinhos estava fora de questão, não tinha ideia de como ele poderia reagir. Mesmo ele incentivando deixar o Bruno me chupar, não acho que ele falaria a mesma coisa em relação ao seu caçula.
Papai tirou a mão do seu pau e pegou no meu, eu fiz o mesmo, papai sorria para mim e eu para ele. Nos punhetávamos como se estivéssemos ordenhando uma vaca, ficamos muito tempo assim.
– Lembra daquilo que falamos na última vez que tomamos banho? – Meu pai me perguntou. Eu acenei que sim com a cabeça. – Vamos tentar?
Também concordei com a cabeça, nem eu e nem meu pai nos mexemos, acabamos achando graça. Meu pai tomou atitude. Abaixou-se, segurou o meu pau, olhou pra ele como se não soubesse bem o que fazer, calculando o tamanho, o diâmetro e por fim colocou na boca todo de uma vez. Senti seus lábios cobrindo o meu pau, e um enorme vazio dentro de sua boca.
– Não é assim que chupa. – Eu disse.
– Como é então? – Meu pai levantou e eu me abaixei. Fiz como ele fez.
– Foi assim que você fez. Acha que isso é chupar?
Meu pai sorriu. Eu coloquei o seu pau novamente na minha boca e eu o preenchi completamente, sentia ele todo lá dentro, duro, pulsante, encostando-se ao céu da minha boca, na garganta e na língua. Aquilo era bom, gostoso. Papai começou a gemer e segurar a minha cabeça na empolgação eu me engasguei.
– Agora é a sua vez. – Eu disse.
– Caralho! Que delícia Beto. – Meu pai disse quando me levantei. Eu sorri para ele.
– Enrola não. Sua vez. – Eu disse. Meu pai se abaixou e começou a me chupar, agora de forma correta, eu segurava a sua cabeça, mas não forçava como ele fez, assim ele não teria desculpa para se levantar.
Eu gemia, estava quase gozando e anunciei. Meu pai tirou o meu pau da sua boca e ficou me masturbando, ele também se masturbava, gozei, meu pai tirou o rosto da frente, mas minha porra caiu em seu peito. Ele continuou lá abaixado se masturbando e segurando o meu pau. Ele também gozou. Lavei o meu pau e saí do box deixando meu pai se limpar.
– Vou colocar minha sunga e descer pra piscina. – Eu disse.
– Vai lá filhão. – Ele respondeu.
Não precisávamos conversar sobre o que aconteceu, estávamos de boa com isso. Isso que era legal na relação com meu pai.
Cheguei na piscina, vi Dalila e Vivian deitadas tomando sol. Gustavo com uma latinha de cerveja na mão sentado em uma cadeira na sombra mexendo no celular próximo de Bruno e, Carlinhos que estavam na piscina conversando. Me perguntava se Bruno teria contado para Carlinhos o que rolou ontem no meu quarto. Eles estavam bem concentrados não me reparam chegando.
– Não acredito que você ficou com ele. – Bruno disse.
– Nem eu, é tão irreal, um homem daqueles. – Carlinhos respondeu.
– Achei que ele te ameaçou, não sentiu isso? – Bruno disse.
– Acho que ele só quer que mantenha o sigilo. – Carlinhos disse. Ele olhou para trás me viu ali parado. Não podia esconder o meu ódio.
– De quem vocês estão falando. – Eu perguntei. Bruno mergulhou e saiu da piscina do outro lado. – Ontem você estava emburradinho porque eu fiquei com a Dalila e agora fico sabendo que estava pegando alguém. Quem foi que você pegou? O que aconteceu?
Carlinhos olhava para mim sem reação.
– Fala Beto, beleza? – Gustavo se aproximou.
– Oi. – Eu disse ainda sério. Não falei alto a ponto de Bruno e as meninas escutarem, mas provavelmente Gustavo tinha visto a minha cena de ciúmes. Se ele é tão atento como Carlinhos suspeitava, ele havia percebido.
– Chega aí, vamos tomar uma cerveja. Estou meio isolado aqui, as meninas só querem saber de sol e os meninos de piscina. Ninguém está bebendo comigo. – Gustavo disse. Carlinhos aproveitou para mergulhar e sair do outro lado. Se ele escutou alguma coisa, fingiu que não.
– Como você consegue beber? Estou de ressaca ainda.
– Exatamente por isso, pra bater a ressaca. Toma. – Gustavo disse e me entregou uma latinha.
Aproveitei que estava sozinho com ele e perguntei sobre a Débora e o que aconteceu naquele dia do trote.
– Você não se lembra de nada mesmo? – Gustavo me perguntou.
– Cara, do final da festa não.
– Lembra que eu fiquei te servindo. A gente bebeu muito.
– Lembro, sua namorada ficou emburrada querendo ir embora, não foi.
– Isso, a gente nem estava namorando mais, foi em uma das nossas idas e vindas, mas eu só podia ir embora quando você quisesse. Só que você já estava mal e te convencemos ir embora. Então peguei o carro, deixei a Erika em casa e estava te levando pra casa. – Gustavo disse.
– Sim estou me lembrando. Mas não fomos para a minha casa. – Eu disse começando a me lembrar.
– Você cismou que queria voltar para a festa. Mas já estávamos longe, eu também já tinha bebido, mas você ainda queria beber mais. – Gustavo disse rindo. Eu sorri que me lembrei como eu estava chato no carro dele. – Eu disse que a gente poderia tomar a saideira num boteco mais perto da sua casa.
– Isso, nesse boteco que conhecemos a Débora. – Eu disse.
– Você sim. Eu já conhecia, ela já tinha meio que namorado com um amigo meu. E na época que eles namoraram ele me contou que ela tinha uma fantasia. – Gustavo disse olhando para mim como me forçando a lembrar.
– Foi mal cara, não lembro.
– Ela queria dar pra outro com o namorado vendo.
– Hum, lembro sim e, ele disse que era pra você comer a namorada dele, não foi?
– Isso aí.
– Lembro que ela sentou na mesa com a gente, começamos a conversar.
– Você mal conversava, né Beto? – Gustavo disse rindo. – Mas foi, ela disse que tinha terminado com o namorado, que ele não dava conta dela e nem de suas fantasias, ela dava em cima da gente. Você ficou bem empolgado e chamou ela pra sua casa. Disse que seu pai estava viajando.
– Caralho! A gente veio pra minha casa.
– Viemos. Já lembra do resto? – Gustavo me perguntou, senti que ele queria evitar algum constrangimento.
– Cara, lembro de algumas coisas, mas naquele nível que não sei diferenciar o que aconteceu, o que foi um sonho ou um filme pornô. – Eu disse rindo. Gustavo riu junto e continuou.
– Viemos pra cá. Mas antes você me fez comprar energético e vodka no postinho. Mas quando chegamos em casa você estava quase morto. A Débora entrou e ficou só de calcinha com aqueles peitões de fora. Você ainda tentou chupar os peitos dela e quase vomitou. – Gustavo começou a rir, me deixando sem graça. Na medida em que ele contava eu recordava da cena.
– Caralho, foi mesmo. Mas eu não vomitei nela não. Me lembro que não.
– Não, ela ficou bebendo na sala enquanto eu te levei pro banheiro. Te fiz vomitar e te dei um banho gelado.
– Lembro disso, você se molhou todo tentando me segurar lá dentro e eu dizendo que estava bem. Cara como você ficou são pra dirigir, continuar bebendo, me ajudar quando eu passei mal.
– Não sei explicar, mas quando tem alguém pior do que eu fico bem. Sempre assim. – Gustavo disse. – Então, depois do banho te dei energético, você pedia vodka, mas eu fingia que colocava.
– Você me enganou pilantra.
– Por pouco tempo, você começou a beber do copo da Débora. Mas você já estava bem melhor, já conseguia conversar e – Gustavo, apontou para o meu pau – já funcionava. – Nós rimos.
– Aí rolou. – Eu disse. – Com nós dois, não foi?
– Foi sim. Realizamos todas as fantasias dela naquele dia. – Gustavo disse encerrando o assunto. Eu me lembrei que transamos com ela, inclusive fizemos dupla penetração, rolou beijo triplo e até... – Você se lembrou né.
– Lembrei. – Eu disse sem graça. – Por que não ficamos amigos depois disso?
– Bom no dia seguinte fomos embora cedo, você nem saiu da cama quando nos despedimos. Na segunda-feira seguinte eu fui até você, mas você não se lembrava de nada. E como você era de outro período, não nos entrosamos mais. – Gustavo disse. Percebi que ele tinha ficado chateado.
– Mas eu te via sempre com o Wagner quando você estava no primeiro período.
– É! Ficamos amigos por um tempo, mas você não andava mais com ele.
– É, estudamos juntos no Ensino Médio, mas depois vi como ele era escroto e me afastei.
– Foi o mesmo comigo. – Gustavo disse. – Bom, mais a história foi essa. Foi só isso tudo que aconteceu naquele trote e pra falar a verdade eu curti bastante.
– Me lembrando agora eu curti também. – Eu disse e senti meu pau pulsar, involuntariamente olhei pra ele e percebi que Gustavo mesmo de forma discreta também reparou. – Excesso de bebida, misturar com vodka, foi mal não ter lembrado. Você foi muito bacana comigo naquele dia. Obrigado mesmo. – Eu ainda queria perguntar se ele contou isso para alguém, mas fiquei sem graça.
– Sem problema. Sou um cara bacana. – Gustavo sorriu. – E não se preocupe nunca contei isso pra ninguém.
Eu sorri para o Gustavo como agradecimento e um pouco assustado, ele pareceu ler os meus pensamentos. Não via problema em dois caras transar com uma mulher, não tenho vergonha disso, mas as fantasias de Débora que deviam permanecer em segredo. Gustavo terminou a sua latinha, tirou a bermuda, ficando de sunga e entrou na piscina. Não sou de ficar reparando em sunga de homem, mas percebi que Gustavo tinha um grande volume, devia estar animado também.
– Então você recebeu uma visita noturna? – Carlinhos disse rindo.
– Achei que era você. Mas mandei ele pra fora assim que percebi.
– Eu sei, ele me contou. Está todo sem graça com você agora.
– Diz que eu estava tão bêbado que nem me lembrei, já tenho o histórico de amnésia alcoólica mesmo.
– Então o Gustavo te contou o que aconteceu. Importunei ele a manhã inteira para contar e ele não contou.
– Ele é um cara confiável.
– O que aconteceu pra ter tanto mistério. O Gu, eu já sei que é todo misterioso, mas e você?
– Não aconteceu nada demais, apenas que fiquei muito bêbado e fiquei com aquela garota que apareceu na boate ontem. – Eu disse encerrando este assunto. – E com quem você ficou?
– Olha a Dalila, não para de olhar pra você, não vai falar nada com ela? – Carlinhos disse mudando de assunto. Realmente desde que cheguei na piscina, briguei com Carlinhos, conversei com o Gustavo e nem cumprimentei as meninas.
– A gente ainda vai falar sobre isso hein. – Eu disse.
Fui até as meninas e ficamos conversando, tomei mais uma latinha. Não fiquei com a Dalila, percebi que ela era o tipo de garota madura e independente que não esperava que eu fosse carinhoso com ela no dia seguinte. Achei isso legal, assim não fiquei mal com ela e nem com o Carlinhos.
– Beto, olha quem me mandou mensagem agora. – Gustavo disse me mostrando celular “Adorei te ver, vamos combinar de novo fala com o Beto. Passa meu número pra ele, se ele estiver namorando passa para a namorada também rsrs”
– Essa garota é louca. – Eu disse. Gustavo me olhou sorrindo como se esperasse alguma resposta. – Pode me passar o contato dela, me passa o seu também. Quem sabe um dia?
– Quem sabe. – Gustavo respondeu.
Passamos um fim de tarde bem tranquilo. O domingo também foi tranquilo. Carlinhos fugia de mim e dizia que não iria me contar com quem ele ficou. Que não foi nada demais e que só fez isso por que me viu beijando a Dalila.
– O que você quer Carlinhos? – Eu perguntei.
– Eu não quero nada.
– Claro que quer. Me fala o que tenho que fazer ou o que não posso fazer. Não quero que você fique de birra comigo. Tá pior que namorada.
– Então me esquece Beto.
– Carlinhos. – Eu o segurei pelo braço. – Eu não quero te esquecer, eu te amo, você é meu irmão.
– Não sei bem definir o que somos.
– Mas eu sei. Você é meu irmão, nos amamos em todos os sentidos. Por que quer estragar isso?
– Eu estragar?
– Sim. Você que está apelando comigo.
– E você querendo saber com quem eu fiquei sempre se comportando como o meu dono. Você é livre para ficar com quem quiser e se eu ficar com alguém você fica bravo.
– Então, me fala o que devo fazer?
– Já disse, faça o que você quiser.
– Carlinhos, eu te amo, eu juro, não amo mais ninguém. Mas amor é diferente de sexo. Eu tenho necessidades.
– Eu também tenho.
– Mas eu posso satisfazer todas as suas.
– Pode mesmo Beto? Pode sair comigo de mãos dadas? Me beijar em público? E se a minha necessidade for beijar alguém em uma boate.
Eu não queria Carlinhos ficando com mais ninguém. Ele tinha que ser meu, só meu. Eu pensava que podia dar a ele tudo que ele precisava, mas estava errado.
– Eu não sei o que fazer. – Eu disse triste.
– Nem eu.
– Dorme comigo, faz amor comigo. – Eu pedi e o beijei.
Carlinhos se entregou. Nos beijamos de forma apaixonada. Tirei toda a sua roupa, e caí de boca naquele cuzinho limpinho e cheiroso. Carlinhos gemia. Não demorou seu cuzinho piscava na minha boca. Carlinhos chupou o meu pau, deixou bem lubrificado com a sua saliva e subiu em mim. Eu apertava os seus peitinhos gostosos. Tentei chegar até ele para morde-lo. Carlinhos não deixou.
– Fiquei aí. – Carlinhos mandou.
Eu fiquei deitado enquanto ele cavalgava no meu colo. Eu olhava para ele, via o prazer que ele sentia. Carlinhos olhava para cima, eu tentei pegar em seu pescoço e puxa-lo pra mim, ele me impediu com um tapa na minha cara. Eu me assustei, Carlinhos sorria e quicava mais rápido no meu pau. Tentei beija-lo novamente e recebi mais um tapa. E mais rápido ele quicou. Me preparei, não iria receber um terceiro tapa. Me levantei de uma vez sem tirar o meu pau de dentro dele. Eu puxei o seu cabelo e comecei a beijar a sua boca enquanto ele continuava se movimentando. Carlinhos arranhava as minhas costas e continuava a me bater, eu o mordia, apertava e socava meu pau dentro dele cada vez mais forte. Gozamos juntos após um excelente sexo selvagem. Caímos na cama exaustos, dormimos abraçados.
Carlinhos me acordou na manhã seguinte e fomos para a aula. No intervalo resolvi não ir até o prédio da arquitetura. Carlinhos também não veio até o prédio da ADM. Estava de boa com os meus amigos quando Wagner apareceu perto da gente.
– Posso fazer o trabalho de Orçamento com vocês? – Wagner perguntou.
– O grupo já está completo. – Respondi. Era mentira.
– Colé Wagner! Fiquei sabendo. Saiu da boate com um viadinho! – Um dos amigos de Wagner que não foi na boate veio berrando.
– Vai se fuder otário. Desde quando sou amigo de viado? – Wagner respondeu.
– Sei, essa pose de machão é só pra comer os viadinhos. – O cara insistia.
– Repete isso que eu te dou uma porrada. E chama quem tá dizendo isso que eu meto a porrada também. – Wagner disse.
– Olha aí, ele todo macho. Quem come viado é viado também. – O idiota nem conseguiu terminar a frase. Wagner deu um soco bem dado em sua cara que ele ficou caído no chão.
– Quem aqui quer apanhar também? – Wagner gritou. Eu me levantei e segurei o Wagner.
– Cara você não vai crescer nunca? Brigar dentro da faculdade. – Eu disse.
– Não tenho mais grupo, posso entrar no seu? – Wagner disse. Eu não respondi. Ele chegou próximo ao meu ouvido e continuou. – Foi para o seu irmão que eu dei carona na sexta.
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Capítulo 8 – Carlinhos
Beto me procurou no final da aula nervoso:
– Não acredito que o cara que você ficou foi o Wagner.
– Quem te contou?
– Eu somei 2+2. Ele saiu na porrada com um colega nosso porque disse que ele foi embora com um... – Beto parou um pouco. – Com um viadinho. Depois ele me disse que foi pra você que ele deu carona. Tive que deixá-lo entrar no meu grupo pra não te expor.
– Peraí, você tá dizendo que o Wagner saiu na porrada por minha causa?
– Claro que não. Ele saiu na porrada por causa dele. Acha que ele se importa com mais alguém além dele mesmo? – Eu fiquei sem resposta e Beto continuou. – Te pedi pra ficar longe dele. Tomar cuidado com ele.
– Aconteceu. Não foi de propósito.
– Espero que não se repita. Depois conversamos, tenho que ir para o estágio. – Beto disse dando passos firmes.
Fui para casa ainda pensando se Wagner estava me defendendo ou a si mesmo. Não podia acreditar em tudo que Beto dizia sobre Wagner. Conhece-lo melhor através de Beto seria impossível. Mas eu tinha alguém que poderia me dar informações sobre Wagner, apesar de ter demonstrado que não gostava dele, Gustavo poderia me contar mais. Combinei com o Gustavo de passar na minha casa depois que ele saísse do trabalho. Torcia para ele chegar antes do Beto.
Preparei o meu almoço que já ficaria para o jantar do Beto e do meu pai. Fiquei em casa estudando e me preparei para a chegada do meu pai que como sempre vinha bem animado.
Papai me levou para o seu banheiro e me deu um banho de sabonete e depois de língua. Chupou o meu cuzinho tanto que eu estava quase virando do avesso, gemendo alto de tesão. Beijava a boca do meu pai e engolia a sua língua. Chupei o seu pau com vontade. Adorei sentir aquele cacetão na minha boca. Passava a língua nele todo e fazia uma garganta profunda. Papai me puxou de volta, depois de me beijar ele me virou de costas. Papai passou o sabonete no meu rapinho e me penetrou. Eu gemia de prazer.
Papai é o tipo de macho que me deixava mole e totalmente aberto para receber aquele pau. Papai era um bom fodedor, sentir o seu corpo colado nas minhas costas me deixava ainda mais excitado. Eu larguei o meu pau para puxar papai mais próximo de mim, passei a minha mão por trás e apertei a sua bunda em minha direção. Uma bunda forte e máscula. Tudo em papai era gostoso.
Papai meteu fundo, eu poderia gozar a qualquer momento, mas consegui me controlar, esperei ele se satisfazer mais no meu cuzinho. Quando percebi que ele estava para gozar eu relaxei e me permitir um dos melhores gozos da minha vida com papai segurando o meu pau me ajudando a gozar.
Terminamos o banho e fui para o meu quarto me trocar. Quando saí do quarto, papai estava nu na sala vendo TV. Me aproximei dele e dei um beijo na cabeça do seu pau que começou a ganhar vida. Ele sorriu para mim. O interfone tocou. Era Gustavo, Beto não batia interfone.
– Está esperando alguém? – Meu pai perguntou.
– Sim o Gustavo, amigo meu.
– Amigo tipo o Bruno? – Meu pai perguntou e eu entendi muito bem.
– Não, tipo os amigos do Beto. – Eu respondi. Papai não percebeu que eu me incomodei com a pergunta. Acho que para ele aquela forma de falar era tão natural que ele não via como era tão politicamente incorreta.
Gustavo subiu, entrou na minha casa e papai nem se mexeu, talvez se fosse algum amigo tipo Bruno ele teria ido para o quarto.
– Boa noite. – Gustavo me disse quando abri a porta. Ele entrou e viu meu pai sentado no sofá peladão. – Boa noite. – Ele disse se virando para o meu pai.
– Boa noite. Não repara em mim. – Meu pai disse sorrindo.
– De boa. Sinta–se em casa. – Gustavo disse rindo olhando para o rosto do meu pai. – Sabe que um dos motivos que tenho vontade de morar sozinho é pra ficar pelado dentro de casa.
– Eu gosto muito. – Papai respondeu sorrindo.
– Gu vamos deixar o naturista aí, vem para o meu quarto. – Eu disse o puxando. Papai me deu uma encarada como se eu fosse a sua filha indo para o quarto com o namorado. “Deixe a porta aberta e a luz acessa” imaginei que era o que aquele olhar queria dizer.
– Fiquei curioso, o que quer falar comigo que não podia ser na faculdade e tinha que ser hoje. – Gustavo disse.
– É sobre o Wagner.
– Hum. Eu já imaginava.
– Imaginava?
– Sim, já sei o que está rolando. Mas diga aí o que quer saber?
– Quero saber mais dele. Como ele é de verdade. Se realmente é um monstro.
– Não tenho muito o que te falar dele. É um cara bonito, rico e imaturo. Com isso é inconsequente, quer tudo do seu jeito e é violento também.
– Você está sendo vago. Eu sei que você sabe mais do que fala. – Eu disse e Gustavo sorriu.
– Imagina se alguém virasse pra mim e perguntasse de você. Acha que eu deveria falar tudo que eu sei? – Gustavo me perguntou.
– Não, Sim. Depende do que você fosse falar.
– Eu já te disse o que acho e o que posso falar do Wagner.
– Mas foi pouco, preciso saber mais. Eu preciso saber se o Wagner é mesmo um monstro. Me conte tudo o que você sabe. Por favor. Não precisa ter medo dele.
– Eu não tenho medo dele. É que é algo pessoal. E eu não sou de me abrir. Tenho problema em confiar nas pessoas.
– Pode confiar em mim. – Eu disse. A curiosidade me consumia. O que Gustavo teria de pessoal com Wagner.
– Confiança não se pede.
– Eu sei, ela se conquista. Mas se você tem problemas em confiar, não vou conseguir conquista-la tão cedo. Estou falando sério, pode confiar. Juro nunca contar pra ninguém. Eu confio em você. Te considero um grande amigo. Eu sei que você sabe dos meus segredos e admiro a sua discrição. Nunca ter comentado nada, nem mesmo comigo. Você quis evitar que eu visse o Beto e a Dalila. Me salvou na hora que Beto começou a discutir na piscina, encerrou o assunto antes que alguém percebesse. Pode me contar.
– Tudo bem. Vou confiar que você terá o mesmo zelo, discrição e ausência de julgamento que eu tenho em relação a você.
– Eu juro. – Eu disse abraçando o Gu que ficou um pouco sem graça.
– Quando comecei o curso de Administração, fiquei amigo dos alunos mais velhos. O Wagner foi o que mais se aproximou de mim. Ele era um cara muito legal, ele é muito legal quando quer conquistar alguém.
– E o que ele queria? – Eu perguntei. Percebia que ele media um pouco as palavras e queria esconder um pouco seus sentimentos.
– No início eu achei que era a minha amizade. Começamos a sair juntos, ele me levou em boates que eu nunca pesei em entrar só pelo preço da entrada. Ele me bancava em tudo. Não que eu fosse interesseiro, pois eu faria o mesmo se tivesse o dinheiro que ele tem, para ter a companhia das pessoas que eu gosto. Mas toda vez que eu chegava em alguma garota ele ia lá e pegava ela primeiro. Comecei a achar isso estranho, pensei que ele queria me humilhar. Um dia fiz algo diferente, tinha duas meninas conversando com a gente, eu disse pra ele que queria pegar uma quando na verdade era a outra que eu queria e ele foi em cima daquela que eu falei. Mas eu já estava trocando olhares com a outra e assim que ele começou a ficar com uma eu fiquei com a outra.
– E o que ele fez? – Eu perguntei.
– Ele inventou uma desculpa e me levou embora. Disse que estava passando mal deixou até eu dirigir o carro dele. Coisa que ninguém nunca botou a mão. Fui pra casa dele e lá ele já estava bom. Quis até beber mais.
– Bem estranho.
– Eu fui e tirei satisfação. Ele foi e confessou que estava com ciúmes de mim. Que ele não sabia explicar o que estava acontecendo. Eu disse que a gente era amigo, que mesmo que se eu ficasse com alguém ou até mesmo namorar não deixaríamos de ser amigos. Na época, falávamos até de sermos sócios depois de formar.
– Então vocês eram bem próximos. O Beto sabia disso?
– Éramos muito próximos. Acho que o Beto não sabia, ele já não era amigo do Wagner nessa época. Não éramos da mesma sala, então nosso contato na faculdade era só no intervalo. Na época eu não trabalhava, então passávamos muito tempo juntos fora da faculdade.
– E aí? O que aconteceu depois?
– Naquela noite ele disse que devia estar confundindo os sentimentos. Me fez jurar que independentemente de qualquer coisa seriamos amigos. Eu jurei. Ele me pediu desculpas e me beijou. – Gustavo disse.
Eu coloquei a mão na boca surpreso. Mas sempre tive dúvidas sobre o Gustavo, e Wagner depois de me chupar, tudo era possível. Mas aquela situação que ele descrevia me deixou surpreso.
– E aí? – Perguntei curioso.
– Depois do beijo, ele se desculpou de novo e me perguntou se eu gostei, eu disse que sim. E perguntei se ele teve a resposta que precisava. Ele disse que sim com um novo beijo. – Gustavo parou de falar olhou para o lado e voltou. – Carlinhos eu não sou gay, mas aquele não foi o meu primeiro beijo com outro homem, quando tinha uns 13 anos eu já tinha feito umas brincadeiras com um primo, mas nunca mais havia se repetido e, eu nem imaginava viver isso de novo. Mas eu gostei. Foi uma explosão pra mim. Naquela noite transamos, depois disso transamos todos os dias. Eu me apaixonei. Aquela paixão forte, aquele tesão de ficar excitado só de pensar na pessoa. Algo que foi novo pra mim.
– Vocês namoraram? – Eu perguntei.
– Sim, durou 6 meses. Nos últimos meses Wagner estava diferente. Mais distante. Achei que foi por que eu comecei a fazer o estágio, perdemos as nossas tardes juntos, mas eu sempre me esforçava para encontrar com ele a noite. Mas ele continuava frio. Decidi fazer algo que eu nunca tinha feito, eu fui passivo, pensando que poderia melhorar a relação, tinha 5 meses que era só ele. E não adiantou. Eu comecei a sofrer e isso me fez mal. Eu acabei terminando tudo com ele. Viajei e quando voltei, decidi procura-lo. Já não era o mesmo Wagner. Ele disse que eu já tinha acabado com tudo e que agora ele não gostava mais de mim. Que decidiu que não era viado e mandou eu seguir a minha vida que ele ia seguir a dele.
– Nossa! – Eu disse surpreso com a história.
– E não acabou. Eu sempre achei que eu fui o primeiro e que seria o último.
– Mas acabou acontecendo comigo depois da boate.
– Não Carlinhos. Descobri que antes de mim ele já tinha ficado com outros caras, alguns foi como aconteceu comigo e tudo começou na amizade. Outros eram encontros marcados para sexo. Mas o final era sempre o mesmo. Ou ele desaparecia sem deixar endereço ou ele fazia o outro terminar com ele. Pois ele mesmo não tinha coragem. E quase sempre o mesmo papo “Eu não sou viado, viva a sua vida e me esquece.” Só que alguns insistiam e ele acabava saindo na porrada. Todos os gays que ele bateu não eram simplesmente por não gostar de gay como ele fala, ou contam por aí. Foi por procura-lo depois que ele deu um pé na bunda. E depois de mim e antes de você, tiveram vários. Eu só não quero que você seja mais um.
– Eu não imaginava Gu. E depois como você ficou?
– Fiquei mais seis meses sofrendo. No dia que eu percebi que eu estava mais tempo sofrendo do que eu fui feliz com ele, eu decidi acabar com aquilo. Dei um último tiro. Mandei uma mensagem pra ele no celular, fui para a porta da sala dele e olhei pelo vidro. Escrevi que aquele era o último dia que eu iria esperar alguma coisa boa dele. Mandei a mensagem, vi que ele leu a mensagem deu um sorriso de desprezo e guardou o celular no bolso. Daquele dia em diante, ele não existe mais pra mim. Acabei voltando com a minha ex, namoramos por mais um tempo e quando ficou sério demais, decidi terminar. Não seria capaz de fazê-la feliz como ela merece.
– Gu, você é ou não é gay?
– Carlinhos por que eu tenho que ser alguma coisa? Se eu transo com uma mulher eu sou hétero, se transo com um homem sou gay, se volto a transar com uma mulher volto a ser hétero? Eu sou uma pessoa e estou aberto a me apaixonar por qualquer pessoa, independente do sexo, só preciso sentir atração, vontade, afinidade.
– Te entendo. - Eu disse. - O Bruno não acha que existe pessoas bi.
– Olha eu aqui. Alguns gays tem a cabeça fechada, tanto quanto alguns “héteros”, nem tudo é preto ou branco, 0 ou 1. Não sei se um dia vou me apaixonar e me casar com um homem ou uma mulher. A única coisa que eu sei é que eu sou um homem e quem eu levo pra cama não é da conta de ninguém. – Gustavo sorriu. – Espero que não conte isso pra ele.
– Eu não vou contar. – Eu disse. Escutei a voz do Beto lá fora. Fiquei feliz de ter escutado o Gustavo antes do Beto chegar.
– O que está acontecendo aqui? – Beto abriu a porta dizendo. Eu olhei pra ele com raiva.
– Nada que você precise se preocupar. – Gustavo respondeu sorrindo e Beto ficou sem graça.
– Oi Gustavo, desculpa, pensei que era outra pessoa. – Beto disse tentando amenizar o que pra mim só piorou.
– Graças a Deus não sou o Wagner. – Gustavo disse rindo levantando para cumprimentar o meu irmão. Beto me olhou procurando resposta para a frase de Gustavo.
– Enquanto a gente vai com o fubá, o Gustavo já comeu todo o angu. – Eu disse.
– Espero que tenha colocado juízo na cabeça dele. – Beto disse. Acho que o Beto tirou o dia pra me irritar.
– Eu fiz o que pude. Agora o que seu irmão vai fazer só depende dele. – Gustavo disse, senti que Gustavo quis dizer que eu tenho livre arbítrio e gostei disso. Beto entendeu da mesma forma e fechou a cara.
– Eu já disse pra ele que o Wagner não presta. – Beto disse.
– Você só disse, mas não me contou por que. Diferente do Gu. – Eu disse, Gustavo me encarou. Não ia contar o que ele me contou, mas percebi que aquela insinuação não foi legal. – Se você quer me convencer que ele não presta por que não me conta o motivo.
– Porra Carlinhos você é foda. O Wagner era meu amigo desde que me mudei pra cá. Resolvemos fazer a faculdade juntos, éramos bem próximos. Ele sempre foi preconceituoso com homossexuais, eu nunca me importei até aquelas férias que eu fui pra casa da mamãe e descobri que você era. Eu me senti mal com aquilo e comecei a dizer para o Wagner pegar leve com isso. Mas ele não pegava. E isso foi me irritando e nos afastando. Um dia já na faculdade ele bateu em um rapaz que era gay e eu fui separar. Nesse dia brigamos feio e a nossa amizade acabou. Ele é um cara violento, não gosta de gay. Se ele tá se aproximando é pra fazer alguma maldade.
– Então você não sabe? – Gustavo perguntou.
– O que? – Beto devolveu.
– Que o Wagner é gay. – Eu disse.
– Que? Claro que ele não é gay. – Beto disse.
– Assim como você não é, né? – Eu disse. Beto me encarou e ficou sem graça olhando para o Gustavo.
– Acho que já deu a minha hora. – Gustavo disse se levantando.
– Você contou Carlinhos? – Beto perguntou.
– Não, mas ele sabe.
– Não se preocupe Beto, não contei pra ninguém. E nem julgo vocês. – Gustavo disse.
– Obrigado. – Beto disse. Acho que ele pareceu aliviado.
– Eu vou nessa. – Gustavo disse.
– Não, fique para o jantar. – Eu convidei.
Jantamos juntos, Beto ainda estava sem graça por Gustavo saber de tudo, ficou mudo o jantar inteiro. Meu pai e Gustavo se deram super bem. Posso dizer que conheci o Gu de verdade naquela noite. Ele nunca falou tanto como falou naquele jantar. Ele nos contou que mora com a sua mãe, que sua irmã se casou recente. Que seus pais são separados e tem pouco contato com o pai. Foi criado pela mãe e pelos avós. Que era péssimo no futebol, mas gosta de ver jogo. Ficou nítido que ele sentia falta de uma figura paterna, apesar de dizer que o avô foi um pai, mas concordou com meu pai quando disse que com o avô não se tem a mesma liberdade e afinidade que deveria ter com o pai. Meu pai o convidou para voltar aqui em casa no próximo final de semana ver jogo com ele com o Beto. Gustavo ficou bem feliz.
Depois que Gustavo foi embora Beto foi para o meu quarto.
– Me explica que loucura foi essa do Gustavo saber de tudo. – Beto disse.
– Eu não contei, eu juro. Eu já tinha te falado que achava que ele sabia demais. Ainda bem que é confiável. Pode ficar tranquilo. Foi muito boa a conversa que tive com ele.
– E como ele sabia que o Wagner é gay? – Beto me perguntou.
– Beto ele sabe das coisas. Eu prometi não contar pra ninguém o que conversamos. Não quero quebrar essa promessa.
– Acho que tenho direto de saber, afinal o segredo que ele sabe de você também é meu.
– Eu concordo. Amanhã pergunto pra ele se posso te contar, ou melhor, acho que você deveria perguntar pra ele. Porquê da minha boca não sai nada. – Eu disse encerrando o assunto.
– Carlinhos eu realmente estou preocupado com o que o Wagner está armando.
– Beto não se preocupa. Eu sei me virar bem sozinho. Moramos 6 anos em cidades separadas, eu sei me virar muito bem sem um irmão super protetor. – Eu disse e Beto me deu um abraço forte e sorria.
– Vou tirar esse atraso. – Beto disse.
– Não, por favor não, na verdade estou achando insuportável isso. A forma que você entrou no quarto, a forma que você fala comigo quando está nervoso ou com ciúmes. Para com isso ou eu sumo daqui. – Eu disse sério. Beto que estava sorrindo fechou a cara.
– Você não faria isso!
– Não paga pra ver. Estou falando sério. Pra eu sair de casa ou resolver fazer a faculdade em outra cidade eu não mudo de roupa.
– Vai para o meu quarto mais tarde? – Beto disse saindo do meu quarto.
– Vou pensar. Tenho muito o que pensar. – Eu respondi. Beto me deixou sozinho com os meus pensamentos.
Primeiro foi a briga do Wagner. Fazia sentido o que Beto disse mais cedo, ele estava defendendo a si mesmo, afinal ninguém sabia que fui eu que entrei naquele carro. Outra coisa foi o que Gu me contou. Ele e Wagner em um namoro secreto de seis meses. A forma como Wagner o tratou foi cruel e o que foi aquilo tudo que ele ficou sabendo depois? Não podia duvidar do Gu. Mesmo que ele ainda tivesse algum sentimento pelo Wagner, além da magoa que ele deixou transparecer, ele não mentiria pra mim. Toda a violência que o Wagner demonstrava para os amigos e contra os gays era tudo para se manter dentro do armário, era melhor ser um homofóbico do que um homossexual na cabeça dele.
Não podia negar que eu gostei de ter Wagner atrás de mim, querendo me conquistar. Ele me chupando no carro então, foi perfeito. Ele me via de uma forma diferente, diferente de como Beto e meu pai me viam e eu gostei disso. “Sei que não posso ser idiota e me apaixonar por ele, mas será que não posso curtir isso? E quem sabe fazê-lo pagar pelo que fez com o Gu e com tantos outros rapazes? E se eu o fizesse se apaixonar por mim?” Eu viajava nos meus pensamentos. “É melhor eu não fazer nada. Não vou procura-lo e se um dia ele me procurar eu penso na hora.”
– Carlinhos. – Beto batia na minha porta, ele tinha acabado de sair do banho. – Vem pra cama comigo vem.
– Só vou tomar um banho também e vou. – Não resisti ao seu pedido, a sua cara igual ao gato de botas do Shrek.
Saí do banho e já entrei direto no quarto do Beto, ele me puxou e me jogou na cama. Beijou minha boca, meu rosto, meu queixo, meu pescoço. Chupou os meus peitinhos e foi até o meu umbigo. Pensei que ele iria descer mais, eu ia adorar ter meu irmão machão chupando o meu pau como Wagner fez no carro. Nunca imaginei que eu ia gostar tanto de ser chupado, ainda mais com o fogo que eu tenho no cu. Mas eu sabia que Beto não era desses.
Eu fiz por ele o que ele não fez por mim. Chupei aquele pau gostoso, grande e lindo como o do meu pai. Mas o do Beto era ainda melhor, seu saco era lisinho uma delícia para colocar todo dentro da boca. Beto fodia a minha boca com força eu gemia e olhava pra ele. Era lindo ver aquele macho. Eu revirava olhos. Beto me puxou rápido para um beijo. Me virou de quatro e caiu de boca no meu cuzinho.
– Isso Beto, gostoso. – Eu gemia.
– Nossa! Está animado mesmo, hoje está até mais dilatado. – Beto disse.
– Estou muito animado, quero seu pauzão dentro de mim. – Eu disse. Hoje foi dia do papai e não era pra Beto me comer. Pelo menos ele não percebeu que o meu buraquinho já tinha sido usado mais cedo.
Beto me deixou molhado e colocou o seu pau todo de uma vez dentro de mim. Senti um prazer enorme.
– Isso Beto, vai mete até o fundo. Coloca esse pauzão todo dentro de mim.
Beto fez o que eu pedi, abriu a minha bunda e me penetrou todo. Meu cu estava guloso. Queria ele todo lá dentro. Beto meteu muito até gozar, eu gozei sem mesmo tocar no meu pau só de sentir aquele pauzão pulsando dentro de mim e soltando infinitos jatos quentes de porra lá dentro.
– Durma bem Beto. – Eu disse saindo do quarto depois que finalizamos todo aquele coito.
– Poxa não vai dormir comigo? – Beto lamentou.
– Hoje não. Beijo. – Eu me despedi.
O resto da semana foi tranquila. Continuei revezando entre papai e Beto. Eu e Gu ficamos mais próximo, queria que ele contasse para o Bruno, mas ele não queria. Bruno percebeu que Gu estava mais próximo de mim. Eu disse que era impressão dele, que talvez ele estivesse se soltando mais. Vi Wagner poucas vezes durante a semana, na maioria delas ele fingia que não me via, mas sempre que ele estava sozinho vinha na minha direção, aí era a minha vez de fingir que eu não o via.
Na sexta-feira não teve jeito, ele chegou até mim.
– Oi Carlinhos, tá sumido. – Wagner disse.
– Tô sempre aqui, na verdade tenho te visto bastante sempre com seus amigos, você que fingia não me ver. – Eu disse. Quis mostrar que não sou cego nem burro.
– Mas quando eu estou sozinho é você vira a cara. – Wagner disse. Aquele rapaz lindo e delicioso também sabia o que eu fazia.
– Então estamos quites. – Eu disse virando as costas.
– Ei, peraí. O que fiz pra você me tratar assim? – Wagner me perguntou.
– Não fez nada, não darei chances para isso acontecer. – Eu disse e mais uma vez me virei.
– Ei, calma. Me deixa te levar para casa, você me explica melhor o que está acontecendo.
– Que tal a gente conversar lá no prédio da ADM? – Eu disse sério. Wagner sorriu.
– Eu te disse que quero manter isso tudo em segredo.
– Então pega mal você ficar me esperando na porta da faculdade pra falar comigo. Sou um estudante de arquitetura, sou gay e quem não sabe disso pelo menos desconfia.
– Mas você não é igual ao seu amigo. Você é um cara legal que dá pra ser visto junto.
– Wagner você consegue piorar ainda mais com esses absurdos que você fala. Fique sabendo que o Bruno é um cara fantástico e muito melhor que você.
– Não quis ofender.
– Mas ofendeu. Agora eu vou embora. – Eu disse.
– Espera. – Wagner insistiu.
– Espero se me responder uma coisa. Se fosse eu parado lá no seu prédio tentando conversar com você, te pedindo para esperar você ia esperar? Você ia falar comigo ou já teria partido para agressão? – Eu perguntei. Wagner ficou sem graça e mudo. – Já entendi. Adeus Wagner.
– Carlinhos, não precisa ser assim com a gente. Não sei o que você ficou sabendo. Mas não sou esse monstro que as pessoas me pintam. Eu vou te provar isso. – Wagner disse vindo atrás de mim.
– Ok, quem sabe um dia você consegue. Até. – Eu disse parando pela última vez.
– Até amanhã. – Wagner respondeu.
Continuei andando, coloquei meus fones de ouvido. Quando sinto uma mão nas minhas costas. Quando olhei vi o Gu, fiquei aliviado, apesar de que se fosse o Wagner que tivesse ali me puxando para um beijo eu não sei não... ai ai...
– Tudo bem Carlinhos? – Gustavo me perguntou.
– Tudo sim. – Respondi.
– Vi o Wagner te cercando, resolvi ficar por perto pra sei lá, te proteger.
– Gu você é um anjo, mas não se preocupe, eu não preciso de proteção. Sei que você vai dizer que ele é perigoso. Mas ele não tem motivo para me bater. A intenção dele é outra.
– Eu sei qual é. É o momento da conquista. Vi que você estava saindo fora sozinho por isso não me aproximei.
– Obrigado Gu. Então te espero lá em casa amanhã. Meu pai encheu a geladeira de latinhas pra vocês assistirem o jogo. Chega mais cedo, vai para almoçar.
– Beleza, apareço lá.
Para o almoço preparei uma carne assada com batatas, era só colocar para assar. Comprei aqueles sacos de batatas e mandiocas para fritar na hora do jogo. Quando Gustavo chegou o almoço estava quase pronto.
– Oi, chegou na hora certa. – Eu disse abrindo a porta.
– Esse é um dos meus dons. – Gustavo brincou.
– Pai, Beto, o Gustavo chegou. – Eu berrei.
Papai chegou na sala sem camisa exibindo o seu abdômen sarado e aqueles pelos crescentes, um short curto e largo.
– Trouxe isso para o senhor. – Gustavo entregou uma garrafa de cachaça.
– Nossa que delícia. – Meu pai disse depois de sentir o aroma. – Carlinhos pega os copinhos de cachaça. Sente Beto. – Meu pai disse entregando a garrafa para o Beto que estava cumprimentando o Gustavo com um aperto de mão.
– Nossa, parece que é das boas. – Beto disse.
– É sim, toda artesanal, nem vende por aqui. Ela é feita para exportação. Eu não sou fã de cachaça, mas essa é boa mesmo. – Gustavo disse.
Meu pai nos serviu e bebemos uma dose, realmente era boa.
– Mais uma rodada. – Meu pai disse.
– Pra mim não. Tenho que fazer trabalho de faculdade hoje e pretendo acabar antes de começar o jogo. – Beto disse. Eu já tinha tirado o meu copo. Não sou de cachaça.
– Você me acompanha né Gustavo? – Meu pai perguntou. Gustavo ficou sem graça.
– Só mais uma então. – Gustavo disse e tomou com o meu pai.
Sentamos à mesa, comemos, conversamos bastante. Gustavo conversava de tudo. Acompanhava meu pai em qualquer assunto.
– Como consegue saber de tanta coisa? – Beto perguntou admirado.
– Acho que Gustavo é um vampiro, viveu tempo demais e acumulou muita informação. – Eu disse. Gustavo e papai e sorriram.
– Se fosse já teria virado cinzas. – Gustavo brincou apontando para o sol. – Mas eu tenho uma boa memória, quando eu presto atenção eu não esqueço.
– Você tem memória fotográfica? – Meu pai perguntou.
– Não, quem me dera. A não ser que seja para coisas inúteis. Tipo se você me mostrar uma foto que seja cena de qualquer filme ou série que eu tenha assistido eu vou saber te falar, até mesmo com algumas falas eu sei de qual filme elas foram. – Gustavo disse rindo.
Servi sorvete de sobremesa e enquanto eu lavava as louças, Beto foi para o quarto estudar. Meu pai ficou com Gustavo na sala conversando. A campainha tocou, imaginei que seria algum vizinho, pois não fomos interfonados.
Abri a porta e me surpreendi.
– Você? O que está fazendo aqui. – Eu disse tentando fechar a porta atrás de mim, mas Wagner me impediu de fechar e foi entrando. Não era possível que o Wagner iria me perseguir na minha casa.
– Boa tarde. – Wagner disse.
– Opa, boa tarde. Tá sumido rapaz. – Meu pai disse sem sair do sofá.
– É a vida corrida. – Wagner respondeu.
– Que porra você tá fazendo aqui? – Beto perguntou. Ele foi para sala assim que escutou a voz do Wagner.
– Vim fazer o trabalho. – Wagner disse.
– O trabalho, vamos fazer cada um da sua casa. Vamos montar um grupo no Skype. Foi isso que combinamos. – Beto disse.
– Foi é? – Wagner pareceu surpreso. Eu fiquei com dó, mas vi Gustavo abaixando a cabeça de forma negativa, ele viu aquilo, foi de propósito. Gustavo sempre vendo além.
– Foi. – Beto foi andando em direção ao Wagner e levando em direção a porta, que eu a mantinha aberta.
– Que isso Beto. Ele já está aqui. Vai lá, façam o trabalho e depois assistimos o jogo. Esse menino é pé quente. Lembro das vezes que fomos ao estádio. – Meu pai disse.
– Vocês já foram no campo juntos? – Eu perguntei.
– Já sim. – Wagner respondeu.
– Esses dois não tinham nem cabelo no saco. – Meu pai disse rindo.
– Depois que paramos de ir o time deu uma caída. Né não? – Wagner disse para o meu pai.
– Verdade. Tem anos que também não vamos né Beto? Temos que combinar de voltar a torcer da arquibancada. – Meu pai disse.
– Agora é tudo cadeira. Depois da Copa, acabou a arquibancada como a gente conhecia. – Wagner disse já se sentando no sofá do lado do meu pai. Percebi que ele iria ficar por ali e fechei a porta.
– Veio fazer o trabalho então Wagner? – Beto perguntou.
– Isso. – Wagner respondeu.
– Então vamos lá para o meu quarto. – Beto disse.
Wagner ficou sem graça, levantou e seguiu o Beto. Quando meu pai se levantou para ir ao banheiro eu falei com o Gustavo.
– Gu, me desculpa não sabíamos que ele viria.
– Eu sei Carlinhos, tô de boa. Mas tome cuidado, tem um alvo de todo tamanho pintado em você. – Gustavo disse.
Meu pai voltou e continuamos conversando, Wagner foi ao banheiro umas 5 vezes e em todas ele parava para conversar com a gente na sala. Nas duas últimas Beto foi atrás dele apelando.
Quando o jogo começou Beto e Wagner vieram para a sala. Eu fui para a cozinha pegar mais cerveja e colocar a batata para fritar. Wagner levantou e foi até a cozinha para pegar água.
– Você armou isso tudo pra vir aqui não foi? – Eu perguntei.
– Eu te disse ontem, “até amanhã” não disse. – Wagner respondeu.
– Você é louco.
– Estou ficando. Ficando louco por você.
– Doente.
– Doente por você.
– Ih. Vai ficar dizendo isso agora?
– Por que não? É a verdade.
– Gol. – Meu pai, Beto e Gustavo pulavam e se abraçavam. Wagner foi até eles e entrou na festa. Viu o replay e voltou pra cozinha. Beto e meu pai não reparavam no Wagner, mas Gustavo mesmo com os olhos na TV eu sabia que via tudo.
– Sabe o que acho engraçado? Vocês “héteros” quando se cumprimentam é um aperto de mão. Quando fazem aniversario é no máximo um abraço com tapinha nas costas. Mas vendo futebol é uma pegação, abraços fortes, apertados, junta todos para se abraçarem de uma vez, tapa na bunda, já vi até alguns que se beijam. – Eu disse e Wagner sorriu.
– No próximo gol eu venho aqui e faço isso tudo com você. – Wagner disse.
– Você não é louco. – Eu disse.
– Foi você quem disse que eu sou louco e doente.
Wagner voltou para a sala terminei as frituras e fui para a sala também. O time adversário tinha feito um gol e empatado o jogo, ficamos triste, mas no final do primeiro tempo desempatamos. Mais pulos abraços, gritos, assobios e um beijo. Wagner segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou ali na sala de casa enquanto meu pai Beto e Gustavo estavam ali do lado comemorando.
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Capítulo 9 – Beto
Estava em casa de boa. Fui para o meu quarto fazer o meu trabalho enquanto meu pai e Carlinhos faziam sala para o Gustavo. Cada dia que passava eu gostava mais do Gustavo, mas a forma que meu pai o tratava eu confesso que não estava achando muita graça.
– Boa tarde. – Escutei uma voz familiar. Fui para a sala não acreditava que era quem eu estava pensando.
– Opa, tá sumido rapaz – Meu pai disse.
– É a vida corrida – Wagner respondeu.
– Que porra você está fazendo aqui? – Perguntei
Wagner disse que veio fazer o trabalho, mas tínhamos combinado nos reunir por Skype. Fiquei puto e queria manda-lo embora, mas meu pai o convidou para ficar. Passei raiva estudando com Wagner, toda hora ele saia para se enturmar com o meu pai e Carlinhos. Percebi que Gustavo não ficou muito confortável.
Terminamos o trabalho, sem muita ajuda do Wagner e fomos ver o jogo. Dividia a minha atenção entre o jogo e Wagner, que sempre dava um jeito de ir até o Carlinhos. Já no final do segundo tempo estávamos todos na sala vendo o jogo. Nosso time sofria uma pressão violenta e em um contra-ataque conseguimos o desempate.
– Gol!!! – Gritávamos, pulávamos nos abraçávamos.
Olhei para o Gustavo, ia lhe dar um abraço, mas eu vi que ele não estava com cara boa. Quando olhei para o lado vi Carlinhos e Wagner muito próximos, quase colados. Carlinhos estava corado, Wagner sorria aquele seu sorriso malicioso. Um sorriso que deixava qualquer garota no chão e os gays excitados. Alguma coisa tinha acontecido, eu perdi, mas o Gustavo não.
Me sentei entre o Carlinhos e Wagner, Gustavo acenou pra mim me apoiando. Havia uma cumplicidade entre a gente que eu não sabia explicar. Talvez pelo cuidado que temos com o Carlinhos.
– Isso aí, mais uma vitória. – Meu pai disse. – Acho que esse time deu certo e time que está ganhando não se meche. Então semana que vem todo mundo aqui de novo.
Meu pai nunca fui um cara supersticioso, mas se tratando de futebol ele era. Eu fiquei um pouco puto, mas era fácil contornar o Wagner para não se juntar a nós no próximo jogo.
– Então o jogo acabou, já fizemos o trabalho você já pode ir Wagner. – Eu disse. Meu pai já ia dizer alguma coisa, provavelmente me criticar, quando o Wagner se levantou e falou primeiro.
– Tá certo, minha missão hoje foi cumprida. Obrigado por tudo. – Wagner disse apertando a mão do meu pai, do Gustavo, a minha e por último se virou para o Carlinhos. – Vamos comigo até lá em baixo?
– Você veio sozinho, pode descer sozinho. – Eu disse.
– Só queria uma companhia. – Wagner disse olhando para o Carlinhos que não sabia o que responder.
– Então eu vou com você. – Eu disse.
Wagner ainda deu um abraço no Carlinhos e depois desceu comigo.
– Quero você longe do meu irmão. Não sei qual é a sua. Não sei por que está fazendo isso. Mas se tem algum problema comigo resolva comigo. Não envolva meu irmão. – Eu disse.
– Que isso Beto, tá louco? Não tenho problema com você. Eu gosto de você, pra mim você é um amigo. – Ele respondeu.
– Para com isso, não somos amigos há quase três anos.
– Isso foi porque você quis. Não eu.
– Para Wagner. Não tem como ser amigo de um cara escroto como você.
– Mas você já foi meu amigo.
– Porque eu também era escroto. Mas eu cresci, fizemos muitas sacanagens com alguns garotos na época do colégio. No fundo sempre soube que aquilo era errado, mas eu fazia porque sua amizade era importante pra mim. Mas agora não tem amizade que vale isso.
– Ah! Beto que drama, era só brincadeira.
– Era o que eu queria acreditar. E mesmo que fosse. Hoje você é pior do que naquela época. Você ficou violento, machuca pessoas que você acha que são inferiores. Machuca pessoas como o meu irmão.
– Não quero machucar o seu irmão.
– Então me fala Wagner, olha pra mim e diz o que você quer com ele? Eu te conheço. Essa semana mesmo saiu na porrada por que falaram que você deu carona pra um viadinho. Me fala o que quer com ele?
– Você está estressado, quando tiver tranquilo a gente conversa. Não quero fazer mal pra ele. E acredita em mim, você sempre será meu amigo. Eu gosto de você. – Wagner disse indo embora.
Nada daquilo fazia sentido. Não era possível acreditar no Wagner. Ele sempre foi homofóbico. Quando adolescentes, fazíamos bullying com todos os garotos mais afeminados da escola, ele sempre fazia questão de persegui-los. Depois na faculdade só piorou. Era estranho pensar que Gustavo tinha razão. Que Wagner era gay, mas por que bater em tantos rapazes gays? Por que os perseguir? Era pra eu ter percebido durante a nossa época de colégio.
Voltei para o apartamento, Carlinhos não me encarava. Era uma confissão de culpa. Algo rolou.
– Gustavo ainda lembra de algumas coisas do curso de Administração? – Eu perguntei.
– Algumas coisas sim. – Ele respondeu.
– Pode me ajudar com um trem aqui? – Eu perguntei.
– Claro.
– Pô Beto, vai tirar meu amigo daqui? – Meu pai lamentou.
– Será rápido pai. Já voltamos. – Eu disse.
– Sei que não é nada sobre Administração que você quer saber. – Gustavo disse assim que entramos no meu quarto.
– Como faz isso? – Eu perguntei. Não entendia como Gustavo tem essa percepção.
– O que? – Gustavo perguntou.
– Sabia que não era esse o assunto.
– Não sei, sabendo. – Gustavo disse. Achava isso arrogante e prepotente. Mesmo sabendo que ele não era. – O que quer saber?
– O que rolou na hora do gol? – Eu perguntei.
– O Wagner deu um beijo no seu irmão.
– Filho da puta, fazer isso na minha frente. Ele é mesmo gay?
– Enrustido, mas é.
– Como nunca consegui ver isso. Ainda não consigo imaginar. Como soube? – Perguntei.
– Seu irmão não te contou o que eu contei pra ele? – Gustavo me perguntou. Percebia ele me filmando, me analisando, se eu mentisse ele saberia.
– Não. Disse que você havia confiado nele e que não quebraria isso. – Eu respondi.
– Legal da parte dele, mas imaginei que ele iria te contar. Minha preocupação maior era dele contar para o Bruno e para as meninas. Rolou algo entre mim e o Wagner quando eu estava no início do curso. – Gustavo me contava, eu realmente não acreditava no que estava ouvindo. Não imaginava toda aquela situação. – E foi isso que aconteceu, foi o que contei para o seu irmão.
– E você já namorou com outros caras? – Eu perguntei. De alguma forma fiquei mais interessado na história do Gustavo do que do Wagner.
– Não. – Gustavo respondeu.
– Você é bi? – Eu perguntei.
– Você é bi Beto? – Ele me devolveu.
– Eu não sei, fiquei só com o Carlinhos. – Respondi.
– Só? – Gustavo me perguntou. Não era possível que ele soubesse mais.
– É. – Eu disse. Olhei para o porta-retratos que tinha uma foto do minha com meu pai. – De concreto, sim.
– Bom, estava falando do que rolou no dia com a Débora. – Gustavo disse.
– É disso mesmo que estava falando. – Eu tentei concertar. Mas Gustavo já sabia que eu mentia.
– Tudo bem Beto. Relaxa. Posso te fazer uma pergunta? – Gustavo me perguntou. Confesso que fiquei com medo da pergunta e se eu iria conseguir mentir se fosse necessário. Conformei com a cabeça. – Seu pai sabe de vocês?
– Não. – Respondi. Essa foi fácil. Gustavo estava pensativo. “Será que ele não acreditou?” – É verdade, ele não sabe.
– Eu acredito que você acredita nisso. – Gustavo respondeu. Achei estranho. – Quer perguntar mais alguma coisa?
– O que você acha que o Wagner quer com o Carlinhos?
– Acho que ele quer conquista-lo. Fazê-lo se apaixonar como fez comigo. E depois que ele perder o interesse vai deixa-lo de lado.
– Não vou deixar isso acontecer. – Eu disse.
– Eu também não. – Gustavo respondeu olhando nos meus olhos. Eu tinha um aliado.
– E qual o seu interesse no Carlinhos? – Perguntei.
– Eu gosto dele, como se fosse um irmão mais novo. – Gustavo disse – Vamos voltar?
– Vamos. – Respondi. Não estava satisfeito com a resposta de Gustavo. Gostar como um irmão, o que isso significava que gostava como eu gosto? Será que ele sentia o mesmo tesão em Carlinhos que eu sinto ou ele falava de uma relação normal de irmãos?
Voltamos para a sala, Carlinhos ocupava todo o sofá e deitado com a cabeça no colo do meu pai. Gustavo analisava com estranheza. Nunca vi nada demais naquilo até porque quando eu me deitava daquela mesma forma não rolava nada. Talvez para alguém de fora aquilo pudesse ser estranho. Carlinhos se levantou e deu lugar para a gente se sentar. Ficamos mais um tempo falando sobre o jogo, se o time iria bem ou não na temporada. De futebol passamos para política. Gustavo era um meio termo entre as ideias de Carlinhos e das minhas junto com meu pai o que gerou bastante reflexão.
Eu ficava confuso sobre o que eu sentia em relação a Gustavo. Não sabia se eu o admirava por sua inteligência ou se sentia ciúmes por meu pai claramente admira-lo.
– As meninas estão chamando a gente para sair. – Gustavo disse para o Carlinhos.
– Bruno me mandou mensagem também. Vamos? – Carlinhos disse.
– Não. Já vão me abandonar? – Meu pai disse. Gustavo olhou pra ele com dó.
– Vamos sim. Gu, vou tomar um banho, estou com o cabelo fedendo a gordura. – Carlinhos disse entrando para o banho.
– Você anima Beto? – Gustavo me perguntou.
– Hoje eu passo. – Eu respondi. Não estava com muito ânimo de sair e encontrar com a gostosa da Dalila em uma balada, poderia me gerar novos problemas. Uma coisa que eu não queria era dar motivos para o Carlinhos se aproximar do Wagner. Gustavo me olhou chateado, ele parecia querer mesmo que eu fosse. – Mas volta pra cá, dorme aqui. Amanhã pegamos uma piscina.
– Fica pra próxima. – Gustavo respondeu.
– Vem sim. Sobrou cerveja. Vamos tomar amanhã. – Meu pai insistia.
– Eu nem trouxe roupa. – Gustavo disse.
– Eu te empresto. Minhas roupas servem em você. – Eu disse. Gustavo abriu um sorriso e concordou.
Quando Carlinhos saiu do banho contamos pra ele que ficou feliz. Não demorou muito e eles partiram.
– Beto me deixa te fazer uma pergunta. – Meu pai disse. – Por que foi tão rude com o Wagner? Vocês eram tão amigos.
– Pai deixamos de ser amigos. Ele é escroto, preconceituoso. Não quero conviver com pessoas assim.
– Estranho, sempre achei que ele tivesse uma quedinha por você. Mas pelo visto agora a queda dele é pelo seu irmão.
– Você achava que ele tinha uma quedinha por mim?
– Achava. Até pensava que vocês brincavam de troca-troca. – Meu pai disse rindo.
– Não pai. Nunca. Nunca chegamos nem perto disso. Além do mais desde aquela época ele era preconceituoso. Implicava com os viadinhos da escola. E agora até sai na porrada com alguns e com quem insinua que ele é gay.
– Aquela velha história, quem desdenha quer comprar. Talvez ele nunca tenha se aberto com você achando que você também era preconceituoso. – Meu pai disse.
– É como se estivesse falando de uma pessoa que eu não conheço. Nunca vi o Wagner dessa forma. E agora ele está sim dando em cima do Carlinhos e o pior que o Carlinhos tá dando trela. Por isso não quero ele mais aqui.
– Beto seu irmão tem o direito de encontrar alguém, de namorar. Qual o problema?
– Todos. Como pode dizer uma coisa dessas?
– Eu não estou te entendendo filho. Por que seu irmão não pode namorar? Não me sinto confortável de imaginar o Carlinhos chegando aqui com um namorado. Espero que esse dia não aconteça. Mas se acontecer temos que apoiá-lo, somos uma família e o mundo é assim agora. Como podemos apoiar que ele seja gay e não apoiar que ele tenha alguém?
– Não concordo. – Eu disse. Sabia que meu pai estava certo, mas Carlinhos tinha a mim. Não podia falar isso pra ele. – Talvez com uma outra pessoa. Não com o Wagner. O Wagner é mau. Fiquei sabendo que ele seduziu um conhecido nosso. Chegaram a namorar e depois ele simplesmente o desprezava. O cara ficou meses sofrendo por causa do Wagner. E fiquei sabendo que ele sempre faz isso.
– Pelo visto você só escutou um lado da história. – Meu pai disse. Como meu pai poderia defender o Wagner, e se eu falasse que esse cara era o Gustavo o seu novo queridinho ele ia continuar concordando? – Já imaginou que suas ex-namoradas poderiam dizer a mesma coisa de você? Se o amor acaba o que a pessoa pode fazer.
– Pelo amor de Deus pai. Não o defenda e nem me compare com ele. Eu pelo menos nunca saí batendo nas minhas ex com medo delas falarem de mim.
– Beto, estou sim fazendo o papel de advogado do diabo. Não sabemos as motivações. Não estou dizendo que alguma coisa justifique a violência, mas nem tudo é preto ou branco. Depois vou conversar com o Carlinhos e se tiver rolando alguma coisa com o Wagner eu vou conversar sério com ele.
Não fiquei satisfeito com aquele papo. Achei que meu pai ia me apoiar. Mas não, ficou contra mim, a favor do Wagner.
Passei o resto da noite pensando no Wagner como não pude ver aquilo. Que ele é gay. Sempre foi um pegador. Sempre foi o bonitão da turma. Peguei tantas garotas só pelo fato de ser amigo dele, andar com ele. Quantas vezes já nos víamos pelados em vestiários, já vimos pornô juntos, nunca havíamos encostado um no outro. Nem nos reparávamos, pelo menos eu nunca reparei nele. Será que enquanto eu olhava para o vídeo ele ficava olhando para o meu pau? Será que ele foi a fim de mim e agora realmente está a fim do Carlinhos? Será que o interesse dele não é só pegar e jogar fora como foi com o Gustavo e vários outros?
Escutei risos na sala. Meu pai estava em seu quarto com a porta aberta eu escutava a sua TV não era de lá. Carlinhos havia chegado com o Gustavo.
– Chegaram. – Meu pai disse, parecia feliz. – Oi Bruno, você veio também?
– Espero que o senhor não se importe. – Bruno disse.
Eu saí do meu quarto e fui até a sala. Meu pai como de costume estava com aquela sua bermuda larga mostrando todo o volume do seu pau que estava mais que meia bomba. Bruno não parava de olhar para o pau dele.
– Sem problema. Os amigos dos meus filhos são sempre bem-vindos. – Meu pai disse.
– O problema vai ser cama pra todo mundo. – Eu disse.
– A gente se aperta. – Carlinhos disse, ele estava meio bêbado.
– Eu durmo no sofá. Não tem problema. – Gustavo disse.
– Esse sofá é muito desconfortável, para dormir. – Meu pai disse. – Beto você dorme comigo. Gustavo fica no quarto de Carlinhos que dorme na sua cama com o Bruno.
– Eu não vou sair da minha cama. – Eu disse.
– Tem que ser do contra né Beto. – Carlinhos disse.
– Então você dorme com seu irmão e meu novo filho dorme comigo. – Meu pai disse.
– Novo filho? – Eu perguntei.
– Meu filho do meio. – Meu pai disse indo em direção de Gustavo e dando um abraço de lado nele. Gustavo ficou feliz com a declaração do meu pai. Carlinhos começou a rir. Eu confesso que morri de ciúmes. Sabendo das brincadeiras que eu meu pai tínhamos. Sabendo que Gustavo era bi. Eu não gostei da ideia dos dois dormindo juntos.
– Deixa o Gustavo dormir no meu quarto e o Carlinhos dorme com você. – Eu disse.
– Tudo bem? – Meu pai perguntou para o Gustavo que confirmou com a cabeça. Quem pareceu não gostar foi Bruno. Ele não estava com cara que queria dormir sozinho. – Então vamos lá. Alguém quer tomar um banho?
– Eu gostaria. – Gustavo disse. – Sai de casa era de manhã.
Bruno foi para o quarto do Carlinhos e Carlinhos foi com o meu pai que deixou uma toalha limpa para o Gustavo. Que ao terminar o banho foi para o meu quarto.
– Separei esse short para você dormir com ele. – Eu disse para o Gustavo que veio enrolado em uma toalha.
– Obrigado. – Ele disse tirando a toalha e vestindo a bermuda. Reparei em seu pau que era grande. Devia ser do tamanho do meu uns 19cm quando tivesse duro. E pelo visto estava minutos antes. Ele reparou que eu olhei e sorriu. Eu fiquei sem graça e resolvi falar.
– Tava batendo uma no meu banheiro né safado? – Eu disse. Agora quem estava sem graça era ele.
– Antes de dormir é bom né? – Ele disse. Eu confirmei com a cabeça. – Quer que eu durma pra baixo?
– Como você se sentir melhor. – Eu respondi. Não fazia diferença pra mim. Gustavo se deitou do meu lado. Ficamos ambos deitados de cabeça pra cima e a luz ainda acesa.
– Não se preocupe que eu não vou fazer o mesmo que o Bruno. Pode apagar a luz. – Gustavo disse rindo. Eu ri junto. Estiquei meu braço e apaguei a luz.
– Como foi lá? – Eu perguntei.
– Foi bacana, seu irmão exagerou na caipvodka mas ficou bem. – Gustavo me respondeu.
– Bom que tinha você lá, o irmão do meio pra tomar conta dele. – Eu disse com um pouco de despeito. Gustavo riu e se virou.
– Seu pai é muito bacana. – Gustavo disse.
– É sim. – Respondi. – Gustavo me fala qual a real? Seu interesse no Carlinhos? No meu pai? Na minha família?
– Nenhum. – Ele respondeu. Mesmo no escuro eu percebi em sua voz que ele mentia.
– Você pode ser bom pra descobrir as verdades, mas é péssimo para mentir. – Eu disse rindo. Me sentia foda. Gustavo estava sem graça.
– Beto, tem alguma série que você assistiu e gostou... Gostou muito?
– Sim, mas o que tem a ver?
– Só acompanha. Qual série?
– Friends. – Eu disse querendo saber onde ele queria chegar, se chegaria a algum lugar ou se só queria me enrolar.
– Ótimo, também adorava essa série. Eu e minha irmã temos todas as temporadas. – Gustavo disse. “Já está enrolando.” Pensei.
– E daí?
– Imagina, você vê a série, gosta da série, gosta do enredo, gosta dos personagens. Eles possuem uma amizade bacana, um vínculo legal. Você sabe que aquela é a vida deles e não a sua. Mas aí acontece algo diferente, eles te chamam pra fazer parte daquilo, para ser amigo deles. O que ia achar?
– Fantástico. Já tive um sonho assim uma vez. – Eu disse rindo. E a ficha caiu. – É assim que você vê a gente?
– É, eu realmente gosto de vocês. Gosto de você desde a época do trote, gosto do Carlinhos desde o início das aulas e gostei do seu pai desde que eu conheci. Não quero me intrometer na sua família, meu interesse é a amizade de vocês. Gostei de pensar que por alguns momentos eu posso ter um pai, um irmão mais novo e um mais velho. – Gustavo disse. Eu não sabia o que dizer, depois de um tempo em silêncio Gustavo continuou. – Isso se tiver tudo bem pra você.
– Tudo bem, sim. – Eu disse. Era a resposta certa a se dizer, mesmo que eu não tivesse certeza.
– Valeu irmãozão. – Gustavo disse montando em cima de mim me dando um abraço. Fiquei sem reação no início, mas correspondi o seu abraço sentindo o seu peso em cima de mim, o seu pau grande e mole em cima do meu que ia endurecendo. Gustavo percebeu a minha excitação, mas continuava em cima de mim. Meu pau ficava cada vez mais duro, eu apertei Gustavo em um forte abraço e o soltei, tentado mostrar o que era hora dele sair de cima. Ele saiu me deixando sem graça e de pau duro.
– Sabe por que bati uma antes de deitar aqui com você? – Gustavo me perguntou.
– Não tenho nem ideia. – Eu respondi tentando não ficar sem graça.
– Pra não acontecer isso. Eu não ficar excitado aqui do seu lado. – Gustavo disse e eu não soube onde enfiar a minha cara. – Mas não adiantou.
Eu olhei em direção ao seu pau, mesmo com a luz apagada pude perceber que assim como eu, ele estava excitado. Nos dois começamos a rir.
– Quer bater uma punheta com seu irmão mais velho? –Eu perguntei.
– Bora? – Gustavo disse.
Peguei uma toalha de rosto no meu armário, colocamos o pau pra fora e começamos a nos masturbar. Gustavo tinha um pau grande mesmo. Forramos a toalha entre nós dois e de lado um virado para o outro batíamos uma punheta frenética.
– Podemos encontrar com a Débora novamente. – Gustavo disse.
– Ela aqui agora seria uma delícia. – Eu disse.
– Nem me fala. Aqueles peitões, adorei mamar nela.
– E aquela hora que ela cavalgava em mim e você começou a comer o cuzinho dela ficamos nos dois metendo nela ao mesmo tempo foi muito tesão.
– Foi sim. Sabe uma parte que curti muito. Foi quando ela mandou eu colocar meu pau entre o beijo de vocês.
– E depois eu fiz o mesmo.
– Não é uma competição. – Gustavo disse rindo. – Só tô falando que foi um momento que curti muito. Na hora que chupamos juntos a buceta dela eu também gostei.
– Ela é muito gostosa.
– Demais. – Gustavo disse parando de se masturbar.
– Já vai gozar?
– Não, depois que gozo, a segunda demora. – Gustavo disse rindo. – Meu braço doeu.
– Para de frescura, continua falando ai daquele dia que está uma delícia. – Eu pedi.
– Na hora que ela cavalgava em mim e você ficou em pé na cama dando seu pau pra ela chupar, aquilo me deu muito tesão também. Eu ficava com uma mão nos peitos dela e a outra eu passava na sua perna e na sua bunda. – Gustavo disse eu senti o seu toque na minha coxa subindo até a banda da minha bunda. Confesso que ali quase gozei.
– Ela tinha uma boca maravilhosa mesmo. – Eu disse, não me importando com a mão de do Gustavo em mim.
– Tinha sim, tanto para chupar como para beijar.
– Verdade, mas o beijo dela tinha gosto de pau. – Eu disse rindo.
– Pelo menos era do nosso pau. – Gustavo disse rindo também.
– A gente praticamente se chupou né?
– Sim de tabela na boca da Débora e a parte do beijo com o pau no meio. – Gustavo disse. Acho que pensamos a mesma coisa. Pois rimos juntos. Poderia rolar um boquete ali, mas ninguém tomou atitude.
– Minha mão também doeu. – Eu disse me virando de barriga pra cima.
Gustavo fez o mesmo, ficou de barriga pra cima alisando o seu pau.
– Poderíamos chamar a Débora pra vir aqui amanhã. Imagina fuder ela dentro da piscina. – Gustavo disse.
– Um na frente e outro atrás. – Eu disse. Imaginando a cena.
– Conta mais. – Gustavo me pediu. Senti a sua mão passando pela minha virilha e segurando o meu pau. Eu gemi.
– Ela com um biquinho, a gente prende ela em um canto da piscina puxa o biquíni dela para o lado e começamos a meter. – Eu disse, esquecia de raciocinar devido a mão do Gustavo no meu pau.
Gustavo pegou a minha mão e levou até o seu pau. Eu comecei a masturba-lo no mesmo ritmo que ele batia pra mim.
– Eu ia tirar a parte de cima e ficar chupando aqueles peitões que ela tem. – Gustavo disse. A nossa punheta aumentava a velocidade.
– Eu também quero aqueles peitões na minha boca. Ai ai. – Eu disse me virei de lado para gozar em cima da toalhinha.
Gustavo não parou com a punheta, meu pau começou pulsar e soltar jatos, o primeiro foi na barriga do Gustavo os demais na toalhinha. Eu prendia o meu gemido. Voltei a pegar no pau do Gustavo e batia forte pra ele. Mirei na toalha onde ele gozou.
Peguei a toalhinha, limpei a minha mão e o meu pau.
– Gozei em você. – Eu disse rindo e o limpando. Peguei no pau dele novamente e limpei com a parte seca da toalha. Apertei o seu pau para sair o resto de porra que estava ali. Gustavo passava a mão no meu ombro e nas minhas costas.
– É legal ter um irmão, mesmo que de mentira. – Ele disse.
Eu o abracei. Agora eu podia afirmar que seria legal ter o Gustavo como um irmão do meio. Conversamos mais um pouco e eu acabei pegando no sono.
Acordei de manhã com o Carlinhos pulando na cama e Bruno parado na porta. Eu me assustei, mas percebi que estava com a minha bermuda de pijama. Eu não tinha colocado. “Esse filho da puta pensa em tudo” eu pensei. Gustavo realmente era o cara. Estava feliz por alguém como ele gostar de mim, querer ser meu irmão.
– Já é dia. Vamos descer pra piscina. – Carlinhos disse.
– Eu vou acabar de acordar e já vou. – Gustavo disse ainda com a cara de sono. – Como você pode não estar de ressaca?
– Cada um tem os seus dons. – Carlinhos disse rindo e saindo do quarto.
– Bom dia. – Gustavo me disse.
– Bom dia. – Respondi.
– Se lembra de ontem? – Gustavo me perguntou.
– O que aconteceu ontem? – Eu perguntei. Vi a cara de decepção do Gustavo. – Brincadeira, lembro sim.
– E tá tudo bem? – Gustavo perguntou parecendo preocupado.
– Tá sim. Relaxa. Valeu por me vestir.
– Isso, não foi nada. Mas temos um problema.
– O que foi?
– O Carlinhos viu a toalha suja de porra.
– Viu?
– Viu sim. E agora? Ele vai perguntar e eu não sei mentir.
– Cara, a gente fala a verdade, você foi adotado agora.
Levantamos para tomar café, meu pai estava na mesa ainda.
– Dormiram bem? – Meu pai perguntou.
– Como uma pedra. – Eu disse.
– Muito bem. – Gustavo respondeu.
– Beto rola me ajudar com a sua maquininha. Não quero ir peludão assim para a piscina. – Meu pai disse e eu concordei com a cabeça.
– Se eu soubesse que vinha para piscina tinha me raspado também. – Gustavo disse.
– Pode usar a maquininha aqui também. – Eu disse.
Depois de tomar o café fomos para o banheiro nos raspar. Meu pai foi o primeiro, ficou peladão e eu raspei o seu peito.
– Beto a virilha também. – Meu pai pediu. Fiquei sem graça de pegar no pau dele na frente do Gustavo, ainda mais sabendo que o pau dele ficaria duro. Tentei evitar ao máximo, mas por fim não teve jeito.
– Gustavo não repara não, mas temos o pau sensível ao toque. – Meu pai disse depois que seu pau ficou duro e começava a se lubrificar. Gustavo não deixou de reparar.
– Sério? Comigo também é assim. Sempre evitei contatos e abraços pra isso não acontecer. – Gustavo disse e meu pai riu.
– Está vendo esse garoto é da família. – Meu pai disse.
– Nada, ele é mais esperto que nós três juntos. – Eu disse. – Mas é uma boa aquisição. Agora você Gustavo quer que te raspo?
– Se não tiver problema. – Gustavo respondeu. Olhei para o meu pai que acenou para eu raspá-lo.
– Tem uma casquinha aqui. – Meu pai disse passando a mão abaixo do umbigo do Gustavo. Ele puxou. Era um pouco da minha porra que ficou presa no Gustavo. Era claro que o meu pai sabia o que era. Gustavo ficou sem graça. – Relaxa rapaz.
Raspei o peito do Gustavo e depois fui para a virilha. Gustavo ficou com o pau duro ao meu primeiro toque.
– Aí Beto, Gustavo não nega a nova família. O pau dele é grande também. – Meu pai disse entrando para o banho. Gustavo estava vermelho.
– Pai está deixando o garoto todo sem graça. – Eu disse.
– Qual é Gustavão? Vai ficar sem graça com a gente? Tem disso aqui em casa não. – Meu pai disse, ele estava no banho e seu pau não abaixava.
– Pai sai logo do banho, deixa o Gustavo se lavar também. Não sei por que entrou nesse e não no seu. – Eu disse.
– Sem problemas seu Carlos, pode ficar à vontade eu uso a ducha da piscina. – Gustavo disse.
– Nada, entra aqui. – Meu pai disse.
– Não seu Carlos tô de boa mesmo. Beto me empresta uma sunga.
– Ô Gustavo, duas coisas. Primeiro já falei para não me chamar de “Seu” e segundo entra aqui. – Meu pai disse. Gustavo sem graça entrou no box, seu pau estava meia bomba. Fui até o meu quarto e peguei uma sunga que eu não usava mais.
– Pode ficar com essa pra você. – Eu disse. Vi os dois dentro do box, Gustavo em baixo do chuveiro com o pau totalmente duro e de olhos fechando e meu pai bem próximo também bem excitado. Aquela cena me deixou com ciúmes e também excitado.
– Obrigado Beto. Mas prefiro deixa-la aqui, assim quando rolar da gente pegar uma piscina e eu não vier preparado eu uso, pode ser?
– Pode sim. – Eu respondi.
Sentei no vaso e alisava meu pau enquanto via meu pai e Gustavo duros no banho. Imaginei como estariam Carlinhos e Bruno se estivem no meu lugar vendo aquela cena e comecei a rir.
– Do que está rindo? – Meu pai perguntou e Gustavo abriu os olhos.
– Imaginando o Brunho chegando e vendo isso. Vocês dois tomando banho juntos com essas picas duras aí. – Eu disse. Meu pai e Gustavo começaram a rir.
– Melhor a gente dar um jeito nisso. Chegar lá em baixo assim não vai ser legal. – Meu pai disse e olhou pra mim. – Você também Beto.
Coloquei meu pau pra fora e comecei uma punheta ali mesmo apontado pro vaso sanitário. Meu pai dentro do box fazia o mesmo. Gustavo parecia esperar alguém dizer pra ele começar.
– Bora Gustavo. Você também. – Eu disse.
Papai ficou de frente para o Gustavo e se masturbava olhando pra ele. Gustavo também batia olhando pra mim e pro papai. Eu comecei a gemer alto, meu pai se juntou a mim e formamos um coro. Gustavo segurava seus gemidos, ouvíamos apenas a sua respiração ofegante. Eu e papai gozamos. Papai acertou o seu primeiro jato em Gustavo que estava em baixo do chuveiro e a água levou a sua porra embora. Eu ri. Gustavo gozou em seguida soltando um “aaaahhh” de alívio.
– Virou moda gozarem em você. – Eu disse.
– Agora só falta o Carlinhos. – Gustavo disse sorrindo. Meu pai sorriu.
– Estávamos falando umas putarias e gozamos ontem à noite. – Eu disse para o meu pai que continuava sorrindo.
Saímos rápido do banheiro antes que voltássemos a ficar excitados, nos vestimos e descemos para a piscina.
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Capítulo 10 – Carlinhos
Chegamos em casa um pouco alterados, conversando alto e rindo.
– Chegaram. – Meu pai disse. – Oi Bruno, você veio também?
– Espero que o senhor não se importe. – Bruno disse de olho na mala do meu pai.
– Sem problema. Os amigos dos meus filhos são sempre bem-vindos. – Meu pai disse.
Beto reclamou que não tinha lugar, nem quis ceder a sua cama como papai sugeriu para eu dormir lá com o Bruno.
– Tem que ser do contra né Beto? – Eu disse, ele estava nervoso. Acho que ele viu o beijo que Wagner me deu na hora do gol.
– Então você dorme com seu irmão e meu novo filho dorme comigo. – Meu pai disse.
– Novo filho? – Beto perguntou enciumado.
– Meu filho do meio. – Meu pai disse indo em direção de Gustavo e dando um abraço de lado nele. Gustavo ficou feliz com a declaração do meu pai. Eu achei graça.
– Deixa o Gustavo dormir no meu quarto e o Carlinhos dorme com você. – Beto disse.
– Tudo bem? – Meu pai perguntou para o Gustavo que confirmou com a cabeça. Bruno estava bêbado e com esperança de dormir com alguém.
Gustavo foi para o banho, Bruno para o meu quarto e eu para o quarto do meu pai.
– Então agora você tem um novo filho? – Eu perguntei brincando com o meu pai.
– Você que trouxe ele pra cá. – Meu pai disse.
– Eu gosto do Gu, ele é gente boa, um amigo de verdade. Sei que posso confiar nele. Além de ser um gatinho. – Eu disse. Meu pai sorriu.
– E o Wagner? – Meu pai me perguntou.
– O que que tem ele? – Me senti corado.
– O que está rolando entre vocês? Seu irmão não está feliz com isso.
– Nada pai.
– Carlinhos não minta pra mim.
– Eu não sei o que está rolando. Não sei mesmo.
– Seu irmão está com medo dele te machucar.
– Pai, não sou criança pra me machucar assim.
– Carlinhos, é nessa idade que vocês se acham adultos e fortes que mais se machucam. Quando chegar na minha idade vão reconhecer como eram frágeis. – Meu pai disse. – Eu não gostaria que você tivesse um namorado, gostaria de te satisfazer pra sempre. Mas sei que, o que posso te dar é pouco pra você. Mas quero que você sempre confie em mim e me conte sempre a verdade. E se proteja sempre. Tanto o físico como o emocional. Nunca faça nada lá fora sem camisinha.
– Para pai, nem tô pensando nisso. Não sei qual é a do Wagner. Acho ele atraente, mas não tenho sentimentos por ele. Eu juro.
– E por mim você tem sentimentos?
– Claro pai, eu amo você e morro de tesão. – Eu disse pegando no seu pau que foi ficando duro na minha mão.
– Eu também meu filho. Sempre estarei aqui para te dar tudo que estiver ao meu alcance.
– Olha que delicia de pau. – Eu disse enquanto batia uma leve punheta. – Viu como o Bruno ficou olhando? Imagino que ele queria está aqui no meu lugar pegando nesse pau e colocando na boca.
Comecei a chupar o meu pai, seu pau babava na minha boca e eu engolia tudo. Estava com tesão acumulado. Meu cuzinho piscava pedindo rola. Queria algo selvagem, a bebida me ajudou.
– Me fode papai. – Eu pedi ficando de quatro.
Meu pai lubrificou o meu cuzinho com a sua língua e socou fundo, eu gemia como um louco. Papai tampava a minha boca para o som não se propagar. Depois de muito tempo dando de quatro, me deitei na cama papai ficou em pé no chão, levantou as minhas pernas e voltou a meter. Sentia seu pau todo dentro de mim. Seu pau grande e delicioso batia no fundo do meu reto, me proporcionando um prazer incrível. Papai gozou dentro de mim e eu gozei sem tocar no meu pau.
Acordei na manhã seguinte e preparei o café da manhã. Fui até o meu quarto e Bruno já estava acordado, eu o chamei para tomarmos café.
– Vamos acordar os meninos. – Eu disse.
– Já é dia. Vamos descer pra piscina. – Eu disse pulando na cama de Beto, entre ele e Gustavo
– Eu vou acabar de acordar e já vou. – Gustavo disse ainda com a cara de sono. – Como você pode não estar de ressaca?
– Cada um tem os seus dons. – Eu disse. Ao me levantar reparei uma toalhinha de rosto ao lado da cama, não tinha dúvida que estava suja de porra. “O que eles aprontaram?”. Eu me perguntava.
Desci com Bruno pra piscina, somente lá tive a oportunidade de contar pra ele o que aconteceu no dia anterior com o Wagner.
– Ele parece que está caidinho por você. – Bruno disse.
– Acho que ele quer me usar. – Eu disse.
– Um homem daquele eu deixava me usar e abusar. Que sonho. Por que eu não tenho essa sorte viado? – Bruno disse me fazendo rir.
– Calma bicha, um dia aparece um boy mara pra você. – Eu disse. Quando eu e o Bruno estávamos conversando sozinhos éramos muito veados.
– Estou na seca viado, o último pau que coloquei na boca foi o do seu irmão e mesmo assim nem leite eu tirei. E antes dele tinha séculos. E você com Wagner atrás de você. Fazendo esse cu doce. – Bruno disse.
– Para com isso bicha, todo mundo sabe que o Wagner é violento, sai batendo nas poc por aí. Quando ele tá com os amigos finge que eu não existo, mas quando estou sozinho aparece todo querendo. Fiquei sabendo que ele gosta de encantar, fazer apaixonar, pra depois jogar fora e quem reclama ele bate.
– Eu já disse, deixaria ele fazer o que quisesse e quando ele me desse um pé na bunda eu ia agradecer por todo o tempo que passamos juntos. – Bruno disse rindo.
– Você é uma puta mesmo.
– Olha lá aquela visão. – Bruno apontou para o meu pai, Beto e Gu, vindo em nossa direção. – Até que o Gu ficou bonito no meio dos deuses gregos da sua família.
– Eu acho o Gu bonito. – Eu disse.
– Talvez se ele malhasse um pouco. Ficasse com uma barriguinha mais sarada, engrossar mais as pernas. – Bruno disse.
– Bicha exigente, despeitada. O garoto é lindo e você já reparou no volume dele? – Eu disse rindo.
– É claro, isso eu não mudaria. – Bruno disse rindo.
– Finalmente chegaram. – Eu disse pra eles. Papai trazia um cooler, provavelmente com cerveja. Papai e Gu sorriram.
– O que estão falando de mim? – Gustavo perguntou depois de pular na piscina e se juntar a gente.
– Quem disse que estamos falando de você? – Bruno disse. Eu apenas sorri.
Ficamos conversando um tempo na piscina. Meu pai e Beto ficaram nas cadeiras conversando.
– Gustavo, sua cerveja vai esquentar. – Meu pai disse. – Meninos querem cerveja?
Eu e Bruno recusamos, Gu ficou na cadeira com meu pai e Beto. Vi que Gustavo explicava os motivos de ter mudado de curso. Beto veio pra piscina com aquelas brincadeiras bobas de ficar tentando afogar a gente. A parte boa foi que a gente tirava umas casquinhas. Beto relava o seu pau que estava duro na minha bunda, quando eu mergulhava passava o meu rosto nele, cheguei até dar uma mordiscada por cima da sunga. Quem gostou mesmo dessa brincadeira foi o Bruno que releva todo no pau do Beto. Eu achava graça. Me distrai tanto nessa brincadeira com o Beto que não percebi quando meu pai e Gustavo sumiram.
– Cadê o papai e o Gu? – Eu perguntei.
– Devem ter ido para a sauna. – Beto disse. – Vai lá.
Ele mesmo não foi por um motivo, seu pau estava duro demais para sair da piscina.
– Aí estão vocês. – Eu disse entrando na sauna. Gustavo estava deitado no banco de cima e o meu pai no de baixo.
– O Gustavo disse que gosta de sauna, ele nem sabia que aqui no prédio tinha uma. – Meu pai disse.
– O Carlinhos é tão fominha de piscina que não me contou da última vez que viemos. – Gustavo disse.
– Faça companhia para o seu amigo. Pra mim já deu. – Papai disse.
Eu achei bom ter um momento sozinho com o Gu, tinha algumas coisas que eu precisava saber.
– Como foi dormir com o Beto? – Eu perguntei na lata depois que o meu pai saiu. Gustavo sorriu.
– Foi tranquilo.
– Vocês se divertiram né?
– Não da forma que você imagina.
– Sabe o que estou imaginando?
– Eu sei que você viu a toalhinha. Então acho que sei o que você está imaginando.
– Então o que rolou?
– Ficamos de papo acabamos falando umas putarias e batemos punheta.
– Falaram de mim?
– Não. Da Débora.
– Ah, daquela cavalona. – Eu disse decepcionado. Esperava mesmo que eu fosse o motivo daquele gozo. Gustavo sorriu, não sei se foi pelo “cavalona” ou pela minha reação.
– Fica assim não. – Gustavo disse se sentando e passando a mão no meu ombro.
– Cheguei a pensar que você gostava de mim. – Desabafei.
– Mas eu gosto sim. Gosto muito.
– Gosta como?
– Como um irmão. – Gustavo me respondeu. – Não é isso que somos agora? – Ele sorria.
– Aff, como um irmão. – Repeti decepcionado tirando as mãos do Gustavo do meu ombro e ele sorriu. Não entendia bem o motivo da minha decepção, talvez eu tivesse algum sentimento pelo Gu que eu não conhecia até aquele momento.
– Existem irmãos e irmãos. – Gustavo disse sorrindo.
– E de qual tipo nós somos?
– Desse. – Gustavo disse me beijando. Não esperava por isso, foi uma bela surpresa. Um beijo delicioso. Levei a minha mão até a sunga do Gustavo e senti o seu pau duro e grande. Era um beijo carinhoso, mas quente. Gustavo também levou a mão até a minha sunga e segurou no meu pau.
Ficamos em pé, Gustavo me pressionou na parede, ele tinha uma boa pegada. Ele desceu a sua mão, abaixou a minha sunga e começou a brincar com o meu cuzinho. Meu pau relava no dele e os seus dedos me penetravam. Não parávamos de nos beijar. Aquilo estava uma delícia. Gozei melando o Gustavo que riu bastante.
– Qual é a graça? – Eu perguntei.
– Deixa pra lá. – Ele disse.
Eu deixei, mas me ajoelhei e coloquei o pau do Gu todo dentro da minha boca. Gu segurava forte em meus cabelos enquanto eu o chupava.
– Eu vou gozar. – Gustavo disse. Eu ignorei, continuei chupando até receber seus jatos de porra na minha boca. Saímos da sauna e fomos para a ducha onde Gustavo se limpou e nos beijamos mais uma vez.
Gustavo gozou ontem batendo uma punheta com o Beto, mas sem dúvida hoje foi melhor pra ele, gozar em uma boca gulosa como a minha é sem dúvidas melhor que gozar com a sua própria mão. Enquanto ele me penetrava com os dedos fiquei imaginado aquele pau gostoso dentro de mim.
Voltamos para a área da piscina sem dizer mais nada, apenas trocamos um olhar de cumplicidade. Beto nos encarava e desta vez eu não consegui saber o que ele podia estar pensando. Gustavo ficou mexendo no celular por um tempo enquanto bebia cerveja.
– Você falou com a Débora? – Beto perguntou.
– Não. Fica pra outro dia. – Gustavo respondeu eu fiquei feliz, imaginei que eles queriam encontrar com aquela garota.
– De boa. – Beto respondeu, ele também não parecia empolgado em encontrar com a cavalona.
– Estava olhando aqui, acho que vou fazer como o senhor me falou. – Gu disse para o meu pai. – Ainda dá pra me matricular no curso virtual, as provas são agendadas e as aulas presenciais só em alguns sábados.
– Muito bem. Não me conformaria de você abandonar um curso que você gosta na metade para começar outro. Se precisar de alguma ajuda pode contar comigo. – Meu pai disse.
– Não precisa, mas obrigado. – Gustavo respondeu.
– Então vai cortar para os dois lados, arquitetura e adm. – Bruno disse rindo.
– Vou. – Gustavo respondeu fingindo não perceber a piada de duplo sentido do Bruno. – Mas o último período vou tentar fazer presencial, querendo ou não uma graduação presencial pesa mais do que a virtual e como já fiz metade do curto presencial, não terei problema.
– Menino esperto. – Meu pai disse batendo na perna do Gu.
Continuamos na piscina por um tempo. Não contei para o Bruno o que rolou com Gu na sauna. Ele nem desconfiou. No final do dia Bruno e Gu foram embora e voltamos pra casa.
– O que rolou na sauna quando ficou sozinho com o Gustavo? – Beto me perguntou.
– Nada diferente do que fizeram ontem à noite. – Eu disse. Beto tirava satisfação comigo sendo que eu não falei nada, quando vi aquela toalhinha suja de porra, achei desaforo.
– Duvido. – Beto disse. Eu não contive o riso. Ele acabou sorrindo.
– Está com ciúmes do Gu?
– Claro.
– Se tivesse mesmo, teria arrombado aquela sauna como fez com a porta do quarto quando achou que eu estava aqui com o Wagner.
– Eu não sei Carlinhos, gosto dele, já o tenho como um amigo. Mas pensar em você com ele não é confortável.
– Não se preocupe Beto. Ele é só um amigo.
– Um amigo colorido. – Beto disse triste.
– Quem sabe? Nunca tinha acontecido nada antes. – Eu disse. – Quer que eu te conte o que aconteceu?
– Não. Prefiro que você me mostre. – Beto disse.
Eu beijei meu irmão, coloquei a minha mão no seu pau e a dele no meu. Depois nos levantamos, fiz ele me pressionar na parede, abaixei a minha cueca e coloquei a mão de Beto no meu cuzinho ele brincou até eu gozar. Depois eu chupei e Beto gozou na minha boca.
– Foi bem quente. – Beto disse depois que voltamos para a cama e eu o abracei.
– E o que você sentiu?
– Ciúmes e muito tesão. – Beto confessou.
Dormimos juntos naquela noite, acordamos cedo para uma nova semana de aula.
Gustavo estava normal como sempre, eu tentava olhar pra ele, ler alguma coisa. Será que tudo que aconteceu foi só algo causal? Será que ele esperava alguma coisa? Ou eu que estava esperando de mais? Não encontrei com Beto nem Wagner no intervalo. Mas no final da aula, lá estava Wagner do lado de fora do meu prédio em seu BMW me esperando.
– Entra aqui. – Wagner me chamou.
– Não, obrigado. – Respondi sem parar de caminhar. Wagner parou o carro e com dois passos largos ele me alcançou.
– Estou chateado com você. – Wagner disse.
– Por quê? – Perguntei curioso.
– Não desceu comigo até a portaria do seu prédio. Eu queria ter lhe dado mais um beijo no sábado. – Wagner disse com uma falsa cara de triste me fazendo rir.
– Você é louco mesmo.
– Estou louco por você.
– O suficiente pra me dar um beijo aqui agora? – Eu perguntei, queria testa-lo.
– Claro. Entra no carro.
– Não foi isso que eu disse.
Wagner olhou para os dois lados não tinha ninguém olhando e ele me deu um selinho rápido.
– Foi isso então? – Ele perguntou, agora ele tinha me pegado. – Deixa eu te dar uma carona.
Resolvi aceitar. Assim que Wagner arrancou o carro, ele colocou uma das mãos na minha perna e ficou passando a mão em mim de forma carinhosa.
– Não precisa ter medo de mim. Já te disse que não sou um monstro. – Wagner disse.
– Mas você não disse o que você é. Eu só vejo um enrustido que quando sente sua masculinidade ameaçada fica violento. – Eu disse na lata. Wagner tirou a mão da minha perna e ficou sem graça. Não imaginava vê-lo sem resposta. – E eu não quero me envolver com alguém desse tipo.
Ficamos calados até chegar na minha casa. Na porta do meu prédio Wagner manteve a porta trancada e por fim disse:
– Você ainda vai se surpreender comigo.
– Espero que seja de uma forma positiva. – Eu disse me preparando para sair do carro. Wagner me puxou com brutalidade e me roubou um beijo. Um beijo forte caliente, que acabei me entregando. – Até amanhã.
Sai do carro meio tonto. Fiquei em casa durante a tarde, na minha rotina de sempre. Papai chegou e me comeu bem gostoso apagando o meu fogo. A noite fiz Beto gozar com uma chupeta deliciosa. A semana correu tranquila eu revezando o meu cuzinho entre Beto e papai, mas fazendo os dois gozar todos os dias.
Era sexta-feira, assim que cheguei na aula vi o Wagner conversando com o Gustavo. Wagner parecia nervoso e Gustavo neutro como sempre.
– Já falei que não. Estou na minha. Mas quer saber a minha opinião? Bem feito. – Gustavo disse.
– Não quero saber a sua opinião, mas se isso for coisa sua você está fudido comigo. – Wagner disse.
– Não tenho nada a ver com a sua vida ruim. Nossa história já acabou há anos, porque acha que eu ima mexer em bosta seca agora? – Gustavo perguntou.
– Por causa do Carlinhos. – Wagner disse.
– O quê que tem eu? – Eu perguntei. Nem Wagner nem Gustavo me viram chegando e se assustaram quando eu cheguei.
– Também queria saber. – Gustavo disse.
– Não é nada, me deixa ir para o meu prédio. – Wagner disse fugindo.
– Nem pergunta Carlinhos, loucuras do Wagner. – Gustavo me disse enquanto fomos para a aula juntos.
Estávamos no intervalo conversando sobre uma festa temática que uma das garotas da sala iria fazer em sua mansão.
– Eu não vou vestido de mulher. – Gustavo disse.
– Mas é essa a temática da festa. – Vivian argumentava.
– Se não se vestir não vai entrar. – Bruno disse, ele já estava pensando em seu look.
– Duvido que todo mundo vai está vestido de mulher lá. – Gustavo disse.
– As mulheres estarão vestidas de homens. – Dalila disse.
– Qual o assunto? – Beto chegou perguntando.
– A festa de uma amiga nossa. A Pérola. – Dalila disse.
– Estou sabendo. – Beto disse.
– Já chegou no prédio da ADM? – Bruno perguntou.
– Já sim. – Beto respondeu.
– E você vai? – Gustavo perguntou.
– Isso que ia perguntar a vocês. Se vocês vão. – Beto disse. Dissemos que sim.
– Mas, não vou de mulher não. – Gustavo disse.
– Nem eu. – Beto disse.
– Machistas. – Bruno disse arrancando sorriso das meninas.
– Se não forem assim, não vão entrar. Vocês vão ficar lindas de menina. – Vivian disse rindo.
– No máximo eu levo um vestido e coloco por cima da roupa. – Gustavo disse.
– Boa Gustavo, tem uma loja ali na avenida que vende uns vestidos de 15 reais, vamos lá comprar, a gente vai combinando. – Beto disse rindo. Arrancando risos da mesa.
– Combinado, depois da aula a gente passa lá. – Gustavo disse.
– Vocês estão falando sério? – Eu perguntei.
– Vão comprar roupa naquela loja que só tem roupas de tia? – Bruno completou.
– Sim. – Beto disse olhando para o Gustavo buscando o apoio dele.
– Tem que ir com roupa de mulher, não é? Então nós vamos. – Gustavo disse.
Beto voltou pra aula. No final da aula estava no nosso prédio, eu vi o carro do Wagner lá fora me esperando, mas ele arrancou assim que me viu com Bruno, Beto e Gustavo. Fomos à loja de roupas baratas, Gustavo e Beto compraram um vestido ridículo, longo e largo.
– Tem que ser largo para as nossas roupas ficarem por baixo. – Gustavo disse.
– Pelo menos deixa eu fazer a maquiagem em vocês. – Bruno disse. Beto e Gu se olharam e começaram a rir. – Como assim vão sem maquiagem? Sem peruca?
– Podemos comprar uma peruca naquela loja. – Beto apontou. Era uma loja de que vendia artigos para festa e estava lotada de coisas para o carnaval que estava próximo.
– Gente é uma festa e não um carnaval. – Bruno disse.
Beto e Gu compraram a peruca mais barata. Bruno queimou a língua e comprou uma de melhor qualidade pra ele. Eu não precisaria, se soltasse meus cabelos, ele bateria quase no ombro.
Beto e Gustavo foram embora para trabalhar e eu e Bruno fomos em uma loja que alugava roupas. Escolhi um vestido curto que destacava as minhas pernas. Bruno um macaquinho que tampava as suas pernas finas. Bruno pegou também um salto alto. Eu fiquei com uma rasteirinha.
Quando Beto chegou em casa eu e Bruno estávamos quase prontos. Gustavo já tinha chegado.
– O que você está usando por baixo desse vestido? – Beto me perguntou.
– Cueca né Beto. Lógico. – Eu disse. Não era possível que ele achou que eu estava de calcinha.
– Coloca um short. – Beto mandou.
Beto tomou banho, Gustavo também. Vestiram uma calça jeans, uma camisa de malha, tênis e colocaram o vestido por cima.
– Como estamos? – Beto perguntou.
– Ridículos. – Eu e o Bruno dissemos juntos. Eles colocaram a peruca e só piorou.
Bruno fez a maquiagem nele e em mim. Ele ficou mais bonito como mulher do que como homem. Papai chegou e na hora que estávamos saindo, assustou um pouco com a gente montado, mas logo percebeu que era para uma festa.
– Divirtam-se. – Meu pai disse.
Chegamos à festa e realmente os garotos sem roupa feminina não entravam na festa. Isso pelo menos até todo mundo ficar bêbado e liberarem a entrada. Muitas meninas também fizeram como Beto e Gu tinham a sua roupa feminina por baixo dos ternos que usavam. Tempos depois todos estavam com as roupas que queriam. Beto e Gu abandoaram as suas fantasias.
Bruno deu um perdido na festa e voltou todo sorridente.
– Peguei um gato. – Bruno disse feliz e claramente bêbado.
– Quem? – Eu perguntei.
– Aquele ali. – Bruno apontou.
– Espera ele é da minha sala. – Beto disse. – Ele sabe que você é homem?
– Não sei, ele não perguntou, chegou me beijando. – Bruno disse sem se importar. – Eu vou lá nele.
– Isso vai dar merda. – Beto disse e eu segurei o braço do Bruno para ele não ir.
– Olha quem chegou lá. – Gustavo disse apontando para o Wagner. – E ele tá nervoso.
– Me dá esse celular aqui. – Wagner disse pegando o celular de um dos amigos e arremessou longe.
– Essa foto foi enviada no grupo seu idiota, vai me pagar outro celular. – O dono do celular gritou.
Beto pegou o seu celular no bolso e viu que no seu grupo de ADM tinha mais 200 mensagens, e tudo por causa de uma foto, era o pau do Wagner com uma boca masculina o chupando, o rosto da pessoa estava tampado.
O rapaz que ficou com o Bruno começou a zoar e o Wagner deu um soco na cara dele. Bruno correu até o rapaz e o ajudou a levantar.
– Se afasta princesa. – O rapaz disse se preparando para bater no Wagner.
– Princesa? – Wagner ria. – Você está pegando um viado e vem me zoar?
O rapaz olhou novamente para Bruno que sorria sem graça.
– O quê? – O rapaz disse. E deu o soco que estava guardado para o Wagner na cara do Bruno que se desequilibrou caiu no chão.
O agressor voltou em direção ao Bruno para bater ainda mais, Ele se preparava para chuta-lo quando Wagner apareceu dando uma voadora, impedindo do Bruno ser atingido novamente. Eu, Gustavo e Beto corremos para ajudar o Bruno. Outros caras se juntaram no Wagner e começaram a bater nele.
– Beto faça alguma coisa. – Eu pedi.
– Gustavo sabe brigar? – Beto perguntou se levantando.
– Nunca briguei. – Gustavo disse.
– Feche o punho e dê socos, use as penas também. – Beto disse indo em direção da briga.
Gustavo demorou alguns segundos para a ficha cair, mas quando viu Beto levando um soco se levantou e juntou na briga. Bruno estava tonto, seu nariz sangrava. Finalmente os seguranças chegaram para separar a briga que não teve vencedores apesar de ser quatro contra o Wagner, Beto e Gustavo.
Alguém trouxe gelo para o Bruno e eu fiquei segurando no rosto dele. Pérola nos expulsou da festa ameaçando chamar a polícia.
– Obrigado por me ajudar. – Bruno disse para o Wagner.
– Ajudar? Ele que te jogou nessa confusão, o babaca do Robert nem sabia que você era homem. – Beto disse.
– Ou talvez sabia, mas é do tipo de alguns que preferem resolver na violência do que se assumir. – Gustavo disse.
– A culpa foi sua. Foi você que começou tudo isso, foi você não foi? – Wagner disse pegando o Gustavo pelo colarinho.
– Você está louco? Ele entrou na briga para te defender. Solta ele. – Eu disse antes de começar outra briga lá fora. Beto já estava pronto para defender o nosso novo irmão.
Wagner o soltou, mas não se desculpou e nem agradeceu pela ajuda na hora da briga.
– Acho bom a gente levar ele ao médico. – Gustavo disse ignorando o Wagner, o que ele fez e, o que ele disse.
– Não, vestido assim não. – Bruno disse. – Acho que já até parou de sangrar.
Nessa hora reparei que o meu vestido alugado estava todo sujo de sangue.
– Vocês estão de carro? – Wagner perguntou.
– Não. – Respondi.
– Então vamos, deixo vocês em casa. – Wagner disse.
– Vou pedir um uber. – Beto disse.
– Parem com isso, estamos todos no mesmo barco agora. Vamos com o Wagner. – Eu disse.
Beto apesar da cara feia sentou ao lado do Wagner no banco da frente, enquanto eu, Bruno e Gustavo sentamos no banco de traz.
– Só tomem cuidado pra não manchar o banco de sangue. – Wagner disse.
– Devíamos ter pegado um uber. – Beto disse.
– O Uber falaria a mesma coisa. – Eu disse. Wagner me olhou pelo espelho e piscou pra mim. Senti que eu fiquei corado. Ele estava com o rosto machucado, bem mais do que o Beto e que o Gustavo, que não apanharam muito.
Wagner entrou com o carro no prédio, saímos do carro e ele saiu junto.
– Pra onde tá indo? – Beto perguntou.
– Vou com vocês. – Wagner disse. – Se precisar eu levo vocês no hospital.
– Pode subir Wagner. – Eu disse.
Quando chegamos em casa acordei meu pai, que levantou assustado e pelado, foi até a sala e avaliou o nariz do Bruno.
– Não precisa ir no medico, é só colocar no lugar. Vai doer um pouco. – Meu pai disse.
– Vai doer muito. – Wagner disse.
– Espera! Por favor, espera! – Bruno pedia, parecia que alguém apontava uma arma pra ele.
– Tem que ser igual quando se arranca um dente. De uma vez e com ele distraído. – Gustavo disse. Meu pai concordou.
Papai viu que Bruno olhava para o pau dele e usou isso como distração. Papai deitou Bruno no sofá e se sentou em cima dele, seu pau encostava no Bruno.
– Carlinhos pega gelo. – Meu pai disse. E CRACK.
–AAAAAIIIIII! – Bruno gritou. Eu peguei o gelo e dei para o meu pai que colocou no nariz dele.
– Já vai passar. – Meu pai disse passando a mão na cabeça do Bruno que estava sem a peruca, perdeu na hora que ele levou o soco. Quando Bruno se acalmou meu pai levantou e olhou pra gente. – E vocês como estão? É melhor fazer um curativo em você. – Ele disse para o Wagner.
– Eu faço. – Eu disse levando Wagner para o banheiro enquanto Beto e Gustavo explicavam para o papai o que aconteceu.
– Troca de roupa primeiro. – Wagner me disse quando entramos no banheiro.
– Por que não gostou do meu visual? – Eu disse dando uma voltinha.
– Não. Gosto de você normal. Como um homem. – Wagner respondeu.
Não sei porque, mas eu atendi o seu pedido. Tirei o vestido e fiquei apenas com o minúsculo short. Wagner sorriu, aquele sorriso lindo. Wagner ficou sentado no vaso enquanto eu limpava o seu rosto com soro.
– Tire essa mão daí. – Eu disse enquanto ele passava a mão nas minhas pernas. Ele tirou e colocou na minha bunda. – Tira. – Eu disse de novo. Ele levou as mãos para o meu peito, estava gostoso, mas joguei um jato do soro na cara dele e começamos a rir.
– Pelo visto você já está bom. Rindo desse jeito. – Gustavo disse parado na porta do banheiro. Ele segurava um pano com gelo na maçã do rosto.
Perdemos a graça. Wagner ficou comportado com Gustavo pagando de fiscal na porta do banheiro. Terminei o serviço de enfermeiro com o Wagner e voltamos para sala onde eu lhe dei gelo.
– Então não vamos precisar ir para o hospital? – Wagner perguntou.
– Não, você já pode ir. – Beto disse e meu pai o encarou, mas não disse nada.
– Já vou sim. Alguém quer carona? – Wagner ofereceu.
– Nós vamos ficar por aqui. – Gustavo respondeu. Ele devia ter combinado algo com o Beto, pois o combinado era apenas o Bruno dormir na minha casa.
Wagner foi embora. Fiquei um tempo no quarto enquanto Beto foi tomar banho no banheiro social e Gustavo no banheiro do meu pai.
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Capítulo 11 – Beto
Fui tomar um banho e voltei para o meu quarto, sentia dores no corpo após a briga. Pelo menos não tinha sangrado. Depois de um tempo Gustavo chegou ao meu quarto.
– Obrigado por me deixar dormir aqui. Minha mãe ia ficar puta se me visse com a cara desse jeito. – Gustavo disse.
– De boa. Você é sempre bem-vindo nessa casa. – Eu respondi. Gustavo terminava de se enxugar reparei que dessa vez ele não tinha gozado. Ele estava de pau duro e tinha acabado de voltar do quarto do meu pai, onde ele tomou banho. Eu preferi não comentar. – Toma essa bermuda.
– Porra Beto você se machucou mais do que eu. – Gustavo disse olhando para a minha costela. Tinha a marca de um chute.
– É, não acredito que entrei numa briga pra ajudar o Wagner. – Eu disse.
– E eu então. – Gustavo disse levando a mão até o rosto. – Engraçado como são as coisas. Mais cedo ele veio pagar pau pra mim, eu disse que essa confusão era bem feito pra ele e no final da noite eu ganhei um soco na cara por ajuda-lo.
– Me explica essa história. Por que ele te acusou? – Eu perguntei.
– O cara da foto, eu sei quem é. – Gustavo disse.
– Mas não dá pra ver o rosto dele. – Eu disse.
– Ele foi mais um dos que o Wagner fez sacanagem, acho que foi o próximo depois de mim. Te contei que ainda fiquei seis meses sofrendo por ele, não foi? – Gustavo disse eu concordei. – Nessa época eu era um idiota e fazia de tudo para ficar por perto. Vi a aproximação dele com o Wagner e cheguei a avisar, mas o cara contou para o Wagner que eu o alertei. O Wagner disse que era despeito por eu ser afim dele e tal. O babaca acreditou e um mês depois foi mais um dos que apanhou do Wagner. E hoje de manhã alguém mandou aquela foto para o Wagner, e na foto pro Wagner o rosto não estava tampado.
– O Wagner achou que foi você que mandou isso pra ele? – Eu perguntei já sabendo da resposta.
– Foi, chegou mostrando a foto e me ameaçando. Achou que eu estava fazendo isso por causa do Carlinhos. – Gustavo disse.
– Mas é claro que quem mandou foi o próprio cara da foto. – Eu disse.
– Aí que está o problema, o cara já formou, já superou, está fora do país. Não faz sentido ser ele, muito menos mandar para o grupo da ADM. Ele fazia Direito. – Gustavo disse.
– E não foi mesmo você? – Eu perguntei. Gustavo não teve tempo de responder, Carlinhos entrou no quarto.
– Como estão os meus heróis? – Carlinhos perguntou.
– Machucados. – Gustavo disse. – E o Bruno como está?
– Dormiu, papai deu um remédio para dor que derrubou ele. – Carlinhos disse.
– O tanto que ele bebeu também ajudou. – Eu disse.
– Coitado, ele estava tão feliz por ter ficado com um rapaz e acontece isso. – Carlinhos disse. E se virou para o Gustavo – Você acha mesmo que o tal do Robert só bateu no Bruno por que o Gustavo falou que ele era gay? Que ele na verdade já sabia, mas fingiu que não?
– Não sei, só disse aquilo para provocar o Wagner mesmo. – Gustavo respondeu me fazendo rir. Carlinhos fechou a cara, o que nos fez rir ainda mais. – Não posso rir minha bochecha doí.
– Foi sua primeira briga né? – Eu perguntei.
– Foi sim. – Gustavo respondeu.
– Isso aí moleque! Nos demos bem. Apesar dos machucados levamos a melhor. – Eu disse.
– Preciso de um banho. – Carlinhos disse.
– Vai, mas volta. Tem espaço pra você aqui. – Eu disse. Carlinhos me olhou com uma cara de safado e Gustavo desconfiado. Depois que Carlinhos saiu eu disse para o Gustavo: – Carlinhos me contou o que aconteceu na sauna.
– Hum. – Gustavo disse.
– Não achou que ele iria me contar? – Eu perguntei, não gostei de pensar que o Gustavo queria manter as coisas entre eles escondido.
– Na verdade não. – Gustavo respondeu.
– Você não ia me contar? – Eu perguntei.
– Claro. Se você me perguntasse. Eu não vou mentir pra vocês. Mas também não vou sair expondo um ou o outro. – Gustavo disse. – Mas é que vocês não são tão sinceros assim um com o outro.
– Do que está falando? O que você sabe do Carlinhos que eu não sei? – Eu perguntei.
– O que eu sei de você que o Carlinhos não sabe? – Gustavo disse sorrindo me desarmando. Ele não ia contar o que sabe do Carlinhos, assim como não ia contar o que sabe de mim pra ele.
– Você é um pilantra. – Eu disse o empurrando de leve.
– Eu sou bom em guardar segredos. – Gustavo disse virando pra mim e passando a mão no meu machucado. – Dói?
– Um pouco. – Eu disse, doía era muito, mas não tinha quebrado nada.
– Acho bom passar algo, tem algo tipo Gelol? – Gustavo me perguntou.
– Tenho no meu armário. – Eu disse. Gustavo levantou e pegou. Voltou para a cama e passou o produto em mim. Gustavo tinha um toque leve, espalhava de forma que eu mal sentia. Tão sensível que eu sentia todo meu corpo arrepiar. – Cara sua mão é mágica.
– Quando eu era criança minha mãe pagava a mim e a minha irmã com moedas para fazer massagem nela. – Gustavo disse rindo. – Aprendi várias técnicas.
– Então me mostra. – Eu disse. Quando me deitei de bruços percebi que eu estava de pau duro. Provavelmente Gustavo também já tinha percebido.
Gustavo subiu em cima de mim, sentou entre as minhas coxas e a minha bunda. Senti a sua mão nos meus ombros, sua massagem era relaxante. Gustavo foi descendo pelas minhas costas até o meu cóccix. Depois subiu estralando, eu sentia e escutava o barulho. Quando ele terminou voltou para os ombros e se deitou sobre mim. Senti o seu corpo colado no meu. Era a primeira vez que eu sentia um pau duro relando a minha bunda. Confesso que ter outro homem sobre mim não foi ruim.
– É, você estava precisando disso. – Gustavo disse girando para o lado.
– Valeu mesmo. Depois te dou algumas moedas. – Eu disse brincando. Gustavo parou com o rosto bem próximo do meu. Ficamos nos encarando, acho que ele queria me beijar, talvez eu quisesse também, mas nada aconteceu. Carlinhos chegou no quarto com o seu short de dormir, uma camiseta bem larga que mais parecia uma camisola enxugando os seus cabelos.
– Disseram que tinha espaço para mim. – Carlinhos disse.
Eu e Gustavo fomos para as extremidades Carlinhos antes de deitar entre nós apagou a luz. Percebi que ele rolou pelo Gustavo, tiraram casquinha um do outro.
Carlinhos ficou de frente para o Gustavo. Meus olhos se acostumaram com o escuro e vi quando Carlinhos passou a mão no rosto machucado do nosso amigo. Ao mesmo tempo ele empinou a bunda em direção ao meu pau que permanecia duro. Eu abaixei a sua bermuda e coloquei o meu pau entre as bandas da sua bunda. Senti quando a mão de Gustavo chegou à cintura do Carlinhos tocando também no meu abdômen, senti os dedos dele fazendo carinho em nós dois ao mesmo tempo.
Me aproximei mais do Carlinhos e puxei o Gustavo para mais perto. Carlinhos e Gustavo se beijaram. Aquilo me deixou com ciúmes, mas meu pau pulsava de forma involuntária de tanto tesão. Fiz Carlinhos se virar pra mim e nos beijamos também. Gustavo de alguma forma se aproximou e demos um beijo triplo. Era diferente beijar duas bocas ao mesmo tempo. Sei que isso aconteceu antes, quando estive com o Gustavo e a Débora. Mas ali na cama com Carlinhos e Gu eu estava vivendo aquilo, não uma lembrança que a gente vê de fora.
Gustavo pegava no pau do Carlinhos, me dei conta que quase nunca eu fazia isso. Carlinhos sentia prazer com isso. Ele também pegava no pau do Gustavo. Tirei meu pau da portinha do cu do Carlinhos e cai de boca naquele rabo, fazendo Carlinhos gemer. Carlinhos ficou de quatro facilitando eu o chupar. Gustavo mudou de posição na cama. Carlinhos começou a chupa-lo com muita vontade.
Depois de um tempo naquela brincadeira Gustavo mudou novamente de posição, ele parou com a cabeça em baixo do Carlinhos, eles começaram a se chupar num 69 e a bunda do Carlinhos continuava disponível pra mim. Eu reparava no pau do Carlinhos entrando e saindo da boca do Gustavo, de como ele estava chupando e sendo chupado. Eu pensei em como aquilo poderia ser bom.
O cuzinho do Carlinhos piscava, ele já pedia um pau, o meu pau. Preparei para meter, imaginei como seria para o Carlinhos dar com um pau na boca e o seu pau na boca de outra pessoa. Coloquei o meu pau e fui entrando. Gustavo e Carlinhos param de se chupar enquanto eu o penetrava, mas voltaram quando eu comecei os movimentos. Não demorou muito eu e o Carlinhos estávamos gozando. Na hora o Gustavo tirou o pau do Carlinhos da boca e recebeu o leite do meu irmão no seu peito. Sai de dentro do Carlinhos que se jogou na cama.
Peguei a toalhinha e limpei o peito do Gustavo. Assim que terminei Gu segurou na minha nuca e me puxou para um beijo. Gostei do seu beijo e senti o gosto do pau do Carlinhos. Depois do beijo deitei na cama, no espaço que sobrou, na ponta. Gustavo estava deitado no meio de cabeça para baixo.
– Vocês não usam camisinha né? – Gustavo disse.
– Não. – Eu respondi. – Desde que comecei com Carlinhos não tenho transado com mais ninguém e estou em dia com meus exames.
– Tendi. Na verdade, a camisinha me tira um pouco o tesão, mas nunca deixei de usar. – Gustavo disse.
– Temos um ambiente seguro aqui em casa. Não temos relação com mais ninguém. – Carlinhos disse.
– É bom saber disso. Eu também estou em dia com meus exames. – Gustavo disse alisando o pau.
– Você ainda não gozou, não é? Quer experimentar o meu rabinho? – Carlinhos perguntou.
– Você ainda pergunta? Quero isso desde o dia que te conheci. – Gustavo disse.
– Por que não disse antes? – Carlinhos perguntou.
– Porque a sua amizade sempre foi mais importante do que o meu tesão. – Gustavo respondeu. Gostei do que ele disse. Carlinhos sorriu, subiu nele e beijou a sua boca.
No início fiquei olhando Carlinhos cavalgando no Gustavo, mas o ciúme e o tesão me consumiam. Deitei para baixo ao lado do Gustavo, via a cara de prazer do Carlinhos cavalgando nele. “Será que ele sente mais prazer com o Gustavo do que comigo?”, eu me perguntava. Achei melhor afastar aqueles pensamentos, não queria estragar tudo competindo com um brother. Carlinhos pegou no meu pau e me masturbava, mas isso atrapalhava a sua cavalgada. Gustavo passou a sua mão por cima da mão de Carlinhos e tirou a dele. Gustavo me masturbava. Carlinhos voltou a cavalgar com vontade e gemia o que me deixava cheio de tesão. Gustavo olhava para mim e desta vez fui eu quem o beijou. Eu e Gustavo gozamos. Sentindo o leite quente no cu Carlinhos ficou rebolando até gozar, se abaixou e demos mais um beijo triplo.
Carlinhos deitou entre nós, agora nos três estávamos de cabeça para baixo.
– Que delícia, isso tudo foi melhor do que eu imaginei. – Gustavo disse. Carlinhos sorriu concordando. Eu olhava pra cima pensativo. – Tá tudo bem Beto? Não gostou de alguma coisa?
– Eu gostei, mas eu não sei. Acho que fiquei com ciúmes. – Eu disse e Carlinhos começou a rir e me beijar.
– Fica com ciúmes não. Estamos em família. – Carlinhos disse. – E foi você quem me chamou pra cá.
– Beto, isso não precisa se repetir se você não quiser. Não quero avacalhar a amizade da gente. – Gustavo disse.
– Não é isso. Vai parecer egoísmo da minha parte, talvez seja mesmo, mas tenho um pedido pra fazer pra vocês.
– Qualquer coisa que te fizer sentir melhor. – Gustavo disse. Carlinhos me encarava não muito satisfeito.
– Quero pedir que não fizessem sexo quando eu não estiver junto. – Eu disse.
– Por mim tudo bem. – Gustavo disse sorrindo. Acredito que ele esperava algum pedido mais difícil de ser atendido. Carlinhos também concordou.
– Tenho muito leite dentro de mim. Vou lá me limpar, boa noite pra vocês. – Carlinhos disse.
– Não vai dormir com a gente? – Eu perguntei.
– Beto às vezes parece que você não pensa. O Bruno está no meu quarto, eu tenho que dormir com o papai. – Carlinhos disse.
– Beleza. – Respondi.
Levantei, ascendi a luz e vi Gustavo com uma cara de felicidade no rosto e o pau meia bomba. Vesti o meu short e comecei a esticar a cama. Gustavo se levantou e se vestiu, quando voltou, deitamos na cama e eu estava sem assunto.
– Você está bem mesmo? – Gustavo me perguntou.
– Estou sim. – Respondi.
– Então vem cá, me dê um abraço. – Gustavo pediu abrindo os braços. Eu olhei pra ele e comecei a sorrir e o abracei.
– Isso, agora sei que está bem. – Gustavo disse. – Eu realmente curti muito.
– Eu também. E fiquei com muito tesão vendo vocês se chupando. Não tinha ideia que você curtia chupar. – Eu disse.
– Eu curto sim, não qualquer um, mas me dá tesão. – Gustavo disse. – Você nunca chupou?
– Não. – Menti, pela cara do Gu ele duvidou. – Não o Carlinhos.
– Saquei. E não fizeram um 69?
– Não, foi algo rápido no banho. – Eu respondi. Ele sabia sobre o meu pai apesar de nunca termos dito isso abertamente.
– Eu pensei nisso semana passada, mas fiquei sem graça. – Gustavo disse.
– Eu também pensei nisso, mas não tive coragem. – Eu confessei.
– Quando estiver pronto eu estou aqui. – Gustavo me disse
Não respondi, apenas me virei para baixo coloquei o pau do Gustavo para fora, assim como meu já estava duro. Gustavo fez o mesmo comigo. Começamos a nos chupar. Gustavo chupava gostoso e eu segui o seu ritmo. Para gozar eu ia demorar horas, eu já tinha gozado duas vezes naquela noite. Ficamos nos chupando por uns dois minutos e paramos.
– E aí? Curtiu? – Gustavo me perguntou.
– Bastante. – Respondi me deitando do lado certo da cama.
Gustavo me deu mais um abraço e nos beijamos uma última vez e dormimos. Dormimos até tarde. Quando levantamos, já era próximo da hora do almoço. Almoçamos a comida que Carlinhos preparou. Gustavo já ia embora e meu pai não deixou.
– Hoje tem jogo, não combinamos de assistir juntos? – Meu pai disse.
– Tinha até me esquecido. – Gustavo respondeu.
O tempo não estava bom para a piscina, por isso ficamos em casa mesmo. Bruno também estava lá. Conversamos bastante sobre o evento da noite anterior. Bruno às vezes chorava, não de dor. Mas pela agressão que sofreu.
– Eu não tinha que falar que era homem. Não foi culpa minha. – Bruno lamentava.
– Claro que não. – Meu pai disse.
– Imagino como alguns trans devem se sentir nesse mundo. – Carlinhos disse.
– E isso que o Bruno passou foi só uma noite, mas elas devem ter esse medo todo o dia. – Gustavo disse.
Alguém bateu a campainha e eu fui atender.
– Você só pode estar brincando. – Eu disse para o Wagner.
– Uai, seu pai combinou pra gente ver o jogo hoje de novo. – Wagner disse já entrando na sala viu o Bruno ainda com lágrimas nos olhos e se dirigiu a ele. – Oi como você está?
Bruno ainda traumatizado se assustou e recuou. Parecia ter criado um pavor do Wagner. Wagner ficou sem graça.
– Acho melhor você ir embora. – Eu disse.
– Ei, calma aí Beto. Ele veio pra ver o jogo com a gente. – Meu pai disse.
– Mas você viu como o Bruno está com medo dele. – Eu argumentei com o meu pai.
– Mas, não foi ele que o agrediu. Ele trouxe vocês pra casa ontem à noite. – Meu pai disse e se virou para o Bruno. – Bruno você tem algum problema com o Wagner?
– Não senhor, não sei o que aconteceu, apenas me assustei. – Bruno disse e voltou a chorar.
– Ele deve estar em choque. Acho que a ficha dele só caiu hoje. – Carlinhos disse abraçando o amigo e o levando para o seu quarto.
– Quem quer cerveja? – Meu pai disse tentando aliviar o ambiente. – Gustavo me acompanha?
– Sim senhor. – Gustavo respondeu e meu pai fechou a cara pra ele. – Sim, eu te acompanho.
Quando vi que ficamos apenas eu, meu pai, Wagner e Gustavo achei cômico. Todos ali, homens com “H” maiúsculo, posturas de macho, mas todos ali já tinham se envolvido com outros homens. Talvez Gustavo fosse o mais sincero, não negava os seus desejos por ambos os sexos apesar de não sair dizendo isso aos quatro ventos. Lembrei da conversa que tivemos quando ele me disse que preferia não contar pra ninguém que era bissexual pois, diferente do que eu imaginava, as pessoas eram muito mais preconceituosas do que com os gays. Ele dizia que pessoas bi não eram aceitas entre os “héteros” nem entre os gays. Disse ainda que, não era confuso em relação a sua sexualidade, que sentir atração por ambos os sexos, estava muito bem definido pra ele desde que se entende por gente. Concordei que ele não precisava sair com uma placa na cabeça dizendo o que ele curte. E que diferente do Wagner, ele não era um enrustido que fazia tudo escondido e ainda ameaçava as pessoas com quem se relacionava.
Eu não sabia me definir, afinal, não vejo caras bonitos e sinto atração, se sentisse, com certeza teria rolado algo com Wagner. Se é que ele era mesmo a fim de mim no passado. Quanto ao meu pai eu também não sabia, acho que só rolava uma brotheragem. Diferente do Carlinhos que mesmo comendo uma mulher disse que era gay. Imagino que Bruno sempre soube que era gay e nunca chegou nem perto de uma mulher.
– Não é Beto? – Meu pai me perguntou. Estava viajando tanto nos meus pensamentos que nem escutei o que eles estavam conversando.
– O quê pai? – Eu disse.
– Que vocês não vão resolver isso na porrada de novo. – Meu pai disse.
– Eu pelo menos não. Entramos numa briga que não era nossa. Fomos ajudar um idiota que estava apanhando de quatro caras e ele não foi nem capaz de nos agradecer. – Eu disse.
– O idiota que causou isso, foi quem divulgou aquela foto dizendo que era minha. – Wagner disse.
– E você só confirmou provocando uma briga ontem. – Gustavo disse. Wagner olhou pra ele bravo.
– Eu trouxe vocês para casa, foi uma forma de agradecer. – Wagner disse deixando passar o comentário do Gustavo.
Papai como conciliador começou a falar de futebol. Carlinhos voltou para a sala com o Bruno que mesmo não gostando de futebol ficou lá assistindo. Foi um jogo morno sem muitas emoções, mas no final veio um gol, nos dando a vitória. Wagner estava longe do Carlinhos até que tentou se aproximar dele na hora do gol. Mas eu e Gustavo o impedimos.
Depois do jogo Gustavo disse que ia embora. Eu disse para o Wagner ir embora também.
– Wagner você pode levar o Bruno pra casa? – Carlinhos perguntou.
– Posso sim. – Wagner respondeu não muito feliz. Mas fez para impressionar o Carlinhos.
A noite foi tranquila. Antes de dormir, Carlinhos me ajudou a passar a pomada no meu machucado, me fez um delicioso boquete e comentamos sobre a noite anterior. Ele disse que curtiu muito, que gostava muito do Gustavo, mas era a mim que ele ama. Dormi feliz por escutar aquilo.
Aproveitei a manhã do domingo para dormir até tarde. Quando acordei Carlinhos tinha saído, foi para a casa do Bruno para ver como ele estava. Almocei com o meu pai e depois ficamos de boa no sofá. Entre vários assuntos chegamos no Gustavo.
– Agora me conta o que rolou quando ele tomou banho no seu banheiro, que ele chegou no meu quarto de pau duro. – Eu disse e meu pai sorriu.
– Apenas conversamos. – Meu pai disse sendo vago.
– Sobre o quê? – Eu insisti.
– Perguntei brincando se ele queria alguma ajuda pra tomar banho, ele recusou, mas seu pau ficou duro na hora. Eu fiz uma piada e ele ficou sem graça. O Gustavo é bissexual, ele me contou, mas acho que você já sabe né. – Meu pai disse, eu confirmei e ele continuou. – Eu disse que agora eu era pai de um filho “hétero”, um gay e um bi. Nós rimos disso, aí ele perguntou se eu brincava assim com todos os meus filhos. – Papai sorriu sem graça e continuou. – Ele já estava se secando aí eu segurei no pau dele que ainda estava duro e disse que isso não era nada demais. Que um bom pai tem que dar não só os bens materiais para os filhos, mas também amor, carinho e bons momentos, incluindo certos prazeres.
– Foi isso? – Eu perguntei.
– Sim. Está com ciúmes de mim também? – Meu pai perguntou sorrindo. – Achei que era só do Carlinhos com o Wagner.
Eu fiquei sem graça. Percebi que o meu ciúme e tesão andavam de mãos dadas. Papai percebeu o meu tesão.
– Ficou animado né Beto. Não fica com ciúmes não. Você é o meu filhão, a alegria da minha vida. Eu amo você. – Meu pai disse e pegou no meu pau.
Eu sorri pra ele. Ele tirou o meu pau de dentro da cueca e ficou brincando. Vi que ele estava de pau duro também. Me movi no sofá, tirei o pau dele do short que ele vestia e comecei a chupa-lo. Ele também abocanhou o meu pau. Fazíamos um 69 de ladinho no sofá, repetíamos os nossos movimentos, engolíamos os nossos paus. Estava uma delícia. Meu pai babava na minha boca, aquele líquido se misturava com a minha saliva, era gostoso e eu engolia tudo. Ficamos ali ofegantes. Eu gozei na boca do meu pai e não parei de chupa-lo mesmo enquanto gozava.
Papai gozou na minha boca também. Não gostei do gosto da porra, era diferente da sua baba, que eu tinha achado uma delícia. Fui até o banheiro e cuspi a porra do papai no vaso. Quando voltei para a sala ele ainda estava lá no sofá, ele sorria pra mim. Percebi que a minha porra ele havia engolido toda.
Mais tarde Carlinhos chegou, disse que Bruno estava melhor e que Gustavo mandou um abraço pra gente.
– Não sabia que ele iria. – Eu disse.
– É, combinamos de manhã cedo, as meninas resolveram fazer uma surpresa para o Bruno, levamos uma cesta de café da manhã especial pra ele. – Carlinhos disse.
– Legal a atitude de vocês. – Meu pai disse.
– É, ele ficou feliz e está bem melhor. – Carlinhos disse.
Mais tarde quando eu já estava na cama, Carlinhos veio até o meu quarto, não para putaria como sempre. Ele se deitou ao meu lado e pediu para abraça-lo.
– Estou preocupado. – Carlinhos disse.
– Com que meu amor? – Eu perguntei.
– Amanhã, esses garotos que vocês brigaram. Do que eles podem fazer com a gente.
– Ninguém vai fazer nada com a gente.
– Nem com o Bruno? Com o Gu? Ou com o Wagner?
– Com você, com o Bruno e com o Gu eu garanto. – Eu disse.
Wagner não era um problema meu. Já tinha feito muito por ele entrando em uma briga, não iria entrar em outa. Carlinhos não pareceu animado com a minha resposta.
Dormimos ali abraçados de conchinha.
No dia seguinte deixei Carlinhos em seu prédio no campus. Ele estava tenso.
– Não se preocupe, até o final da aula estará tudo resolvido. – Eu disse e ele me deu um beijo.
Parei o carro no estacionamento e vi Wagner parado na porta do prédio.
– Estava te esperando. – Ele disse.
– Está com medo de subir sozinho?
– Claro que não. – Ele respondeu. – Eu queria falar com você. Te agradecer por ter me ajudado. Eu sabia que você ainda gosta de mim, somos amigos mesmo você sendo todo grosso.
– Como podemos ser amigos Wagner, na verdade nunca fomos. Nunca soube quem é você de verdade. – Eu disse.
– Tinha medo de te contar a verdade. – Wagner disse. – De perder a sua amizade.
– Aposto, ainda seriamos amigos se você não fosse um covarde. Preferiu manter a pose de idiota. Pose não, na verdade você realmente é um idiota.
– Tudo bem Beto. Pode falar, acho que mereço.
– Você merece uma surra, isso sim.
– Então por que você não me deixou apanhar?
– Não sei, não raciocinei na hora.
– Porque a nossa amizade falou mais alto. Somos amigos Beto.
– Não, não somos inimigos, mas estamos longe de sermos amigos. – Eu disse.
– O que posso fazer pra voltarmos a ser amigos? – Wagner me perguntou.
– Você deixar de ser um babaca escroto, já é um bom começo. – Eu disse e Wagner sorriu. – E ficar longe do meu irmão. – Eu vi o sorriso em seu rosto desaparecer.
– Olha só que lindo esses dois. Não é que uma briga aproximou esses dois corações feridos? – Robert disse. Ele também estava com o rosto machucado. Estava com outros dois amigos. Um deles da minha sala e o outro de outro período, ambos participaram da briga.
– Não cansou de apanhar? Quer levar outra surra. – Wagner disse indo na direção dele.
– Vem pra mão então. – Robert disse.
Eu entrei na frente do Wagner e fiz ele se afastar.
– Eu queria mesmo falar com você Robert. – Eu disse.
– Não tenho nada pra falar, agora a gente resolve as coisas no punho. – Robert disse.
– Não é assim que eu resolvo meus problemas, na verdade eu não tenho problema nenhum com vocês.
– Não foi o que pareceu naquela festa.
– Você bateu em um rapaz indefeso.
– Aquele viado filho de uma puta, se eu vir ele de novo eu acabo com ele. – Robert disse.
– Ele não tem culpa se você não sabe diferenciar um homem de uma mulher. – Eu disse, o Robert fechou ainda mais a cara. – Você não vai fazer nada está entendido?
– Por que você tá defendendo-o? – Robert me perguntou.
– Eu te falei, o viadinho é o que faz arquitetura, é amigo do irmão dele. O irmão dele é o outro que você falou que era uma gata. – O rapaz mais novo disse sorrindo.
– Tá comendo o viadinho amigo do seu irmão Beto? Vocês dois se merecem. – Robert disse apontando pra mim e pro Wagner.
– Vai se fuder. Vem falar o cara que não sabe reconhecer uma mulher. Imagino quantos travecos você já pegou enganado. – Wagner provocava.
– Eu fui enganado diferente de você que gosta de homem, além de tirar foto deles te chupando, daqui a pouco aparece foto de você chupando também né Wagner? Você tem cara de quem gosta de colocar uma rola na boca mesmo. – Robert devolveu.
Wagner já ia partir pra cima e mais uma vez eu entrei no meio.
– Quer ser expulso da faculdade seu imbecil, não entra na dele. – Eu disse.
– Olha o macho defendendo a fêmea. – Robert disse, os seus amigos riam. – Na verdade são duas fêmeas. Ô Beto, diz ai, a viadagem é de família, não é? Seu irmão é uma bichinha e você é uma bichona.
– Não fala do meu irmão. – Eu disse empurrando o Robert. Ele quase caiu. Eu levantei as mãos mostrando que não era uma briga, assim como os jogadores de futebol fazem depois de uma falta, se ele viesse pra cima de mim ele que iria se foder na reitoria. – Estou querendo acabar com essa história numa boa. Vamos morrer esse assunto, acho que seria bom pra vocês dois. Ninguém mais precisa saber que você pegou um rapaz vestido de mulher e da foto do Wagner.
– A foto não é minha. – O Wagner disse. – Alguma montagem que fizeram, algum invejoso.
– Que seja, vamos encerrar isso aqui agora. Morreu essa história e vocês não vão fazer nada com os garotos da arquitetura estão entendidos? – Eu disse. Wagner concordou com a cabeça.
– Eu tenho que limpar a minha honra. – Robert disse.
– Você quase quebrou o nariz do garoto. Essa história morreu aqui Robert. – Eu disse em tom ameaçador.
– Que se foda, você e seus amigos viados. – Robert disse e já ia saindo. Eu o segurei firme pelo braço.
– Morreu ou não morreu? – Eu perguntei.
– Morreu. – Robert respondeu, saindo de cara fechada.
Esperei Robert e a sua turma sair na frente. Wagner ficou do meu lado, me olhava como se quisesse me agradecer.
– Você até que sabe não ser um babaca. – Wagner disse.
– Vê se aprende. – Eu disse andando em direção ao prédio e deixando Wagner para trás.
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Capitulo 12 – Carlinhos
Passei os primeiros horários das aulas bastante preocupado. No fundo me sentia culpado por tudo que aconteceu no final de semana. Meus atos levaram a toda aquela confusão.
No intervalo, Beto apareceu dizendo como havia resolvido tudo. Com isso tirei um peso enorme dos meus ombros. Bruno também respirava aliviado. Estávamos livres para discutir uma nova pauta. O carnaval.
Vivian iria aproveitar o feriado para ir fazer um passeio fora do país. Dalila iria para Salvador. Gustavo e Beto estavam planejando ficar pela cidade mesmo e ir a vários bloquinhos, que a cada ano que passava, estava melhor. Eu e Bruno iriamos acabar acompanhando os dois.
Naquela noite, minha mãe me ligou dizendo que estava com saudades e que era para nos encontrarmos no carnaval. Ela iria com minha tia para praia no ES, e que queria que eu e Beto fossemos.
– Vamos Beto. Eu quero ir – Eu insistia.
– Até que seria bom ir pra praia, mas com família Carlinhos? – Beto reclamava.
– Eu gostei da ideia de ir pra praia. – Meu pai disse. Eu e Beto olhamos pra ele.
– Você quer ficar livre da gente? – Eu perguntei.
– Ou está se convidando? – Beto perguntou.
– Por que não alugamos um apartamento perto ao que a sua mãe vai ficar? Assim vocês podem passar tempo com ela e não ter que sofrer com a parte chata. Podemos chamar o Gustavo pra ir com a gente. – Meu pai disse.
– Aí eu gostei. – Beto disse.
– Eu amei. Posso chamar o Bruno também? – Eu perguntei.
– Claro. Vou ligar para a sua mãe, ver se ela ou a sua tia tem algum contato de algum outro apartamento lá. – Meu pai disse.
Não perdi tempo e já liguei para o Bruno. Beto falou com o Gustavo. Estava confirmado, iriamos passar o carnaval na praia.
– Não é uma cidade com grande festa no carnaval, mas ficava cheia de turistas. Os barzinhos à beira da praia ficam cheios, vários carros de som nas ruas. Uma vez teve até um trio-elétrico tocando Axé. Mas tem o melhor de tudo, o mar. – Eu disse para Dalila, Vivian, Gustavo e Bruno no dia seguinte.
– Então vocês vão viajar no carnaval? – Wagner disse. Ele chegou de fininho e eu me assustei.
– Sim. – Eu respondi.
– Lembro de uma vez que o Beto me chamou para ir. Mas eu já tinha viagem marcada com a minha família. – Wagner disse. Pareceu esperar um convite que não veio. – Está tudo bem como você, Bruno?
– Tudo sim. Obrigado por perguntar. – Bruno respondeu.
– Já resolvemos tudo com o Robert, pode ficar tranquilo. – Wagner disse.
– Quer dizer, o Beto já resolveu tudo né. – Gustavo disse. – Pelo que ficamos sabendo você quase começou uma nova briga.
Wagner o ignorou. Vendo que não tinha mais assunto, ele partiu.
Mesmo estando tudo resolvido com o pessoal da ADM, paramos de ir naquele prédio. Durante a semana que se seguiu, Beto veio em alguns dias se encontrar com a gente. No final da semana, ninguém estava com o rosto roxo.
Decidimos viajar na sexta à noite, assim aproveitaríamos o sábado por inteiro. Era uma viagem longa, nove horas de viagem. Meu pai tem uma SUV grande que conseguimos viajar confortáveis. Ele, Beto e Gustavo revezaram o volante a cada três horas. Chegamos com o sol nascendo. Eu e Bruno dormimos praticamente toda a viagem, por isso assim que chegamos fomos para a rua enquanto os motoristas foram dormir. Fizemos uma caminhada na praia, vimos os barcos de pesca retornando.
Reencontrei o Binho que veio até mim e me deu um abraço. Eu apresentei Bruno para ele.
– Quem é esse? – Bruno me perguntou depois que Binho saiu.
– Alguém do passado. – Eu disse sorrindo.
– Gostei.
– Pode ficar. Pelo visto ele está sem namorada, quando ele namora só acena pra mim de longe. – Eu disse
Eu e Bruno fizemos compras no supermercado, coisas para preparar o almoço e algumas cervejas como papai pediu. Levamos o que demos conta de carregar. Depois de guardar as coisas, eu e Bruno voltamos para a praia. A cidade ainda estava vazia. Aproveitamos um pouco daquela tranquilidade.
Binho nos viu pegando sol e se sentou ao nosso lado.
– Pensei que iria te ver nas férias de janeiro. – Binho disse.
– Eu fui para o Rio. – Eu respondi.
– Que bom que veio para o carnaval.
– Também gostei.
– Espero te ver mais tarde, quem sabe não podemos fazer uma caminhada juntos. – Binho disse piscando pra mim. Lembrei-me que naquelas caminhadas ele me deixava pegar no seu pau. Não fomos além porque eu era novo e inocente demais naquela época.
– Eu iria adorar, desde que Bruno possa ir comigo. – Eu disse. Eles trocaram um olhar.
– Claro. Vocês são namorados? – Binho perguntou e nós rimos.
– Não, apenas amigos, best friends. – Bruno disse.
– Acredito que agora você pode sair à noite né? – Binho perguntou. Eu sorri. Naquela época nos encontrávamos próximo ao pôr-do-sol. Minha mãe não me deixava sair sozinho a noite.
– Posso sim. – Eu respondi.
– Anote o meu telefone, me manda um “oi”. E a gente combina melhor. – Binho disse.
– Bruno anota o telefone dele. Deixei o meu celular no apartamento. – Eu disse, era mentira, minha intenção era aproximar o Bruno dele.
Bruno anotou o telefone do Binho, mandou o “oi” e Binho partiu. Um tempo depois Binho respondeu a mensagem com uma piscada “ ; ) ” . Não percebemos o tempo passar, já era quase meio-dia e voltamos para casa, mas antes passamos em uma padaria.
Acho que foi o cheiro do café sendo passado que acordou os rapazes. Levantaram como eu imaginei, com fome. Eles tomaram o café da manhã enquanto eu e Bruno fazíamos o almoço. Rapidinho os meninos já estavam tomando cerveja. Eu e Bruno tomávamos também, a cerveja de mulher como Beto chamava a Skol Beats.
Depois do almoço, escutamos uma barulhada no apartamento ao lado. Era a tia Deyse, seu marido, meus primos e a minha mãe chegando. Nos encontramos todos, foram muitos abraços, uma festa. Papai os convidou para almoçar, havia sobrado muita comida que seria o nosso jantar, mas papai disse que a noite comeríamos na rua.
O marido da minha tia, Paulão, era um morenão grande e simpático, falava pouco e sempre ficava na dele. Meu primo mais velho, o Pablo, estava com 19 anos, um ano mais velho do que eu. Estava ainda mais alto e forte, puxava o pai apesar de ser mais claro. Pablo estava mais alto e mais forte que o Beto. Diego meu primo mais novo estava com 15 anos, naquela fase de crescimento, alto e magro. Também estava mais alto que eu. Mesmo morando na mesma cidade eu os vi poucas vezes nos últimos três anos. Não frequentavam a minha casa desde que me assumi para a minha mãe e para a minha tia. Eu não senti falta nenhuma deles.
Percebi que o Diego olhava muito para mim e para o Bruno. Não sabia o que significava aquele olhar, talvez censura. Devia ser mais um que achava que ele era meu namorado e que era muito errado ser gay.
Depois do almoço papai mandou Beto e Gustavo lavar as louças para poupar eu e o Bruno que já tínhamos feito o almoço. Pablo e Diego que ficaram por lá também tiveram que ajudar. Pablo colou no Beto e no Gustavo. Todo assunto do Pablo era mulher, estava cansando até o Gu que hora ou outra dava umas tiradas nele sendo bastante irônico. Pablo era burro o suficiente para não perceber, o que fazia eu, Beto e Bruno achar graça. O problema que Pablo achou que estávamos gostando do assunto e cada hora falava mais absurdos. Pura história de pescador.
Quando fomos para a praia já era quase 16 horas, como estávamos no verão, ainda teríamos muitas horas de sol. Mais uma vez peguei o Diego olhando para o Bruno, reparava na sunga do meu amigo. Uma sunga que se encaixaria bem no posto 9 de Ipanema, mas ali, naquela praia do interior chamava muita atenção. Bruno não se preocupava, ele queria mesmo era lacrar.
À noite saímos todos juntos fomos para uma pizzaria. Conversamos bastante, foi bem agradável. Meus pais se davam muito bem e isso era legal. Tio Paulão sempre na dele, mal falava, apenas comia e bebia muito. Tia Deyse chegou a perguntar para a minha mãe se Bruno era meu namorado, ela disse que não. Eu sempre conversava com a minha mãe e contava quase tudo pra ela. Contei sobre a minha amizade com Bruno, Gustavo e as meninas, contei pra ela também sobre Wagner e até a confusão da festa, isso tudo antes da viagem.
Bruno me cutucou por de baixo da mesa, me mostrou o seu celular. Binho queria nos encontrar.
– Diz pra ele que em 10 minutos estaremos lá. – Eu disse e Bruno escreveu.
– Vou fazer uma caminhada, vamos Carlinhos? – Bruno disse para todos ouvir.
– Vamos sim. – Eu respondi pra ele. – Pai não precisa nos esperar. De qualquer forma não vamos demorar.
Meu pai apenas concordou. Beto me olhou com cara feia, só faltava ele querer ir junto. Ele olhou para o meu pai e para o Gu que estavam indiferentes. Ele me puxou e disse:
– Não vai aprontar.
– Relaxa Beto, só vou fazer companhia para o Bruno. – Eu disse baixinho entre ele o Gustavo. Diego ficou olhando para a gente.
– Qual é a do seu primo? – Bruno me perguntou.
– Qual deles? O mais velho é um tarado e sempre foi homofóbico – Eu disse, na verdade não sabia se ele era, mas nunca quis ser meu amigo por eu ser gay, talvez isso seja ser homofóbico sim. – E o mais novo é uma incógnita pra mim.
– O mais novo mesmo. Ele não para de olhar pra gente. Será que ele nunca viu gays antes? – Bruno perguntou.
A minha cidade podia ser pequena e ter poucos gays, mas com certeza tinha gays e com certeza Diego já tinha visto.
– Deixa o pirralho pra lá. – Eu disse.
Em menos de cinco minutos nos encontramos com Binho, ele estava cheiroso, era necessário muito perfume para tirar o cheiro de peixe. Ele nos abraçou e mostrou o caminho para seguirmos.
– Nessa época do ano a cidade fica cheia, mas eu conheço alguns lugares que podemos conversar mais tranquilos. – Binho disse.
Era uma espécie de uma elevação na ponta da praia, tinha uma pequena mata. Vimos um casal voltando de lá. Percebi que era um lugar para pegação. Não sabia se aquele lugar era novo ou se eu era muito jovem para saber dessas coisas antes.
Chegamos ao local, estava um pouco escuro, escutávamos alguns barulhos próximos, no início me assustei, mas devia ser apenas algum casal. Binho sentou entre mim e o Bruno, enquanto conversávamos, ele tocava na minha perna e na do Bruno. Reparei que não demorou muito e Binho estava excitado. Bruno também tinha reparado naquilo. Binho ia pegar a minha mão para levar até o pau dele, mas eu me levantei na hora. Ele me olhou como se perguntasse “Por que fugiu?”. Com um olhar eu indiquei o Bruno para ele.
Binho entendeu. Levou a mão do Bruno até o seu pau. Bruno o apertava por cima da bermuda. Eu encarava a lua, Binho começou a explicar sobre como a lua afeta as marés. Quando olhei novamente para eles, o pau de Binho duro como pedra estava na mão do Bruno fora da bermuda. Bruno beijava o pescoço do Binho e mesmo assim ele não parava de falar. Talvez falasse para não receber um beijo na boca. Binho era daqueles que não beijava outro homem.
Binho se levantou e colocou o pau para o Bruno chupar. Bruno me olhou sem graça, eu sorri pra ele e virei de costas. Escutava Binho gemendo. Olhei novamente para eles, aquela cena me deixava de pau duro. Apesar da vontade eu não quis participar.
Bruno parou de chupar, Binho fez o meu amigo ficar de pé desceu a sua bermuda. Bruno ficou de quatro e Binho chupava o seu cuzinho. Era engraçado ver um homem que não queria beijar na boca de outro homem, mas beijava o cu. Bruno gemia como uma puta e isso excitava ainda mais o Binho que quase virava o Bruno do avesso.
– Você trouxe camisinha? – Bruno perguntou.
– Não. – Binho respondeu.
– Então não vai rolar. – Bruno disse se levantando, vestindo a bermuda e se sentando novamente.
Bruno puxou Binho de volta para a sua boca. Binho fodia a boca do Bruno como se tivesse fodendo o seu cu. Eu via os movimentos de vai e vem, a bundinha dura e branca do Binho era bonita, tinha um contraste com o resto da sua pele muito mais morena. Binho gozou enchendo a boca do Bruno de porra. Bruno cuspiu e voltou a chupar até deixar o pau dele limpinho.
– Na próxima traz camisinha. – Bruno disse sorrindo.
Voltamos conversando como se nada tivesse acontecido. Em uma esquina nos despedimos. Binho disse que manteria contato. Eu fiquei olhando para Bruno pra saber se ele gostou.
– Gostei viado, pau gostoso. E a forma que ele chupou o meu cuzinho ninguém nunca fez igual. Até gozei. – Bruno disse rindo.
– Ah é viado? Tirou o atraso então? Por que não engoliu o leite dele? Você me disse que gosta. – Eu perguntei.
– O boy nem beija a minha boca, acha que vou engolir o leite dele. Nâ–na–ni–na–não. – Bruno disse rindo balançando o dedinho me fazendo rir.
Passamos em frente à pizzaria e ficamos reparando, a minha família já tinha ido embora.
– Olha que gatinho. – Bruno disse apontando para um rapaz.
– É, me parece familiar. – Eu disse. Bruno me olhou sorrindo, acho que ele esperava que fosse outro Binho. Quando o rapaz se vira nos assustamos. – É o Wagner?!.
Nós ficamos congelados, não sabia se devia ir embora ou me aproximar dele. Metade de mim queria cada coisa. Wagner se virou, nos viu e veio até nós.
– Coisa boa, achei vocês. – Wagner disse.
– O que está fazendo aqui? – Eu perguntei.
– Resolvi passar o carnaval aqui.
– Você veio com quem?
– Sozinho. – Wagner disse, ele olhava pra mim sorrindo. Ele era mesmo louco. Será que ele realmente estava tão louco assim por mim?
– Está ficando onde? – Bruno perguntou. Wagner apontou para um hotel. – Pertinho, estamos naquele prédio da esquina ali.
Eu olhei para o Bruno, não sei se fiquei feliz ou bravo por Bruno dizer onde estávamos.
– Bem perto. Já estão indo pra casa? – Wagner perguntou. Acenamos que sim com a cabeça. – Então vou levar vocês até lá. E o que vão fazer amanhã?
– Praia. – Eu respondi, afinal era a única coisa para se fazer ali.
– Então até amanhã. – Wagner disse nos deixando na porta do prédio.
Quando chegamos em casa o pessoal estava vendo TV. Pablo e Diego também estavam lá. Eles explicaram que o apartamento que meu pai alugou era melhor que o deles, a TV no deles além de pequena só tinha canais abertos. O nosso apartamento era pequeno, na sala tinha um sofá-cama, um quarto de casal minúsculo e no outro quarto duas beliches. Meu pai iria ficar no quarto de casal. Eu, Beto, Gu e Bruno nos beliches. Meu pai ofereceu Pablo e Diego para ficarem no sofá-cama da sala e eles aceitaram.
Bruno foi para o banho e na sequencia eu fui. Meu pai, Beto e Gu já tinham tomado. Assim que acabou o filme que eles estavam vendo, Diego e Pablo foram para o apartamento de trás para tomarem banho e voltaram. Tia Deyse foi lá perguntar se realmente não seria problema eles dormirem lá. Acho que no fundo, ela queria ver com quem os filhos iriam dormir. Ela ficou tranquila quando viu que ambos dormiriam juntos no sofá-cama.
– Então como foi o passeio? – Beto perguntou quando já estávamos na cama.
– Foi Octhimo – Bruno disse como num famoso vídeo de um travesti no youtube. Eu não me aguentei e comecei a rir.
– E quem era o cara que trouxe vocês até a porta do prédio? – Gustavo perguntou.
Eu ia mesmo contar para eles, não contei antes por causa dos meus primos na sala. Mas me assustei quando Gustavo perguntou. Bruno que estava rindo, também ficou mudou e eu podia sentir Beto me encarando.
– Era o Wagner. – Eu respondi.
– Eu sabia. Mas não quis acreditar. – Gustavo disse.
– Vocês não estão falando sério. – Beto disse.
– Ele veio sozinho, está ficando naquele hotel chique no quarteirão do lado. – Bruno disse.
– E o que ele veio fazer aqui? – Beto perguntou.
– O que eu não sei, mas ficou feliz em achar a gente. – Eu disse.
– Achar? – Gustavo perguntou.
– Sim, foi isso que ele disse: “Que bom que achei vocês”. – Bruno disse.
– Então ele estava procurando. Ele escutou aquele dia a gente dizendo que vinha pra cá e resolveu vir. – Gustavo disse.
– É. – Eu disse. E no fundo estava feliz com aquilo.
– Filho da puta. – Beto disse.
Acho que ficamos todos pensativos do alto do beliche eu via o teto, via o mar e a lua. Bruno estava no alto do outro beliche, de frente para a porta, ele já dormia. Beto e Gustavo estavam na parte de baixo também calados e possivelmente dormindo. Resolvi buscar um copo de água. Na sala a TV estava ligada. Bebi a minha água e quando passei novamente pela sala eu procurava o controle para apagar a TV.
– O que está procurando? – Diego me perguntou.
– Era o controle, achei que já estavam dormindo. – Eu disse.
– Eu tenho insônia. – Diego respondeu. Se levantando e foi até a janela, admirava a mesma vista que eu via do meu quarto.
– Eu também tinha insônia. Passava horas no computador. Tudo melhorou depois que eu – ia dizer: “me assumi”, mas podia ser pesado. – Comecei a fazer terapia.
– Deve ser bom falar com alguém mesmo. – Diego disse.
– Tira um peso muito grande das costas. – Eu disse. – Não sei qual é o seu problema, mas se quiser conversar estou aqui.
Diego não disse nada, apenas voltou para o sofá-cama, deitou ao lado do seu irmão e apagou a TV. Eu voltei para o meu quarto. Esqueci-me do Wagner e fiquei pensando no Diego. “Será que o problema dele era o mesmo que eu tinha?”. Se fosse, coitado. A mãe dele não é como a minha. No fundo seria bom tia Deyse pagar língua. Mas o pobre do Diego que ia sofrer com isso. Nunca tive nenhum problema com ele, afinal ele é bem mais novo, nunca convivemos.
Acordamos cedo no dia seguinte. Meu pai encheu o cooler de cerveja e fomos para a praia. Meus primos, meus tios e minha mãe foram juntos. Vimos Binho passando e nos acenou de longe. Bruno ficou todo derretido. Depois de um tempo Wagner chegou, cumprimentou a gente e depois foi até Beto que não fez uma boa recepção. Wagner sentou perto do meu pai, que foi muito simpático, Pablo também não quis ir para o mar e ficou conversando com o Wagner.
– Só não dar trela, que ele fica sem graça e vai embora. – Beto disse.
– Eu não entendo porque essa briga com o Wagner, ele é legal com a gente. – Bruno disse.
– O Wagner não é um cara legal. – Gustavo disse.
– Talvez não fosse, mas ele está se esforçando muito para ser nosso amigo. – Bruno disse.
– Você acha que é a nossa amizade que ele quer? – Beto perguntou.
– Bom, talvez queira outras coisas, mas acredito que ele quer a nossa amizade também. – Bruno disse, já entendendo que outras coisas são essas, ou seja, eu.
– Ele é capaz de usar todo mundo a sua volta para conseguir o que ele quer. E pelo visto já está dando certo. Já conquistou você. – Gustavo disse.
– Não fala como se eu fosse um bobo. O Wagner nunca me fez mal, me ajudou quando eu precisei. Tem sido muito simpático comigo. Eu não vou ser sem educação com ele porque vocês brigaram com ele no passado. – Bruno disse. Bruno saiu do mar e se sentou com o meu pai e Wagner e ficaram conversando.
Gustavo estava sem graça, no fundo ele sabia que Bruno estava certo. Mas eu entendia que ele sofreu na mão do Wagner e que estava preocupado comigo.
– Olha, eu entendo o ponto de vista de todo mundo. Não posso discordar do Bruno. Talvez o Wagner tenha mudado. Não estamos na escola, estamos na praia, não vamos deixar de curtir. Gu, eu sinto muito por tudo que ele te fez, se você ainda tem algum sentimento por ele... – Eu dizia quando Gustavo me interrompeu:
– Eu não tenho mais sentimento por ele.
– Então ótimo. Nada impede de sermos todos amigos, pelo menos aqui na praia, vamos ver como vai ser. Se o objetivo do Wagner é ficar comigo, isso só vai acontecer se eu quiser e não são vocês de birrinha e tratando ele mal que irá me impedir. – Eu disse. Eles ficaram em silencio por um bom tempo.
– Ok. Mas a primeira que ele aprontar acabou, e ninguém nunca mais fala com ele. – Beto disse.
– Combinado. – Eu disse e Gu acenou concordando com a cabeça, ele não parecia satisfeito, mas concordou.
Voltamos para a areia, ficamos conversando e tudo fluía bem. Pablo como sempre falando de mulher e Wagner ia na dele. Gustavo revirava os olhos.
– Beto, Gustavo, vamos sair à noite pra pegar umas gatas. Já combinei com Wagner aqui. Vou levar o Diego, já tá na hora dele aprender o que é bom. – Pablo disse.
Reparei o Diego que não parecia animado.
– Vai pegar mulher Wagner? – Gustavo disse sendo irônico. Pablo não percebera a ironia. Eu olhei feio para o Gustavo.
– Não lembra quando a gente saia e pegávamos um monte? – Wagner respondeu para o Gustavo.
– Lembro que você me dava rasteira e pegava as que eu queria. Mas tinha um motivo pra isso não era? – Gustavo respondeu.
– Aí não hein Wagner. Cada um escolhe seu alvo e luta por ele, nada de rasteira. – Pablo disse. Wagner sorriu sem graça.
– A noite a gente vê isso, Pablo. – Beto respondeu.
À noite os “héteros” saíram arrastando o Diego. Fiquei em casa com meu pai e Bruno que pouco tempo depois saiu para encontrar com o Binho. Eu e o papai ajustamos o sofá-cama e ficamos lá de boa vendo filme. Papai me abraçava de conchinha. E não demorou muito eu sentia o seu pau duro me cutucando.
– Que isso papi? – Eu perguntei com cara de safado.
– É saudade Carlinhos. – Meu pai respondeu.
– Seu pauzão tá com saudade do meu cuzinho é? – Eu perguntei. Papai fez que sim com a cabeça beijando a minha nuca. – Meu cuzinho também está com saudade.
Papai enfiou a mão por dentro da minha bermuda e começou a brincar com o meu cuzinho, eu gemia. Também estava com tesão acumulado. Não via a hora de sentir uma tora dentro de mim. Eu já piscava. Virei o papai e comecei a chupar aquele pau gostoso, me deliciava com ele. Chupava a cabeça, engolia toda a sua baba, chupava as suas bolas. Papai estava todo lisinho. Havia se depilado para vir a praia. Eu também queria muito tomar aquele leite. Fiquei chupando gostoso até papai me puxar para um beijo. Ficamos nos beijando e enquanto o seu dedo me penetrava e o seu pau melava a minha barriga.
Me deitei de bruços e papai veio por trás. Enfiou seu pau todo dentro de mim.
–Isso papi, mete, mete em mim. – Eu pedia gemendo. – Mete forte, mete fundo.
Papai me obedeceu, a cada metida ele penetrava o seu pau mais fundo. Peguei a sua mão e chupava os seus dedos, isso fez papai pirar.
– Que rabinho gostoso. Que delícia. Eu amo você meu filhinho gostoso. – Meu pai disse.
Ele tirava todo o seu pau e metia até o fundo. Entrava todo e saia. Eu já estava quase gozando. Peguei a minha bermuda e coloquei em baixo para não sujar o sofá. Papai voltou a meter num ritmo rápido e gozou dentro de mim, gemíamos alto e eu também gozei.
Papai continuou com o pau dentro de mim, ainda estava duro e estava uma delícia. Ele me beijava e me fazia carinho. Dizia como sou lindo e gostoso, como eu o fazia feliz.
Em menos de dois minutos escutamos o barulho de chave abrindo a porta. Tínhamos duas chaves, uma estava lá na porta e a outra Beto levou. Eu congelei. Não tivemos tempo de nos mover e a porta se abriu.
Gustavo estava sozinho, viu eu e pai pelados no sofá, ele ainda dentro de mim. Gustavo fez que iria fechar a porta novamente, mas resolveu entrar.
– Desculpa, achei que já tinham acabado. – Gustavo disse na lata. Ele devia ter chegado antes e escutado a gente gemendo enquanto papai gozava gostoso dentro de mim.
Gustavo foi direto para o quarto e voltou balançando a sua carteira na mão sem olhar pra gente e foi embora.
Eu olhava para o meu pai e ele para mim.
– Não acho que ele vai contar para o Beto – Meu pai disse. Eu também achava que não. Percebi que papai ficou ainda mais excitado. Eu sorri vendo aquilo. – Vamos para o banho.
Fui com o meu pai para aquele chuveiro pequeno e apartado, meu pai me deu um banho lavando o meu cuzinho que estava cheio da sua porra. Eu lavei o pau do meu pai e comecei a chupa-lo.
Depois de um tempo naquele boquete gostoso papai me deu seu leite e eu bebi tudo.
Voltamos para o sofá, agora comportados. Bruno chegou primeiro. Me chamou para o quarto e me contou como deu para o Binho. Foram de novo para aquela matinha no canto da praia.
– Foi uma delícia, metemos de frente, ele me carregou eu prendi as minhas pernas nele enquanto ele metia, na hora que ele gozou eu o beijei. Ele não abriu a boca, mas deixou eu o beijar. – Bruno me contou sorrindo. – Também vi os meninos quando voltei. Wagner estava pegando uma garota linda.
– E o Beto e o Gu? – Eu perguntei.
– O Beto apenas conversando com uma garota e Gu conversando com o seu primo mais novo que parecia triste. Seu primo grandão parecia que estava bêbado dando em cima de umas três ao mesmo tempo, as meninas pareciam estar doidas para fugir dele.
Eu sorri. Era claro que o Wagner poderia pegar quem quisesse. Não existe uma pessoa que sente atração por homens que não se sentiria atraído por ele. Beto estava comportado, esperava que continuasse assim.
Não demorou muito e eles estavam em casa.
– E aí, como foi? – Eu perguntei.
– Tranquilo. – Gustavo respondeu.
– O Wagner se comportou bem?
– Não nos perturbou. – Beto respondeu.
– E vocês pegaram alguém?
– Não, estávamos de boa. – Beto disse.
– E o Pablo?
– Ele apanhou. – Gustavo disse rindo.
– Tentou beijar uma menina a força e levou um tapa na cara. – Beto disse. – Depois ele catou uma mulher feia.
– Uma idosa. – Gustavo disse.
– Idosa? – Eu perguntei rindo.
– Exagero do Gustavo. Era feia sim, mas quando a idade não dava pra saber se tinha 18 ou 40 anos. – Beto respondeu sorrindo.
Gustavo olhava pra mim, me senti novamente pelado e com meu pai dentro de mim. Ele sinalizou para irmos até a sala. Eu estava sem graça, mas fui.
– Vamos lá em baixo quero conversar com você. – Gu disse. Descemos para a porta do prédio. – Eu estava conversando com o seu primo. Ele passa por problemas como você passou e pelo o que percebi ele não terá apoio em casa.
– Eu imaginei isso mesmo. O que quer que eu faça? – Eu perguntei. Fiquei feliz por Gustavo não falar sobre ter visto eu e meu pai fazendo sexo.
– Acho que podia conversar com ele. – Gustavo me respondeu.
– Não sei. Acho que ele não vai se abrir pra mim. Santo de casa não faz milagre.
– Pelo menos tente. – Gustavo me disse batendo em meu ombro. Eu o abracei. Senti que ele ficou excitado com o meu abraço.
– Obrigado. – Eu disse. Gustavo me deu um gostoso beijo na boca e subimos.
No dia seguinte fomos para a praia novamente. Chamei Diego para uma caminhada. Tia Deyse não olhou com cara boa.
– Quero te dizer que pode contar comigo viu. – Eu disse.
– Obrigado Carlinhos. – Diego disse com a cabeça baixa. – Às vezes eu te invejo. Vejo que as coisas foram tão fáceis para você. Você está tão bem.
– Nem tudo foi fácil. Sofri muito como você está sofrendo até me assumir. Realmente depois foi mais fácil. Minha mãe reagiu super bem.
– Sua mãe não é como a minha. – Diego disse. – Nem meu pai, e muito menos o meu irmão.
– Meu pai e meu irmão me fizeram transar com uma prostituta. – Eu disse rindo. Diego também sorriu.
– E você transou? – Ele me perguntou.
– Sim. Mas assim que acabei eu disse que era gay. Eles me apoiaram. Meu pai e o Beto já sabiam, mas eles queriam tentar me transformar. Como isso não existe e não é possível, eles aceitaram. Só contei para eles agora no início do ano.
– Acho que minha mãe iria me internar. Meu irmão me bater até eu virar homem. – Diego disse triste.
– Olha não é fácil, mas depois você sente um peso enorme saindo de cima de você.
– Não tenho essa coragem.
– Acho que nem eu teria sendo filho da Deyse e irmão do Pablo. – Eu disse e Diego sorriu.
– Estou fodido mesmo.
– Não, eles que se fodam. Você pode viver a sua vida da mesma forma até achar o momento certo para se assumir. Queria ter sabido disso na minha época.
– Você fala para eu me esconder?
– Falo pra você não ficar triste pelos cantos. Falo pra você curtir a vida, as oportunidades, os prazeres e que, ninguém precisa saber o que você faz. Você já ficou com alguém?
– Já. – Diego disse sorrindo um pouco sem graça. – Já aconteceu. Um amigo, eu gosto dele. Uma vez eu dormi na casa dele e acabou rolando. Foi só uma vez e ele finge que nada aconteceu. Eu não tive coragem de tocar no assunto com medo dele nunca mais falar comigo.
– Então, você já está melhor do que eu. Naquela época nem essa coragem eu tinha. – Eu disse sorrindo. – Conselho se fosse bom a gente vendia né? Mas eu te aconselho a viver a sua vida e foda-se para o mundo. Não acho que precisa se assumir se não quiser. E daqui a pouco você forma, sair daquela cidade, vai fazer uma faculdade fora e viver a sua vida.
– Obrigado pelo conselho Carlinhos.
– E se proteja sempre. – Eu concluí. Diego sorria pra mim.
Wagner caminhava na minha direção. Eu parei para esperar. Diego tomou o rumo de volta. Nos cumprimentamos com um simpático bom dia.
– Eu queria te agradecer. – Wagner disse.
– Nossa devo ter virado algum santo. Todo mundo me agradecendo hoje. – Eu disse e o Wagner sorriu. – O que eu fiz para merecer o seu agradecimento?
– O Beto e o Gustavo estão me tratando melhor. Eu sei que tem um dedo seu nisso. – Wagner disse sorrindo segurando a minha mão – Talvez a mão inteira.
– Resolvemos te dar uma chance, mas se você for um babaca nunca mais iremos falar com você.
– É difícil eu não ser um babaca. – Wagner disse sorrindo.
– Eu imagino, mas espero que consiga.
– E o que vou ganhar não sendo um babaca?
– Amizade, o carinho das pessoas. – Eu dizia e Wagner fazia careta. – As pessoas gostarem de você pelo que você é não pelo o que tem ou quer demonstrar.
Agora eu o peguei, a careta sínica sumiu do seu rosto e ele realmente ficou pensativo.
– E de você o que ganho? – Ele me perguntou.
– Isso tudo.
– Pra mim é pouco.
– O que mais você quer?
– Você.
Era difícil acreditar, um homem como aquele se declarando assim pra mim. “Isso porque ele ainda não sabe o que eu fiz”, pensei.
– Quem sabe? Se isso te inspirar a ser uma pessoa melhor. Quem sabe você não consegue me conquistar? – Eu joguei.
Wagner sorriu e me puxou para um delicioso beijo de língua que eu me entreguei. Sentia o seu corpo colado no meu, o seu pau ganhando vida. Eu não pensava que eu já tinha Beto, meu pai e até o Gu. Mas a verdade era que eu não tinha ninguém. Por alguns segundos me esqueci de tudo e apenas me entreguei naquele beijo.
Wagner me segurou pela mão e me puxou até o seu hotel.
– Eu esperava por isso há muito tempo. – Wagner disse, me beijou e me jogou na cama.
Ele foi tirando a sua roupa de um modo sexy. Eu já tinha o visto de sunga na praia. Mas aquilo que ele estava fazendo tornava tudo diferente, novo. Eu babava naquele corpo. Babava no volume da sua sunga. Wagner subiu na cama como um gato, beijou a minha boca, tirou a minha camiseta e puxou o meu short e a minha sunga de uma só vez.
Wagner colocou a boca no meu pau e começou a me chupar, me fazendo gemer. Depois de um tempo me chupando ele me beijou. Eu o empurrei na cama e o chupei. Aquele pau grande e grosso que eu apenas tinha tocado agora estava na minha boca, era uma delícia. Wagner gemia segurando a minha cabeça. Eu chupei as suas bolas, chupei novamente o seu pau e subi beijando o seu abdômen definido, o seu tórax, o seu pescoço e a sua boca novamente.
– Eu quero você. – Wagner disse.
– Como? – Eu perguntei, já estava entregue.
– Não importa, eu só quero você. – Wagner respondeu.
Mais uma vez não imaginei escutar algo assim. Wagner não se importava em dar ou comer. Tudo que ele queria era transar comigo e isso mexeu ainda mais comigo. Não podia esperar nada assim dos meus rapazes. Não pensei duas vezes, era a minha chance de experimentar algo novo.
– Eu nunca fui ativo. – Eu confessei.
– Então serei o seu primeiro. – Wagner disse. Pegando em sua mala camisinha e lubrificante.
Wagner colocou a camisinha no meu pau, lubrificou a sua bunda e deitou de lado. Eu me deitei atrás dele e fui encaixando o meu pau em sua bunda. Wagner veio recuando. Virou o seu corpo e me beijava na medida em que eu o penetrava. Era uma sensação gostosa, muito melhor do que punheta, só não era melhor que receber uma vara no meu cuzinho.
Começamos aquele entra e sai, estava gostoso, não parávamos de nos beijar eu segurei o pau do Wagner com uma mão e o masturbava passando a mão por toda a extensão do seu pau. Wagner gemia, dizia que eu era gostoso. Eu dizia o mesmo.
– Não acredito que estou fazendo isso como você. – Eu disse. – Que estou comendo um homem tão gostoso.
Wagner sorriu.
– Então aproveita, me come gostoso. Faça da sua primeira vez algo inesquecível. – Wagner me disse incentivando.
Eu aproveitei. Fiz com Wagner todas as posições que eu já dei. Primeiro coloquei ele de quatro onde eu metia forte, coloquei ele para cavalgar, depois um frango assado, tentamos de frente, o que não deu muito certo porque meu pau saia toda hora. Por último foi com a gente sentado beijando e foi assim que gozamos gemendo.
Caímos na cama. Depois de gozar bateu um peso na consciência. Sentia duas vozes brigando na minha cabeça.
“O que você fez?”
“Apenas o que sentiu vontade.”
“E o Beto?”
“Ele não é meu namorado.”
“O seu pai? O Gustavo?”
“Também não são meus namorados. Sou solteiro livre para transar com quem eu quiser assim como todos eles.”
“Mas você não ia gostar se fossem eles que estivessem aqui.”
“Não ia, iria morrer de ciúmes.”
“Quem tudo quer nada tem...”
“Eu só quero ser feliz. Não quero ser dono de ninguém e não quero que ninguém seja o meu dono.”
Wagner me olhava com um sorriso bobo, as vozes pararam de discutir na minha cabeça. Aquela que prezava pela liberdade venceu. Nos beijamos mais uma vez.
– Tenho que ir. – Eu disse.
– Não precisa, podemos passar a tarde toda aqui. – Wagner disse com aquele sorriso cativante, como o de uma sereia que tenta levar marinheiros para o fundo do mar.
– Não posso, tenho que ir.
– Então eu vou com você. – Wagner disse.
Nos vestimos e deixamos aquele quarto que ficaria gravado em mim para o resto da minha vida.
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Capítulo 13 – Beto
Carlinhos insistia para viajar com a minha mãe, meus tios e primos. Apesar de adorar uma praia, estava com preguiça. Mas o gênio do meu pai teve uma ideia de alugar um outro apartamento e irmos juntos, acabamos levando o Gustavo e o Bruno. Apesar de uma viagem longa, foi tranquila. Fomos dividindo o volante, chegamos lá mortos e dormimos a manhã inteira. Carlinhos nos presenteou com um delicioso almoço que acabou ficando para o resto da minha família que chegou naquele sábado à tarde. Curtimos um pouco de praia e à noite saímos para uma pizzaria.
Depois que comemos, Carlinhos foi dar um perdido com o Bruno. Não gostei muito dos dois saindo sozinhos, fiquei com medo de sofrerem alguma violência e também de aprontarem. Quando eles voltaram Bruno estava muito feliz, pelo visto tinha encontrado alguém.
Gustavo que sempre percebe coisas que ninguém percebe perguntou para o Carlinhos quem voltou com eles até a porta do prédio. Eu não gostei da resposta. Era o Wagner, ele só podia estar brincando comigo. Dizia que queria voltar a ser meu amigo. Eu disse para ele ficar longe do meu irmão e ele veio atrás. Não tenho dúvidas que Gustavo ficou tão incomodado quanto eu.
Acordamos cedo no dia seguinte. Meu pai encheu o cooler de cerveja e fomos para a praia. Meus primos, meus tios e minha mãe, fomos todos juntos. Depois de um tempo Wagner chegou, cumprimentou a todos e veio até mim.
– Fala Beto. – Wagner disse.
– Que merda está fazendo aqui? – Perguntei.
– Vim passar o carnaval me divertir.
– Então vá fazer isso bem longe de mim. – Respondi. Wagner se sentou perto do meu pai que ficou dando papo pra ele.
– Só não dar trela, que ele fica sem graça e vai embora. – Eu disse quando eu, Bruno, Gu e Carlinhos estávamos na água.
Bruno começou a defender o Wagner enquanto eu e o Gu falávamos que ele não era um cara bacana.
– O Wagner nunca me fez mal, me ajudou quando eu precisei. Tem sido muito simpático comigo. Eu não vou ser sem educação com ele porque vocês já brigaram com ele no passado. – Bruno disse saindo do mar e se juntando ao meu pai, Wagner e o resto da minha família. De longe eu via que Pablo e Wagner conversaram bastante. “Dois idiotas se atraem”, pensei.
Carlinhos defendeu o ponto de vista do Bruno. E convenceu a mim e ao Gustavo dar uma chance pra ele.
– Ok. Mas a primeira que ele aprontar acabou, e ninguém nunca mais fala com ele. – Eu disse.
Pablo inventou de sair à noite pra caçar. Wagner ia na dele. Gustavo até que tentou provoca-lo, o que me fez rir por dentro.
A noite saímos, Pablo bebia muito, falava como um idiota. Eu e Gu ficamos mais de boa. Diego meu primo caçula que foi arrastado pelo irmão, parecia impaciente para ir embora. Diego era novinho ainda, 15 anos. Apesar de na idade dele, eu já estava começando a namorar. Diego era do tipo que gostava de ficar no computador. Acabou que Gustavo começou a dar atenção para o garoto que melhorou um pouco a cara. Tinha uma garota bonita que ficamos conversando. Fiquei feliz por ela ter namorado. Wagner para a minha surpresa ficou na dele e como sempre pegou a mais gata da noite. “Como se ele gostasse”, pensei.
Pablo estava no zero a zero, além de burro ele era prepotente, até que era bonito, mas as meninas bonitas não se ligam apenas na beleza, tem que ter o mínimo de bom papo, pelo menos isso o Wagner tinha, o Pablo não. Depois de levar vários foras consecutivos, um tapa na cara e expulsar as garotas do bar. Pablo acabou pegando uma mulher muito feia, provavelmente nunca tinha pegado alguém com a beleza do meu primo e não se importou por ele ser tão idiota. Ela ainda fez o famoso cu doce, eu ri muito.
No dia seguinte fomos para a praia de novo. Vi quando Carlinhos saiu para fazer uma caminhada com o Diego. Me distrai no mar conversando umas putarias com Gustavo que nos deixou excitados. Já era segunda e eu não gozava desde quinta-feira.
– Estou precisando gozar. – Eu disse.
– Somos dois. – Gustavo respondeu.
– Aqui vai ser difícil né. Não vamos conseguir ficar sozinhos com o Carlinhos. O Bruno está sempre na cola.
– Nem sempre. Agora o Bruno está aqui, mas o Carlinhos não.
– Ele foi caminhar com o Diego.
– Mas o Diego já voltou. – Gustavo disse.
Olhei para a praia e vi que o Diego realmente já tinha voltado e nada do Carlinhos.
– Ele deve ter ido no apartamento. Vamos lá. – Eu disse.
Subi com o Gustavo para o apartamento entramos lá e nada do Carlinhos.
– Onde será que ele foi? – Eu perguntei.
– Tenho medo de dizer o que estou pensando. – Gustavo respondeu.
– Você não acha que ele foi se encontrar com...
– Nem fala para não atrair. Vamos esperar ele voltar. Bora voltar pra praia?
– Já que estamos aqui poderíamos aproveitar para gozar. – Eu disse. Gustavo sorriu pra mim e fomos para o banheiro.
Entramos juntos naquele pequeno box, ligamos o chuveiro para tirar o sal do corpo. Tiramos as nossas sungas e ficamos lá batendo o nosso pau um no outro. Em dado momento Gustavo me abraçou por trás relando o pau na minha bunda.
– Tá louco mano, não vai me comer não. – Eu disse.
– Claro que não Beto. Só uma brincadeira. Já estou quase gozando, deixa eu ficar relando em você. – Gustavo me disse. Ele olhava pra mim com um sorriso sincero.
– Tá bom, mas nada de enfiar esse seu pauzão na minha bunda, só relar por fora. – Eu disse.
Gustavo abriu a minha bunda e colocou seu pau, não no meu cu, mas na minha bunda, seu pau apontava para cima e não para frente, nos movimentos que ele fazia a cabeça do seu pau batia no meu cóccix. Gustavo gemia no meu ouvido, mordia a minha nuca e me masturbava. Eu sentia o seu pau ,era gostoso, sentia prazer em ter um pau relando na minha bunda e fiquei sem graça por isso. Não demorou muito Gustavo gozou, ele gemia forte. Senti o seu leite quente escorrendo em mim. Ele continuou me abraçando e me masturbava ainda mais rápido.
– Não. – Eu disse tirando a sua mão do meu pau. – Eu quero assim também.
Gustavo se virou de costas, eu encaixei o meu pau na bunda dele da mesma forma que ele se encaixou na minha. E comecei os movimentos, aquilo realmente era gosto. Às vezes eu descia ainda mais e meu pau passava bem próximo ao cu do Gustavo e percebi que gemia sentindo prazer. Coloquei o meu pau no cu do Gustavo, ele tremeu.
– Isso não Beto. – Gustavo disse.
– Por que não? Você está sentindo prazer.
– Sinto só do lado de fora, pode brincar aí, mas não force entrar ok?
Não respondi, apenas fiz como o meu amigo gostava. Abri a sua bunda, passei um pouco de sabonete e coloquei a cabeça do meu pau na porta do seu cu e o cobri com as bandas da sua bunda. Eu fodia a bunda do Gustavo, sentia meu pau batendo no seu cu apertado e não forçava a entrada. Gustavo estava de pau duro novamente, ele levou a minha mão até o seu pau. Estávamos naquele simulado de sexo enquanto eu o masturbava, gemíamos muito e quando gozamos senti o cu do Gu vibrando, se relaxando. Naquele momento, com a minha porra lubrificando as suas pregas eu forcei um pouco mais, talvez sem querer, talvez não, senti a cabeça do meu pau, só a cabecinha dentro dele, aquele quentinho gostoso na ponta do meu pau e foi lá que eu terminei de gozar.
– Agora você está me devendo. – Gustavo disse sorrindo. Ele se virou pra mim e nos beijamos.
Terminamos de nos limpar e quando voltamos para praia Carlinhos já estava lá com o Wagner. Não gostei nenhum pouco de ver aquela cena.
– Onde você estava? Fomos te procurar. – Eu disse para o Carlinhos. Que me olhou não acreditando muito naquilo. – Eu e o Gu fomos até o apartamento quando vimos que o Diego voltou sozinho.
– Dei uma caminhada. – Carlinhos disse. – Aí encontrei o Wagner e depois voltamos.
Eu olhava para Carlinhos, ele tinha um sorriso diferente no rosto, não acreditava que seria só aquilo. Olhei para o Gu, ele poderia me dizer se o que Carlinhos dizia era verdade, ele sabia capitar as mentiras e as verdades. Gustavo não me olhou de volta.
– Estava esperando vocês voltarem. – Meu pai disse. – Vamos para o mar comigo.
Entramos no mar e lá ficamos nadando, conversando, brincando. Apenas minha mãe e Tia Deyse que ficaram na areia. Falávamos de assuntos tão aleatórios que a presença do Wagner não incomodou. Minha mãe e tia Deyse subiram para preparar o almoço e depois fomos almoçar. Meu pai chamou o Wagner. Fui para o apartamento da minha mãe, peguei o meu prato e fui para o nosso. Acabou que Gustavo, meu pai e Wagner fizeram o mesmo.
– Depois eu queria conversar com você. – Wagner me disse. Eu olhei e não respondi. Gustavo nos olhava. – Pode ser mais tarde, quando você tiver de boa.
– Tá. – Eu disse. Concentrando no meu prato.
Carlinhos e Bruno voltaram para a praia, mesmo com o sol bem forte. Meu pai resolveu descansar um pouco, Wagner foi embora.
– Beto eu amo praia, mas vou esperar o sol baixar um pouco, comi demais, vou fazer uma hora aqui. – Gustavo disse indo para o quarto. Resolvi fazer o mesmo.
– Você acha que o Carlinhos contou a verdade? – Eu perguntei para o Gustavo quando estava a sós com ele no quarto.
– Sim. – Gustavo disse. – Mas não tudo.
– Eu sabia, aquele sorriso de felicidade no rosto dele...
– O Wagner também estava com um sorriso diferente no rosto, estava leve, quase feliz de verdade. Poucas vezes eu o vi assim.
– Filho da puta desse Wagner. Eu odeio esse cara. Vontade de meter a porrada nele, afogar nesse mar. – Eu disse olhando para o mar pela janela.
– Beto, sei que a sua amizade com o Wagner já tinha acabado há uns dois anos. Mas vocês não se odiavam certo?
– Não, apenas nos afastamos. Eu parei de achar graça nas suas idiotices e fui me afastando.
– E por que esse ódio todo agora? – Gustavo me perguntou. Olhei para ele sem entender onde ele queria chegar.
– Não é obvio? O cara é um viado homofóbico que está dando em cima do meu irmão. Ainda tem tudo que ele já fez com você. – Eu disse. Gustavo me olhava como se aquilo não fosse motivo suficiente. – Isso não basta?
– Acho que isso conta, mas não basta.
– Não acha que eu era apaixonado por ele né? – Eu perguntei. Não era possível que o Gustavo achasse isso.
– Não, claro que não. – Gustavo disse rindo.
– Só me faltava essa. – Eu disse rindo também.
– Mas acho que tem algo por trás desse ódio. Algo pessoal, sobre você, não sobre o seu irmão, nem sobre mim.
– Está viajando Gustavo. Ainda bem que seu negócio é Administração e Arquitetura, se fosse psicologia ia morrer de fome. – Eu disse rindo.
– Será? – Gustavo perguntou. E voltamos a sorrir. – Beto, eu não quero que o que aconteceu entre mim e o Wagner no passado seja motivo pra você ter raiva dele.
– Você é meu amigo, estou do seu lado nessa. Ele foi muito escroto e não merece perdão. – Eu disse.
– Mas se alguém tem que perdoar o Wagner pelo o que ele fez comigo sou eu. Você não tem nada para perdoar. A não ser que tenha os seus próprios motivos. Sabe, às vezes quando gostamos de alguém e a pessoa não gosta mais da gente tudo que a pessoa faz pra gente tem uma proporção muito maior.
– Meu pai me disse algo parecido outro dia.
– Talvez o Wagner não tenha me machucado, mas eu que me machuquei.
– Sério que você acha isso?
– Claro que não. O Wagner sempre foi um babaca. – Gustavo respondeu sorrindo, eu não me aguentei e ri também. – Mas acho que eu deixei ele me machucar sim, tenho minha parcela de culpa por ter sido frágil. Wagner também tem a dele. Conhece a frase “Tu se tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”?
– Sim, do “Pequeno Príncipe”, não é?
– Isso. Eu consegui entender essa frase depois do que sofri com o Wagner. Ele me cativou tanto e depois simplesmente me descartou. Por isso ele é parte responsável pelo meu sofrimento. Não tô falando que ele tinha que me amar pra sempre e tal, afinal a paixão pode acabar, isso é normal. As pessoas se afastam, sofrem e seguem a sua vida. Se tivesse sido assim eu já o teria perdoado. O que me doeu foi que não sobrou nem a amizade, que foi tão bacana no início, a amizade que ele cativou tanto, aí veio o desprezo e as mentiras que eu fui descobrindo.
– Isso é foda.
– Moral da história. O problema entre mim e o Wagner é meu e dele. Não seu ou do seu irmão.
– Cara você existe mesmo?
– Como assim?
– Sei lá. Seus pensamentos são tão diferentes. Você é tipo um ser evoluído. – Eu disse. Gustavo teve uma crise de riso.
– Estou longe de ser evoluído. Mas não quero trazer as pessoas que eu amo para dentro dos meus problemas e da minha escuridão. Na verdade, não queria ter escuridão nenhuma. – Gustavo disse já sério.
– É... Você não existe mesmo. – Eu disse. – Então você me ama?
– Claro, amo vocês. Minha segunda família. – Gustavo me disse e veio me abraçar. – Você é um irmão pra mim. O irmão mais velho que eu nunca tive.
– Às vezes parece que você que é o irmão mais velho. – Eu disse retribuindo o abraço.
Ficamos um tempo deitados os dois na mesma cama, chegamos a cochilar.
– Vamos voltar para a praia? – Meu pai nos acordou.
Levantamos e voltamos para a praia. Carlinhos, Bruno e Diego estavam no mar. Wagner e Pablo na areia. Wagner pareceu aliviado quando chegamos, parecia não aguentar o papo ruim do Pablo. Devia ser muito ruim mesmo para preferir o nosso desprezo.
– Os meninos chegaram, vamos jogar um futevôlei. – Wagner disse vindo em nossa direção. – Vocês vão preferir jogar comigo a ficar escutando o seu primo.
– Eu sou péssimo no futevôlei – Gustavo disse.
– Eu e o Wagner contra vocês. – Pablo disse. Se aproximando de nós já com uma bola na mão.
– Bora Gu, é só para brincar. – Eu disse.
Começamos a jogar, Gustavo não era muito bom mesmo não. Perdemos de 3 sets a 1.
– Vamos mudar o time. – Wagner sugeriu. Pablo olhou pra ele com cara ruim. – Pode ser eu e o Gustavo? Tudo bem por você?
– Na verdade eu já cansei. – Gustavo disse.
– Não Gustavo, vamos sim. Nós dois. – Wagner disse.
Por fim o Gustavo aceitou. Começamos a jogar. Gustavo melhorou muito no jogo, acho que ele não queria dar motivo para o Wagner implicar com ele. E aconteceu o contrário, a cada ponto que Gustavo fazia Wagner elogiava e dava um tapinha de comemoração no meu amigo. Por fim, Gustavo que passou o jogo inteiro de cara fechada, já jogava sorrindo. Eu resolvi ajuda-lo. Mandava bolas fáceis para o Gustavo. Pablo estava puto, mas eu não ligava. No fim do jogo 3 a 2 para Gustavo e Wagner que chegaram a se abraçar para comemorar a vitória. Nisso, Carlinhos e Bruno estavam assistindo ao jogo. Percebi que Carlinhos ficou feliz.
O resultado do jogo foi ótimo, Pablo apelou e foi embora. Quando o sol ficou fraco todo mundo partia também.
– Beto tem um minuto? – Wagner me perguntou.
– Nós vamos subindo. – Gustavo disse seguindo o meu pai e o resto da família.
– Diga. – Eu me virei para o Wagner.
– Senta aqui. Vamos conversar. – Wagner disse. Eu me sentei ao seu lado e esperei. – Estou curtindo muito o tempo que estou passando aqui com vocês.
– Que bom. – Eu disse seco.
– Lembra que uma vez me chamou pra vir junto? – Wagner me perguntou.
– Isso foi em outra vida. – Eu disse.
– Foi nessa, e nem tem muito tempo. Cara não fica na defensiva. Vamos conversar, explicar as coisas. Não somos mais crianças pra você ficar se comportando como uma. – Wagner disse e eu comecei a rir de forma irônica.
– Você que tem atitude de crianças o tempo todo Wagner, se enxerga antes de falar de mim. Tenho motivos mais que suficientes pra não gostar de você. Te pedi semana passada pra ficar longe do meu irmão. Então me fala onde estavam hoje de manhã? Fazendo o quê?
– Beto, não quero conversar sobre o seu irmão. Quero falar da gente. Da nossa amizade.
– Que amizade Wagner? Já te falei nunca existiu, você nunca foi verdadeiro. Não sei quem é você.
– Eu sempre fui eu de verdade quando estávamos juntos, quando estudávamos, quando brincávamos, quando jogava videogame.
– E quem era o cara que não gostava de viado. Que zuava e batia nos rapazes?
– Foi com esse cara que você brigou, foi dele que você não quis ser amigo.
– Exato, e é ele que eu estou vendo na minha frente.
– Não sou esse cara.
– Não? Então quem é você? Quando mudou? Quando virou o bom samaritano?
– Quando percebi que não tenho amigos de verdade, quando percebi que não dá pra ser feliz desse jeito. – Wagner disse. Eu não sabia se podia acreditar. – Eu era feliz quando era seu amigo. Eu achava que ao maltratar aqueles rapazes, bater neles, eu batia em uma parte de mim. E perder a sua amizade só me fez ser uma pessoa pior.
– Eu tentei te fazer parar com isso. Eu tentei muito não perder a sua amizade.
– E eu fui muito estúpido. Talvez se você tivesse me falado do seu irmão, eu saberia que você me aceitaria, não me desprezaria.
– Agora a culpa é minha porque não falei do meu irmão. Acha mesmo que eu deveria contar para o meu amigo que espanca viado que meu irmão era viado. Só pode estar brincando.
– Não tô colocando a culpa em você. Não é isso.
– Mas foi o que você disse.
– Beto, eu sei que a culpa foi toda minha eu avacalhei tudo. Só quero uma nova chance.
– Uma nova chance pra quê? Pra eu abrir o caminho para você seduzir o meu irmão, deixa-lo apaixonado e em 6 meses começar a desprezá-lo e ameaçar de bater nele caso ele abra a boca.
– Eu não sou mais assim.
– Será? Você nunca foi verdadeiro comigo.
– Eu te amava Beto. Isso foi verdadeiro.
– Amor Wagner, duvido que você saiba o que é isso.
– Eu sei por que te amei.
– E com o Gustavo? Foi o que?
– Foi amor também. Diferente do que sentia por você, mas foi amor.
– Como pode ter amado o Gustavo e feito tudo aquilo com ele?
– Eu fiquei confuso, era novo pra mim. Amar e ser amado por um homem. Tive que me afastar, não soube como reagir.
– Preferiu reagir como um babaca.
– Acho que é isso que eu sempre fui. Um babaca. Mas não quero ser mais. Quero fazer diferente agora.
– Diferente com quem? Com o Carlinhos? – Eu perguntei. Wagner abaixou a cabeça.
– Sim.
– Não acredito em você, não confio em você. – Eu disse me levantando. E ele me segurou pelos braços.
– Beto é verdade.
– É mesmo Wagner? E o que você quer? Namorar com Carlinhos, mas ficar escondendo-o? Sair na porrada com todo mundo que falar que você é viado e quando tudo ficar sério demais fugir e fazer ele sofrer como fez com o Gustavo, sem dar nenhuma explicação apenas o desprezo?
– Só sei que farei diferente. Eu quero fazer melhor agora, corrigir as coisas.
– Então você tem que corrigir muita coisa antes de esperar que voltemos a ser amigos e de imaginar que eu deixarei você ficar com o meu irmão de novo. – Eu disse me levantando.
Deixei o Wagner sozinho sentado na areia. Quando olhei para o prédio vi alguém me observando, pensei que fosse o Gustavo, mas pelo vento batendo nos cabelos vi que era o Carlinhos.
– O que vocês conversaram? Fizeram as pazes? – Carlinhos me perguntou ainda na escada.
– Não. O Wagner diz que mudou, mas eu não acredito e você é muito bobo em acreditar. Ele não gosta de ninguém Carlinhos, e se gosta, gosta do jeito errado sempre machucando. Fica longe dele Carlinhos ou você irá se machucar.
– Beto, mas ele mudou sim.
– Aqui né Carlinhos, longe dos olhos de todo mundo que ele conhece, que pode apontar pra ele, que pode julgar. Acha mesmo que pode ter com ele seria diferente do que temos? – Eu disse subindo as escadas.
Carlinhos ficou mudo lá em baixo. Eu subi. Fui para o banho e depois fiquei no quarto. Estava incomodado, irritado. Mais uma vez saímos para comer à noite e pra me irritar ainda mais, o Wagner foi junto. Assim que comemos, resolvi voltar pra casa. Gustavo que estava animado para sair disse que voltaria comigo.
– Pode ir se divertir. Eu que não estou com cabeça pra isso. – Eu disse.
– Não sô, vamos lá, nem fomos a nenhum carnaval desde que chegamos. – Gustavo insistia.
– Não mesmo. Hoje eu passo, não serei uma boa companhia.
– Com certeza será melhor do que o Wagner, se você não for ele vai ficar a noite inteira em cima do Carlinhos.
– Eu sei Gu.
– E você vai deixar?
– Sim.
– Entendi o seu plano. – Gustavo disse. Eu nem sabia que tinha um plano.
– E qual é o meu plano?
– Tentar deixar o Carlinhos mais livre, por que quanto mais a gente tenta ser contra mais interessado ele fica. E ele ficando próximo do Wagner ele pode conseguir ver quem ele é de verdade.
– Tenho medo dele se machucar.
– Eu também, mas as vezes é necessário pra desencanar. Também vou ficar. Te faço companhia.
– Não, acho bom você ir. Você é da turma dele, fica com ele e com o Bruno. Seja meus olhos lá, toma conta do nosso irmãozinho.
– Tudo bem então. – Gustavo concordou.
Fui pra casa sozinho, até meu pai foi para o carnaval. Abri a geladeira e fui beber umas cervejas. Latinha após latinha eu já estava bêbado, acabei pegando no sono. Acordei com o meu pai chegando. Ele foi pulando em cima de mim no sofá.
– Que bicho te mordeu Beto. O melhor dia você fica em casa? – Meu pai me perguntou praticamente em cima de mim.
– Estou incomodado pai. O Wagner rondando o Carlinhos. Não estou gostando disso. Acho que está rolando algo. O Wagner é sedutor, tenho medo do Carlinhos se apaixonar e quando voltar vai sofrer por ser ignorado.
– Beto entendo a sua preocupação meu filho, eu também me preocupo, mas sofrer faz parte da adolescência. Tem uma fase na vida que a gente não consegue entender os bons conselhos, temos que vivenciar, experimentar, saber como aquilo funciona com a gente. Deixa seu irmão, amar, ser amado, sofrer, fazer sofrer. Isso faz parte da vida. O importante é estarmos aqui para apoia-lo sorrir com ele e dar o nosso ombro pra quando ele chorar. – Meu pai disse.
Saber que meu pai estava certo me doía, acho que foi a bebida que me fez chorar.
– Tinha que ser com o Wagner? – Eu disse chorando. Meu pai me abraçou.
– Não depende da gente Beto.
Sentia o corpo do meu pai, eu me sentia carente, deitei com a minha cabeça em seu peito e levei a minha mão até o seu pau, que ficou duro na hora. Papai olhou para o meu rosto e me deu um beijo na boca.
– Sei quanto você ama o seu irmão, o quanto ama a nossa família e o tanto que ele nos ama. Não é por ele se apaixonar que esse amor vai acabar ou modificar. Somos uma família e sempre seremos, sempre nos amaremos isso não precisa e nem vai mudar nunca.
Subi sobre ele e o beijei, agora um beijo de verdade. Nossos paus duros lutavam. Estávamos brincando de nos sarar quando Gustavo abriu a porta.
– Cara você tem que ser mais cuidadoso. – Gustavo disse e eu me senti um pouco perdido. – Liguem essa TV aí, os meninos estão subindo.
– Voltaram rápido. – Meu pai disse.
– Ô Bruno... – Gustavo ia dizer quando Bruno e Carlinhos chegaram.
– Falando de mim né Gustavo. – Bruno disse.
– Só ia dizer que você vai dormir fora. – Gustavo disse. Bruno fez uma cara feia pra ele.
– Carlão amanhã cedo estou de volta ok? – Bruno disse.
– Tudo bem rapaz, aproveite a sua juventude, segurança sempre. – Meu pai disse. Bruno sorriu, foi para o quarto pegou algo e partiu.
Carlinhos sentou no sofá também estava um pouco alterado. Eu e papai estávamos comportados, escondíamos a nossa ereção.
– Lembrei-me de uma história engraçada. – Gustavo disse e nós olhamos pra ele. – Tenho um amigo que ele é gay. Ele morava com a prima e um irmão. Acontece que a prima sabia há anos que ele é gay. Ele tinha medo de contar para o irmão. Só que o irmão também era gay e a prima também sabia. Mas nunca contou nada, guardou isso por anos.
– Isso que é guardar segredo. – Eu disse.
– Nossa imagino como deve ter sido difícil para eles esconderem isso. – Carlinhos disse.
– E foi, eles sofriam com isso. E depois que eles conversaram sentiram um peso saindo de suas costas. Aí eu me pergunto será que a prima não devia ter feito uma intervenção? Os colocados na sala e feito eles se abrirem anos antes? Será que ela devia ter aberto o segredo deles já que era o mesmo segredo? – Gustavo nos perguntou
– Acho que sim. Evitaria sofrimento e eles estariam mais unidos há muito mais tempo. – Carlinhos disse.
– E você Beto o que acha? – Gustavo me perguntou.
– Também. – Eu respondi ainda sem saber onde Gustavo queria chegar.
– Carlão? – Gustavo perguntou.
– Não sei. – Meu pai respondeu.
– Não acha que seria melhor eles conversarem do que acabarem abrindo a porta e pegar um ou outro flagra? Não se sentiriam traídos? – Gustavo perguntou. Eu olhei para o meu pai, Carlinhos também olhava.
– Nesse caso sim. – Meu pai disse.
– Então era melhor eles abrirem tudo antes não era? – Gustavo perguntou. Nos três acenamos com a cabeça.
– Onde quer chegar Gu? – Carlinhos perguntou.
– Temos uma situação parecida aqui. Acho que vocês deviam conversar sobre ela. Eu gosto demais de vocês, acho vocês tão verdadeiros comigo, me acolheram tanto que me vejo na situação dessa prima. Me perdoem se estou fazendo errado, se estou invadindo demais a privacidade de vocês. – Gustavo disse.
– Não tem o que pedir perdão Gustavo, eu acho que você está certo filho. – Meu pai disse pra ele. – Te coloquei em uma situação difícil e te obrigo a esconder coisas dos seus amigos.
– Não estou falando isso porque não consigo guardar um segredo, é porque acho que vocês possuem algo tão fantástico, tão lindo, tão prazeroso e ainda se limitam com segredos. – Gustavo disse, virou para o meu pai e concluiu. – E não só senhor. .
– Do que estão falando? – Carlinhos perguntou.
– Filho, o amor que tenho por vocês é enorme e realmente ultrapassou a barreira de uma relação normal. – Meu pai disse. – Eu estava com o Carlinhos aqui no sofá em uma relação de carinho e de amor, quando o Gustavo nos viu. E hoje eu estava com o Beto em uma relação parecida quando o Gustavo também nos viu.
– Vocês estavam transando? – Carlinhos perguntou.
– Não, meu filho. Entre mim e seu irmão não há penetração. – Meu pai disse.
– Então na de vocês tem? – Eu perguntei.
– Sim. – Meu pai respondeu. – Eu tento lhes dar prazer, carinho, amor da forma que eu posso, da forma que vocês gostam. Vocês são meus filhos e eu amo vocês.
– Cara isso é muito foda. – Gustavo disse.
– Eu não sei o que dizer. – Eu disse.
– Nem eu. – Carlinhos disse.
– Sabem sim. Podem se abrir como o seu pai fez. – Gustavo disse.
– A gente também pai. – Eu disse.
– Ficamos só nós dois também. – Carlinhos disse.
– Eu imaginava. – Meu pai disse sorrindo. – Venham cá me deem um abraço.
Meu pai me puxou de um lado e Carlinhos do outro, nos abraçamos ele beijou a nossa testa.
– Eu amo você meus filhos. – Meu pai disse. – Gustavo vem cá, venha fazer parte desse abraço.
Gustavo sorriu, nos olhou e nos abraçou, aquele abraço foi longo, foi excitante, foi gostoso. Carlinhos me beijou de língua na frente do meu pai e do Gu, eles se beijaram também, depois eu beijei o Gu enquanto meu pai e Carlinhos se beijavam, depois foi a vez do Gu e Carlinhos se beijaram e eu e meu pai. Todo mundo tinha beijado todo mundo. Estávamos todos excitados, tateávamos uns aos outros. Quando Gustavo se afastou.
– Desculpa, mas não posso fazer isso. – Gustavo disse.
– Como assim não pode? – Carlinhos perguntou.
– Cara você está duro como a gente. – Eu disse.
– Eu quero, mas não posso. Não hoje. É um momento de vocês. – Gustavo disse.
– É um momento nosso, esse momento é graças a você. Foi fantástico foi como nos trouxe até aqui. – Meu pai disse e eu e o Carlinhos concordamos.
– Acredito que teremos outras oportunidades. Aproveitem o momento de vocês. – Gustavo disse e saiu do apartamento.
– Então vamos voltar para onde estávamos? – Meu pai disse.
– Não acredito que terei os dois homens da minha vida. Os meus amores. – Carlinhos disse.
Pensei em perguntar onde o Wagner se encaixava nisso. Mas preferi não estragar o momento. Carlinhos beijava o meu pai e eu entrei no meio. Demos um beijo triplo. Sentia a mão do Carlinhos no meu pau que já estava duro. Com a outra mão ele segurava o pau do meu pai. Carlinhos foi descendo, juntou nossos paus e como muito esforço conseguiu colocar os dois na boca.
– Quero o leite dos dois. Ao mesmo tempo. Na minha boca. – Carlinhos disse.
Eu olhei para o meu pai, sorri e voltamos a nos beijar enquanto Carlinhos nos chupava. Enquanto chupava ele brincava com as nossas bolas, mordiscava, chupava, lambia. Eu e papai gemíamos.
– Já estou quase gozando. – Eu disse.
– Não, espera. Quero que gozem juntos. – Carlinhos disse.
Carlinhos tirou o meu pau da sua boca e dedicou em chupar o meu pai. Meu pai segurou nos meus ombros me fazendo descer.
– Ajude o seu irmão. – Meu pai pediu.
Eu e Carlinhos chupávamos juntos o meu pai e nos beijávamos, lembrei de quando eu e Debs fizemos isso como o Gustavo. “Seria legal se ele tivesse aqui”, pensei.
Enquanto eu chupava o pau do meu pai, Carlinhos chupava o seu saco que estava lisinho. Depois trocamos, foi diferente colocar aquelas bolas na minha boca, morder a pele do saco do papai, diferente, mas gostoso. Voltei a beijar Carlinhos enquanto o pau do meu pai entrava e saia da nossa boca, eu sentia a sua baba e a engolia com vontade. Com a minha mão esquerda livre eu brincava no cuzinho do Carlinhos ele gemia. Eu sentia aquele cuzinho querendo engolir o meu dedo. Papai estava gemendo muito, ele me puxou pelos cabelos para eu me levantar. Eu o beijei enquanto Carlinhos colocou também o meu pau em sua boca.
Carlinhos nos chupava enquanto segurava o nosso pau e nos masturbava, eu estava para gozar, mordi os lábios do meu pai e ele o meu. Gememos alto. Esporrávamos na boca do Carlinhos, sentia a sua língua na cabeça do meu pau. Sentia a cabeça do pau do meu pai encostando-se à minha. Sentia cada jato que eu soltava e cada jato que papai soltava. Carlinhos sugava tudo, engolia a nossa porra e deixou nosso pau limpo. Ele se levantou e nos beijamos. Um beijo triplo com gosto de porra.
Carlinhos levantou e pegou uma cerveja pra gente.
– Fiquem aí, bebam essa cerveja, se recuperem que vou tomar um banho, quero vocês dentro de mim. – Carlinhos disse nos entregando as latinhas e um beijo na boca de cada um.
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Capítulo 14 – Carlinhos
Beto resolveu ficar em casa enquanto fomos pular carnaval. Foi muito bacana. Wagner ficava flertando comigo, estava sentindo um carinho especial por ele. Talvez isso jogasse todo meu plano no lixo. Foi uma noite divertida. Papai resolveu ir embora mais cedo, mas não ficamos muito também. Bruno estava de flerte com outro cara, muito mais bonito do que o Binho. Um negro, forte, bonito e parecia ter um belo dote.
– Pode falar viado, ele é muito mais bonito que o Wagner. – Bruno disse.
– Gosto não se discute bicha. – Eu disse rindo.
O boy do Bruno o chamou para passar a noite com ele no hotel que ele estava. Claro que Bruno aceitou. Wagner também queria que eu passasse a noite com ele. Mas eu recusei.
Voltamos para casa, Bruno queria pegar algumas coisas para passar a noite fora. Eu ia andando tranquilamente conversando com Bruno enquanto Gustavo saiu disparado na frente. Depois que fui entender o motivo.
Ao chegar em casa Bruno saiu e Gustavo contou uma historinha de uns amigos, sobre segredos, se deve ou não guardar segredos quando as pessoas possuem os mesmos.
– Onde quer chegar Gu? – Eu perguntei.
Gustavo disse que tínhamos uma situação parecida, que achava que devimos conversar. Meu pai pediu perdão por tê-lo colocado em uma situação difícil.
Meu pai contou que ele e Beto também tinham uma relação, apesar que entre eles não havia penetração.
– Então na de vocês tem? – Beto perguntou.
– Sim. – Meu pai respondeu. – Eu tento lhes dar prazer, carinho, amor da forma que eu posso, da forma que vocês gostam. Vocês são meus filhos e eu amo vocês.
Contamos para o meu pai que eu e Beto também nos relacionávamos. Ele disse que já imaginava. Meu pai me puxou de um lado e o Beto do outro, nos abraçamos ele beijou a nossa testa. Nos abraçamos todos e nos beijamos, inclusive o Gustavo que depois de um tempo saiu dizendo que aquele era um momento apenas nosso.
– Não acredito que terei os dois homens da minha vida. Os meus amores. – Eu disse.
Já tinha pensado nisso, imaginado várias vezes desde que comecei a fazer amor com eles. Eu beijava o papai quando Beto entrou no meio. Demos um beijo triplo. Eu segurava aqueles dois paus enormes e deliciosos que sempre foram meus. Fui descendo e consegui colocar os dois na minha boca.
– Quero o leite dos dois. Ao mesmo tempo. Na minha boca. – Eu disse.
Eu chupava aqueles dois paus enquanto papai e Beto se beijavam.
– Já estou quase gozando. – Beto disse.
– Não. Espera. Quero que gozem juntos. – Eu pedi.
Papai pediu para Beto me ajudar, ficamos nos dois o chupando. Beto colocava o dedo no meu cu me deixando todo molhadinho lá atrás. Papai estava gemendo muito, ele puxou Beto pelos cabelos e se beijaram, novamente eu chupava os dois. Eles gemiam alto e me deram os seus leites. No início eu conseguia diferenciar o gosto de cada um. Mas eles se misturaram na minha boca o que ficou ainda mais gostoso. Eu engoli tudo. Me levantei e beijei os dois.
Após o beijo fui até a geladeira e peguei duas latinhas para eles.
– Fiquem aí, bebam essa cerveja, se recuperem que vou tomar um banho que quero vocês dentro de mim. – Eu disse e os beijei.
Fui para o banho ainda sem saber se tudo aquilo realmente estava acontecendo. Eu me sentia realizado. Imaginava nossa vida cheia de amor e prazer aqui pra frente. “Papai podia comprar uma cama maior”, eu pensei. Saí do banho preparado para tudo que viria naquela noite.
Quando voltei para a sala papai e Beto estavam na segunda latinha vendo TV. Eles se comportavam muito bem quando não estavam excitados. Nem parecia que tinha acontecido algo. “Eu que sempre fico carinhoso depois de transar com eles”.
– Estão prontos para o segundo tempo? – Eu perguntei deixando cair à toalha e ficando de costas para eles. Fui em direção ao quarto do papai que tinha uma cama de casal. Deitei-me de bruços, cruzei as pernas estilo Presença de Anita e fiquei esperando.
Senti uma mordida na minha bunda. Era Beto, ele que gostava de me morder assim. Senti a mão grande de papai passando sobre a minha bunda e subindo para as minhas costas. Eu fiquei todo arrepiado.
Papai beijava as minhas costas enquanto Beto me penetrava com a sua língua. Papai chegou até o meu rosto e olhou pra mim.
– Como eu te amo meu garotinho. – Meu pai disse.
– Eu também te amo pai. – Eu disse pra ele e o beijei, me virei fazendo Beto parar de me chupar. – Eu também te amo Beto.
Beto veio até mim e me beijou. Fiquei deitado, com um de cada lado, eles se revezavam para me beijar, eu segurava os seus cacetes que estavam duros como pedra. Fiquei de quatro na cama papai, começou a me chupar enquanto Beto me deu o seu pau e fodia a minha boca.
– Vem Beto, pode fuder o cuzinho do seu irmão, ele já está pedindo pica. – Meu pai disse.
Papai ficou vendo o Beto enfiar o seu pau em mim. E assim que entrou eu gemi de tanto prazer. Papai veio até o meu rosto e me beijou. Deu-me o seu pau e eu chupava. Na medida em que Beto metia, eu sentia o pau de papai na minha garganta.
Beto segurava firme a minha cintura, aquela pegada de macho maravilhosa. Ficamos uns 15 minutos naquela posição quando Beto me fez mudar.
– Senta em mim Carlinhos. – Beto pediu.
Obedeci, sentei em seu pau. Papai veio por trás. Apesar de ser uma fantasia deliciosa eu não estava pronto para uma DP, não com dois caralhos daquela grossura. Papai sabia disso, por isso ele só ficou brincando lá trás. Em algum momento o pau de Beto saiu e o de papai entrou, foi uma delícia. A cara do Beto percebendo que o meu cuzinho já estava ocupado por outro pau também foi hilária.
Me inclinei até Beto e o beijei enquanto papai metia forte em mim.
– Beto, faz comigo como o Gustavo fez. – Eu pedi. Ele entendeu e atendeu.
Eu estava de quatro dando para o papai e comecei um 69 com Beto. Era a primeira vez que ele me chupava. Ele chupava gostoso. Eu chupava Beto mais ainda. Tudo aquilo excitou papai que metia cada vez mais forte, eu sentia cada vez mais profundo. Papai gemia, anunciando que estava próximo o seu orgasmo. Eu queria fazer Beto e papai gozarem junto de novo, receber leitinho na bunda e na boca ao mesmo tempo. Eu consegui.
Sentia os jatos de porra do papai esquentando o meu rabinho e Beto enchendo a minha boca com a sua porra. Não consegui resistir, gozei na boca do Beto que continuou me chupando. Papai ainda estava dentro de mim e gostou de sentir o meu cuzinho apertando o seu pau.
Saí de cima do Beto que estava lá com a boca cheia.
– Não cospe não. Dá pra mim. – Papai pediu e beijou o Beto pegando a minha porra da boca dele. Papai engoliu e me beijou eu senti o gosto da minha porra. Deitamos sobre Beto e o beijamos.
Ficamos na cama nos alisando, nos beijando, dizendo que agora começava uma nova fase em nossas vidas. Falei para o papai comprar uma cama maior e ele gostou da ideia. Dormimos nós três ali naquela cama.
Acordei com a campainha tocando, já tinha amanhecido. Devia ser o Bruno, Gustavo tinha chave, corri para o banheiro para pegar a minha roupa, escutei Gustavo gritando:
– Já vai.
Gustavo me viu saindo do banheiro, sorriu pra mim e me deu um beijo na boca.
– Acho que devia pelo menos deixar uma roupa para o Beto lá no quarto do seu pai. E fechar aquela porta. – Gustavo disse.
– Certo, peraí. – Eu disse. Era bom ter um amigo/irmão que pensava em tudo. Após eu fechar a porta do quarto do meu pai, Gustavo abriu a porta para o Bruno.
– Gustavo acordado? – Bruno surpreendeu.
– Você me acordou. – Gu respondeu sorrindo.
– Pode voltar a dormir Gu, vou preparar o café da manhã. – Eu disse.
– Já comprei pão. – Bruno disse rindo. – Lá em casa quem chega de manhã tem que levar o pão.
Gustavo voltou para o quarto enquanto fiquei na cozinha com Bruno.
– Conta tudo bicha. – Eu pedi.
– Foi maravilhoso. – Bruno disse rodopiando pela cozinha. – Viado o pau dele era aquilo tudo que a gente imaginou. Um chocolate delicioso. Ele me fez ver estrelas. Você não imagina uma coisa.
– O que?
– Ele é versátil. Quis ser versátil.
– E aí?
– Eu fui versátil bicha.
– Quem diria que essa passivona um dia seria versátil.
– Por isso não podemos dizer que dessa água não beberei. – Bruno disse. – Acredita que eu gostei. Ele tinha uma bunda gostosa, eu coloquei dentro dele e deixei rolar. Fiquei com medo do meu pau ficar mole, mas não ficou.
– É claro, era uma bunda de homem não de mulher. – Eu disse rindo.
– Viado, eu não dormi, transamos a noite inteira. Foi maravilhoso.
– Que bom amigo, fico feliz por você, de verdade.
– Amigo estamos virando ativos, você com o Wagner e eu com aquele morenaço. Por falar em Wagner, você encontrou com ele durante a noite, como ele pediu?
– Não, eu disse pra ele que não ia.
– Ai Carlinhos, perdendo uma chance com um cara daqueles. Viado, o cara já te chupou, deu para você. O que está esperando pra fazer o mesmo com aquele gostoso?
– Bruno eu não sei o que ele quer de mim e não sei o que quero dele.
– Carlinhos, agora é sério. Não acho que o Wagner é esse monstro que os meninos pintam. Talvez as pocs mereceram mesmo apanhar. Ficar de chantagem? Isso é baixo. Acho que ele já passou um aperto com aquelas fotos, isso já vingou todas as pocs que apanharam dele. Agora você pode pegar aquele gostoso sem culpa.
Bruno não entendia que Wagner não bateu apenas naqueles que o chantageavam, mas a forma que ele tratava as pessoas, a forma que tratou o Gustavo. Eu pedi para os meninos darem uma chance para o Wagner, talvez assim como eu, também estava dando. Queria descobrir quem ele é de verdade. Mas Beto estava certo. Só saberei quem Wagner é quando voltarmos para nossa cidade.
– Vai depender de como será quando ele voltar. – Eu disse.
– Você tá gostando desse joguinho né viado?
– Pior que estou. – Eu confessei.
O cheiro do café passado na hora fez o restante da casa se levantar. Papai estava feliz como eu não o via há tempos. Entrou na cozinha vestindo apenas sua sunga. Seu pau fazia um volume maior do que o normal. Eu lhe servi um copo de café e ele me deu um beijo na testa.
– Se divertiu ontem Bruninho? – Meu pai disse. Eu sorri, ele nunca tinha chamado o Bruno de Bruninho.
– Bastante Carlão. – Bruno respondeu.
Beto veio vestido com a roupa que eu joguei pra ele no quarto. Gustavo veio na sequência, estávamos terminando o café quando Pablo e Diego chegaram. Diego parecia constrangido com o Bruno.
– Depois te conto. – Bruno me disse.
Fomos juntos para a praia, era o último dia, à tarde teria um trio elétrico que passaria a beira-mar. Combinamos de depois do almoço irmos para a concentração. Na praia, os rapazes foram para o mar e eu fiquei queimando no sol com o Bruno.
– Te contar, vi seu priminho de papo com os pescadores de manhã quando eu estava chegando. – Bruno me disse.
– Isso não tem nada de mais. – Eu disse. Me lembrei que quando eu tinha a idade dele foi assim que eu conheci o Binho.
– Não tem, não teria reparado nele se quando ele me viu tivesse se escondido atrás do barco dos pescadores. – Bruno disse rindo. – Se escondeu é por que estava aprontando.
Acabei achando graça naquilo. Tempos depois o Wagner chegou correndo, jogando areia na gente, Bruno já ia brigar, com certeza brigaria se fosse o Beto ou principalmente o Gustavo. Mas vendo o Wagner, sua cara de bravo desapareceu e se transformou em um sorriso seguido de bom dia.
– Vou pra água. – Bruno disse.
– Vou com você. – Eu disse.
– Não fique aí. – Bruno disse. Wagner sorriu e piscou para o Bruno, meu amigo quase tropeçou.
– Não tivemos chance de conversar ontem. Você não quis ir para o hotel comigo. – Wagner disse.
“Não me arrependo”, pensei.
– Duvido que quisesse só conversar. – Eu disse.
– Ia te falar sobre a minha conversa com Beto. – Wagner disse, despertando o meu interesse.
– Sei que não fizeram as pazes.
– Não, mas Beto me deu esperança.
– Pra mim ele disse que a pessoa que você é aqui na praia não será a mesma que vamos ver quando voltar pra faculdade.
– Por que não viver o hoje? Eu sei que você gosta de mim. Gostou do que rolou ontem.
“Quem não ia gostar de um homem desses”, pensei.
– Gostei, mas esse não é você de verdade né Wagner? Na verdade, existe tantas versões de você. De que adianta gostar de uma e odiar as outras. – Eu disse.
– Você fala como o seu irmão.
– Talvez porque estamos certos sobre você. Quero muito que seja uma pessoa melhor, essa versão aqui.
– Você namoraria com essa?
– Por que não? Um cara bonito com um papo bacana, que parece gostar de mim. Que me beijou na rua. Que é bom de cama. Quem não namoraria. – Eu disse e Wagner sorriu.
– Talvez eu possa ser essa versão.
– O tempo todo?
– Por que não?
– Acho que vai precisar de muita terapia pra isso.
– Terapia é coisa de viado. – Wagner disse.
– Olha a outra versão aparecendo. – Eu disse me levantando. – Essa é a que vive em negação e sai na porrada para defender a sua falsa masculinidade. Dessa versão eu quero distância.
– Foi brincadeira.
– Eu duvido. – Eu disse indo para o mar.
Wagner parecia um cachorrinho de rua perdido em busca de atenção. Ele vinha para perto de mim e eu o deixava de lado, estava gostando disso. Ele ia até o Beto que também não lhe dava atenção como ele gostaria.
Fomos almoçar em casa e Wagner foi junto, não reparei em ninguém o convidando, mas mesmo assim ele foi de papo com o meu pai. Descansamos um pouco depois do almoço e fomos juntos para o carnaval. Beto e Gustavo colocaram as suas perucas coloridas que usaram na festa da Pérola. Papai colocou um chapéu de pirata. Eu um colar havaiano e um pouco de brilho no rosto, Bruno também usou o brilho, resolveu não se fantasiar de mulher. Wagner foi para o hotel e não nos encontramos até chegar à concentração do trio elétrico. Wagner estava lindo com um cape de policial, óculos escuros, distintivo, cassetete e algemas de plástico.
– Você está preso. Vai passar o carnaval algemado comigo. – Wagner disse e eu sorri enquanto ele me algemava. Beto olhou com cara feia, mas eu o ignorei.
Quando o trio começou a andar vi como estava cheio, acredito que a cidade estava toda ali. Wagner e Beto se disputavam para ver quem iria proteger a minha retaguarda. Realmente tinha muitos gaviões na área, senti que fui relado e bolinado algumas vezes, confesso que gostei.
Quem estava gostando mesmo era o Bruno, ele bolinava todo macho com a sua bunda. Até meu pai foi alvo. Bruno parou na frente dele e andava bem devagar para o papai ir relando nele. No meio da confusão nem parecia que fosse de propósito. Outro alvo do Bruno foi meu primo Pablo, que depois de tentar relar em várias garotas se contentou em ter apenas o Bruno na sua frente.
Gustavo olhou pra mim e me mostrou o Bruno sorrindo, cantando com uma mão para cima e a outra para trás. A de trás estava apalpando o pau do Pablo que fingia que nada estava acontecendo. Quando olhei para trás, Beto também via aquela cena e sorria. Pablo percebeu que estávamos sorrindo e saiu de perto do Bruno. Bruno não ligou, achou outro alvo fácil.
Foi uma tarde divertida. Quando o trio terminou o percurso ficamos na dispersão onde havia vários carros de sons. Ficamos por lá bebendo e divertindo. Tinha uma área destinada ao banheiro público. Eu chamei Bruno para ir comigo.
– Aproveitou em bicha. Eu vi você trabalhando bastante hoje hein? – Eu disse.
– Adoro carnaval, multidão. Tenho tara. – Bruno disse rindo.
Quando chegamos ao banheiro, percebemos que havia um canto suspeito, nossa curiosidade nos chamou até lá. Estava rolando pegação. Tinha dois caras de joelhos que chupavam qualquer pau que apontassem para a boca deles. Bruno me cutucou e me mostrou um outro cara de quatro que estava dando sem saber pra quem, sem nenhum preservativo.
– Isso é muita loucura. Como podem fazer isso? – Eu disse.
– Tesão e drogas. – Bruno respondeu.
Beleza uma aventura no banheiro, mas dessa forma. Pior que a Bruna Surfistinha, distribuindo sem nenhuma proteção. Isso era de mais pra mim. Fui para o mictório e urinei.
– Amigo se esconde. – Bruno me disse.
– Por quê? – Eu perguntei.
– Seu primo tá ali se masturbando vendo aquilo. Eu vou ajudar, mas não vai rolar se ele te ver.
Eu ainda não tinha visto o Diego. Entendia ele ter tesão naquilo. Mas participar de algo assim eu não podia deixar.
– Onde bicha não estou vendo o Diego.
– Pira não viado, tô falando do mais velho, ali de costas.
– Não acredito. Ele é todo homofóbico.
– E vai continuar sendo, como a maioria dos que estão vendo e participando disso. Carlinhos, pra eles os viadinhos são os que estão dando e chupando. Me ajuda aí bicha, quero pegar aquele gostoso.
– Vou ficar escondido, então.
Me escondi atrás de uma cabine bem próximo deles, vi Bruno chegando até o Pablo já tocando no seu pau.
– Deixa eu te ajudar. – Bruno disse.
Pablo não respondeu, apenas afastou as suas mãos. Os outros voyeres começam a prestar atenção neles. Bruno gostou daquilo, se abaixou e começou a chupar o Pablo. Pablo segurava a cabeça de Bruno e fodia a sua boca com vontade.
– Deixa eu também. – Um cara pediu.
– Não cara, sai pra lá. – Pablo disse e Bruno sorriu pra ele voltando a chupar.
O cara não satisfeito ficou do lado do Pablo, colocou o pau duro pra fora e ficou balançando próximo ao rosto do Bruno, achando que o Bruno iria trocar de pau ou pelo menos lhe dar uma mãozinha. O cara chegou com o pau bem próximo ao rosto do Bruno que o empurrou.
– Qual é viado, chupa essa também. – O cara disse. Percebi que aquilo ali poderia dar merda e saí do meu esconderijo.
– Cara ele falou que não quer, vaza. – Pablo disse.
– Qual é playboy? Você tava aqui a um tempão querendo uma boca pra te chupar e agora não quer dividir, eu cheguei aqui antes de você. Apaixonou por essa boquinha foi? – O cara disse para o Pablo e se encostando no Bruno que estava congelado de susto.
– Vamos sair daqui Bruno. – Eu disse abraçando o meu amigo. – Vem Pablo.
Pablo ficou branco ao me ver. Bruno aliviado. Saímos daquele banheiro.
– Obrigado Carlinhos, eu estava em pânico já. Eu fiquei com medo daquele cara fazer alguma coisa comigo. – Bruno disse.
– Ele não ia fazer nada. Ainda bem que eu cheguei lá e vi que você estava passando aperto. – Pablo disse. Eu e Bruno olhamos pra ele sem entender. – Eu fui mijar e vi um cara o ameaçando, reconheci que era seu amigo e fui ajudar.
Pablo olhava para o Bruno querendo o forçar a confirmar a história. Ele não sabia o que dizer.
– Quer que eu acredito que o Bruno tava lá chupando um monte de desconhecidos e você o salvou? – Eu perguntei.
– Não sei o que ele estava fazendo. – Pablo disse.
– Se enxerga Pablo, eu cheguei lá junto com o Bruno. Eu vi tudo que aconteceu. – Eu disse. Deixando Pablo mais uma vez branco. – Não vou falar nada não, então nada de inventar história que você é o salvador senão eu conto a verdade.
Pablo abaixou a cabeça e não disse mais nada. Para provar que era homem, ele pegou mais uma mulher feia, ela estava dando em cima dos caras para comprar bebidas pra ela.
– Caralho voltei do banheiro e está rolando maior pegação lá dentro. – Gustavo disse. Olhou pra mim e pro Bruno que sorrimos e ele reparou o Pablo fingindo que não escutou nada. – Não viu isso não Pablo, ficou tanto tempo lá dentro.
– Não, eu mijei e sai. Tava ficando com uma morena gata. Não foi Carlinhos? – Pablo disse.
– Não sei de nada. – Eu respondi. Não contar o que aconteceu é uma coisa, agora mentir falando que o Pablo era o bonzão é muito diferente. Gustavo sorriu.
Depois do susto, Bruno voltou a se divertir. Vimos Binho com uma garota e ele nos cumprimentou apenas de longe. Wagner queria me algemar de novo, mas Beto não deixou. Ficou me protegendo das investidas dele e eu achei aquilo bonitinho.
Voltamos para casa, papai já estava bastante bêbado, foi para o seu quarto e deitou. Eu, Bruno, Beto e Gu fomos para o nosso quarto. Depois de um pouco de papo fomos dormir.
Meu pai foi o primeiro a acordar, o café já estava na mesa.
– Acorde os meninos, nossa última manhã, vamos aproveitar que depois do almoço vamos embora. – Meu pai disse.
Chamei os meninos tomamos café e fomos para a praia. Tempos depois Wagner estava lá.
– Não vai passar protetor? Você já está vermelho. – Wagner me disse.
– Hoje quero queimar, último dia. – Eu disse.
– Carlinhos você não queima, você fica vermelho. Deixa-me passar em você. – Wagner disse passando o protetor nas minhas costas. – Perdemos a última noite para ficarmos juntos aqui.
– Não ia acontecer mais nada aqui Wagner. Te disse que poderia ganhar algo se realmente deixar de ser um babaca.
– Ainda me acha um babaca?
– Não, aqui você não foi. Está de parabéns. Quero ver quando voltarmos para a nossa realidade. – Eu disse, ele acabou de passar o protetor em mim e eu agradeci.
Passamos o resto do dia na praia super de boa. Eu já sentia saudade de tudo que aconteceu neste carnaval. Que pra mim foi ótimo. Bruno estava na mesma vibe.
– Acho que foi a melhor viagem que fiz. Nunca tinha aproveitado tanto. – Bruno disse.
– Puta. – Eu disse rindo.
Estávamos colocando as malas no carro. Quando Wagner chegou em sua BMW. Eu não sabia que ele tinha vindo sozinho de carro.
– Que carrão. – Meu pai disse.
– Ele é ótimo mesmo. – Wagner respondeu ao meu pai e olhou pra mim. – Alguém quer vir comigo. Estou sozinho.
– Beto, Gustavo. Um de vocês vai com Wagner, muito pesado pra ele dirigir sozinho. – Meu pai disse.
– Eu dirijo de boa. – Wagner disse. – É mais pela companhia.
– Vai um motorista com você. – Meu pai disse.
– Eu não vou. – Escutei Gustavo dizendo para o Beto.
– Eu vou, mas tem que deixar eu dirigir também. – Beto disse.
– Não precisa. – Wagner disse.
– Eu vou se deixar eu começar dirigindo. – Beto insistiu.
Wagner olhou com cara feia pra ele e por fim aceitou. Percebi o sorriso do meu irmão, ele queria dirigir aquela BMW.
Despedimos dos nossos parentes. Dei um abraço apertado na minha mãe e no Diego. Passei meu número pra ele e disse que podia me ligar se quisesse conversar. Ele ficou feliz por isso.
Me sentei no banco de trás com o Bruno e fui dormindo a viagem inteira. Já era noite quando o celular do meu pai tocou no som do carro me fazendo acordar.
– Sofremos um acidente. – Beto disse.
– Acidente? Como assim um acidente? – Meu pai perguntou. A ligação caiu.
O celular do Gustavo apitou, várias vezes.
– São avisos de ligações perdidas. A primeira já tem quase duas horas. Todas do Beto – Gustavo disse.
Senti aquele frio no peito. “Um acidente!”
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Capítulo 15 – Beto
Estávamos colocando as malas no carro. Quando Wagner chegou em sua BMW.
– Que carrão. – Meu pai disse.
– Ele é ótimo mesmo. – Wagner respondeu ao meu pai e olhou para o Carlinhos. – Alguém quer vir comigo? Estou sozinho.
Meu pai disse para algum motorista ir com o Wagner. Gustavo disse que não iria. Eu me candidatei desde que eu pudesse dirigir. Wagner me olhou com cara feia, mas aceitou. Fiquei contente por dirigir aquela máquina. Nos despedimos e eu sentei no banco do motorista. Passei a mão naquele volante, aquele painel que mais parecia um avião. Wagner já iria dizer algo quando eu disse antes:
– Relaxa! Eu sei dirigir. – Eu disse. Coloquei meus óculos escuros, queria tirar uma foto, mas não ia fazer isso com o Wagner do meu lado.
Saímos da cidade em comboio, como eram três carros totalmente diferentes não ficamos juntos por muito tempo. Rapidinho eu saí na frente. Wagner ligou sua playlist e viajamos curtindo músicas e sem conversar por um bom tempo.
– Curti de mais essa viagem. – Wagner me disse.
– Também gostei. Foi bom pra mim e pra minha família. – Eu disse.
– E bom pra gente né Beto? Quem diria que voltaríamos a nossa amizade.
– Quem disse que voltamos com a nossa amizade?
– Acha que se não fosse meu amigo eu deixaria você dirigir esse carro?
– Fala que é meu amigo, mas fica perseguindo o meu irmão.
– Cara eu gosto do seu irmão. Ele me lembra você. – Wagner disse. Eu olhei pra ele. Wagner sorria sem graça para mim. Sem perceber desviei o carro para a esquerda. E vi o Wagner colocando a mão no volante.
– Presta atenção.
– Como assim o Carlinhos te lembra a mim?
– Não sei explicar, não falo na aparência. Mas no jeito, a bondade, a inocência, a beleza interior. Ele tem tudo que um dia me fez apaixonar por você.
Aquilo era muito pra mim. Era possível o Wagner ter mesmo um dia se apaixonado por mim. Ele realmente estava apaixonado pelo Carlinhos?
– Beto, eu te juro que não vou fazer nenhum mal pra ele. – Wagner disse.
– E que bem você pode fazer?
– Posso fazê-lo feliz, ser uma boa companhia, lhe dar prazer.
“Isso eu também posso fazer.” Pensei.
– É pouco. – Eu disse.
– Então me diga o que espera que eu faça? – Wagner me perguntou.
– Que o deixe em paz.
– Beto não seja criança. Eu quero fazer isso da forma certa, quero que você apoie isso. Mas sabe que não preciso do seu apoio. – Wagner disse me irritando.
– Você que é um sem noção. – Eu disse. – Quer a minha benção pra pegar o meu irmão, fazê-lo feliz. Fazê-lo feliz como? Transando escondido? Fingindo que ele não existe na faculdade. Fugindo para outra cidade onde ninguém te conhece para serem um casal normal? Acha que meu irmão quer isso? Precisa disso?
– Acho que cabe a ele decidir. Só quero que você aceite o que ele decidir e me veja como um amigo. Um verdadeiro amigo.
– Eu já tenho um amigo.
– O Gustavo? – Wagner me perguntou. Eu sinalizei que sim com a cabeça. – Interessante. São apenas amigos?
– Isso é da sua conta? – Eu perguntei. Quis deixar a dúvida de propósito no ar.
– Não. Um pouco. É sim. Você era meu amigo. O Gustavo também foi um amigo importante pra mim. Até mais que um amigo. Então acho que isso é da minha conta sim.
– Você falou muito bem. Usou o tempo verbal corretamente. Foi, fomos, passado. Não é da sua conta. – Eu disse. O clima ficou pesado. Aproveitei para aumentar o volume do som.
– Está rolando algo. Eu posso sentir. Se eu tivesse dito algo quando a gente ainda estava no Ensino Médio eu teria alguma chance?
– Talvez. – Eu respondi. Wagner ficou calado.
Nunca teria pensando nisso com outro cara antes de rolar com o Carlinhos. Até com o Gu só aconteceu porque na primeira vez a Débora estava no meio. Duvido que eu teria dado alguma chance para o Wagner assim de cara. Mas uma coisa era certa, eu não ia deixar de ser amigo dele. E, talvez, com o tempo não sei se poderia rolar algo. Confesso que hoje eu sinto muito prazer com o Carlinhos, com o meu pai e com o Gu.
Me distraí pensando na noite que tive com o Carlinhos e meu pai. Uma noite excitante e cheia de tesão. Não senti ciúmes do meu pai igual eu senti quando o Carlinhos estava com o Gustavo. Aquele ciúme era diferente, me dava mais tesão. Comecei a pensar quando seria eu, meu pai, Carlinhos e Gu juntos. Isso me deixou excitado. Percebi que Wagner reparou o volume na minha calça, mas ele não comentou nem ficou me encarando.
O sol estava mais fraco, já sentia meu ombro doendo. Estávamos chegando na metade do caminho, pela quilometragem estávamos próximos da parada onde encontraríamos com meu pai e minha mãe. Rodei o pescoço tentando fazer um alongamento.
– Cansou? – Wagner me perguntou.
– Um pouco. Mais 30 km chegamos na parada. – Eu disse.
– Bom, estou a fim de ir ao banheiro mesmo.
– Será que eles estão muito longe?
– Pelo tanto que você correu, pelo menos uns 30 minutos o seu pai. Seu tio com aquele carro velho, deve tá pelo menos há uma hora. – Wagner disse.
Diminui a velocidade, não ia adiantar chegar rápido na parada e ficar lá esperando. Chegamos na parada e estava cheia pela volta do carnaval. Fomos ao banheiro, comemos um lanche e ficamos esperando a chegada do meu pai. Mais ou menos 40 minutos depois ele apareceu. Carlinhos e Bruno ficaram dormindo dentro do carro. Papai e Gustavo vieram até nós.
– Como está a viagem? – Gustavo me perguntou.
– Está tranquila. – Eu disse.
– Que bom. – Gustavo disse pedindo um café.
– O senhor vai continuar na BR ou passar pelo interior? – Wagner perguntou o meu pai.
– Vou pelo interior, o fluxo é menos intenso e chegando na cidade sempre tem engarrafamento. – Meu pai respondeu.
– Boa ideia, vou por lá então. – Wagner falou.
– Pai, você vai esperar a mamãe? – Eu perguntei.
– Não vou não. – Meu pai disse. – Vou ligar pra ela e dizer que já vamos embora.
– Ok, manda um beijo pra ela. – Eu disse.
– Mando sim. Vamos então? – Meu pai nos chamou.
Voltamos para o carro. Vi Carlinhos e Bruno escorado um no outro e dormindo. Wagner também os observou. Senti que Bruno era o verdadeiro irmão para o Carlinhos eu estava em outro nível.
– Beto, me fala aí o que rola entre você e o Gustavo? – Wagner me perguntou quando estávamos em seu carro.
– Uma amizade verdadeira. Você não sabe o que é isso. – Eu disse. Wagner me olhou com uma cara triste que eu quase senti pena.
– Ele te contou sobre a gente?
– Não muito, o suficiente.
– Ele me odeia.
– O Gu não é o tipo de pessoa que guarda ódio. – Eu disse. – Apesar de você merecer o ódio dele, ele apenas sente magoa.
– Eu errei com ele.
– Você errou com todo mundo né Wagner?
– Só tenho dois arrependimentos. Com você e com ele.
– É, você parece bem arrependido. – Eu disse sendo irônico.
– É verdade.
– Correndo atrás do meu irmão e tratando o Gustavo mal.
– O seu irmão não tem nada a ver com a nossa amizade e eu não trato o Gustavo mal. Ele que me despreza.
– Como se você não fosse você que começou com isso. – Eu disse.
Wagner ficou calado. Me distrai com o pôr do sol, as montanhas, acabei cochilando. Acordei estava escuro e o som do carro estava bem alto. Eu diminuí.
– Deixei o som alto para eu não cochilar como você. – Wagner disse.
– Foi mal. – Eu disse. – Cara por que ainda estamos na BR?
– Passei da entrada?
– Sim, bastante.
– O que faço? Volto ou continuo aqui?
– Deixa eu ver no GPS – Eu disse. – É melhor voltar, o trânsito vai parar todo mais pra frente.
Wagner entrou em um acesso, manobrou e voltamos pela BR. Perdemos uns 40 minutos no caminho de volta, pegamos uma pequena estrada que ligaria em outra rodovia. Mais 12 km chegamos na rodovia que estava bem vazia.
– Acredito que devemos chegar junto com o seu pai. – Wagner disse.
– É, deve ser. – Eu respondi.
A rodovia tinha um asfalto bom, bem sinalizada, mas pouco iluminada. Estávamos rápido, bem acima da velocidade máxima permitida de 90km/h. Eu e Wagner vimos a mesma coisa no meio da estrada. Era um animal, não sabia exatamente qual, mas vimos os seus olhos brilhando. Wagner foi rápido, desviou, mas o animal se assustou e foi para a mesma direção que o carro. Wagner tentou desviar novamente, o animal fugiu, mas nós atingimos algo. Não vi mais nada apenas aquele branco na minha frente.
– Ainda bem que o Airbag funciona. – Wagner disse.
– Caralho que susto. – Eu disse colocando a mão no peito e sentindo meus batimentos disparados. Wagner levou a sua mão até o meu peito e escutou.
– Você se machucou?
– Não. – Respondi.
Saí do carro, ele estava com as rodas da frente suspensas. Wagner ligou o carro e deu ré. Mas deu algum problema na direção, as rodas não obedeciam ao volante. Liguei para o meu pai. O sinal estava fraco. Ele não atendia. Liguei para o Gustavo também que não atendeu.
– Se eles estiverem atrás de nós vão nos ver aqui. – Wagner disse.
– Perdemos muito tempo tendo que voltar, acho que eles já passaram. – Eu disse.
Aquela rodovia era pouco movimentada, ninguém mais passou depois do acidente. Eu insistia nas ligações e ninguém atendia. A sorte foi o Tio Paulo que passou e parou. Explicamos para ele e minha mãe o que aconteceu. O carro deles já estava cheio por isso não nos deram carona. Tio Paulo disse que iria parar no próximo posto e pedir um reboque.
Mais 40 minutos o reboque chegou e nos levou para uma cidade próxima. Wagner ligou para o seu seguro. Enviariam um novo reboque, mas iria demorar horas. Wagner achou melhor, marcar com o seguro para às 7 da manhã do dia seguinte.
– A gente dorme em alguma pousada, melhor do que ficar por aqui esperando. – Wagner me disse e eu concordei.
Consegui ligar para o meu pai.
– Oi pai, tá tudo bem, mas sofremos um acidente. – Eu disse. A ligação estava ruim e eu liguei de novo. – Pai, está ouvindo?
– Estou, o que aconteceu? Estão bem? – Meu pai perguntou, escutei a voz de Carlinhos também no fundo.
– Estamos sim. Mas não teremos como voltar. O Wagner já acionou o seguro, vai vir um reboque para nos buscar amanhã bem cedo. Vamos ficar por aqui em uma pousada. Mamãe passou por aqui e nos ajudou.
– Vocês se machucaram? – Carlinhos perguntou.
– Não, estamos bem. – Eu disse.
Eu estava dolorido, a pressão do cinto e aquele airbag na cara. Mas preferi não dizer. Tive que contar duas vezes tudo que aconteceu para convencer meu pai e Carlinhos continuarem a viagem.
– Peguei um quarto pra gente. – Wagner disse. – A pousada não é boa, mas pedi o melhor quarto.
– Por que uma pousada de rodovia tem quarto para lua de mel? – Eu perguntei quando entramos no quarto vi as toalhas em formato de cisne e uma hidromassagem.
– Tem coisas nesse mundo que nunca vou entender. – Wagner disse.
– Caralho! – Eu disse. Wagner olhou pra mim. – Minha mala ficou no carro do meu pai.
– Eu te empresto uma roupa. Vou pegar a minha mala lá no carro. – Wagner disse.
Fui para o banheiro. O chuveiro ficava colado na hidro, liguei a ducha, água quente, a pressão era ótima. Me sentia sendo massageado na nuca. Me assustei com o barulho da hidro sendo ligada. Wagner estava ali no banheiro.
– Não me olhe assim. Claro que eu vou relaxar nessa hidro. – Wagner disse.
– Eu não disse nada. Só que podia esperar eu acabar o meu banho antes de entrar aqui. – Eu disse.
– Era isso que eu queria evitar. – Wagner me olhou com cara triste.
– Não entendi.
– Não te contei antes que eu sou gay, você ia me tratar assim. Quantas vezes te vi pelado Beto. Agora tenho que esperar você sair do banho para entrar no banheiro. Você ia mudar comigo de qualquer jeito. Preferia que me achasse um babaca do que um ser inferior.
– Não viaja Wagner.
– Então por que não posso ficar no banheiro enquanto você toma banho?
– Não sei. Mas não é por isso. Não acho gay inferior. Você que acha isso.
Wagner me encarou e não disse nada. Tirou a sua roupa e entrou no chuveiro comigo.
– O que está fazendo? – Eu perguntei.
– Tomando banho, tirando a sujeira do meu corpo antes de entrar na hidro. – Wagner respondeu como se aquilo fosse resposta suficiente.
Wagner passou por mim para pegar o sabonete, nisso a sua bunda encostou–se no meu pau. Meu pau ficou duro na hora. Eu me virei de costas, mas Wagner percebeu.
– Esqueci que seu pau é sensível ao toque. – Ele disse me deixando sem graça.
Eu não respondi, sai do chuveiro e entrei na hidro. Me sentei e esperei a minha ereção passar. Wagner veio em direção da hidro, percebi que o seu pau estava duro. Me perguntava se ele ficou excitado ao me ver de pau duro. Me levantei.
– Não precisa sair. Podemos curtir a hidro juntos, ou você tem problema com isso? – Wagner me perguntou. Novamente não respondi. Wagner sentou de frente pra mim e me encarava.
– O que foi? – Eu perguntei.
– Nada só estou pensando. – Wagner disse. – Se rolou mesmo algo entre você e o Gustavo, como pode ser amigo dele se você é tão preconceituoso.
– Não seja idiota, eu não sou preconceituoso. Meu irmão é gay e eu o amo mais que tudo.
– Mas família a gente não escolhe. Amigos sim.
As espumas da hidro não me deixavam ver se o Wagner ainda estava excitado, ou se ele estava se tocando, já que ele estava com as mãos em baixo d’água.
– Não viaja. O Gustavo é meu amigo e foi sincero comigo desde o início e se rola alguma coisa já disse que não é da sua conta. – Eu disse.
– Sabe que essa grosseria sua comigo, esse ódio pode ser outra coisa. – Wagner disse eu o encarei. – Você se sente traído.
– E não fui? – Eu respondi. Fiquei aliviado por ele não dizer apaixonado. Imaginar que alguém pudesse pensar isso me deixava irritado.
– Só se sente traído quem tinha um grande sentimento. E por mais que tente negar eu sei que teve, e ainda existe, tanto que ainda se sente traído.
– Você tá certo em uma coisa, ainda sinto raiva de você. – Eu disse.
Wagner veio na minha direção. Parou na minha frente com as mãos nas minhas pernas e me olhou nos olhos.
– Só raiva? – Ele perguntou.
– O que você quer Wagner?
– Que fale a verdade. Aquela que você esconde até de você mesmo.
– Quer saber mesmo? Então eu falo. Você era um irmão pra mim. Um amigo de verdade e eu te amava. Nunca imaginei que você me enganava, me traía. E mesmo agora querendo voltar amizade comigo continua me traindo indo atrás do meu irmão. Se você tivesse me dito a verdade não ia terminar a nossa amizade. Talvez construiríamos uma maior e mais forte, assim como tenho hoje com o Gustavo. E sim, eu e o Gu já nos pegamos sim. Satisfeito? – Eu disse me levantando.
– Espera. – Wagner disse segurando as minhas pernas. – Eu sinto muito, nunca quis te magoar Beto. Saiba que fui eu quem saiu mais machucado nisso tudo. Eu perdi muito mais do que você. Você perdeu um amigo. Eu perdi alguém que eu amava.
– Eu te amava cara. – Eu disse.
– Eu sei, mas não da mesma forma. E você seguiu em frente, hoje tem um bom amigo. E eu ainda estou na mesma. Eu realmente quero ter uma amizade com você, assim como você tem hoje com o Gustavo. Mas também é verdadeiro o que eu sinto pelo seu irmão. E é enorme o meu medo disso. Foi esse medo que me fez acabar com o Gustavo daquela maneira. E se eu tiver a sua amizade eu sei que terei força para suportar tudo.
– Afinal o que você quer de mim? – Eu perguntei. Não entendia mesmo.
– Tudo Beto. Quero você, a sua amizade, o seu irmão. – Wagner disse.
Antes que eu pudesse dizer que aquilo era o maior absurdo que eu já escutei Wagner me beijou. E segurou no meu pau.
Se o Gustavo fizesse aquilo, me beijar e segurar o meu pau não teria problema nenhum. Por que com o Wagner parecia tão absurdo? O que eu deveria fazer?
Wagner me segurava pela nuca. Eu não fiz nada, eu cedi aquele beijo e abri a minha boca, senti a sua língua por um momento abri os meus olhos, Wagner também abriu e eu vi um sorriso nos seus olhos. Ele ainda segurava o meu pau que estava duro em sua mão. Wagner o soltou e veio com o seu corpo pra cima de mim. Senti o seu pau enorme e grosso relando no meu corpo. Terminamos aquele beijo e eu o empurrei o tirando de cima de mim.
– Cara o que foi isso? – Eu perguntei.
– Algo que sempre quis fazer. – Wagner me disse.
– Isso não faz sentido. – Eu disse saindo da hidro. Peguei a toalha enrolei na cintura e fui para o quarto onde me enxuguei. Wagner apareceu no quarto também com a toalha na cintura e um sorriso enorme no rosto. – Não Wagner. Você não pode dizer que me ama, que ama meu irmão, que quer uma amizade assim como eu tenho com o Gustavo e que ainda quer que eu te dê forças para namorar o meu irmão. Não faz sentido.
– Por que não faz sentido? Não acha que eu não posso amar vocês dois? – Wagner disse. – Sabia que o Gustavo também tem sentimentos pelo seu irmão e que eles já ficaram?
– Como você sabe disso?
– Eu perguntei para o Gustavo.
– E ele te contou?
– Sim, na verdade ele mentiu, mas ele não sabe mentir. Então contou. Não quero fazer fofoca, colocar você contra ele. Mas eu tenho sentimentos pelo seu irmão assim como ele, eles já ficaram juntos e vocês tem essa bela amizade. Por que não pode ser assim comigo?
– Não se compare ao Gustavo. Ele não faz papel de homofóbico que sai batendo nos outros pela rua.
– Eu não sou mais assim Beto, eu não quero ser.
Eu não tinha resposta, me deitei na cama e nem pedi roupa para o Wagner apenas me cobri. Me dei conta que naquele quarto só tinha uma cama de casal e mesmo assim não era das maiores.
– Você me pede muito. Wagner. – Eu disse.
– Então quero pedir só uma coisa. Olha pra mim. – Wagner disse, ele se deitou ao meu lado e se cobriu com a mesma coberta e nos olhamos. – Só hoje, só por hoje. Nesta noite, esquece o quanto o eu te magoei, lembra de mim como aquele amigo. E curta essa noite comigo.
Eu olhava para o Wagner, para os seus olhos. Eu não disse nada. Wagner apagou a luz e me beijou.
Eu já não era mais eu mesmo. Depois do que rolou com o Carlinhos eu estava me tornando gay? Carlinhos, meu pai, Gustavo e agora o Wagner. Não podia negar, sentia prazer nesses momentos.
Senti a língua do Wagner invadindo a minha boca. Sentia o seu corpo colando no meu, ambos estávamos excitados. Não consegui pensar em nada além de curtir aquele momento.
– É isso que você quer Wagner? – Eu perguntei o virando na cama segurando seus braços próximos a sua cabeça e me sentando sobre ele.
– Sempre quis Beto. – Wagner me respondeu.
Eu ainda o segurando o beijei, mordi o seu queixo e dei um chupão no seu pescoço. Wagner gemeu.
– O machão da escola na verdade é uma putinha na cama. – Eu disse.
Wagner usou a sua força e me tirou de cima dele. Me deitou na cama e prendeu os meus braços como eu fiz com ele. Ele me beijou forte.
– Entre quatro paredes eu posso ser o que eu quiser. Posso ser um macho dominador ou uma putinha sim. – Wagner disse sorrindo e voltou a me beijar ainda segurando os meus braços.
Wagner beijou o meu pescoço, desceu para o meu peito, abdômen e por fim abocanhou o meu pau. Eu gemi. Wagner me chupava com vontade, ele brincava com as minhas bolas e hora ou outra ele as chupava. Eu estava relaxado segurando a cabeça do Wagner e fodendo a sua boca. Ele me virou de uma vez me deixando de bruços.
– Você não vai fazer isso. – Eu disse.
– Relaxa, Beto. – Wagner respondeu enfiando a sua cara na minha bunda.
Senti a minha bunda babada, senti a sua língua no meu cu. E isso era assustadoramente prazeroso. Tirei Wagner de cima de mim.
– Não gostou? – Wagner me perguntou.
– Não. – Menti.
– Então por que eu pau está completamente duro?
– Cala a boca Wagner. – Eu disse. Levando a boca dele para o meu pau.
Wagner se virou na cama começou a me chupar e trouxe o seu pau para próximo ao meu rosto. Seu pau era realmente enorme. Receoso eu segurei nele e coloquei em minha boca. Wagner gemeu e me chupava com muito mais vontade, ele movimentava todo o seu corpo fazendo com que eu o chupasse da mesma forma que ele me chupava.
Depois de um tempo nos chupando eu tirei o pau do Wagner da minha boca, procurei o seu cuzinho. Ele me ajudou a chegar com a língua dentro dele. A sua bunda era diferente da do Carlinhos, a dele era firme, quadrada enquanto a de Carlinhos era mais arredondada, macia, feminina. Me senti pela primeira vez chupando uma bunda de macho. Aquela carne dura, artificialmente lisa. Eu gostei. Assim como Carlinhos, Wagner quando excitado piscou o seu cu na minha língua. Isso me deixava ainda mais excitado, isso e escutar os gemidos do Wagner abafados pelo meu pau em sua boca.
Wagner se levantou, foi até a sua mala e voltou com uma camisinha e um lubrificante. Ele colocou a camisinha no meu pau com a boca, eu passei o lubrificante em meus dedos e o penetrei. Wagner sentou no meu pau, senti meu pau penetrando na sua bunda firme e em seu cuzinho apertado. Wagner gemeu.
– Sempre quis isso. – Wagner disse sorrindo pra mim. Ele se inclinou e me beijou.
Meu pau escapuliu de dentro dele. Wagner sentou novamente e começou a cavalgar. Eu apertava o seu peito forte, desci minhas mãos para a sua cintura e o ajudava no movimento. Depois de um tempo nossa respiração ficou ofegante. Eu gozei com um gemido alto. Wagner gozou na sequência, ele se inclinou novamente, me beijou e relava o seu corpo no meu, o senti gozando pela segunda vez em menos de dois minutos.
– Você é fantástico Beto. – Wagner me disse.
Eu não tinha resposta. Sentia remorso, culpa, alivio e prazer, tudo ao mesmo tempo. Me levantei peguei a minha toalha e fui para o banho. Quando voltei pra cama Wagner já dormia. Fiquei alguns segundos em pé vendo aquele que foi por anos o meu melhor amigo dormindo. Depois do que aconteceu eu não sabia mais o que éramos. Me deitei ao seu lado e dormi.
Acordei excitado, meu pau estava molhado, me assustei quando vi Wagner me chupando.
– Bom dia. – Ele disse. Olhei pela janela, o sol estava nascendo. – Você estava aí dormindo, seu pau duro e eu não resisti. – Wagner veio para me dar um beijo na boca, eu virei o rosto, mas mesmo assim ele me deu um selinho.
– Temos que conversar sobre isso.
– Não. Não temos. Não vamos estragar isso Beto.
– Eu estou confuso. Não sei mais o que nós somos. Não sei o que aconteceu.
– Somos amigos. É só isso que importa.
– Não Wagner, não é só isso. Eu não raciocinei ontem. Tem muita coisa envolvida. Tem o Carlinhos, o Gustavo.
– Beto, tudo ao seu tempo.
– É tudo agora. Como eu chego em casa e encaro o meu irmão depois disso. Você disse que o ama, mas fez...
– Amor, fiz amor com você. Mesmo que você ache que seja só sexo. Somos amigos e nos amamos assim como você e o Gustavo. – Wagner disse.
Eu não sabia o que dizer, mas sabia que Carlinhos e Gustavo não iriam me perdoar.
Descemos para tomar o café. O reboque chegou e nos levou embora. Cheguei em casa. Carlinhos tinha ido para a aula e meu pai para o trabalho. Tomei um banho e fui para o trabalho ainda atordoado por tudo que aconteceu. Mandei mensagem para o Gustavo pedindo para ele ir lá em casa à noite. Eu queria conversar com e ele e com o Carlinhos.
Cheguei em casa à noite e Gustavo já estava lá. Jantamos juntos e mais uma vez tive que contar como foi o acidente. Depois de jantar eu lavei os pratos, talvez uma boa ação amenizasse quando eu contasse o que rolou. Gustavo me olhava desconfiado, senti que ele já sabia tudo que aconteceu e estava pronto para me julgar. Chamei os dois para o meu quarto e contei tudo que aconteceu.
– Eu me sinto muito mal por isso. Eu não pensei. – Eu disse no final. Carlinhos e Gustavo se olharam. – Digam alguma coisa.
– Não tenho nada pra dizer Beto. Você fez o que sentiu vontade. Te disse que o que rolou entre mim e o Wagner não tem que afetar a relação de vocês. – Gustavo disse.
– Eu também tenho que confessar uma coisa. – Carlinhos disse. – Aquela manhã que eu sumi e estava com o Wagner.
– Agora conta uma novidade. – Gustavo disse rindo.
– Eu estava no hotel com ele. Nós também transamos. – Carlinhos disse. – E eu também fui ativo.
Eu apenas abaixei a cabeça, não condenei o Carlinhos, mas escutar aquilo me doeu. Eu não tinha o direito de falar nada.
– Não entendo o Wagner. Ele transou com você, por que depois ele quis transar comigo? O que ele quer da gente? – Eu perguntei.
– Não sei, achei que ele estava apaixonado por mim. – Carlinhos disse.
– Ele disse que está, mas disse que me ama. Que me ama como um amigo. Quer o mesmo tipo de amizade que nós temos com o Gu. – Eu disse.
– O Wagner sabe da nossa amizade? – Carlinhos perguntou.
– Ele me perguntou se tinha rolado algo entre a gente. Eu neguei, mas... – Gustavo disse.
– Mas você não sabe mentir. – Eu disse. – E eu acabei falando que rolou algo entre nós dois Gustavo, me desculpe por isso.
– Sem problemas. Não tenho porque esconder do Wagner. – Gustavo disse.
– Mas da gente ele não sabe nada Carlinhos. – Eu disse.
– E como vai ser agora Beto? – Carlinhos perguntou olhando pra mim e pro Gustavo. – Ele vai fazer parte disso?
– Não. – Gustavo respondeu de uma vez. – Vocês são livres para serem amigos e transar com quem quiserem. Mas eu não farei parte disso com o Wagner.
– Mas Gu vocês estavam se dando bem na praia, jogaram juntos e tal. – Carlinhos disse.
– Sim, foi bacana, naquele momento não nos desprezávamos, mas querer transformar isso em uma amizade como a nossa não vai rolar. Eu repito que vocês podem fazer o que quiserem eu que não vou participar. – Gustavo disse.
– Nós escolhemos você. – Eu disse.
– Beto não tem que escolher cara. Vocês não precisam escolher nada. Relaxa. Eu não vou mudar com vocês. Não vou deixar de gostar de vocês nem sairei de perto quando o Wagner chegar. Só não vou considera-lo como um amigo e ir pra cama com ele. – Gustavo disse.
– Estranho que mesmo sem o Wagner aqui, ele é uma presença entre nós. Nós três já transamos com ele. E ele ainda está nos rodeando. – Carlinhos disse.
– É. Não quero parecer egocêntrico, mas temo que ele esteja querendo me afetar de alguma forma. – Gustavo disse.
– Como assim? – Carlinhos perguntou.
– Não sei, pode ser viagem minha. Mas ele nos viu juntos no início do ano e se aproximou de você. Eu fiquei amigo do Beto e ele tenta se aproximar dele. Ele descobre que estou curtindo com vocês e aí dá um jeito de transar com vocês dois. Eu não sei. Talvez seja coisa da minha cabeça. Afinal ele te conhece há muito mais tempo do que eu. Talvez esteja apaixonado pelo Carlinhos mesmo e como foi apaixonado por você, viu uma oportunidade de realizar um sonho antigo, não sei. – Gustavo disse.
– Ele me disse que um dos maiores arrependimentos da vida dele foi à forma que ele o tratou. Que ele realmente te amava, mas o medo o fez fugir. – Eu disse.
– E você acreditou? – Gustavo me perguntou rindo, seu sorriso era um pouco nervoso.
– Não sei. – Eu respondi.
– Quando terminamos eu tentei falar com ele, eu disse isso pra ele, que ele estava me afastando por medo. Que eu sabia que ele me amava e que eu o amava também, que nada nos impedia de ficar juntos, ninguém precisava saber sobre nós. Sabem o que ele disse? “A paixão acabou”. Ele usou o que eu disse pra ele, Beto. Se ele estivesse arrependido porque ele não está atrás de mim também? Tentando ser meu amigo? Ou pelo menos um pedido de desculpas pelo que ele me fez? – Gustavo disse.
Eu não sabia o que dizer. Olhei para Carlinhos que estava confuso também.
– Não vou perdoa-lo, se ele estiver nos usando para nos afastar de você. – Eu disse.
– Calma Beto, eu vou descobrir isso. Haja naturalmente. – Carlinhos disse.
– Calma os dois. Isso foi só algo que passou na minha cabeça agora. Não estou acusando. Não podemos ser levianos. – Gustavo disse.
– Exatamente por isso estou dizendo que eu vou descobrir o que o Wagner quer de verdade. Não me olhem com essa cara. Vocês me subestimam muito. – Carlinhos disse.
– Não subestimo, mas você pode se arriscar com isso, ele pode te envolver ainda mais. Não quero isso. – Eu disse
– Beto, quem você acha que vazou aquela foto do Wagner? – Carlinhos me perguntou.
– Você não fez isso. – Gustavo disse.
– Fiz sim. – Carlinhos disse.
– Como? – Eu perguntei.
– Simples, vi ele digitando a senha no celular, entrei na nuvem dele e peguei aquela foto. – Carlinhos disse.
– Por que fez isso? – Gustavo perguntou.
– Para testar, expor, entender e quem sabe liberta-lo. – Carlinhos respondeu. Eu não sabia o que dizer nem o que pensar. – Então deixa comigo. Vou descobrir se o Wagner tem boas ou más intenções com a gente. E por favor, não fiquem no meu caminho, não sou tão inocente quanto vocês pensam.
Eu e Gustavo nos encarávamos. Carlinhos saiu do quarto sorrindo.
– Por essa eu não esperava. Cheguei a pensar que foi você. – Eu disse.
– Nem eu. – Gustavo respondeu.
– Você não está chateado comigo né? Por eu ter transado com o Wagner?
– Não Beto, tô de boa. Na verdade, fiquei até excitado com você contando. Não dá pra negar, o Wagner é uma delícia. Adorava quando ele sentava em mim também. É diferente comer um macho como aquele. – Gustavo me disse.
Era estranho ver o Gustavo falando assim de um homem. Muitas vezes eu me esquecia de que ele gostava assim de homem. Não era questão de momento da excitação como acontecia comigo, exceto com o Carlinhos. Carlinhos sim eu desejava a todo o momento, amava o seu corpo e as suas curvas como eu sempre gostei de uma mulher. Eu sorri para o Gustavo.
– Ainda está excitado? – Eu perguntei.
– Estou. – Gustavo respondeu pegando no volume da sua calça.
Vendo aquilo eu também fiquei. Levei a minha mão até o seu pau. Vi que ele se arrepiou. Gustavo trouxe a sua mão até o meu pau e ficou massageando.
– Carlinhos. – Eu gritei.
– Oi Beto. – Carlinhos chegou e nos viu segurando um o pau do outro por cima da calça. Ele sorriu e veio em nossa direção.
– Acha que consegue chupar nós dois ao mesmo tempo? – Eu perguntei.
– Você sabe que eu consigo. – Carlinhos respondeu.
Eu e Gustavo ficamos de pé e descemos as nossas calças. Carlinhos segurou um pau em cada mão e os levou até a boca. Gustavo passava a mão nas minhas costas e na minha bunda. Eu fazia o mesmo. Carlinhos nos chupava e masturbava ao mesmo tempo. Quando estávamos próximos de gozar, Gustavo me beijou. Ele gozou primeiro. Carlinhos abandonou o meu pau e se dedicou deixar o pau do Gustavo limpo, depois se dedicou em me fazer gozar com o seu delicioso boquete. Carlinhos engoliu tudo, depois se levantou e nos beijou. Depois de um beijo triplo Gustavo se sentou na cama.
– Hora de retribuir Beto. – Gustavo disse, descendo a cueca do Carlinhos.
Nós dois chupamos juntos o seu pau. Depois de um tempo eu fui para trás de Carlinhos e chupava o seu cuzinho enquanto Gustavo chupava o seu pau. Carlinhos rebolava e gemia. Carlinhos gozou com o Gustavo o masturbando. Assim que Carlinhos gozou escutamos outro gemido forte, olhamos para a porta, papai estava lá pelado com o seu pau duro jorrando a sua porra, ele viu o que fizemos e se masturbava. Olhamos para ele e começamos a sorrir.
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Capítulo 16 – Carlinhos
Depois de conversar com Beto e saber que ele estava bem, consegui dormir tranquilo. No dia seguinte fui pra aula antes do Beto chegar. À noite me surpreendi com o Gustavo chegando na minha casa.
– O Beto me chamou aqui. Disse que quer conversar com a gente. – Gustavo me disse.
– Estranho, ele não falou nada comigo. – Eu disse
– Acho que deve ter rolado alguma coisa nessa volta da praia.
– O que você acha?
– Vamos descobrir em breve. – Gustavo respondeu.
Beto chegou, jantamos, ele lavou as louças, o que eu achei bem estranho, e nos chamou para o seu quarto. Ele contou tudo que aconteceu depois do acidente. Sexo com o Wagner foi uma grande surpresa. “O que o Wagner queria afinal? ”. Contei que eu também transei com o Wagner na viagem.
Meu pai me fazia enxergar que a nossa relação, nosso amor era transcendente, capaz de superar tudo, não existia traição uma vez que nós três, eu, ele e o Beto éramos uma unidade. E por mais que pudéssemos gostar e sentir prazer com outras pessoas, como o Gu e até o Wagner, isso não iria diminuir nem afetar esse sentimento que tínhamos. E percebi que ele estava certo. Sendo assim, eu era capaz de perdoar o Beto se ele me perdoasse também. Mas não sei se seria capaz de perdoar o Wagner.
Eu confessei ao Beto e ao Gu, que pensei que o Wagner realmente estava apaixonado por mim. Beto contou que Wagner disse que sim, mas não sabíamos se podíamos acreditar no que o Wagner dizia e nas suas atitudes tão controversas.
Gustavo criou uma teoria da conspiração sobre o Wagner que talvez fizesse sentido. De que o Wagner quisesse se aproximar de mim e do Beto para afeta-lo. Afinal ele era um grande amigo meu e do Beto. Estávamos nos curtindo e Wagner sabia disso. Beto ficou nervoso. Pedi para se acalmar que eu iria descobrir a verdade. Mas eles me subestimavam. Por isso, tive que confessar mais um segredo.
– Beto, quem você acha que vazou aquela foto do Wagner? – Eu perguntei.
– Você não fez isso. – Gustavo disse.
– Fiz sim.
– Como? – Beto me perguntou com uma cara surpresa.
– Simples, vi ele digitando a senha no celular, entrei na nuvem dele e peguei aquela foto. – Respondi.
– Por que fez isso? – Gustavo perguntou.
– Para testar, expor, entender e quem sabe liberta-lo. – Nem eu sabia muito bem o motivo. Bruno me ajudou nisso, achamos que era o que devia ser feito. Queríamos tirar aquela máscara do Wagner. Eu tinha uma esperança de ter alguém realmente belo por baixo daquilo tudo. – Então deixa comigo. Vou descobrir se o Wagner tem boas ou más intenções com a gente. E por favor, não fiquem no meu caminho, não sou tão inocente quanto vocês pensam.
Saí do quarto do Beto pensando em como seria o dia seguinte, quando eu encarasse o Wagner, queria saber o que ele realmente queria de mim. Se realmente existe algum sentimento, se era verdadeiro ou não. Se sou apenas uma foda para afastar o Gustavo ou para ele chegar até o Beto. Estava no meu quarto viajando nos meus pensamentos quando Beto me gritou.
– Oi Beto. – Respondi voltando para o seu quarto e o vi com o Gustavo, um segurando o pau do outro. Abri um sorriso e fui em direção deles.
– Acha que consegue chupar nós dois ao mesmo tempo? – Beto me perguntou.
– Você sabe que eu consigo. – Respondi. Eu fiz isso com ele e meu pai na viagem.
Beto e Gu ficaram de pé e desceram as suas calças. Eu me sentei na cama, segurei aqueles paus deliciosos e chupei. Vi que os dois se acariciavam enquanto eu os masturbava e chupava ao mesmo tempo. Senti o pau do Gu pulsando, ele ia gozar. Na mesma hora ele beijou o Beto e gozou na minha boca. Bebi todo aquele néctar, deixei o pau do Gu limpinho e fui fazer o meu irmão gozar. Beto também gozou na minha boca, dando aquele seu gemido de macho alfa. Me levantei, nos beijamos os três e Gustavo sentou na cama onde eu estava.
– Hora de retribuir Beto. – Gustavo disse, descendo a minha cueca.
Gustavo chupou o meu pau, Beto se uniu a ele. Era uma delícia aquelas duas bocas no meu pau. Beto não ficou muito tempo lá ele foi por trás de mim e lambia o cuzinho, que me deixava ainda mais louco, eu rebolava na cara deles. Gustavo parou de me chupar e começou a bater uma punheta frenética pra mim, a língua do Beto fazia um redemoinho na minha bunda e eu gozei.
Escutamos um outro gemido, achei que era Beto gozando de novo, mas o som não vinha de trás de mim e sim da porta do quarto. Era papai, lindo e pelado com o seu pau enorme e duro jorrando a sua porra em uma deliciosa punheta. Olhamos para ele começamos a sorrir.
– Se estava aí o tempo todo por que não entrou? – Eu perguntei
– Escutei o Beto gemendo e vim ver. Gostei de ficar assistindo. – Meu pai disse.
Eu fui até o meu pai o chupei e deixei seu pau limpo. O pau dele não ficou mole. Beto e Gustavo ficaram olhando aquilo e se alisando. Ambos estavam excitados novamente.
– Vamos para o meu quarto. – Meu pai nos convidou.
Entramos no quarto do meu pai e nos jogamos em sua cama. Eu e mais três homens lindos, gostosos e excitados com seus paus eretos sedentos por bocas e bundas. Meu pai tinha um preferido para aquela noite. Papai se deitou ao lado do Gustavo e o beijou. Um beijo quente apertando a sua bunda deixando o Gu sem folego. Beto veio pra cima de mim e me beijava.
– Sempre imaginei nos quatro dividindo a mesma cama. – Gustavo disse.
– Podemos dividir sempre que você quiser. – Eu disse.
Gustavo me beijou enquanto papai e Beto ficaram olhando. Acho que nós três pensamos a mesma coisa. Estávamos gratos ao Gu, graças a ele aquilo estava acontecendo, foi ele que nos guiou para sentirmos aquele prazer juntos. Por isso, resolvemos fazer aquela noite especial pra ele. Gustavo virou o centro das nossas atenções.
Eu desci para o pau do Gu e comecei a chupa-lo, papai passava a mão pelo seu corpo e Beto beijava a sua boca. Gustavo estava em êxtase. Gu pegava no pau de Beto e o masturbava. Papai levou o seu pau até a boca do Gu que começou a chupa-lo. Beto continuou beijando o Gu e consequentemente chupando o papai junto.
Ficamos naquela posição por um tempo, entre gemidos e palavras excitantes.
– Gostoso.
– Tesão.
– Delícia.
– Isso chupa.
– Tesão...
Eu estava louco, com o meu cuzinho piscando. Tinha três paus ali e queria sentir pelo menos um dentro de mim. Sem precisar falar nada mudei de posição. Papai ficou deitado na cama. Eu caí de boca no seu pau, empinando a minha bunda. Gustavo veio lamber o meu cuzinho e Beto deu o seu pau para o meu pai chupar.
Depois de um tempo Gu deixou o meu cuzinho todo molhando e veio me comer. Senti aquele pau gostoso me penetrando, Gu metia devagar, abria a minha bunda, metia até o fundo e depois tirava todo o seu pau. Isso me deixava doido. E ele repetia o processo.
– Mete Gu. – Eu pedi.
– Calma Carlinhos, pressa pra que? – Gustavo respondeu sorrindo.
Beto tirou o pau da boca do meu pai, saiu da cama e ficou vendo o que Gu fazia com o meu cuzinho, eu gemia bastante com o pau do meu pai na boca. Beto beijou Gustavo.
– Não se preocupe, eu sei como você gosta. – Beto disse para Gustavo.
Beto se abaixou atrás do Gu e começou a chupar a sua bunda. Gu continuava metendo em mim, naquele entra e sai lendo e profundo.
Beto se levantou e abraçou Gu por trás colocou o seu pau na bunda do Gu e começou a pincelar. Gu pareceu gostar, seus movimentos ficaram mais rápidos dentro de mim.
– Isso Gu, mete. Delícia. – Eu disse e gemia todo safado e cheio de tesão.
Ele começou a gemer. Beto o travou por trás e pareceu que o pau de Beto também penetrou o Gustavo. Gustavo gemeu alto. E gozou dentro de mim. Beto continuou abraçando o Gustavo com o pau dentro dele. Beto tentou iniciar os movimentos, mas Gustavo o segurou impedindo Beto de se mexer.
– Não se mexe Beto. – Gustavo pediu.
Gu saiu lentamente de dentro de mim, com o meu cuzinho livre eu sentei no colo do papai e comecei a cavalgar. Vi que Gu ainda estava de pau duro, com Beto ainda o abraçando por trás. Beto levou a sua mão até o pau do Gu e começou uma punheta de leve e o comia de leve também.
Papai apertava os meus peitinhos, segurava na minha cintura e me masturbava. Ficamos mais rápidos e mais fortes, papai gemeu e gozou dentro de mim, deixando meu cuzinho ainda mais cheio de porra. Ele me masturbava forte e me fez gozar.
– Eu vou gozar. – Beto disse.
– Pode gozar. – Gustavo liberou.
Beto começou um movimento mais rápido, mais forte, metendo de verdade, vi uma careta no rosto do Gu. Ele sentia dor, mas deixou meu irmão finalizar. Beto não demorou mais que 30 segundos e gozou. Gu virou pra ele, olhou em seus olhos e os dois se beijaram.
Ficamos deitados na cama conversando por um tempo, falamos como aquilo foi prazeroso para todos e que poderíamos repetir sempre. Convidamos Gustavo para passar a noite com a gente, mas ele disse que tinha mesmo que ir embora, mas ficou de voltar no final de semana.
Dormimos juntos, eu, meu pai e meu irmão, exaustos nem gozamos novamente. Na manhã seguinte tomamos café e fomos para a faculdade.
– Cuidado com o que você vai fazer. – Beto disse me deixando na porta do meu prédio.
– Eu disse que sei me virar. – Eu disse sorrindo e lhe dando um beijo.
Disse ao Bruno que contei para o Gu e Beto que fui eu quem vazei com a foto do Wagner.
– E aí? Como eles reagiram? – Bruno me perguntou.
– Surpresos. – Eu disse. – E agora chegou a hora da verdade para o Wagner. Vou saber realmente qual é a dele.
– E como vai fazer isso? – Bruno me perguntou.
– Você vai ver. – Eu disse encerrando o assunto com a chegada do Gu.
No intervalo, despistamos a Dalila e a Vivian e fomos para o prédio da ADM.
– Independente do que acontecer, não entra no meio. – Eu disse para o Gustavo que me olhou desconfiado.
Assim que chegamos ao prédio, vimos Beto sentado com os amigos e Wagner estava próximo deles. Cumprimentei a todos e fui dar um abraço no Wagner. Ele ficou sem graça e se afastou.
– O que está fazendo? – Ele me perguntou baixinho.
– Te dando um abraço. Não pode? – Eu perguntei.
– Aqui? – Ele perguntou.
– Por que não? Na praia não importava o lugar. Você me beijou no meio da rua. – Eu disse. Beto e os seus amigos conseguiram escutar.
– Fala baixo. – Wagner pediu.
– Não quer mais ficar comigo por que transou com o meu irmão? É dele que você gosta? Me usou para conseguir isso? – Eu perguntei falando baixo. Wagner me olhava assustado e olhou para o Beto. – Ou é por causa do Gustavo? Quer tentar nos afastar dele?
– Não é nada disso. Me espera no final da aula eu te levo em casa e a gente conversa. – Wagner disse.
– Não precisa. Eu não tenho mais nada pra falar com você. – Eu disse.
– Carlinhos não faz assim. – Wagner me pediu.
Eu olhei pra ele, nos seus olhos não consegui entender o que se passava, se eu tivesse o dom do Gustavo saberia se era a hora certa ou não de fazer aquilo.
Wagner não teve nenhuma reação. Eu o abracei novamente e o beijei na boca. Um beijo de língua que ele recebeu, mas assim que o beijei escutamos gritos e risos atrás da gente. Wagner como se tivesse acordado de um pesadelo me empurrou, assustado não foi um empurrão forte, mas acabei tropeçando nas minhas próprias pernas e cai de bunda no chão.
Fez-se um silencio, Wagner ficou parado olhando pra mim. Beto se levantou rápido, Gustavo veio até mim. As pessoas no fundo voltaram a rir e gritar. Beto ia em direção de Wagner quando Bruno o parou. Wagner olhou para aquilo tudo e saiu correndo com mais gritos atrás dele.
– E você disse que sabe o que faz. – Beto criticou.
– Vamos sair daqui. – Gustavo disse. – Você se machucou?
– Não. – Eu respondi.
– Então vamos logo. – Beto disse.
Chegamos a uma parte isolada do campus, entre alguns prédios.
– Amigo tô chocada. – Bruno me disse com um sorriso assustado. – Pensei que o Wagner ia bater em você.
– Ele não é louco de pensar em fazer isso na minha frente. – Beto disse. – Que porra foi essa Carlinhos? Como você faz uma cena dessas.
– Calma gente. Ele não bateu em mim. Eu sabia que não, foi um bom sinal.
– Mas ele te empurrou. – Beto disse.
– Eu que tropecei. Ele aceitou o meu beijo. – Eu disse. – Vocês não entendem, não é?
– Eu entendi. Foi arriscado, desnecessário, expôs você e o Wagner. – Gustavo disse. – Mas pode ser efetivo.
– Do que vocês estão falando? – Beto perguntou.
– Carlinhos levou o Wagner até uma encruzilhada moral. O machão que batia nos viadinhos é exposto na frente do curso inteiro. Ele tem dois caminhos. Se assume quem é ou nega. Se ele se assumir, abre caminho para vários cenários. Dizer a verdade de quem ele gosta e correr atrás daquilo e talvez se tornando uma pessoa melhor. Ou se ele negar ele terá que tomar uma atitude para manter a sua fama de mal.
Gustavo analisava a situação de uma forma que nem eu tinha pensado. Tipo quando um pintor joga um monte de tinta em uma tela, uma pintura abstrata e um especialista vai lá e explica toda a obra. Mas o Gu estava coberto de razão em sua análise. Eu que não tinha pensado tão longe. Pensei que ou o Wagner ia aceitar aquele beijo e assumir o seu amor por mim ou me bater e se revelar de vez um homofóbico e encerrar de vez a nossa história. Mas ele não fez nada daquilo. No início aceitou o beijo e depois fugiu.
– Ou seja, descer a porrada no Carlinhos. – Beto disse.
– Sim, por isso achei isso muito perigoso. – Gustavo disse.
– Não acho que o Wagner vai bater no Carlinhos. – Bruno disse. – Vocês viram ele na praia, ele gosta do Carlinhos. Se fosse pra bater teria batido na hora.
– Não sei. Wagner é um sociopata. – Gustavo disse.
– Não quero você andando sozinho até eu conversar com o Wagner. – Beto disse.
– Ai gente, para de drama. – Eu disse. Mas realmente não tinha noção do que estava por vir.
– Eu vou voltar pra aula. Vocês dois. – Beto disse para Bruno e Gustavo. – De olho nele.
Eu, Bruno e Gu também voltamos para a nossa aula. No final da aula Beto veio me buscar e me deixou em casa. Eu vi o carro do Wagner parado no estacionamento do meu prédio e gelei na hora.
Estava em casa sozinho durante a tarde pensando se tinha feito à coisa certa ou não. E eu não conseguia me responder isso. A campainha bateu, meu coração parou quando vi pelo olho mágico que era o Wagner quem estava lá.
– Carlinhos, abre. Eu quero falar com você. – Wagner disse. – Estou vendo a sua sombra. Abre.
– Você vai me bater? – Eu perguntei. Vi Wagner respirando fundo antes de responder.
– Não. Só quero conversar. – Ele respondeu.
Ainda com medo e duvidando um pouco daquilo eu abri a porta. Wagner entrou e foi direto sentando no sofá e abaixando a cabeça.
– O que foi aquilo que você fez? – Wagner me perguntou depois de um tempo em silencio. Eu não respondi. – Por que fez aquilo? Você não tinha esse direito. Eu gostava de você eu confiei em você. Pedi pra gente conversar depois da aula.
– Se gostava mesmo de mim por que transou com o Beto. Se é mesmo uma pessoa boa por que nunca se desculpou com o Gustavo? Por que espancava os rapazes que você comia ou dava pra eles, sei lá? – Eu disse.
– É isso? Vingança? Você é o que? Um defensor dos fracos e oprimidos? Eu realmente pensei que você fosse diferente. – Wagner disse. – Transei com o seu irmão sim. Eu queria aquilo, sempre quis, sempre o desejei, por um tempo da minha vida eu o amei.
– Então eu estava certo, você só me usou para ir pra cama com o meu irmão. – Eu disse.
– Não foi isso. – Wagner disse bravo socando o sofá. – A minha história com o Beto era um caso à parte. Eu precisava viver aquilo. Você não entende. E por que me julga sendo que você e o Gustavo vivem transando. Até o Beto e o Gustavo se pegam. Por que o Gustavo pode pegar vocês dois e eu não?
– Você tem inveja do Gustavo, não é? – Eu perguntei. Wagner ficou calado. – Ele é bem resolvido consigo mesmo. É discreto, na dele. Não precisa se impor pra ninguém. E além de tudo tem uma amizade maravilhosa comigo e com meu irmão. Aquele que você desprezou tem tudo que você quer. É o que você queria ser. – Wagner continuava calado – Quero que você saia da minha casa.
– Eu nunca me decepcionei tanto com uma pessoa como me decepcionei com você. – Wagner disse.
– Imagina quantas pessoas você decepcionou. Quantas você machucou não só fisicamente. Talvez eu tenha errado. Mas não há dúvida que você mereceu.
– Eu te amei.
– Se me amasse teria correspondido aquele beijo, sairíamos dali de mãos dadas e cabeça erguida. Porque nada pode ser maior que o amor. Você não me amou Wagner, não amou o Beto nem o Gustavo. Pra uma pessoa amar a outra ela tem que saber se amar primeiro e o amor verdadeiro rompe qualquer barreira.
Wagner caminhou a até a porta olhou pra mim mais uma vez vi seus olhos cheios de lágrimas, tive vontade de pular em seu pescoço beija-lo e me entregar ali mesmo. Mas não fiz. Senti lágrimas escorrendo pelo o meu rosto.
– Vai embora Wagner. – Eu disse chorando. Wagner foi embora.
Passei a tarde toda chorando. Quando meu pai chegou e me viu naquele estado eu lhe contei tudo o que aconteceu.
– Carlinhos vocês jovens não pensam nas consequências dos seus atos. – Meu pai disse.
– Eu sou um monstro pai? – Eu perguntei chorando no seu colo.
– Não. Mas você errou. Não tinha o direito de fazer isso com o Wagner. Não temos que mudar as pessoas, devemos apenas nos afastar daqueles que não fazem bem. Isso que você fez foi errado. – Meu pai disse. E eu chorava mais ainda.
– O que eu faço pai?
– Nada. Agora é dar tempo ao tempo. Não adianta chorar pelo leite derramado. – Papai disse me abraçando. – Mas em uma coisa você tem razão. O Wagner precisa se amar primeiro e só assim vai conseguir amar alguém de verdade. Espero que com isso o Wagner aprenda alguma coisa e quem sabe um dia vocês vão perceber que isso que aconteceu hoje foi bom pra vocês. O mais importante de quando a gente erra é aprender com o erro. – Meu pai concluiu.
Fiz o jantar temperado com lágrimas. Quando Beto chegou, eu estava melhor apesar dos meus olhos inchados, Beto não percebeu. Ele chegou muito empolgado.
– Vocês não vão acreditar. – Beto disse feliz.
– Pelo visto é coisa boa. – Meu pai disse.
– É ótima. Fui contratado. A empresa ganhou um contrato grande, vai abrir várias contratações. Meu salário vai multiplicar 4 vezes. Tem noção 4 vezes. – Beto disse todo feliz.
– Que coisa boa. Sabia que iriam valorizar o seu trabalho. – Meu pai disse o abraçando.
– Vou contar a novidade para o Gustavo e pedir o currículo dele. – Beto disse. – Só tem um problema.
– Qual? – meu pai perguntou.
– Tenho que estudar a noite. – Beto disse e olhou pra mim. – Não quero te deixar sozinho de manhã.
– Não se preocupe Beto. Já está tudo resolvido. – Eu respondi.
– Como assim? – Beto perguntou. Novamente meus olhos se encheram de lágrimas.
– O Wagner teve aqui hoje... – Meu pai disse e contou tudo que eu havia lhe contado. Beto veio até mim e me abraçou.
Dormimos nós três na cama do meu pai, não fizemos sexo, mas papai e Beto me deram muito carinho. Muitos beijos e me fizeram gozar para eu dormir melhor.
Beto contou a novidade para Gustavo que se recusou a mudar de emprego.
– Já estou há anos na empresa, estou acostumado com tudo lá. Tenho a confiança dos chefes, vê se em algum outro lugar eu poderia como funcionário ter a parte da manhã para fazer outra faculdade. E quando formar em arquitetura as coisas vão melhorar ainda mais pra mim lá. E as vagas que estão disponíveis na sua empresa o salário é menor do que eu ganho. – Gustavo respondeu. E Beto aceitou na boa, apesar de parecer que queria muito que o Gu trabalhasse com ele.
Wagner não voltou na faculdade no resto da semana. Quando voltou, ele brigou com a primeira pessoa que abriu a boca para falar sobre o beijo. E pra minha surpresa não foi o Robert, aquele que bateu no Bruno. Beto quem me contou, disse ainda que teve que separar a briga. Com isso Wagner foi suspenso por mais uma semana. Mas deixou a ameaça que se alguém comentar ou fizer piada sobre o assunto ele ia dar porrada, que daria na sala inteira se fosse preciso. Com isso o assunto ficou apenas nos sussurros.
Quando Wagner voltou para a faculdade estava todo diferente, distante e calado. Beto disse que sentiu até pena, mas eles não se aproximaram. Logo após as provas Beto se transferiu para o turno da noite.
Passei a ver meu irmão somente à noite, passamos a dormir juntos todas as noites no quarto do meu pai. Ele havia trocado a sua cama por uma ainda maior. Gustavo era presença constante lá em casa nos finais de semana. Aproveitávamos bastante nós quatro juntos. Fizemos muito sexo e sempre eu era o passivo, tinha que dar conta dos três, o que era uma delícia.
Eles me ajudaram a superar o Wagner. Vi Wagner poucas vezes, quando nos cruzávamos, fingíamos que não nos conhecíamos e foi assim até o final do semestre. Gustavo também me ajudou de outra forma. Disse que tinha aberto uma vaga de estágio na empresa em que trabalhava, que normalmente pegam estudantes do quarto período, mas que se eu quisesse, ele me colocaria lá dentro. Eu aceitei é claro. E o melhor era que só começaria a trabalhar depois das férias.
Nas férias do meio ano fui para a casa da minha mãe. Levei Bruno comigo. Foi só saber que eu estava na cidade Diego foi até a minha casa. Ele me contou como foi a sua vida desde o carnaval. Disse que seguiu o meu conselho, que estava vivendo a sua vida sem dar satisfação para mãe e muito menos para o irmão.
– E aquele seu amigo? Rolou algo mais? – Eu perguntei.
– Com ele não. – Diego disse rindo. – Fiz novos amigos. Amigos com quem eu podia ser eu mesmo, que eu curto e me curtem também.
– Aí que inveja. – Bruno disse rindo. – Não curto nenhum dos meus amigos.
– Para com isso viado. Você me curte muito. – Eu disse rindo.
– Eu curto é o Beto, mas ele não me curte. – Bruno disse fazendo beicinho. – Mas eu sei que você e o Gu se curtem viu bicha, acham que me enganam. Que não vejo a troca de olhar de vocês.
– Para viado. – Eu disse rindo.
– Eu achava que o Gustavo gostava era do Beto, sei lá. Posso estar viajando, meu gaydar é novo. Mas eu o achei muito bacana. Eu pegaria o Gustavo. – Diego disse sorrindo.
– Eu pegaria o seu irmão. – Bruno disse para o Diego. Eu comecei a rir. Eu vi quando o Bruno chupou o Pablo no banheirão no carnaval. Bruno riu também.
– Sem chance. Aquele lá aff. – Diego disse.
– Seu gaydar é novo mesmo. Precisa ser aferido. – Bruno disse.
– Como assim? – Diego perguntou.
– É um segredo, vou confiar em você. Só use em extrema necessidade. – Eu disse.
– Eu juro. – Diego respondeu.
Eu e Bruno contamos para o meu primo caçula o que aconteceu no banheirão no carnaval. Ele não se aguentava e gargalhava, ainda mais com Bruno interpretando toda a cena.
– Isso tem que acontecer de novo. Eu tenho que pegar no flagra, me ajudem. Preciso ter esse trunfo caso ele descubra sobre mim e queria esparrar lá em casa. – Diego pediu.
– Claro cunhadinho. – Bruno respondeu nos fazendo rir.
Diego queria que a gente dormisse na casa dele e Bruno fosse para a cama com o irmão. Mas eu sabia que a minha tia iria endoidar e também não iria deixá-los dormir na casa da minha mãe.
– Podemos ir para o clube no final de semana, a gente aluga aqueles chalés que eles têm lá. Fala com seu irmão, se ele topar a gente faz isso. – Eu disse.
– Isso, se ele topar, aí vocês deixam comigo. – Bruno disse. Nos fazendo rir mais uma vez.
Pablo se fez de difícil, mas gostou da ideia. A semana foi tranquila, passeamos pela cidade e nos divertimos bastante. Diego sempre ficava na nossa cola. Apesar de ser mais novo. Nada impediu que eu e o Bruno conversássemos abertamente com ele e na frente dele.
No final de semana fomos para o clube. Apenas nós quatro. As coisas já começaram a esquentar na piscina quando tentávamos afogar o Pablo. Naquela brincadeira nossos corpos se encostando era inevitável. Até Diego tirou uma casquinha do irmão. Todos ficaram nitidamente de pau duro, mas fingíamos que nada estava acontecendo. Pablo também apertou a bunda de todo mundo, inclusive a minha. Eu reparei bem na hora que ele enfiou a mão na bunda por dentro da sunga do Bruno.
Bruno também não perdoou o Diego, vi Bruno alisando o pau do meu primo. Ficamos horas na piscina, era difícil sair com o pau duro. Levamos bebidas também. Pra mim e pro Bruno Skol Beats, Pablo levou cerveja normal e Diego que era pra ficar nos refrigerantes acabou bebendo da nossa cerveja.
Estava anoitecendo, o clube estava cheio, quase todos os chalés estavam ocupados. Pablo sumiu por um tempo e deixou Diego preocupado.
– Será que ele foi atrás de algum rabo de saia? Se foi nosso plano fudeu. – Diego disse.
– Só se ele não voltar. Claro que você percebeu o tanto que ele curtiu a brincadeira na piscina. – Bruno disse.
– Não só ele né. – Eu disse rindo.
Pablo voltou, já estava completamente escuro. Chegou parecendo irritado. Provavelmente tinha levado um fora e não concluiu o serviço.
– Vou tomar um banho. – Pablo disse.
– Eu vou com o Carlinhos lá na quadra ver o pessoal jogando bola. – Diego disse.
– Nós vamos demorar. – Eu completei – Não voltamos em menos de uma hora.
Bruno piscou pra gente. Saímos do chalé e quando Pablo ligou o chuveiro entramos de volta em silêncio. Ficamos escondidos, Bruno entrou no banheiro deixando um pedaço da porta aberta.
– O que você está fazendo aqui? – Pablo perguntou.
– Estamos sozinhos aqui. Pensei em terminar o serviço que começamos naquele banheiro no carnaval. – Bruno disse tirando a roupa, deixando sua bermuda bem próxima do box.
Pablo não respondeu, mas já estava lá de pau duro.
– Vamos lá? – Diego disse baixinho.
– Não, deixa eles aproveitarem. – Eu disse.
Bruno entrou em baixo do chuveiro e foi em direção ao Pablo para lhe dar um beijo, mas ele forçou o ombro do meu amigo para baixo que começou a chupa-lo.
– Chupa viadinho. Chupa. É isso que você gosta, não é? – Pablo disse.
– Adoro. – Bruno respondeu batendo com o pau do meu primo no seu rosto e voltando a chupar. – Mas para eu continuar eu quero um beijo.
– Eu não beijo. – Pablo respondeu.
– Então eu não chupo. – Bruno respondeu se levantando.
– Vamos lá antes que ele vai embora. – Diego disse.
– Calma, seu irmão vai ceder. – Eu disse.
Bruno estava saindo do box quando Pablo o segurou pelo braço.
– Então só um beijo. – Pablo disse dando um selinho do Bruno.
– Isso não é beijo. Um beijo de verdade. – Bruno disse.
Enfim eles deram um beijo de verdade, da forma que o Pablo o beijou, ele queria mesmo fazer aquilo. Diego abriu a boca e antes de dizer qualquer coisa a tampou com a sua mão e me encarou.
– Eu não disse. – Eu falei baixinho.
Pablo abaixou novamente o Bruno que voltou a chupa-lo agora com mais vontade. Pablo gemia de uma forma estranha que eu achava graça, me segurei para não rir.
– Mais um beijo. – Bruno disse.
– Eu já te beijei. – Pablo respondeu se fazendo de difícil.
– Se não ficar com essa frescura, eu dou a minha bundinha pra você. – Bruno disse e o beijou.
Foi mais um beijo quente e demorado, Bruno mordia os lábios de Pablo que parecia gostar. Bruno pegou uma camisinha no bolso da sua bermuda e colocou no pau do Pablo que fechou o chuveiro. Pablo não teve dificuldade para penetrar o Bruno que estava muito excitado e havia passado sabonete na sua bunda. Bruno estufou a sua bunda e Pablo metia forte, dando alguns tapas em sua bunda falando muitas putarias.
– Rebola nessa pica de macho, rebola. – Pablo disse.
– Assim? – Bruno respondeu e rebolava.
– Isso viadinho. Geme vai.
– Ainnn, Ahin... Mete, meu macho. – Bruno dizia entre gemidos.
– Assim que você gosta putinha?
– Isso, Isso! – Bruno gemia e gozou.
– Agora. – Eu disse pra Diego. Era ótimo o fato de o Bruno ter gozado primeiro.
Abrimos a porta. Bruno nos viu e abriu um sorriso. Pablo estava de olhos fechados metendo quando o Bruno endireitou o seu corpo. Pablo abriu os olhos ficou em choque, ele gozou e gemeu, aquele gemido estranho que parecia um cachorrinho chorando, eu não aguentei e comecei a rir.
– O que estão fazendo aqui. Saiam daqui!! – Pablo gritou.
– Olha! Meu irmão machão comendo um garoto. – Diego disse rindo.
– Some daqui! – Pablo gritou jogando o frasco de um shampoo na gente.
Saímos correndo e rindo. Esperamos eles saírem do banho.
– Pablo, fica tranquilo. Isso não precisa sair daqui. – Eu disse. Ele estava extremamente envergonhado.
– Eu não vou contar para a mamãe. – Diego disse.
– Não precisa ficar com vergonha. – Bruno disse passando a mão no ombro do Pablo, mas ele o afastou.
– Tem que se envergonhar de pagar de machão, de ser homofóbico, de querer forçar o seu irmão a ser pegador, quando todo mundo já sabe do que ele realmente gosta. – Eu disse.
– Me deixem em paz. – Pablo disse deitando em um dos beliches e cobrindo a cabeça sem mesmo vestir roupa.
Resolvemos deixar ele lá sozinho por um tempo, mas não saímos do chalé. Começamos a beber e conversar como se Pablo não estivesse lá. Notamos quando ele levantou ainda com a toalha amarrada na cintura, foi até a geladeira e pegou um sanduíche e sentou no sofá perto da gente.
– Vocês juram que não vão contar pra ninguém? – Pablo perguntou.
– Contar o que? – Eu perguntei.
– Que você me comeu gostoso? – Bruno disse rindo.
– Que vimos você trocando um beijo por boquete? – Diego disse rindo.
– Que você transa de olhos fechados? – Eu disse.
– Que seu pau é uma delícia? – Bruno voltou.
– Parem com isso. Vocês entenderam. – Pablo disse.
Mas aquela brincadeira o deixou excitado, estava nítida sua excitação por baixo daquela toalha.
– Quer que para mesmo? Acho que o júnior está gostando. – Bruno disse indo para próximo dele e pegando em seu pau. Pablo abriu um sorriso sem graça. – Vem ver Carlinhos.
– Eu passo. – Eu respondi, o “ver” seria tocar.
– Eu quero ver. – Diego disse colocando a mão no pau do irmão. Pablo assustou e deu um pulo, mas era tarde, Diego já o tinha tocado. Pude ver que todo mundo gosta um pouco de incesto mesmo que na brincadeira.
– Tá louco Diego? – Pablo reclamou.
– Foi só uma brincadeira. Como você é careta. – Diego disse sem ficar sem graça.
– Você é careta mesmo. – Bruno disse.
– Você tem irmão? Acha isso normal? – Pablo perguntou para o Bruno.
– Não tenho, mas se tivesse uma brincadeira não faria mal. – Bruno respondeu.
– Você faz essas coisas com seu irmão? – Pablo me perguntou.
– Não importa o que eu faço ou não faço. E sim se vocês têm vontade ou não de fazer. Eu não julgo. – Eu respondi.
– Deixa eu ver o júnior, deixa? – Bruno pediu, desviando o assunto. – Me deixa chupar ele na frente desses dois punheteiros.
Pablo ficou sem graça, não respondeu, mas abriu a toalha, seu pau era médio estava duro e babado. Bruno caiu de boca. Eu confesso que fiquei excitado vendo aquela cena, mas não quis participar. Estava satisfeito com meu pai, Beto e Gu. E se fosse pra ter mais alguém seria o Wagner, que apesar de não sofrer mais por ele, eu ainda pensava bastante.
Diego ficou bem próximo. Vendo tudo, colocou o pau pra fora e se masturbava, dando ordens para o Bruno seguir.
– Por que você não para de falar e vem participar? Sempre quis pegar dois irmãos. – Bruno disse e olhou pra mim sorrindo.
Pablo não esboçou reação. Diego não esperou nenhum segundo e entrou no meio. Diego alisava o irmão e batia uma punheta pra ele, enquanto Bruno começou a chupa-lo. Pablo estava congelado, deixava o irmão toca-lo, mas não fazia nada.
– Relaxa Pablo. – Diego pediu e deu um beijo no irmão.
Segundos depois, Pablo retribuiu o beijo segurando forte a cabeça do irmão.
– Tenho vontade de fazer uma coisa. – Diego disse.
– O que? – Bruno perguntou.
– Quero ficar no meio. Quero dar pro Pablo e comer você ao mesmo tempo. – Diego disse.
Me faz lembrar da primeira vez que transei com meu pai, Beto e Gu meses atrás. A única vez que teve uma penetração daquele jeito. Eu chupava o meu pai, Gu me comia e Beto comeu o Gu.
Bruno ficou de quatro no sofá, Diego colocou uma camisinha no seu pau e começou a comer o Bruno, Pablo foi sem camisinha atrás do irmão que ainda era virgem de cu. Eu não aguentei, vendo aquela cena tirei o meu pau pra fora e comecei a me masturbar.
Eles ficaram uns vinte minutos naquela posição. Eu controlava a minha punheta para não gozar antes. Meu cuzinho também piscava, mas eu não iria participar daquilo. Era uma bela cena, todos gemiam. Era excitante ver aquilo de fora. Por fim todos gozamos.
Aquela foi só a primeira das putarias. Ainda tivemos mais duas semanas nos divertindo bastante. Durante as tardes sempre arrumávamos algum lugar para ir onde os três transavam na minha frente. Eu mesmo só ficava vendo. Diego e Pablo também começaram uma relação incestuosa durante as noites. Pablo não comentava, mas Diego nos contava tudo.
Não cheguei a contar para o Beto o que estava rolando. Deixaria para contar pessoalmente, ele viria para passar o último final de semana com a gente. E disse que teria uma surpresa também. Mas eu já sabia qual era. Ele traria o Gu.
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Capítulo 17 – Beto
Eu tinha um misto de sentimentos dentro de mim. Estava feliz pela minha promoção, triste por deixar Carlinhos e Gu estudando de manhã e eu mudar para a noite. Mas sabia que de qualquer forma, no próximo ano eu não estaria mais lá, apenas antecipei o inevitável. Feliz pelo Wagner sumir de nossas vidas, mas triste por ver como o Carlinhos ficou com isso.
Com o tempo, eu, papai e o Gustavo ajudamos Carlinhos a superar o Wagner, não imaginei que ele pudesse ficar tão abalado, não imaginei que de alguma forma o Carlinhos esperasse outra atitude do Wagner, uma atitude de assumi-lo e fazê-lo feliz de uma forma que eu não posso.
Também não imaginei que a minha promoção iria me manter tão ocupado e que eu estava tão preparado para a nova função. Rapidamente eu já participava de reuniões com pessoas importantes, tanto da empresa como clientes, passei a ser ouvido e respeitado. Cheguei a escutar várias vezes e de várias pessoas que eu teria futuro e que iria longe. Com isso eu me esforçava cada vez mais. O resto do semestre passou rápido. Eu me estressava, mas nos finais de semana eu tinha o meu momento de relaxar com as pessoas que eu amava. Meu pai, Carlinhos e o Gu, a minha família.
Durante as férias Carlinhos foi pra casa da minha mãe com o Bruno. Combinei com o Gustavo de irmos pra lá e passar o último final de semana das férias da faculdade. Carlinhos disse que tinha uma coisa surpreendente para me contar, pelo seu tom de voz já imaginei que era putaria.
– Então é isso que está acontecendo. – Carlinhos nos contou o que estava rolando entre Bruno, Pablo e Diego.
– Incesto é coisa de família então. – Gustavo disse sorrindo. – E onde eles estão agora?
– Devem estar se pegando. Eu não quis sair com eles para esperar vocês chegarem. Estou morrendo de saudades dos meus dois irmãos. – Carlinhos disse sorrindo e veio nos beijar.
Era uma sexta-feira à tarde, tanto eu como o Gu conseguimos escapar mais cedo do trabalho. Minha mãe estava trabalhando e com o Bruno fora de casa, e sem chaves, aproveitamos a oportunidade.
– Estou morrendo de tesão. Todo dia vendo essas putarias e sem participar. – Carlinhos disse.
– Tá com muito tesão é? – Gustavo perguntou.
– Tô sim. – Carlinhos respondeu fazendo uma voz safada.
– Seu cuzinho está piscando, está? – Eu perguntei.
– Tá muito Beto. – Carlinhos me respondeu.
– Então deixa a gente ver, deixa? – Gustavo pediu.
Carlinhos desceu a sua calça com a cueca junto, ele rebolava e exibiu aquela bunda linda pra gente. Gustavo passou a mão. Carlinhos se inclinou na cama e eu cai de boca naquele cuzinho maravilhoso.
Gustavo se juntou a mim, beijávamos e chupávamos a bunda do Carlinhos. Gustavo aproveitava e me beijava. Eu e Gustavo estávamos cada vez mais íntimos. Apesar de não ter rolado mais nenhuma penetração e nunca mais ficamos, apenas nós dois sozinhos sem o meu pai e Carlinhos, nossa cumplicidade aumentava a cada dia, a cada saída, a cada troca de mensagens. Eu gostava de quando ele me beijava, e não entendia porque não fazíamos isso quando estávamos sozinhos.
– Quero chupar um pau. – Carlinhos pediu.
Gustavo se levantou e deu o seu pau para o meu irmão chupar enquanto eu enfiava a minha língua naquele buraquinho que piscava. Gustavo segurava Carlinhos pelos cabelos e o guiava naquele boquete. Gu gemia de prazer.
– Lubrifica o meu pau. – Eu pedi, a ideia era para o Carlinhos, mas foi Gu quem respondeu.
– Traz ele aqui. – Gustavo pediu.
Levei o meu pau até a altura da sua boca e Gustavo o sugou me arrancando também um gemido. Gustavo o deixou todo molhado e quando soltou a sua boa eu o vi olhando pra mim de uma forma que tudo o que eu queria era beija-lo e assim eu fiz. Me inclinei até ele e o beijei. Voltei para a bunda do Carlinhos, molhei mais um pouco com a minha saliva e o penetrei.
Carlinhos gemeu, tirou a boca do pau do Gu e eles se beijavam enquanto eu comia o meu irmão. Carlinhos já estava completamente em cima do Gustavo, seus corpos relavam um no outro de acordo com o movimento que eu fazia na bunda do meu irmão, sentia as pernas do Gustavo, elas estavam para fora da cama relando nas minhas. Eu gostei de ter o contato com aqueles dois corpos.
Gustavo passava a mão na bunda do Carlinhos e abria as bandas de sua bunda facilitando-me penetrar mais fundo. “Tenho que lembrar de agradecê-lo”, eu pensei. Em alguns momentos eu também passava a minha mão por ali para toca-lo. O tesão era enorme, nós três ali curtindo juntos depois de duas semanas, não demorou muito e nós gozamos. Os três, praticamente juntos.
Gustavo teve que ir para o banho, Carlinhos o melou todo. Enquanto isso eu fiquei na cama com o meu irmão deitado no meu peito.
– Então, essa história do Bruno com os meninos? – Eu perguntei
– O quê que tem? – Carlinhos me devolveu a pergunta.
– O que você quer que a gente faça? Você já contou o que rola entre a gente?
– Não, contei não. Não ia falar nada sem falar com vocês antes. – Carlinhos respondeu. Gustavo voltou para o quarto e deitou do meu outro lado. Ele estava um pouco molhado o que refrescou o meu corpo.
– Eu não quero participar disso. Não sinto atração por nenhum deles e o Diego ainda é uma criança. – Eu disse.
– O Diego já tem 16 anos, cresceu ainda mais e já tem um corpo de homem. – Carlinhos disse. – O que você acha Gu?
– Concordo com o Beto. Sabe que nunca senti tesão no Bruno. Seus primos até que são bonitos, mas... – Gustavo disse e nós o encaramos. – Eu estou mais que satisfeito com vocês.
Mais uma vez eu tive vontade de beija-lo, mas Carlinhos passou na frente e o beijou.
– Também não vejo a necessidade de rolar nada entre eles, mas eu confio no Bruno, de verdade e o Diego é um carinha fantástico e super de boa. Até o Pablo parece outra pessoa. Acho que não temos porque nos esconder deles. – Carlinhos disse.
– Eu realmente não me importo. Nunca quis contar para o Bruno para não me expor, eu gosto dele, mas aquele jeito dele me dá medo um pouco. – Gustavo disse rindo e eu tive que concordar. – Mas se você confia.
– Eu confio. – Carlinhos disse.
– Então vamos deixar acontecer. – Eu disse.
Carlinhos fez a sua higiene, eu e o Gu nos vestimos e fomos passear pela cidade. Apesar de ser julho, estava quente, normalmente era assim quente durante o dia e muito frio à noite. Carlinhos ligou para o Bruno que disse onde estavam.
Fomos até lá, quando chegamos eles estavam de boa, bem-comportados. Percebi Pablo se afastando do Bruno, constrangido com a minha presença e do Gustavo. Assim que chegamos ele veio para perto de nós dando ideias para sairmos à noite pegar mulheres e tal.
– Podemos sair à noite sim, falei com o Gu sobre os barzinhos que tem em volta da lagoa. Mas vamos deixar pra lá essa história de pegar mulher né Pablo. – Eu disse. Deixando Pablo sem graça e a primeira coisa que ele fez foi olhar para o Carlinhos que conversava com Bruno e Diego que não reparou no olhar que Pablo dava para ele.
Ficamos na rua por um tempo conversando e mostrando um pouco da cidade para o Gustavo. Bruno parecia já conhecer tudo. Ninguém precisa de mais de uma semana para conhecer toda a cidade. No final do dia voltamos para a casa, minha mãe já estava lá. Ficamos de papo, contei as novidades sobre o meu trabalho enquanto jantamos.
– E as namoradas Beto? – Minha mãe me perguntou. – Sempre você vinha com uma namorada diferente e esse ano ainda não fiquei sabendo de nenhuma.
– Esse é o último ano na faculdade né mãe, e com a promoção também, meu foco agora é outro. – Eu disse. Minha mãe me olhava de uma forma estranha pareceu não acreditar, Carlinhos segurava o riso e Gustavo olhava apenas para o prato. Percebi quando a minha mãe o encarou.
– Tudo tem a sua hora não é meu filho? Estarei aqui para conhecer a próxima pessoa que você namorar. – Minha mãe disse.
“A próxima pessoa que você namorar?” Ela não disse a próxima namorada. Será que minha mãe acha que eu sou gay? Será que eu virei gay? Dizem que mãe sempre sabe. Fiquei confuso com aquilo, sem graça que não consegui encarar mais ninguém naquela mesa.
Horas depois, meus primos chegaram e fomos andando para os barzinhos na lagoa. Pablo realmente estava mais agradável, não ficou o tempo todo querendo se provar. Com isso, a noite fluiu de forma agradável. Mesmo bêbados, resolvemos andar de pedalinho, nos dividimos em dois cisnes e apostamos corridas naquela lagoa.
– Dormem aqui hoje? – Carlinhos sugeriu aos meus primos.
– Minha mãe vai ficar puta. – Pablo respondeu.
– Ela já está dormindo uma hora dessas, amanhã a gente resolve com ela. – Diego disse. – Estamos na casa da tia.
– Ok. – Pablo confirmou.
A casa não era grande, não tinha cama para todos, por isso tivemos que improvisar, levamos os colchões das camas para o chão, mais os colchões que ficavam guardados para caso de visitas. Ficaríamos todos no mesmo quarto.
– Vamos jogar verdade ou consequência? – Diego sugeriu.
– Adooorrrrooo. – Bruno disse.
Acabamos concordando. Improvisamos uma mesa sobre os colchões para fazer um apoio para a garrafa rodar.
– Antes de tudo, vamos combinar o que for dito aqui não sai daqui. E se alguém mentir e outra pessoa souber a verdade tem que pagar a consequência. – Carlinhos disse.
O próprio Carlinhos girou a garrafa que caiu o lado da pergunta para Bruno e o lado de responder para o Gu.
– Hum... Vamos lá. Gu qual é a sua? – Bruno perguntou.
– Muito vago Bruno. – Gustavo respondeu.
– Seja direto na pergunta. – Diego sugeriu.
– Senhor Gustavo, você curte homem? – Bruno perguntou.
– Também. – Gustavo respondeu direto.
– Eu sempre soube, e ainda acho que você e o Carlinhos se pegam. – Bruno disse rindo.
– Guarde para a próxima Bruno, ele já respondeu a sua pergunta. – Carlinhos disse e rodou novamente.
Caiu para eu perguntar ao Pablo.
– E você Pablo curte homem? – Eu perguntei. Pablo ficou calado.
– Fala a verdade. – Diego sugeriu.
– É, já aconteceu. – Pablo respondeu e todos rimos. Carlinhos girou mais uma vez e foi a vez do Pablo me perguntar.
– Consequência. – Eu disse antes de vir a pergunta.
– Quero que você de um beijo na boca do Gustavo. – Pablo disse.
Eu me virei para o Gustavo que estava do meu lado direito e nos beijamos.
– Tenho certeza que não foi o primeiro beijo. – Diego disse. – Eu acho que rola alguma coisa entre vocês.
– Guarda essa pergunta. – Gustavo disse sorrindo.
Carlinhos rodou mais uma vez e Gustavo perguntou para o Bruno.
– Verdade ou consequência?
– Verdade. – Bruno respondeu.
– O que você prefere dar ou chupar? – Gustavo perguntou.
– Eu amo os dois. – Bruno respondeu sorrindo. – Não sei escolher, depende do momento.
– Consequência então, ele não sabe responder. – Diego sugeriu.
– Então dá uma consequência boa de verdade. Nada de beijinho. – Bruno disse sorrindo.
– Então chupa o Pablo até ele ficar de pau duro. – Gustavo disse iniciando as sacanagens da noite.
Bruno se inclinou até o Pablo que estava ao seu lado esquerdo e o chupou. Pablo já estava excitado, mas deixamos Bruno chupa-lo por um tempo. Foi até o Pablo começar a gemer.
Nova rodada e Diego perguntou para o Carlinhos.
– Você chuparia o seu irmão? – Diego perguntou.
– Chuparia. – Carlinhos respondeu. Bruno olhou assustado para o amigo, Pablo sorria pra mim. Gustavo ficava de cabeça baixa, acredito que com medo de entregar que ele já sabia.
Nova rodada e se repetiu a dupla, Diego perguntando para o Carlinhos novamente. Depois de uma discussão se deveria ou não rodar de novo, Diego perguntou novamente.
– Você já chupou o Gustavo?
– Já. – Carlinhos respondeu.
– Eu sabia. Traidor por que nunca me contou? – Bruno perguntou reclamando.
– Eu pedi pra não contar pra ninguém. – Gustavo assumiu a culpa.
Mais uma rodada e Pablo perguntou para mim.
– Você e o Gustavo se pegam?
– Às vezes. – Respondi, e era verdade.
– Imagino as putarias que rola. Tenho que confessar. Sempre morri de tesão em você Beto. – Bruno disse rindo. Pablo foi o único que não achou muita graça.
– Eu sei. Eu me lembro quando foi no meu quarto e tentou me chupar. – Eu disse.
– E você deixou, achando que era outra pessoa, achou que era o Carlinhos. Vocês se pegam também. Credo nessa família. – Bruno disse, fez uma pausa dramática enquanto nós o encarávamos. – Credo, mas que delícia.
Todos começamos a rir. A brincadeira acabou, serviu para nos dar liberdade de sermos abertos uns com os outros. Carlinhos contou quando ele me chupou pela primeira vez e como tudo começou a rolar depois que ele mudou para a casa do meu pai. Mas não contamos sobre meu pai saber e, muito menos participar de tudo.
Eu e Gu contamos sobre a nossa primeira vez com a Débora anos antes, como eu tinha esquecido daquilo e muita coisa que rolou depois que lembramos.
– Cara isso eu queria, ter uma mulher no meio. – Pablo disse.
– Meu querido, uma mulher não faz tão bem como eu. Diz que estou mentindo. – Bruno disse para o Pablo que ficou sem resposta.
– Beto, deixa eu te fazer um pedido. Um único. – Bruno disse.
– O que Bruno? – Eu perguntei.
– Deixa eu te chupar até tirar o seu leite? – Bruno disse e eu olhei para o Gu que estava sorrindo e depois para o Carlinhos. – Deixa Carlinhos? – Bruno pediu.
– Eu deixo, mas é ele que sabe. – Carlinhos respondeu.
– Só chupar? – Eu perguntei.
– Sim, só uma vez, claro que se depois você quiser mais eu posso repetir. – Bruno disse rindo.
– Tá bom. – Eu disse.
Bruno sorria e seus olhos brilhavam. Ele abaixou o meu pijama e colocou meu pra fora, começou a beija-lo. Diego estava excitado, Pablo passava a mão na bunda do Bruno que rebolava pra ele. Gustavo deu a volta e ficou ao lado do Carlinhos. Os dois se alisavam enquanto Bruno chupava o meu pau utilizando todas as técnicas possíveis de boquete, e mudando sempre para que eu não gozasse tão rápido. Ele queria aproveitar todo segundo com o meu pau em sua boca.
Diego segurava o pau do irmão enquanto ele chupava a bunda do Bruno. Bruno só parou de sugar o meu pau para autorizar Pablo.
– Vem, pode meter em mim. – Bruno pediu.
Pablo colocou a camisinha e meteu no Bruno. Gustavo e Carlinhos se afastaram, estavam em um 69 e enquanto Bruno me chupava eu via aqueles dois e tudo que eu queria era me juntar a eles. Estava bom com o Bruno, ali era tesão. Mas eu teria mais me juntando ao Carlinhos e ao Gu. É, eu os amava.
Levei a minha mão até eles e alisava os seus corpos enquanto os dois se chupavam. Diego estava fora do meu campo de visão, não tinha ideia de como ele estava se divertindo. Bruno me chupava no ritmo da metida do meu primo nele. Pablo foi o primeiro a gozar. Mas Bruno não o deixou sair. Pediu que ele continuasse. Bruno acelerou o boquete me fazendo gozar e ele bebeu todo a minha porra.
Eu ainda estava excitado, me juntei ao Carlinhos e ao Gustavo. Gustavo começou a meter no meu irmão que estava de quatro e eu o beijava. Carlinhos começou a chupar o meu pau, não se importando da boca do Bruno que estava nele segundos antes.
Bruno estava deitado com as pernas para cima e Diego metia nele. Enquanto isso, ele chupava o pau mole do Pablo. Depois de um tempo todos gozamos e fomos dormir. Dois trios separados, eu Gu e Carlinhos de um lado e Pablo Diego e Bruno do outro.
O Dia seguinte foi bem divertido, fomos para o clube, jogamos vôlei, peteca, nadamos e a noite ficamos em um chalé. Muita putaria aconteceu, mas não nos misturamos. Sei que a vontade do outro trio, principalmente a do Bruno, era se juntar a nós, mas isso não aconteceu.
No domingo fomos almoçar na casa da minha tia. Meu pai apareceu de surpresa. Foi um almoço de família bem legal. Minha tia olhava desconfiada como estamos unidos, bem diferente de como estávamos na praia. Mas não comentou nada. Pelo menos eu não vi.
No final do dia fomos embora, eu e Gustavo no meu carro e Bruno e Carlinhos com o meu pai. Deixei o Gustavo em casa.
– Curti muito o final de semana. – Gustavo disse.
– Eu também. – Respondi.
Ficamos um tempo nos encarando, nós dois queríamos a mesma coisa, mas ninguém tomou atitude. “Por que ficou tão estranho? ”, eu me perguntava. Tudo era mais fácil com Carlinhos junto.
– Então uma boa semana pra você. – Gustavo disse me dando um abraço rápido.
– Obrigado, pra você também. Vamos nos falando. – Eu respondi.
E realmente fomos nos falando diariamente. Trocávamos mensagens o dia inteiro. Sempre nos despedíamos mandando abraços e não beijos, e quando saíamos mesmo só nós dois a gente sempre tinha assunto e nada acontecia. Mas quando chegava o final de semana e Gustavo ia lá pra casa e terminávamos na cama com o meu pai e Carlinhos era simplesmente fantástico.
E os dias eram assim.
Apesar de estudar à noite, a festa de formatura seria a mesma. Até porque muitos dos alunos que começaram o curso comigo no turno da manhã no decorrer do tempo arrumaram emprego e passaram para noite. Naquela de arrumar dinheiro para a formatura organizamos uma festa de Halloween.
Eu e Gustavo nos fantasiamos de vampiros. Bruno se transformou em uma espécie de morte com uma cara branca e batom roxo, um sobretudo preto com detalhes roxo, ficou muito legal. Carlinhos foi como aqueles mortos mexicanos, o que ficou muito legal também.
Não sabíamos se Wagner iria aparecer, pelo que meus amigos me deram notícias, Wagner era outra pessoa dentro da sala de aula. Isolado, calado e não queria aproximação com ninguém. Parecia um fantasma. Gustavo também me disse que passou por ele algumas vezes, mas ele sempre abaixava a cabeça.
– Será que o Wagner vai nessa festa? – Perguntei ao Gustavo.
– Não sei. Se eu fosse ele, iria. Pode se misturar, se divertir sem mesmo ser identificado. – Gustavo me disse.
– Será? – Eu perguntei.
– Não sei. Eu faria isso. – Gustavo disse
– Faria o que? – Carlinhos perguntou.
– Nada. – Eu disse. – Você está lindo, vou te dar um beijo.
– Nem pensa nisso. Vai estradar minha maquiagem. E não sabia que você gostava de mortos. – Carlinhos disse.
– Eu gosto é de você. – Eu disse, beijando a metade do seu rosto que não estava pintada.
Fomos para aquela festa, era uma casa que foi alugada justamente para eventos. Vários ambientes, vários alunos da ADM e até de outros cursos que foram convidados e algumas pessoas totalmente desconhecidas. As fantasias eram das mais variadas. Alguns confundiram Halloween com carnaval. Começamos a nos divertir bebendo, conversando, dançando. As amigas do Carlinhos, Dalila e Vivian, também apareceram por lá. Acredito que se eu ficasse com a Dalila de novo o Carlinhos não iria se importar, estávamos tão bem resolvidos quanto ao nosso sentimento um pelo o outro que nada, nem ninguém, seria capaz de nos abalar. Mas eu não tinha vontade de pegar mais ninguém. Como o Gustavo disse meses antes, eu também estava mais que satisfeito com a minha família e o Gu já fazia parte dela.
Um mascarado puxou o Bruno para dançar e ele foi contente. Um tirava casquinha no outro, os dois sumiram para o banheiro e tempos depois o Bruno voltou.
– Descobriu quem era o mascarado que estava te sarrando? – Carlinhos perguntou.
– Não, não vi o rosto, só o pau. Se eu ver de novo eu reconheço. – Bruno disse rindo.
– Deve ser o único pau com batom roxo nessa noite. – Gustavo brincou.
– Ai que viado maldoso. Por quem me tomas? – Bruno disse fazendo drama.
– Amigo, você não viu o rosto, e voltou sem o batom na boca, pra onde foi esse batom? – Carlinhos perguntou. Bruno não se aguentou e começou a rir.
– Vocês reparam hein. Me passa o batom pra eu retocar. – Bruno disse indo ao banheiro.
– Eu também vou ao banheiro. – Gustavo disse.
Um tempo depois Bruno voltou sem o Gustavo.
– Cadê o Gustavo? – Eu perguntei.
– Ele saiu do banheiro com um mascarado. – Bruno respondeu.
– Com um mascarado? O que você chupou? – Carlinhos perguntou.
– Não, um outro. – Bruno respondeu.
Aquilo me incomodou, Bruno deve ter entendido errado, mas onde estaria o Gustavo. Procurei ele pelo casarão e não achei. Resolvi mandar uma mensagem.
– Gu onde você tá? – Eu escrevi.
– Saí da festa, resolvendo algo. Mais tarde te explico tudo. Durmo na sua casa. – Gustavo respondeu.
– Resolvendo o quê?
– Aconteceu alguma coisa?
– Precisa de algo?
As mensagens seguintes foram enviadas e não foram lidas. A festa perdeu a graça pra mim. Mostrei para o Carlinhos que levou tudo na boa.
– Relaxa Beto, sabe que o Gu tem cabeça boa. Se ele disse que está resolvendo algo e que explica tudo mais tarde, por que ficar nessa? – Carlinhos me perguntou.
Eu mesmo não sabia como responder. Mas eu estava com ciúmes. Eu não tinha pensado nisso antes, não até aquele momento e isso me doeu. Eu estava sentindo ciúmes do Gu.
– Vou embora Carlinhos, a festa já está acabando mesmo. – Eu disse. Carlinhos fez biquinho. – Pode ficar se quiser, juízo aí.
Cheguei em casa e não parava de olhar para o celular, conferia as horas e mensagens no celular de minuto a minuto. Percebi que meu pai estava com a TV ligada e fui até ele.
– Acordado? – Eu perguntei.
– Sim, vendo um filme aqui. – Meu pai disse. Eu fiquei parado na porta. – Chegaram todos? Nunca foram tão silenciosos.
– Não, eu vim na frente. – Eu disse.
– Aconteceu alguma coisa? – Meu pai me perguntou.
– Nada de mais, achei a festa chata. – Eu disse indo para a sua cama. Meu pai me olhava desconfiado.
– Pode falar meu filho. Se abre com o papai. – Ele disse me abraçando.
– Não sei o que está acontecendo comigo. – Eu disse e meu pai me olhava, eu procurava palavras. – Não sei mais o que eu sinto.
– Como assim?
– Não sei o que sinto pelo Gustavo.
– Claro que sabe. Vocês se amam. Ele é um amigo muito especial.
– Sim pai, mais não é só isso. Tem algo diferente eu não sei. Hoje ele sumiu na festa, veja a mensagem que ele me mandou. – Eu disse mostrando as mensagens. – Eu estou me roendo de ciúmes. Eu amo você e o Carlinhos mais que tudo e não sinto mais ciúmes de vocês. Mas estou com ciúmes do Gustavo.
– Você já entendeu que o Carlinhos sempre vai pertencer a você, assim como você a ele e vocês dois a mim e eu a vocês. Nós estamos ligados de uma forma que nada pode romper, somos uma família e nos amamos acima de tudo, em todos os sentidos da palavra amor. – Meu pai disse me abraçando. – Mas com o Gustavo é diferente, é um amor diferente, forte bonito e ainda assim frágil, pode ou não ser eterno e quando sabemos disso sentimos ciúmes. Hoje o Gustavo está aqui, amanhã ele pode não estar. Assim como Wagner esteve para o Carlinhos no carnaval e depois sumiu. Mas não se preocupe meu filho é claro que o Gustavo te ama.
– Ele ama a nossa família. – Eu disse.
– Ele ama sim, mas com você é de uma forma especial.
– Não sei pai. O Gu é o meu melhor amigo, um amigo como eu nunca tive. Quando ele está aqui na cama com a gente, ele, eu, consigo sentir isso, algo especial, mas depois quando não estamos aqui ele é só um amigo.
– E você queria mais?
– Não sei. É estranho que até o carnaval, a gente já ficou sozinho algumas vezes, mas depois disso não conseguimos mais.
– Mas o que pode ter mudado?
– Eu ter transado com o Wagner.
– E como isso te afetou?
– Isso não me afetou.
– Então não pode ser isso. – Meu pai disse. Eu o olhei sem entender. – Beto, se nenhum dos dois tomam alguma atitude é algo que afetou os dois, não só um de vocês.
Meu pai me abraçou e ficamos lá deitado vendo o filme.
Talvez meu pai pudesse ter razão. E talvez eu soubesse o que nos travava quando estávamos sozinhos. Tudo mudou na primeira vez que nós 4 ficamos juntos. Depois que eu transei com o Gustavo. Aquilo foi diferente. A nossa transa, o beijo que demos depois. Ali eu soube que eu o amava. E tinha medo do que aquilo significava. Não consegui ser o mesmo, tinha medo de não ser correspondido da mesma forma. Tinha medo de tomar alguma atitude quando estava sozinho com ele. Mas pensar em perde-lo me fez ter coragem de dizer tudo o que eu sentia.
Consegui esquecer o meu celular por um tempo e quando peguei tinha uma mensagem do Gu:
– Já estão em casa?
“Puta merda! Já tem quarenta minutos que ele mandou”, pensei. Resolvi ligar. Gustavo atendeu, disse que havia voltado para a festa, quando eu não respondi e que já estava com o Carlinhos a caminho de casa.
– O que aconteceu? – Eu perguntei assim que chegaram.
– Ele está fazendo mistério. Disse que ia contar uma vez só pra nós dois juntos. – Carlinhos disse, foi ao banheiro e pegou alguns produtos para tirar a maquiagem do seu rosto. – Agora pode falar.
– O mascarado, era o Wagner. – Gustavo disse. Carlinhos congelou e olhou pra ele, eu fechei os meus punhos com ódio.
– O que ele queria com você? – Eu perguntei.
– Conversar.
– Sobre o que? – Eu insisti.
– Se você deixar eu falar, eu conto tudo. – Gustavo disse e começou a sua narração:
“Eu estava no banheiro mijando e o Bruno lá no espelho passando batom. Quando o mascarado parou do meu lado.
– Preciso falar com você. – O mascarado disse. Eu olhei para o seu rosto esperando que ele tirasse a máscara, mas ele não fez. Mas eu vi o pau e deduzi que era o Wagner. – Vêm?
– Eu sabia que você viria nessa festa.
– Eu vim só pra poder falar com você. Vem comigo. – Ele me disse.
– Pra onde?
– Por favor venha comigo. Por tudo que já vivemos um dia. – Wagner me pediu tirando a máscara e eu pude ver nos seus olhos que eu podia confiar.
Entramos no carro dele, ele ligou e saiu ainda calado. Foi quando o Beto me mandou mensagens e eu respondi. Fomos para um lugar que costumávamos ir para conversar e também namorar.
– Por que me trouxe aqui? – Eu perguntei.
– Por que eu quero falar sobre o passado Gu.
– Se soubesse que era pra isso, eu não teria vindo. Achei que precisava conversar, que estava pensando em se matar ou coisa parecida. – Eu disse.
– Cheguei a pensar nisso mesmo. – Wagner respondeu.”
– O Wagner pensou em se matar? – Carlinhos perguntou interrompendo o Gustavo.
– E ele te levou para o lugar que vocês costumavam namorar? – Eu perguntei, já que o Carlinhos tinha intrometido me senti no direito.
– Sim e sim. – Gustavo disse. – Íamos naquele lugar quando namorávamos. E o Wagner disse que pensou em se matar, antes, mas que agora não pensa mais nisso. Posso continuar?
Eu e Carlinhos concordamos e Gustavo continuou contando o que aconteceu:
“Saímos do carro e o Wagner continuou.
– Eu errei com você. Eu sei que errei muito. – Wagner disse.
– Que bom que sabe. Errou feio, errou rude. – Eu disse começando a achar graça naquilo.
– Agora eu sei. Talvez eu sempre soubesse, mas agora eu reconheço. Depois do que passei com o Carlinhos eu me coloquei no seu lugar e de várias pessoas que eu magoei. Mas no seu principalmente, pois você me amou de verdade. – Wagner disse.
– Que isso Wagner? Entrou nos programas de viciados que tem aquele passo a passo de pedir desculpas? – Eu disse rindo.
– Estou falando sério e você vem fazer piada? – Wagner me criticou.
– Desculpa, mas está engraçado, eu também já bebi um pouco e sempre quis escutar você falando isso. Então me deixa aproveitar esse momento. Pode continuar com as suas desculpas.
– Não vai dar pra falar sério com você? – Wagner reclamou.
– Quantas vezes eu tentei isso Wagner e o que você fez além de me humilhar?
– Eu estou abrindo o meu coração, o que o Carlinhos fez me fez refletir.
– Que bom, pena que demorou pra alguém fazer isso com você. Mas antes tarde do que nunca.
– Eu amei o Carlinhos, mas ele me apunhalou.
– E eu amei você e você fez isso comigo? Mas o Carlinhos não te apunhalou. Ele te deu uma opção, um caminho. Ele também te amava. Eu vi o quanto ele sofreu nesses meses. Eu dizia pra ele que não valia a pena sofrer por você. Um babaca egoísta que ele mal conhecia.
– Talvez eu merecesse isso. Mas o Carlinhos disse algo que ficou na minha cabeça. Que talvez de uma forma inconsciente fosse verdade. Eu te invejava, invejava a sua coragem de amar, de assumir isso e acreditar que o amor era mais forte que o preconceito, invejava a sua força, e invejava o que você tinha com o Carlinhos e com o Beto. – Wagner disse. – Eu te amei Gustavo e foi por medo do que isso significava pra mim que eu te afastei. Pensei que se você me odiasse eu ia conseguir te esquecer.
– E pelo visto deu certo. Foi bom apenas pra você. – Eu disse irritado. – Você realmente é mau, mesquinho, egoísta. Não tem ideia de como me fez sofrer.
– Eu fui sim egoísta, mesquinho tudo isso e muito mais. Mas não sou mais assim, tanto que estou aqui te contando e te pedindo perdão por tudo. – Wagner disse e olhou pra mim. Parando na minha frente. – E a verdade é que eu não consegui te esquecer completamente.
Ao dizer isso ele me beijou.”
– Ele te beijou? – Carlinhos perguntou.
– Nós nos beijamos. – Gustavo disse.
– Eu não acredito que vocês se beijaram. – Eu lamentei.
– E não foi só isso. – Gustavo disse. Voltando a sua narração:
“Eu o empurrei depois de um tempo que a gente estava se beijando. Acho que a gente se beijou por tempo demais. Mas vocês têm que entender que o Wagner não é uma pessoa qualquer.
– Que merda você está fazendo? – Eu perguntei.
– Não foi uma merda, você gostou que eu sei. – Wagner disse. – Vamos ficar juntos Gu. Me perdoa e volta pra mim?
Eu não posso negar que sempre esperei escutar isso.
– Você continua o mesmo egoísta Wagner. Você não mudou. – Como assim? Assumi todos os meus erros, te pedi perdão por tudo. Estou aqui querendo voltar com você.
– É perdão que você quer? Eu te perdoo. Mas me tirar de uma festa que eu estava com meus amigos. E vir aqui do nada me pedindo perdão e querendo voltar pra mim? Você está louco?
– Eu pensei muito sobre isso. Pareceu o certo. A gente já se amou um dia. E esse beijo foi prova que ainda existe algum sentimento.
– Wagner, você não está bem. Passou por situações difíceis. Se sente sozinho e precisa se encontrar. Você me procurou achando que eu era o caminho mais fácil. Pra você não precisar fazer o mais difícil.
– Do que você está falando? Não tem nada de caminho mais fácil. Não sabe como foi difícil pra mim te falar tudo isso, aceitar tudo isso.
– Ainda assim é mais fácil do que enfrentar a si mesmo, a amar a si mesmo. De boa, você precisa se tratar. – Eu disse entrando de volta no seu carro. – Me leva de volta Wagner.
– Gustavo espera. – Wagner disse vindo mais uma vez na minha direção e me beijando.
Mais uma vez eu o empurrei. E mais uma vez ele voltou a me beijar. Só que dessa vez eu não resisti. Nos beijamos, Wagner passou a mão pelo meu corpo, chegou no meu pau, desceu as minhas calças e me chupou.
Eu me deixei levar. Era o Wagner ali, depois de tudo que aconteceu ele estava ali. Tem ideia de quantas vezes antes de conhecer vocês eu pensei naquilo, numa situação assim. Depois de tudo que eu passei, depois da nossa última vez eu me esforçando para ser passivo para ele não terminar comigo. E eu tinha a chance da minha última vez com o Wagner não ser tão degradante pra mim?
Ele pegou uma camisinha e nós transamos. Quando por fim gozamos, eu tive uma crise de riso. E essa crise passou para o Wagner. A gente ria e não parava.
– Eu não sinto nada por você. Eu não te amo – Eu disse pra ele.
– Eu sei, eu também não. – Wagner respondeu e continuamos rindo.
– Mas eu gosto de você, eu te perdoo. Mas dê um jeito na sua vida. Você tem tudo, por que fica arrumando problema?
– Se fosse tão fácil.
– É sim, descubra quem você é e seja feliz. A nossa felicidade não depende dos outros, das aparências e, só temos condições de fazer outra pessoa feliz se formos felizes também. – Eu disse. Nos abraçamos e fomos embora.
Ele ainda me perguntou se poderia me ligar para conversar, que eu sempre fui um ótimo ouvinte e muito bom em dar conselhos. Eu disse que tudo bem, que agora eu desejava o melhor pra ele. Eu precisava vê-lo realmente arrependido e que ele me pedisse perdão sendo sincero de verdade.”
– E precisava transar com ele? Eu não acredito que você transou com ele. – Eu disse.
– Você está achando ruim? – Gustavo me perguntou.
– Mas é claro. – Eu disse. – Você nos traiu.
– Calma aí Beto. Você também transou com o Wagner. E quando você contou eu não agi assim. Eu estava era preocupado, era com a reação do Carlinhos. – Gustavo disse e olhou para o meu irmão.
– Eu te entendo Gu. – Carlinhos disse.
“Como o Carlinhos podia entender aquilo?”, pensei.
– Foi totalmente diferente quando rolou entre mim e o Wagner. – Eu disse.
– Diferente porquê? Vocês também tinham uma história, ele também conversou com você, te disse que estava arrependido de um monte de merda que ele fez e no fim você também se deixou levar. Pra você foi a primeira e única vez. Pra mim foi a última. – Gustavo disse.
– Mas naquela época não tínhamos o que temos hoje. – Eu disse.
– Existe alguma diferença pra você? Por que pra mim não, éramos amigos e ainda somos. Íamos para a cama juntos e ainda vamos. O que é diferente? – Gustavo perguntou.
– Não está igual e você sabe disso. – Eu disse.
– É verdade. Tínhamos muito mais liberdade antes. – Gustavo disse, se levantando.
– Gu onde você vai? – Carlinhos perguntou. Nunca tinha visto o meu irmão tão calado, acho que sua ficha ainda não tinha caído.
– Eu vou embora. – Gustavo respondeu. – Boa noite. E me desculpem qualquer coisa.
– Gustavo espera. – Eu disse.
– Pra que? Para você brigar mais comigo? De tudo que eu disse, de tudo que aconteceu a única coisa que você consegue ver é que eu transei com o Wagner? Não vê como isso foi importante pra mim. Não é capaz de perceber como me doía quando o Wagner se aproximava de vocês e tentava nos afastar e eu lutava sozinho contra isso. E a partir de hoje isso acabou. Que qualquer ferida que eu tinha agora está cicatrizada, que eu tenho total certeza que não sinto mais nada por ele, nem mesmo magoa.
Eu realmente não via isso. Não tinha pensado nisso até o Gustavo dizer, me doeu olhar pra ele e ver seus olhos cheios de lágrimas.
– Eu não quero brigar com você. Só não quero que você vá embora assim. – Eu disse.
Eu não queria me afastar do Gu, mas me sentia magoado, traído. Entendia os motivos do Gu, mas não entendia porque ele ainda tinha a necessidade de ter transado com o Wagner. Não tive coragem de dizer para ele o que eu sentia. Parecia que já era tarde demais.
Acabou que naquela noite apenas dormimos. Gu pediu para ficar no quarto do Carlinhos, que dormiu com o meu pai e eu sozinho na minha cama. Mal dormi aquela noite, queria ir para o quarto do Carlinhos e pelo menos ficar abraçado com o Gu. Mas não fiz.
No dia seguinte, ele foi embora cedo. Eu não tive coragem de mandar mensagem pra ele e ele também não mandou mensagem pra mim. E pela primeira vez desde que a nossa amizade ficou tão fortalecida, não conversamos durante a semana.
Carlinhos me dava notícia dele. Dizia que aparentemente ele estava bem, mas que podia ver que ele mentia. Disse que não queria conversar sobre aquilo. No final de semana, Gustavo também não veio para a nossa casa, inventou alguma desculpa para o Carlinhos.
– Vocês têm que acabar com essa birrinha de vocês. – Carlinhos me disse bravo. – Vê se crescem.
A semana novamente se seguiu. Era mais um dia normal no trabalho quando meu chefe me chamou.
– Tenho uma grande oportunidade pra você. – Ele me disse. Contou sobre um projeto que será desenvolvido em Luanda. Que ele não vai poder ir para gerenciar, pois a esposa estava grávida e ele não poderia leva-la e nem a deixar aqui. Que o projeto era de 6 meses, mas que poderia durar até um ano. Que eu era a pessoa certa, ganharia muito dinheiro e poderia escolher mais dois funcionários para formar a minha equipe lá. O projeto seria para começar já em janeiro. Tinha menos de dois meses. – Preciso da sua resposta ainda essa semana.
Um ano em outro país. Sem meu pai, sem Carlinhos e sem Gustavo. Um ano vivendo sozinho, trabalhando, ganhando muito dinheiro. Isso era importante pra mim.
Contei para o meu pai e para o Carlinhos. Carlinhos ficou triste, mas meu pai me deu total apoio e convenceu ao meu irmão que seria melhor pra mim. Já no dia seguinte eu aceitei a proposta.
Eu não contei para o Gustavo. Ele ficou sabendo pelo Carlinhos e naquele final de semana ele foi lá em casa tirar satisfação.
– Como assim você vai embora? Por que não me contou isso? – Gustavo me perguntou.
– Tem mais de uma semana que não nos falamos. – Eu rebati. Entrando no meu quarto. Gustavo me seguiu e fechou a porta.
– E não pensou em me mandar uma mensagem pra contar uma coisa importante dessa. Você que escolheu tudo isso. – Gustavo me disse.
– Eu? Eu não, você sumiu. Imagino que deve andar ocupado com o seu novo velho amigo. – Eu disse abrindo o meu ciúme.
– Tenho sim trocado mensagens com o Wagner se quer saber. Ele parece muito mais maduro que você.
– Então vai lá ficar com ele.
– Se eu quisesse iria sim. Você é um idiota e cego. – Gustavo me disse. Eu o encarei. – Achei que éramos amigos.
– Eu também achei.
– Então por que está jogando tudo fora?
– Você jogou, quando transou com o Wagner.
– Você não entende.
– Então explica.
– Transar com o Wagner foi a melhor coisa que me aconteceu.
– Então vai lá ficar com ele. – Eu disse mais uma vez e agora com raiva.
– Não, não vou. Transar com ele me fez virar essa página. Me fez ter certeza dos meus sentimentos e do que eu quero. Esperava que nessa semana você pudesse perceber isso. Mas não pelo contrário. Resolveu fugir.
– Do que você está falando?
– Eu amo você Beto. Como pode ser tão cego.
– Eu sei você curte a gente. Curte o que fazemos juntos. Você já disse que ama a gente. Mas até quando? Até aparecer alguém, até o Wagner se regenerar?
– Não Beto, caralho! Além de cego é surdo. Eu estou dizendo que eu amo você. Não é da forma que eu amo o seu pai e o Carlinhos. Eu... amo... você! – Gustavo disse sentando na cama e abaixando a cabeça.
Eu fiquei parado tentando entender se realmente estava escutando aquilo, da forma correta. Me perguntava se ele me amava, porque nos últimos meses ficamos juntos só quando estava o meu pai e o Carlinhos. Gustavo mais uma vez pareceu ler os meus pensamentos.
– Tive medo de te falar e nos afastar. De você só me ver como um amigo, que se diverte junto com o seu pai e seu irmão. Acha que se eu não te amasse teria deixado você me comer. Eu não sou passivo, não sinto prazer assim. Não é fácil pra mim. Fiz por amor. Como um dia fiz com o Wagner.
– Por que não me disse?
– Pra que? Pra você me dizer que eu estava confundindo as coisas? Não, eu não faria isso. Eu já tinha dado um passo. Um grande passo. – Gustavo disse. Eu me sentei na outra ponta da cama e falei.
– Eu também te amo. – Eu disse baixo. Gustavo não respondeu. – Você escutou?
– Sim.
– E aí?
– Eu não sei. Fala de novo.
– Eu também te amo. Também tive o mesmo medo. Eu ia te falar isso quando chegasse aqui em casa no dia festa, mas você contou o que aconteceu com o Wagner e eu achei que era tarde demais.
– Então você também me ama? – Gustavo me perguntou se aproximando de mim.
– Eu te amo Gu. Não apenas como um amigo. Como o meu melhor amigo. Algo além, muito além.
Gustavo me beijou, e eu o beijei de volta. Não existia mais medo. Eu podia sentir que o Gu pensava da mesma forma. Era um beijo quente, um sentimento forte, intenso que me permitia quebrar todas as minhas barreiras. Eu estava nu, de corpo e alma. Nos beijávamos, beijávamos nossos corpos, nossos paus estavam duros e eram preenchidos pelas nossas bocas.
Gustavo apertava a minha bunda, dessa vez eu deixei, não fugi como sempre fazia. Senti quando ele passou a sua língua, e eu gostei, o deixei lamber o meu cu enquanto eu engolia o seu pau.
– Eu quero você. – Gustavo me disse.
– Eu sou seu. – Respondi e nos beijamos.
Gustavo veio pra cima de mim, levantou levemente as minhas pernas e encaixou o seu pau na minha bunda. Eu tentava relaxar, sabia que não seria fácil. Mas estava disposto a ir até o fim. Era a minha vez de provar que eu o amava. E provei.
Gu foi entrando centímetro a centímetro com seu pau dentro de mim. Eu era preenchido pelo seu pau. Sentia uma forte dor.
– Relaxa. – Gustavo me pediu.
“Estou tentando”, eu pensei. Parei de pensar quando novamente ele me beijou e disse ao meu ouvido mais uma vez que me amava. Percebi que ele estava todo dentro de mim, a dor tinha passado e o prazer surgia. Gustavo não fazia um entra e sai com o seu pau. Nossos movimentos eram apenas dos nossos corpos e isso me deu um enorme prazer. Nossos corpos se movimentavam mais rápidos, olhávamos fixamente nos olhos um do outro e algumas vezes nos beijávamos.
Gozamos, foi bom, muito bom. Um prazer diferente, não posso dizer que foi melhor do que ser ativo, mas foi maravilhoso. Eu suportei a dor e senti um enorme prazer com o cara que eu realmente amava.
Gustavo saiu de dentro de mim lentamente, senti um alívio, mas também senti falta do seu pau dentro de mim. Do momento que éramos apenas um só corpo.
– Não acredito que você vai embora. – Gustavo me disse.
– Eu vou. Mas não vou te abandonar. Vem comigo? – Eu pedi.
Gustavo me olhou e antes que eu pudesse explicar qualquer coisa ele me respondeu:
– Vou. Eu vou contigo.
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Capítulo 18 – Carlinhos
Depois da festa de Halloween o clima ficou tenso. Não gostei de saber que o Gu tinha transado com o Wagner. Acho que fiquei em choque na hora. Não consegui dizer nada. Queria gritar, berrar, mas no fundo eu entendia o Gustavo. O que eu poderia cobrar do Gu? Afinal, eu fui o primeiro a cair nas graças e na cama com o Wagner. Eu também queria mais uma vez com ele, uma despedia como o Gustavo teve. Quem não ficou nada feliz com isso foi o Beto, que aprontou um escândalo. Gustavo não percebeu que o problema não foi ele ter transado com o Wagner e sim ter transado com outra pessoa.
Aquela noite foi tensa. Gustavo pediu para dormir no meu quarto, eu dormi com meu pai e Beto sozinho no seu quarto. Na manhã seguinte Gu tomou o café da manhã e saiu bem cedo, antes mesmo do Beto acordar. A semana não foi fácil, ainda mais quando Beto contou pra mim e para o papai que iria sair do país por causa do trabalho.
Eu não tinha contado a notícia para o Gu. Esperei que os dois parassem de infantilidade e conversassem sobre aquela briga. Mas os dois estavam duros na queda. Nem sexo rolou naquele final semana. Não com o Beto e com o Gu, mas eu e papai aproveitamos.
Por fim contei para o Gustavo que o Beto iria se mudar. Ele ficou bravo e depois do trabalho fomos juntos para a minha casa.
– Como assim você vai embora? Por que não me contou isso? – Gustavo perguntou para o Beto.
– Tem mais de uma semana que não nos falamos. – Beto respondeu entrando no seu quarto. Gustavo o seguiu e fechou a porta.
Eu olhei aquilo assustado.
– Só falta eles brigarem mais ainda. – Eu disse indo em direção ao quarto do Beto.
– Carlinhos, não. – Meu pai disse me impedindo de entrar naquele quarto.
– Mas pai. – Eu disse.
– Deixe-os se resolverem. – Meu pai disse. – Eles não são crianças.
– É o que parecem, eu tenho que aguentar o Gu todo dia na faculdade e no trabalho. O Beto todo dia aqui a noite. Eles estão insuportáveis. Estão agindo como crianças.
– Então, por isso mesmo, deixa eles conversarem. Vai fazer as suas coisas, acaba de chegar, toma um banho. Não se preocupa, eu sei que agora eles vão se resolver e se der tudo errado, o que eu duvido, eu estou aqui.
Mesmo duvidando da orientação do meu pai e ainda escutando Beto e Gu discutindo eu o obedeci. Entrei para o banho e quando sai me surpreendi com o silêncio.
– O que aconteceu? – Eu perguntei. Meu pai sorria pra mim.
– Não te falei. Eles estão se entendendo. – Papai disse alisando o cacete que já estava duro. Pelo visto o que estava acontecendo dentro daquele quarto o deixou todo animado.
Eu apenas enrolado na toalha, a deixei cair e fui para o sofá com o meu pai. Caí de boca naquele pau. Papai me girou e chupava o meu cuzinho. Estava feliz, as coisas voltariam como eram antes. Voltaríamos a nos divertir os quatro de novo, pelo menos até o Beto se mudar. Eu tentava ver o lado bom. Um ano, no máximo, um ano passa rápido. Um ano voa.
Fiquei de quatro no sofá e papai vinha por trás com aquele seu cacete grande, duro e grosso. Gozei rebolando no pau do meu pai e ele gozou dentro de mim. Ficamos sentados no sofá quando Beto e Gu saíram do quarto todos sorridentes.
– Temos uma notícia para vocês. – Beto disse.
– Que fizeram as pazes, isso está na cara. – Eu disse.
– Não. Sim, isso também. – Gustavo disse.
– O Gu vai comigo para Luanda. – Beto disse.
– Como assim? – Eu perguntei. Papai sorriu e quase bateu palmas.
– Vou contratar o Gu, e ele vai comigo. Eu posso levar duas pessoas para serem da minha equipe lá. O Gu vai ser uma delas. – Beto disse.
– Vocês vão me abandonar? – Eu perguntei.
– Nunca Carlinhos. Não vou te abandonar nunca. – Beto disse vindo na minha direção.
– Só vamos ficar um tempo afastados. Mas em um piscar de olhos estaremos de volta. – Gustavo disse.
– E ainda temos tempo para aproveitar juntos, não adianta sofrer por antecedência. – Beto disse e me beijou.
Puxei o Gu para dividir aquele beijo com a gente. Papai passava a mão em nossos corpos. Não demorou muito e estávamos nós quatro sem roupas nos chupando e aqueles três, meus três machos, me penetraram. Eu dei para o Beto enquanto papai e Gustavo se chupavam, depois dei para o Gu enquanto eu chupava o pau do Beto. Foi uma delícia ficar naquela cama com eles. Depois de todos satisfeitos fomos dormir. Quando acordei, Beto e Gu não estavam lá, foram para o quarto do Beto e dormiram juntos. Fiquei feliz, pois mesmo o Beto e Gu talvez entrando em um relacionamento nada mudaria entre a gente.
Durante a semana, Beto acertou a contratação do Gustavo. Na empresa em que eu trabalhava com o Gu todos ficaram tristes com a sua saída. Gu é uma pessoa muito queria por todo lugar que ele passa.
– Não comemorem ainda, continuo aqui até o final do ano. – Gustavo disse quando avisou que iria sair.
Algumas pessoas mais próximas a ele estavam com cara de velório. Mas todos entenderam que era uma oportunidade muito bacana. Gustavo resolveu finalizar o segundo período de arquitetura, mesmo sabendo que não voltaria mais para o curso, seu foco agora era terminar o último ano de Administração. Coisa que ele poderia fazer mesmo de Luanda via internet. Só teria que apresentar seu TCC e fazer algumas provas quando voltasse.
Meu irmão estava iluminado. Nunca tinha o visto tão feliz. Mesmo sem Gustavo transávamos todo dia. Beto dizia que era pra matar a saudade. Saudade essa que já estávamos sentindo. Papai também participava das nossas brincadeiras durante a semana e nos finais de semana o time ficava completo com o Gustavo.
Em um piscar de olhos o semestre acabou. Estávamos de férias e havia chegado à formatura do Beto. Como ele pagou pela festa, ganhou convites suficientes para mim, pro meu pai, Gu, minha mãe, meus tios, meus primos Pablo e Diego e ainda sobrou um para o meu best, Bruno.
Como o apartamento não comportava todo mundo, minha mãe e meus tios ficaram em hotéis. Eu insisti para os meus primos ficarem lá em casa. Que tia Deyse não achou muito bom, mas acabou cedendo, pois não iria dizer para o meu pai os seus preconceitos.
Fui para o shopping com Bruno para compramos os nossos ternos. Comprei um terno azul brilhante lindo, corte italiano. Bruno comprou um terno igual, mas cor de vinho. Compramos também sapatos para combinar.
A festa foi em um salão lindo. Gu e Beto também estavam muito bem vestidos. Gustavo com um terno também azul, mais escuro e nada chamativo. Beto com um terno grafite, era o único que usava uma gravata. Diego não foi de terno, estava de Jeans com um blazer que ficou muito charmoso, ele havia crescido ainda mais, estava quase da altura do irmão que também estava muito bem. Minha mãe estava linda, parecia uma rainha. Mas o meu pai, aquele homem atraía muitos olhares. Às vezes, eu tinha vontade de dizer como ele é gostoso para todo mundo ouvir.
– Bicha eu tenho um sonho. – Bruno me disse.
– Já sei que é putaria. – Eu respondi. Bruno riu.
– É sim. E das boas. Ser comida pelo seu pai.
– Safada.
– Jesus me abana, que homem é esse. – Bruno disse fingindo que ia desmaiar ao olha-lo.
– Quem sabe não realiza. Você realizou o sonho de ter o leite do Beto na boca.
– Aí bicha não fala assim que eu fico molhadinha e batendo palminhas. – Bruno disse rindo.
No início da festa, apenas sentamos à mesa do Beto, ainda haviam pessoas chegando, garçons servindo. Uma música ambiente e mais tarde teria um grande show.
– Quem você procura? – Beto me perguntou. Eu não soube o que responder.
– Ele ainda não chegou. – Gustavo respondeu. – O Wagner. É ele que o Carlinhos está esperando. Foi por isso que se sentou de frente para a entrada não foi.
“Maldito Gustavo com esse seu poder de ler mentes”, pensei. Gustavo não era maldito, eu o amava e sei que ele não tem o poder de ler mentes, é muito observador. Mas tinha que abrir a boca?
– Não sentei aqui por isso. – Eu menti.
– Mas estava procurando por ele não era? – Gustavo me perguntou e eu não respondi. – Ele vem. E sabe de uma coisa? Ele mudou bastante.
– Será que ele me perdoou? – Eu perguntei.
– Vocês terão que conversar. – Gustavo me disse.
– Poxa Gu, se você sabe por que não me conta? Não são amigos agora? – Eu questionei.
– Uma espécie de amigo virtual. Não ficamos falando sobre você. Foi uma condição pra poder conversar com ele. Ele está fazendo terapia também. Você deve ser assunto com o terapeuta dele.
– Gu não começa, você quer jogar o Carlinhos pra cima do Wagner? – Beto reclamou. – Há um tempo você era o que mais tinha ódio dele.
– Ainda bem que não tenho mais. Me sinto muito melhor sem guardar magoa. E para com esse ciúme do seu irmão. – Gustavo o censurou.
– É Beto, para com isso. Você taí todo feliz com o Gu, com esse seu namoro estranho. – Eu disse.
– Não é um namoro. – Beto disse.
Beto insistia que ele e o Gu não namoravam. Comigo o Gu dizia que eles namoravam sim. Beto tinha problema em dizer que namorava um homem. Gu não se importava, afinal ele nunca quis que ninguém soubesse da sua sexualidade mesmo. Então eles namoravam sim.
– Que seja qualquer nome que você queira dar pra isso. Por falar nisso a mamãe está esperando o filho mais velho dela apresentar o namorado. – Eu disse rindo. Gustavo e Beto olharam para a minha mãe e ela os encarava com um grande sorriso no rosto.
– Você já abriu a boca né? – Beto reclamou.
– Eu não. Mas ela não é cega e nem surda. Tudo seu é o Gu. Vou sair com o Gu. Vou ver o jogo com o Gu. Vou pro bar com o Gu. Vou pra Luanda com o Gu... Eu não contei nada, nem neguei. – Eu disse fazendo uma vozinha chata ao dizer “Gu”.
– Olha quem que tá com ciúmes agora. – Gustavo disse sorrindo. Me fazendo sorrir.
Não era ciúmes, era raiva. Não sabia lidar muito bem com o fato de estar bem próxima a partida do Beto e do Gu para a África. Sem contar que eles tinham um ao outro, ficavam juntos se divertiam do jeito deles. Tinham uma vida fora da grande cama no quarto do meu pai. E agora iriam para longe me deixando aqui, “sozinho”.
– Eu amo vocês. Vocês sabem disso. E estou feliz por vocês. Mesmo que por alguns segundos eu os odeie por irem embora. – Eu disse sendo sincero.
Beto me deu um beijo no rosto e Gustavo um lindo sorriso. Eles se olharam e foram em direção a minha mãe. Acho que Beto ia explicar que tinha uma amizade especial com Gustavo, que eles transavam, se amavam, iriam morar juntos em outro país, mas que não eram namorados. Pensar nisso me fez rir sozinho.
Diego chamou a mim e ao Bruno para darmos uma volta pelo salão. Admiramos a beleza das pessoas e fizemos alguns comentários maldosos também.
– Pablo está namorando uma garota da cidade. – Diego contou.
– E você? – Eu perguntei.
– Eu o que? – Diego devolveu.
– Como você está com isso?
– Tranquilo, uai.
– Não sente ciúmes? – Perguntei. Eu quase morri quando Beto ficou com a Dalila.
– Eu não. Ele é meu irmão, não meu namorado. Eu nunca ia namorar com o Pablo. – Diego respondeu com uma naturalidade que me deixou chocado.
– E vocês continuam se pegando? – Bruno perguntou.
– Claro. Agora com ele namorando as coisas até melhoram pra mim. – Diego disse.
– Como assim? – Bruno perguntou.
– Pablo se sente mais homem por tá namorando, e isso o deixou muito mais liberal comigo. – Diego disse. – Segredo hein, se ele souber me mata. Mas ele já até deu pra mim.
– Meu ativo virou versátil? Que decepção. – Bruno disse se lamentando de forma dramática. – Já não se fazem mais ativos como antigamente.
Eu e Diego não conseguimos parar de rir. Enquanto isso, Beto e Gu se aproximaram.
– E como foi com a mamãe? – Eu perguntei.
– Tranquilo. – Beto respondeu.
– Claro que seria tranquilo. É a minha mãe. – Eu disse. Minha mãe era maravilhosa, ela me deu muito apoio e claro que não seria diferente com o Beto.
A banda começou a tocar, por algum momento eu havia deixado de me preocupar com a chegada do Wagner. Eu estava olhando para o palco quando escutei a sua voz.
– Fala Gu, Beto. – Wagner disse me fazendo olhar para trás. Nos olhamos por alguns segundos. – Oi Carlinhos.
– Oi Wagner. – Eu disse. – Será que...
– Eu queria... – Wagner disse me interrompendo.
– Podemos... – Eu disse por cima dele.
– Conversar... – Dissemos juntos. Abrimos um sorriso e concordamos.
– Meu Deus, arrumem um quarto. Posso sentir a tensão sexual daqui. – Bruno disse fazendo piada, eu lhe dei um tapa e saí com o Wagner daquele salão.
Fomos para uma varanda, grande e aberta, havia poucas pessoas, algumas fumando e alguns casais se pegando. A porta de vidro do salão se fechou e mal escutávamos a música lá de dentro. Fiquei impressionado com a acústica.
– Wagner, eu queria te pedir desculpas por aquilo que eu fiz depois que voltamos do carnaval. Eu errei. – Eu disse.
– Errou mesmo. Não tem ideia de como me machucou. – Wagner disse.
– Eu não imaginava, eu sinto muito.
– Mas não foi de todo ruim. Hoje consigo perceber que se não fosse aquilo eu não estaria me conhecendo melhor. Reconhecendo que eu também já errei muito.
– Então você me perdoa?
– Sim. Como posso esperar que os outros me perdoem pelos meus erros se eu não for capaz de perdoar quem errou comigo. E eu também te devo desculpas se de alguma forma te magoei. O Gustavo me disse que você também sofreu com toda essa situação.
– Sofri sim. Eu realmente me apaixonei por você.
– Eu também. – Wagner disse olhando pra mim. Eu estava pronto para beija-lo naquele momento, nos aproximamos mais um pouco um do outro quando a porta de vidro abriu atrás da gente e escutamos todo o barulho do salão e isso acabou nos afastando um do outro. – Bom...
– Então estamos bem né?
– Estamos sim.
– Um abraço então? – Eu disse. Wagner abriu os braços e nos abraçamos. Me sentia um pouco constrangido por isso, foi um abraço rápido e voltamos para o salão.
Chegando no salão vi Bruno conversando com Pablo no meio da pista de dança.
– Não Pablo. Já disse que não. Não fico com caras que tem namorada. – Bruno dizia, pelo visto não era a primeira vez que ele disse aquilo para o meu primo. Pablo saiu sem graça por levar um fora.
– Ai que bicha mentirosa. Desde quando não fica com o bofe que tem namorada? – Eu perguntei.
– Foi só pra dar um fora no seu primo. Numa festa dessa vou ficar pegando figurinha repetida? Figurinha repetida não enche álbum não. – Bruno disse rindo. – E como foi com o Wagner?
– Nos desculpamos e estamos bem.
– Só isso?
– Só.
– Aff. Que sem graça. Achei que cairiam nos braços um do outro, aí ele montaria em seu cavalo branco alado e saíram voando daqui.
– Para de graça bicha. – Eu disse. – Vou no banheiro, vem comigo?
Bruno foi comigo. Travei na hora que vi que quem estava no mictório era o Robert o garoto que bateu no Bruno, na festa que fomos fantasiados de mulher. Não sei se Bruno tinha percebido que era ele ali, pois foi logo para o mictório do lado. Eu mijei rápido e com o coração disparado. A puta do Bruno não parava de olhar para o pau daquele garoto.
“Meu Deus, o Bruno vai apanhar de novo e só eu e ele aqui vou acabar apanhando junto. Se esse cara não nos matar depois eu mato o Bruno.” Eu pensava.
Eu ficava olhando para cima e para o Bruno. Quem sabe assim ele olhava pra mim e pra cima também. Eu acabei de mijar e percebi que tanto Bruno como Robert também já haviam terminado, mas estavam ali parados.
– Bruno. – Eu chamei meu amigo quando estava lavando a minha mão. Bruno pareceu assustar, acordar de um transe e veio em minha direção.
– Você não vai acreditar. – Bruno disse enquanto voltávamos para o salão.
– Não acredito mesmo, você é doido. Queria apanhar de novo, não viu que era o Robert e ainda assim ficava manjando a rola dele desse jeito. Ai se eu apanhasse por sua causa, eu te matava.
– Na hora que cheguei eu não vi. Só olhei para o pau. E você não acredita. Era o pau do mascarado da festado Halloween. O que eu fiquei chupando no banheiro.
– O que? O Robert é o mascarado? O mesmo que te bateu? Te deu de mamar na festa de a fantasia?
– É, eu tenho certeza. Eu reconheci o pau.
– É, faz sentido, ele ficar deixando você olhar pro pau dele mesmo ele tendo terminado de mijar.
– Tô falando. Vou me dar bem hoje viado.
– Olha lá, toma cuidado, ele não é confiável. Já te bateu uma vez.
– O Wagner também não era confiável né. E deixou de ser um badboy e agora mais parece um nerd.
– Ele não parece um nerd. Ainda tem aquela cara de mal, olha lá como é lindo.
– Verdade. Quem parece nerd é o Gustavo.
– Ele não parece nerd, ele é inteligente, mas é bem bonito e atraente. – Eu disse defendendo o meu amigo, cunhado, amante, irmão. “Nossa, o Gu é tanta coisa para mim”, pensei.
– Tem gosto pra tudo né. Não acredito que o Beto o preferiu a mim. Tenho certeza que ele não faz metade do que eu poderia.
– Para de despeito bicha. Eles são lindos juntos. – Eu disse rindo. – E ficam ainda mais lindos pelados e comigo no meio.
Voltamos a nos juntar com todo mundo. Wagner ficou durante toda a festa perto do Gustavo e consequentemente do Beto. Beto e Wagner não estavam se falando desde o carnaval, nenhum procurou o outro. E ali na festa enquanto conversaram foi tudo normal. Não parecia que um dia brigaram e nem que transaram. Pareciam amigos que não se viam há anos e estavam se encontrando depois de um bom tempo. É claro que eu visualizei aqueles três pelados numa cama comigo.
Bebíamos, dançávamos, curtíamos, divertíamos. Até meus pais vieram para a pista. Horas depois, a banda parou de tocar e começou um show de escola de samba. Minha mãe e meus tios foram embora. Meu pai, Beto, Gustavo e meus primos pegaram um uber. Não sei como couberam os 5. Acho que pelo o horário o motorista cedeu. Eu procurava Bruno para ir embora. Não sabia se ele iria pra minha casa como estava combinado. Eu ligava para aquela bicha que não atendia.
– Está perdido? Foi abandonado? – Wagner me perguntou.
– Acho que essa é a minha sina. – Eu disse. Wagner me olhou como se não entendesse. – Primeiro foi você, depois Beto indo pra Luanda, depois o Gu indo junto. Meu pai foi no uber com os meninos e me deixou aqui. E aquela bicha do Bruno sumiu e não atende o celular.
Wagner sorriu.
– O Bruno foi embora com o Robert, pediu para eu te avisar. – Wagner disse. – E eu não vou te abandonar. Vem comigo, te dou carona.
Entrei no carro com o Wagner, ele disse que não estava bebendo por causa dos antidepressivos que estava tomando.
– Engraçado. Foi um dia no seu carro, voltando de uma festa que tudo começou. – Eu disse. Lembrando do dia que Beto ficou com a Dalila e eu fugi da boate morrendo de ciúmes, o Wagner me deu carona e chegando em casa ele me beijou e me chupou. Wagner sorriu.
– Eu já sabia que você era especial. – Ele me disse.
– Eu morria de medo de você, mas acho que foi naquele dia que eu me apaixonei. – Confessei. Wagner olhou pra mim e sorriu. Colocou a sua mão na minha perna e ficou me alisando. Meu coração disparava. Percebi quando Wagner mudou o caminho e me levava para a sua casa.
Entramos em silencio e fomos direto para o seu quarto. Eu sabia que o Wagner era rico, mas não imagina que ele morava em uma mansão tão linda. Wagner fechou a porta do seu quarto me pressionou nela. Começou a me beijar e tirar a minha roupa, em segundos estávamos nus e nos jogamos na cama. Nos chupávamos com vontade. Eu engolia todo aquele cacete grande e grosso do Wagner esperando a hora que resolvesse enfia-lo todo dentro de mim. Wagner chupou o meu cuzinho e deitou sobre mim.
Senti aquele pau desbravando o meu cuzinho eu gemia. Wagner era carinhoso. E ficou carinhoso por muito tempo.
– Pode meter Wagner. Pode meter de verdade. Eu deixo, eu quero. – Eu pedi.
Wagner ficou de joelhos na cama puxou a minha bunda me deixando de quatro e meteu forte me segurando pela cintura e pelos meus cabelos. Foi maravilhoso. Eu gemia muito.
– Não goza Carlinhos, quero que goze na minha boca. – Wagner pediu. E eu tentava com todas as minhas forças não gozar.
Wagner gozou dentro de mim. Caindo com o seu corpo sobre mim. Trinta segundo depois ele me virou e voltou a me chupar me fazendo gozar com o seu dedo dentro do meu cuzinho. Ele engoliu toda a minha porra e depois me beijou.
– Eu te amo Carlinhos. – Wagner disse.
– Eu também. – Respondi emocionado.
Dormimos abraçados. No dia seguinte pela manhã acordei com o Wagner mais uma vez me chupando. Lembrei que ele fez o mesmo com Beto no dia que eles dormiram no hotel a beira de estrada depois daquele acidente na volta do carnaval.
– Olha quem acordou. – Wagner disse.
– Que delícia acordar assim. – Eu respondi.
– Gostou? Vou sempre te acordar assim quando dormirmos juntos. – Wagner disse.
– Então vamos dormir juntos mais vezes? – Eu perguntei.
– Claro, por mim todos os dias. – Wagner respondeu vindo pra cima de mim e sentando no meu pau.
Eu gemi, Wagner gemeu. Ele começou a cavalgar em mim enquanto eu segurava o seu pau grande. Eu tentava me inclinar e lamber a sua cabeça. Gozamos praticamente juntos. Eu mirei o pau do Wagner para a minha boca e consegui engolir alguns dos seus jatos de porra.
Tomamos banho juntos. Wagner me deu um banho e depois eu dei nele. Wagner me levou pra casa. Dentro do carro nos despedimos com um beijo. Ele prometeu me ligar e disse que nos encontraríamos o mais breve possível.
– Eu já estou com saudade. – Ele me disse.
– Eu também. – Respondi.
Cheguei em casa e fui bombardeado de perguntas. Meu pai, Beto e Gu não gostaram que eu dormi fora. Ainda mais que meu celular acabou descarregando a bateria. Mas no fim das contas deu tudo certo.
Naquela mesma noite Wagner me levou pra jantar em um restaurante fino. Eu estranhei o fato dele ir comigo para um lugar público. Mesmo que não tenhamos nos beijado na frente de ninguém era obvio que ali éramos um casal. Naquela noite ele me pediu em namoro e eu aceitei.
Não sabia bem como tratar essa situação. Namorar com o Wagner não era o mesmo que o Gustavo namorar com o Beto. Afinal ali éramos um grupo. Mas Wagner não fazia parte desse grupo, apesar de já ter transado com quase todos, exceto meu pai.
Contei para o meu pai, Beto e Gu sobre o pedido de namoro do Wagner. Beto foi o único que pareceu não gostar.
– Contando que você não nos abandone. – Beto disse por fim.
– Ei, quem vai para outro país é você. – Eu disse. Mas sabia o que Beto queria dizer. Não podia começar um namoro traindo o meu namorado e não poderia e nem queria deixar de ter o que eu tinha com a minha família. Gustavo achava que não tinha necessidade de dizer nada para o Wagner, eu estava confuso.
Depois de muito pensar eu disse para o Wagner que a minha relação com a minha família era algo diferente e que isso não iria mudar pra mim. Não dei muitos detalhes e nem sei se o Wagner entendeu onde eu queria chegar. Mas foi o suficiente para eu ficar com a minha consciência tranquila.
Bruno me contou que teve uma noite super quente com o Robert, depois da festa de formatura do Beto eles foram para um motel. E passaram a noite toda fodendo. Eles passaram a se encontrar mais vezes. Robert o pegava de carro, iam para o motel transavam e depois iam embora. Não era um namoro, não exigiam fidelidade, era apenas sexo onde um usava o outro para se satisfazerem. Bruno estava feliz com isso e eu estava feliz por ele.
Passou o natal, passou o ano novo e chegou um dia antes da partida do Beto e do Gu. Resolvemos fazer uma festinha de despedida. Era somente eu, meu pai, Beto e Gu. Mas Wagner apareceu de surpresa. E eu não ia expulsar o meu namorado.
Ficamos bebendo, conversando, nos abraçando. Wagner não era bobo, se ele não tivesse entendido antes o que rolava lá em casa, o inicio daquela noite era o suficiente para ele perceber. Nesses dois meses de namoro com o Wagner foram poucas as vezes que ficamos todos reunidos no mesmo ambiente, eu sempre tentava evitar. Tinha medo da sua reação e eu acabar o perdendo. Mas Wagner me surpreendeu com a naturalidade que ele encarava a situação quando via meu pai abraçando e beijando o Beto e o Gustavo dizendo que ia sentir muita saudade dos seus filhos.
– Eu também vou sentir falta de vocês. Afinal são os meus melhores amigos. – Wagner disse e Beto e Gu olhavam pra ele, desconfiados. – Sei que tivemos as nossas tretas. Mas é verdade, nunca tive amigos como vocês. E agora que somos praticamente uma família vocês estão indo embora.
– Que lindo isso. – Eu disse. Dando um beijo no meu namorado.
Gustavo se aproximou e deu um abraço apertado no Wagner. Gu sinalizou para o Beto abraça-lo também e lá ele foi. Eu também me juntei naquele abraço. E por fim papai.
– Ei, alguém apertou a minha bunda. – Wagner disse sorrindo. Todos rimos e não fiquei sabendo quem foi. Esse foi o gatilho para uma das noites mais especiais da minha vida.
Eu beijei o Wagner. Ele passava a mão pelo meu corpo e eu sentia o seu pau duro. Depois de beijar o Wagner eu beijei o meu irmão. Wagner não se espantou e beijou o Gustavo. Papai que era o único sem camisa e apenas de short ficou com o pau tão duro que saia pra fora do seu shortinho.
– A família cresceu. – Papai disse indo para a direção do Wagner e lhe dando um beijo. – Ganhei mais um filho.
– Acho que sempre fui né Carlão. Na minha adolescência, você foi muito mais presente que o meu próprio pai. – Wagner disse abraçando e passando a mão pelo corpo do meu pai até chegar ao seu pau e segura-lo firme.
Deixei meu pai e Wagner se curtirem, afinal um era novidade para o outro. Por isso me juntei ao Gu e Beto, para termos a nossa despedia. Fomos para o quarto do meu pai, Beto me comia e eu chupava o Gu enquanto meu pai e Wagner se chupavam. Wagner me chamou, queria me comer e Beto não gostou muito, afinal ele já estava dentro de mim.
– Vem também Beto. Quero você atrás enquanto o Carlinhos vem na frente. – Wagner disse e eu vi um sorriso no rosto do meu irmão.
E lá fomos para aquele trenzinho enquanto papai e Gu e se chupavam e papai brincava com o cuzinho do Gu.
– Deixa eu te comer Gu? – Meu pai pediu. Vi quando Gu olhou para o Beto meio que pedindo aprovação, e o Beto deu.
Papai começou a chupar o cuzinho do Gustavo e o penetrou. Enquanto isso eu estava de quatro e Wagner metia em mim. Beto estava em pé atrás do meu namorado metendo nele. O cheiro gostoso de sexo estava no ar, o que se ouvia eram gemidos de prazer. Wagner foi o primeiro a gozar. Wagner saiu de dentro de mim e papai chamou o Beto.
– Vem meu filho me deixa comer você também. – Papai pediu e Beto foi lá. Pelo visto ele já tinha gozado dentro do Gu e ainda estava de pau duro.
Wagner ficou me chupando. E Gu que estava sozinho começou a alisar a bunda do meu pai enquanto ele fodia o meu irmão. Vi Gustavo tentando lamber a bunda do meu pai, mas não estava dando muito certo. Por fim ele pegou um lubrificando e passou lá dentro.
– O que está fazendo Gustavo? – Meu pai perguntou não muito satisfeito enquanto comia o Beto que estava gemendo com a pica do papai no seu cu.
– Vou aumentar o seu prazer. – Gustavo disse passando aquele lubrificante no seu pau e abraçando papai por trás.
Gu pincelava o pau na bunda do papai que no início parecia resistir, mas gemeu de prazer quando Gu entrou todo dentro dele. Vendo aqueles três juntos ali era lindo e excitante. Meu pau pulsava na boca do Wagner. Eu puxei Wagner para um beijo, não queria gozar ainda. Wagner estava excitado novamente. Wagner deitou atrás de mim e relava o seu pau na minha bunda e começou a imitar os movimentos que Gustavo fazia no meu pai ao mesmo tempo que ele segurava o meu pau e batia uma leve punheta pra mim.
Foi tudo fantástico. Papai e Beto gozaram. Assim que papai gozou ele tirou Gustavo de trás dele. Papai e Beto caíram exaustos. Gu ficou perdido ainda não tinha gozado.
– Vem cá Gu. – Eu chamei.
Eu, Gu e Wagner demos um beijo triplo, ficamos nos sarrando. Gu acabou gozando na minha barriga, eu na dele e Wagner dentro de mim.
– Nossa isso foi muito melhor do que eu imaginei. – Wagner disse.
– E você imaginava isso? – Eu perguntei.
– Sempre imaginei. Sempre sonhei. – Wagner respondeu, nós rimos e nos beijamos.
Dormimos juntos. Era uma cama grande, mas cinco pessoas, cinco homens fortes, ficou bem apertado, mas não nos importamos queríamos passar aquela noite todos juntos.
No dia seguinte Wagner fez questão de nos levar ao aeroporto. Não contive as minhas lágrimas. Nos despedimos, todos dando um beijo na boca do Beto e Gu não nos importando para quem estava olhando. Seriam seis meses, que poderiam chegar a um ano. Eu ia morrer de saudade.
– Eu amo vocês. – Gritei quando eles passaram para a sala de embarque. Beto e Gu também estavam emocionados.
Voltamos pra casa em silêncio. Não tínhamos muito assunto. Era madrugada quando Beto mandou mensagem avisando que já haviam chegado e estavam indo para o hotel. Ficamos felizes por eles terem feito uma boa viagem.
O resto das férias não teriam graça pra mim se não fosse o esforço do Wagner em me deixar feliz o tempo todo. Aquelas seriam as piores férias da minha vida. Ele começou me enchendo de presentes, mas eu não gostei. Pedi para ele parar. Ele parou e descobriu uma maneira melhor de me agradar. Me dava momentos, me levava para passear, para jantar fora, cinema, pousadas em final de semana. E assim, o mês de janeiro passou menos sofrido e com mais prazeres.
Eu, Wagner e papai dividimos a cama algumas vezes. Não era uma rotina que acontecia sempre. Percebi que papai estava diferente. Ia mais bonito para o trabalho. Alguns dias chegava mais tarde. Mas ele nunca disse nada e nem eu perguntei.
Eu continuava no estágio, na faculdade e a amizade com o Bruno que continuava saindo com o Robert.
– Isso pra mim é um namoro. – Eu disse. Afinal eles já estavam há meses assim.
– Deus me livre. Só sexo. Sexo do bom. – Bruno respondeu.
– Acho que vocês podiam sair pra jantar comigo e com o Wagner. Vamos sair hoje à noite!
– Você está doido? Eu não quero ser visto como Robert em público.
– Como assim?
– Andar com um boy macho daquele jeito, nem, o que vão pensar de mim. Com ele só entre quatro paredes. Na rua fingimos que nem nos conhecemos e prefiro manter assim, forever.
– Mas você não tem vontade de namorar?
– Não, muito menos com o Robert. E nem penso nisso, perder um sexo maravilhoso com um macho daqueles? Eu passo. Por enquanto assim está muito bom pra mim. Quando eu cansar eu dou um pé na bunda dele. Carlinhos eu fique anos na seca. Agora faço chover na minha horta a hora que eu quiser. Acha que quero estragar isso? Never. – Bruno disse rindo.
– Então tá. – Eu respondi rindo também. Apesar de pensar totalmente diferente dele.
Eu sempre pensei em namorar, ter alguém. E sofri muito por ter que manter o meu relacionamento com Beto e papai escondido. Mas no fundo entendia que não é fácil assumir uma relação incestuosa. Mas agora com o Wagner era tudo tão maravilhoso que eu não conseguia me imaginar escondendo isso. Mas entendia o Bruno, nem sempre uma coisa que funciona e é bom pra um, pode funcionar e ser bom para o outro. Finalmente eu tinha o que eu queria e Bruno tinha o que queria. Então estava tudo bem.
Naquela noite fui para o restaurante com o Wagner. Me surpreendi quando vi papai com uma mulher, uma mulher linda, devia ter aproximadamente 30 anos, cabelos castanhos com mechas loiras, seios firmes, cintura fina. Um espetáculo de mulher. Lembrei de tê-la visto na formatura do Beto. Talvez foi lá que eles se conheceram.
– E aí vamos lá cumprimentar o seu pai? – Wagner me perguntou.
– Vamos sim. – Eu disse.
Aline além de linda era simpática. Acabamos sentando com eles e foi uma noite muito agradável. Depois desse dia papai se sentiu mais à vontade e aquela linda mulher passou a frequentar algumas vezes a minha casa. Normalmente quando ela ia pra minha casa eu ia para a casa do Wagner. Mas o que papai tinha com ela não o impediu dele continuar sendo o meu pai, meu macho como sempre foi. Ele me amava da mesma forma.
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Capítulo 19 – Beto
Era a nossa última noite juntos. No dia seguinte eu e Gu partiríamos para uma nova vida. Carlinhos e papai resolveram fazer uma festa de despedida pra gente. Algo íntimo, não gostei quando Wagner apareceu por lá, pensei que ele iria estragar a noite. Mas para a minha surpresa não. Depois de algumas bebidas, declarações e abraços já estávamos todos nos pegando.
– A família cresceu. – Papai disse indo em direção ao Wagner e lhe dando um beijo. – Ganhei mais um filho.
Papai e Wagner ficaram se curtindo enquanto eu, Carlinhos e Gu fomos para o quarto e começamos um sexo delicioso. Eu comendo o Carlinhos enquanto o Carlinhos chupava o Gu. Wagner que estava com papai se chupando e chamou o Carlinhos. Não gostei, até que Wagner me chamou para ir junto, ele queria fazer um trenzinho. E lá fomos para aquele trenzinho enquanto papai e Gu e se chupavam.
Meu pai pediu para comer o Gu. Já não era tão difícil e dolorido pra gente ser passivo. Apesar de concordarmos que o nosso maior prazer era em meter. Gustavo olhou pra mim pedindo a minha aprovação que eu dei. Papai lubrificou bem o Gu com a sua língua e depois o penetrou. Enquanto isso Wagner comia o Carlinhos e eu comia o Wagner.
Assim que o Wagner gozou meu pai me chamou e quis me comer também. E lá eu fui. Foi bom dar para o meu pai, assim como era bom dar para o Gu.
– O que está fazendo Gustavo? – Meu pai perguntou não muito satisfeito, eu virei para trás e vi que Gustavo queria fazer um trenzinho ali também.
– Vou aumentar o seu prazer. – Gustavo disse abraçando papai por trás.
Papai gemeu e voltou a meter em mim enquanto Gustavo metia nele, Wagner que estava chupando o Carlinhos parou e foi para trás dele e lá ficaram brincando e olhando pra gente.
Papai gozou me fazendo gozar. Gustavo que ainda não tinha gozado se juntou ao Wagner e ao Carlinhos e lá eles gozaram se sarando.
Wagner confessou que tudo aquilo foi melhor do que ele sempre imaginou. Ficamos ali deitado nós cinco naquela cama, naquela que seria a nossa última noite juntos pelos próximos meses.
No dia seguinte Wagner fez questão de nos levar ao aeroporto. Despedimos e, eu e o Gu entramos para área de embarque.
– Eu amo vocês. – Carlinhos gritou. Olhei para trás e vi meu irmão chorando e meu pai com os olhos cheios de lágrimas. Não consegui me conter e também chorei. Gustavo segurou a minha mão e apertou firme. Ele também estava emocionado.
Foi um voo tranquilo. Quando chegamos em Luanda liguei para avisar. Fomos recebidos por um colega de trabalho já havia se mudado uma semana antes. Fomos para o apartamento em um bairro nobre. Eu, Gustavo e Danilo moraríamos juntos. Um apartamento bonito grande uma bela vista e três quartos. Já esperávamos por isso.
Danilo era um cara legal. Também era jovem, tinha 25 anos. Entrou na empresa junto comigo, mas na época eu era estagiário e ele um auxiliar. Danilo não era formado, por isso aceitava bem o cargo que passei a ocupar. Eu achava que ele merecia o meu cargo, é claro que ele pensava o mesmo. Mas a política da empresa pedia curso superior completo. Ele era muito bom de serviço por isso eu quis trazê-lo. Danilo era solteiro, mas tinha um filho pequeno. Ele não era nada bonito e pelo o que eu saiba era hétero.
Gustavo e eu concordamos em não dizer pra ninguém que tínhamos um relacionamento. Isso poderia pegar mal na empresa. Não pelo fato de namorar um homem, mas sim por tê-lo trazido para trabalhar e morar comigo.
Assim que chegamos, fomos cada um para o seu quarto e descansamos. Danilo que já tinha conhecido alguns lugares nos mostrou um pouco do que conhecia. Ele se deu bem com o Gustavo, o que achei bom. Depois que o Danilo foi dormir eu fui até o quarto do Gu que abriu um sorriso ao me ver.
– Enfim sós. – Eu disse beijando o meu amigo mais que especial.
– Estou a horas doido para te dar um beijo. – Gustavo disse.
– Você não quis entrar comigo no banheiro do avião.
– Toda hora tinha fila. Era loucura.
– Seria muito excitante.
– E o que você queria fazer comigo no avião? – Gustavo me perguntou, mas não me deixou responder. – Não diga me mostre.
Puxei Gu de sua cama e o levei até a janela que tinha uma bela vista. Eu o deixei de costas pra mim e beijava sua nuca. Desci a sua cueca e mordiscava a sua bunda. Gustavo se empinou pra mim. Segurei o seu pau que já estava duro e o masturbava enquanto lambia o seu cu. Gustavo gemia baixinho. Subi beijando as suas costas e Gu desceu para chupar o meu pau que também estava duro como uma pedra.
Gustavo deixou o meu pau lubrificado e eu o encaixei na sua bunda. Gustavo se apoiava na janela e em alguns momentos virava o seu rosto para mim e nos beijávamos.
Fomos para a cama. Eu deitei de barriga para cima e Gustavo montou em mim e começou a cavalgar. Eu segurava firme o seu pau de encontro a minha barriga e ele metia na minha não. Não demorou muito gozamos.
Gustavo caiu sobre mim e nos beijamos.
– É uma pena que não poder dormir juntos. – Eu lamentei.
– Em breve daremos um jeito nisso. Vamos descobrir melhor os horários do Danilo e podemos dormir juntos e acordar antes dele.
– Adoro quando você pensa em tudo. – Eu disse e nos beijamos.
Ficamos abraçados e nos beijando por mais um tempo. Quando eu estava pegando no sono Gustavo me acordou e eu fui para o meu quarto.
No dia seguinte conhecemos o escritório. Nos instalamos e começamos a trabalhar. Gustavo realmente era bom de serviço. Danilo também rendia bem. Com o tempo percebemos que não precisávamos trabalhar full time no escritório conseguindo assim, passar mais tempo sozinho com o Gu, em casa ou até mesmo no escritório.
Conversava com o Carlinhos e meu pai constantemente. Mas foi Carlinhos que me contou que papai estava namorando. Uma mulher com uma beleza diferente, mas muito bonita e simpática. Carlinhos me contava também como estava na faculdade e na empresa que ele trabalhava. Falava muito do Wagner que me deixava um pouco enciumado, mas eu estava feliz pelo Wagner ter mudado e conseguir fazer meu irmão feliz.
Não demorou muito e Danilo arrumou uma namorada. Eu o autorizei a trazê-la para o apartamento nas sextas e nos sábados. E muitas vezes durante a semana ele dormia fora o que deixava eu e o Gu com mais liberdade. Nesses dias, transávamos pelo apartamento inteiro. Só não entramos no quarto do nosso colega de trabalho.
Danilo sempre insistia para sairmos à noite com ele e a namorada. Resolvemos sair quando foi o aniversário dela. Raila era uma morena linda, uma mistura de negros com portugueses. Foi uma noite bem agradável. Conversamos bastante, bebemos e conhecemos os seus amigos. Uma de suas amigas ficou paquerando bastante a mim e ao Gustavo. Não conseguíamos entender quem realmente ela queria.
Gustavo me liberou ficar com a garota, mas eu realmente não estava muito afim. Tínhamos pra gente que pegar mulheres não era traição. Quando Gustavo foi ao banheiro a garota se aproximou e veio conversar comigo. Akili também era morena e também muito bonita. Impossível não reparar nas suas curvas e no seu decote. Depois de trocar algumas palavras ela já estava me beijando.
Danilo viu aquilo e sorriu pra mim levantando o seu copo. Akili pediu licença e foi para o banheiro. Depois de um tempo Gustavo voltou com um sorrisão no rosto.
– Você não vai acredita no que aconteceu. – Gustavo disse.
– Você também não. Mas pode contar primeiro. – Eu disse
– Aquela garota Akili, entrou no banheiro comigo. Me beijou e perguntou o que iriamos fazer depois que sairmos daqui.
– Sério? Ela me beijou aqui agora há pouco. Será que ela sacou a gente?
– Não sei. Mas se você quiser eu topo. – Gustavo disse. Eu apenas sorri.
Ficamos mais um tempo com a turma e quando Danilo disse que iria dormir na casa da Raila aproveitamos para dizer que já iríamos embora. Oferecemos carona para Akili que aceitou na hora.
Pegamos um táxi e fomos nós três para o apartamento. Assim que entramos Akili já estava tirando a camisa e beijando o Gustavo que apertava os seus seios. Eu a abracei por trás e desci a sua saia a deixando apenas de calcinha. Gustavo passou a chupar os seios da garota que gemia de tesão.
– Adoro brasileiros. – Ela disse com um sotaque bem carregado.
– E nós adoramos uma mulher como você. – Eu disse.
Ela se virou pra mim e me beijou. Gustavo foi para o quarto e buscou camisinhas, quando ele voltou eu já estava sentado no sofá com aquela gostosa chupando o meu pau.
Gustavo veio sorrindo se sentou ao meu lado e tirou a sua roupa. Akili parou de me chupar e foi chupar o Gu. Ela pegou a mão dele e levou até o meu pau.
– Ninguém pode ficar sem ser tocado. – Ela disse. Apenas sorrimos enquanto Gu me masturbava. Akili voltou a chupar o Gustavo. Ficamos assim por mais um tempo até que eu os interrompi e os chamei para cama.
Deitamos Akili na cama e, eu e o Gustavo fomos juntos até a sua boceta, brincávamos com a nossa língua e também nos beijávamos. Akili segurava as nossas cabeças como se quisesse enfiar as duas de uma vez dentro dela.
Gustavo subiu para chupar os seios daquela morena. Gustavo já havia me dito como ele gosta de seios grandes e firmes. Akili gemia cada vez mais. Coloquei a camisinha no meu pau e entrei com tudo naquela boceta molhadinha. Gustavo ficou ao nosso lado e Akili revezava seus beijos entre eu e ele. Em um determinado momento ela puxou nós dois e nos beijamos os três.
Akili rodou na cama veio por cima de mim. Gustavo entendeu o que a garota queria e se levantou, encapou o pau e veio por trás dela. A garota se inclinou e permitiu que eu e o Gustavo entrássemos juntos. Eu sentia o pau do Gustavo grudado ao meu dentro da sua boceta. Conseguimos bombar um pouco até que o Gu tirou da boceta e passou a meter no cuzinho da garota.
Eu ficava parado deixando que eles fizessem o movimento. Depois de um tempo Gustavo gozou e Akili cavalgava com vontade em cima de mim. Ela já devia ter gozado umas três vezes quando eu finalmente gozei.
Fomos juntos para o banho. Lá ela transou com o Gustavo enquanto eu ficava por traz brincando de passar o meu pau naquela bunda enorme e gostosa.
Insistimos para ela passar a noite com a gente, mas ela disse que tinha que ir embora. Pedi um táxi e ela partiu. Eu e Gustavo fomos para a cama satisfeitos conversamos sobre a nossa aventura e estávamos muito bem com isso.
Danilo voltou pra casa no dia seguinte e perguntou como foi a noite. Pelo visto ele já imaginava que a amiga da namorada teria pego nos dois.
– Ela é muito safada e gostosa. Raila já me contou vários casos dela. – Danilo disse rindo.
Eu e Gu encontramos com Akili novamente meses depois. Danilo fez uma festinha em casa. Foi quase uma orgia. Raila e Danilo transaram na nossa frente e eu e o Gu pegamos a Akili na frente deles. Não deixamos transparecer que tínhamos algo.
Quando estávamos para completar seis meses já sabíamos que o nosso cronograma iria furar. Não finalizaríamos o contrato antes de outubro. Danilo que já tinha férias para julho iria voltar para o Brasil e levaria a namorada.
Contei para o Carlinhos que antes de outubro era impossível voltar. Ele não gostou. Mas no dia seguinte ele me ligou todo feliz.
– O que acha de irmos praí? – Carlinhos me perguntou.
– Acho uma ideia maravilhosa. – Eu respondi.
– O Wagner teve essa ideia. Disse que me leva para ver vocês nas minhas férias. – Carlinhos me disse.
Carlinhos contou também que o Wagner estava trabalhando bastante, havia tomado gosto pelo negócio do pai e estava indo muito bem. Papai gostou da ideia, ia pedir férias para eles passarem pelo menos uma semana com a gente. Fui contar para o Gustavo, mas ele já estava sabendo. Wagner já tinha contado pra ele a sua ideia.
Bateu tudo certinho. Dois dias depois que o Danilo voltou para Brasil estávamos eu e o Gustavo no aeroporto para receber o meu pai, meu irmão e o Wagner. Foi uma festa. Assim que me viu, Carlinhos veio pulando em cima de mim. Eu tive que contê-lo. Não era muito bem-visto o afeto entre dois homens naquele país. Papai e Wagner também nos abraçou e fomos para o nosso apartamento.
Eles, principalmente o Carlinhos não quiseram nem descansar. Carlinhos foi direto para o banho levando a mim e o Gustavo junto. Lá matamos um pouco a saudade. Carlinhos estava muito feliz. Estava ainda mais bonito. Não podia negar que o namoro com o Wagner estava fazendo muito bem pra ele e para o Wagner também. Não sei como, mas o Wagner estava ainda mais bonito. Ainda tinha a cara de mau, mas agora um constante sorriso no rosto.
Naquele chuveiro eu e o Gu transamos com o Carlinhos, gozamos e saímos do banho ainda de pau duro. Papai e Wagner já haviam tomado banho no outro banheiro e estavam na sala só de cuecas.
– Que bom que saíram do banho animados. Porque o Carlinhos não é o único com saudade de vocês. – Meu pai disse sorrindo. E veio na minha direção me dando um beijo.
– Eu também estava morrendo de saudade pai. – Eu disse sentindo o seu pau duro batendo no meu.
Quando olhei para o lado estava o Gu beijando o Carlinhos e o Wagner juntos. Gustavo beijou o corpo do Wagner e colocou o pau do meu cunhado na boca eu fiz o mesmo com o meu pai que segurava a minha cabeça e fodia a minha boca. Papai gemia. Percebi o quanto eu tive saudade daquele gemido.
– Vem comigo pai. – Eu o puxei para o meu quarto. – Nem me lembro a última vez ficamos sozinho só nós dois.
– Realmente tem muito tempo. – Meu pai respondeu voltando a me beijar.
Deitamos na cama e nos abraçamos, papai passava a mão no meu rosto e me enxia de beijos como se eu fosse uma criança.
– Meu filho, meu filho lindo. Que saudade. Sei que conversamos quase todos os dias. Mas que saudade de te ver pessoalmente, poder tocar em você. – Papai disse segurando o meu pau.
Eu apenas sorri, se eu dissesse qualquer coisa sabia que iria engasgar. Papai desceu até o meu pau e me chupava. Depois de um tempo, ele se virou na cama e ambos nos chupávamos. Enquanto eu o chupava passei meus dedos na boca, enchi de saliva e levei até o cu do meu pai e lá fiquei brincando. Depois de um tempo eu virei o meu pai de bruços e chupei o seu cu.
Subi beijando o seu corpo e encaixei o meu pau em sua bunda.
– Por muito tempo esperei por isso. – Eu disse enquanto entrava com o meu pau dentro do meu pai.
Meus movimentos eram suaves, papai com o tempo começou a sentir prazer, eu gemia, ele gemia. Não demorou muito eu gozei. Sem sair de dentro dele ficamos de ladinho e eu o masturbava, seu pau estava duro e lubrificado. Eu mordia a sua orelha e dizia o tanto que eu o amava e o orgulho que eu sentia em ser seu filho e em estar ali naquela posição. Meu pai gozou gemendo alto.
Quando voltamos para a sala vi Carlinhos no sofá sentado chupando o Wagner enquanto o Wagner estava de quatro dando para o Gustavo. Papai se aproximou do Gu e lhe deu um beijo na boca. Gustavo gozou dentro do Wagner que encheu a boca do meu irmão de porra.
Depois de todos satisfeitos. Saímos para comer e só então eles foram descansar da longa viagem.
Durante o tempo que estivemos juntos eu e Gu trabalhamos apenas o necessário no escritório para passar o tempo com a família, passeamos bastante e fizemos muito sexo. Sempre nos revezávamos na hora de dormir. Não chegamos dormir todos juntos nenhum dia. A primeira noite Carlinhos e Wagner dormiram comigo. Meu pai dormiu com o Gu, na segunda noite foi eu Carlinhos e meu pai. E o Wagner com o Gu. Na terceira noite eu, Gu e o meu pai. Na quarta noite eu o Gu e o Wagner. Depois da sexta noite, já não me lembro quem dormiu com quem.
As duas semanas passaram assustadoramente rápidas. Sentia que não foi tempo suficiente para conversar, para transar, para divertir. Apenas para aumentar a saudade depois que eles partiram.
Eu e Gu trabalhávamos muito para finalizar o contrato e voltarmos logo para o Brasil. Gustavo havia mostrado tanto serviço que era certo que ele continuaria na empresa depois que voltássemos.
Nosso relacionamento havia caído na rotina. Acho que ambos estávamos tristes, pois em setembro percebemos que em outubro não iriamos embora.
– Janeiro? – Gustavo lamentou.
– Acha que eu estou feliz com isso? Mas sabíamos que podia durar um ano. – Eu disse, nervoso.
– Eu sei. Mas sinto falta da minha família também. Estou cansado de ficar preso dentro de casa, só trabalhando. Parece que quanto mais a gente trabalha mais o prazo prorroga.
– O que quer que eu faça?
– Nada Beto, estou apenas desabafando.
– Parece que você está me cobrando. Você escolheu vir comigo. Então pare de reclamar.
Gustavo me olhou com um olhar triste e foi para o seu quarto. Sabia que eu não devia ter estourado com ele. Mas continuar ali longe da minha vida estava difícil. Mais tarde fui até o quarto do Gustavo para me desculpar.
– Tudo bem Beto. Entendo, mas não estou cobrando nada de você. Apenas desabafei. Eu escolhi vir pra cá, ficar com você e não me arrependo. – Gustavo disse.
– Eu pensei que só nós dois seria suficiente. – Eu disse.
– Pra mim é Beto. Só lamento pela saudade de casa. Mas pelo visto você está dizendo isso por você.
Eu não soube o que fazer, o que responder e nem sabia o que pensar. Apenas saí do quarto do Gustavo.
Danilo estava gostando de prorrogar o prazo. Seu namoro com o Raila estava de vento em poupa e ele pensava até em casamento.
Naquela noite Gustavo não apareceu no meu quarto e nem eu ao dele. No dia seguinte fingi que nada havia acontecido. Gustavo fez o mesmo e fomos levando assim. Carlinhos ficou bravo quando disse que só voltaríamos em janeiro.
– De janeiro não passa. – Eu afirmei.
Trabalhamos muito e uma semana antes do natal havíamos finalizado. Foi uma festa pelo menos para mim e para o Gustavo. Saímos para beber, comemorar e compramos a passagem de volta. Chegaríamos dia 24 de dezembro. Resolvemos fazer uma surpresa, não contamos para o meu pai e nem para o Carlinhos. Embarcamos e dessa vez não havia ninguém ao nosso lado.
– Confesso que vou sentir saudade daqui. Da vida que tivemos aqui. – Gustavo disse.
– Será? Você não via a hora de voltar. – Eu disse.
– Mas vou sentir falta de viver com você. Sei que tudo vai mudar quando voltarmos. Na verdade, já está mudando a algum tempo. – Gustavo disse e eu desviei o olhar. – Beto você sabe que mudou, não sabe? Você disse que só nós dois não bastavam.
– Eu disse isso pensando que era o que você achava.
– Você disse o que você pensou. Como vai ser agora Beto? Depois de um ano quase morando juntos, dormindo praticamente todas as noites juntos, depois de sermos só nós dois por tanto tempo. Como será agora?
– Eu não sei Gu. Não sei. Vamos continuar trabalhando juntos.
– Trabalhando juntos? Sim vamos. Ok. A sua não resposta já disse tudo.
– Respondeu tudo? Tá louco Gu? Eu disse que não sei. Como posso ter respondido tudo? – Perguntei. Eu não tinha ideia do que ele estava falando.
– A paixão acabou, não é? Isso é sempre passível de acontecer. Beto, não quero perder a sua amizade nunca, você sempre foi e sempre será muito especial pra mim. Não se transforme em Wagner, não precisa me machucar para terminar comigo.
– Do que você está falando?
– Verdade. Não tem como terminar, afinal pra você nunca tivemos nada.
– Gu, você surtou?
– Não Beto, estou sendo realistas. Tem três meses que somos mais amigos do que namorados. Depois de tantos passos para frente vamos andar para trás. A verdade é que não teremos um relacionamento quando voltarmos pra casa. Não vamos ser como o Wagner e o Carlinhos.
– Como o Wagner e o Carlinhos não. Mas quem disse que não podemos continuar juntos? Não estou te entendendo Gustavo.
– Se você soubesse o que eu sinto por você, me entenderia. – Gustavo disse virando para o lado.
Fizemos o restante da viagem calados. Eu não entendia o que estava passando na cabeça do Gustavo, como ele podia me comparar ao Wagner em sua pior fase. “O Gustavo terminou comigo? ”, eu me perguntava e tinha medo de pergunta-lo e escutar que sim. Pousamos, saímos do avião e pegamos as nossas malas.
– Vai comigo lá pra casa? – Perguntei.
– Não. – Gustavo respondeu.
– Mas era isso que estava combinado.
– A gente não combinou nada de como seria quando voltássemos Beto. Só queríamos voltar. E a única coisa que eu sei é que não dá mais para ser como era antes.
Eu chamei um táxi. Deixei o Gu em sua casa. Antes dele sair do carro eu segurei em sua mão:
– A gente se fala? – Eu perguntei.
– Claro Beto, vamos trabalhar juntos depois das férias. – Gustavo me respondeu ainda dentro do carro me encarando. Acho que eu devia tê-lo beijado, mas não o fiz. Aquele motorista ficou nos olhando pelo retrovisor. Gustavo saiu do carro e eu segui para a minha casa.
Eu não estava tão empolgado como havia planejado na minha cabeça. Imaginava chegar em casa com o Gu antes da ceia fazendo surpresa. Ver Carlinhos pulando no nosso colo como um louco. Mas a realidade foi bem diferente.
Bati a campainha e o Carlinhos atendeu.
– Não acredito. Pai! – Carlinhos gritou antes mesmo de abrir a porta.
Carlinhos abriu a porta e pulou em cima de mim. Papai vinha logo atrás correndo, só de cueca. Wagner que estava muito bem vestido também apareceu e me abraçou. Papai puxou as minhas malas para dentro.
– Peraí, cadê o Gu? – Carlinhos perguntou acabando com a festa. Meu pai e Wagner também me encaravam. Eu apenas abaixei a minha cabeça.
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Capítulo 20 – Carlinhos
A minha vida estava perfeita. Quase perfeita, só faltava o Beto e o Gu voltarem. Estava me destacando no estágio, o que me deixou cada vez mais interessado na faculdade. Eu namorava com um príncipe, Wagner era um príncipe. Se um dia existiu um machista e homofóbico dentro dele, já havia sido exorcizado.
Quando Wagner disse que nas férias queria me levar para Luanda eu não me contive de alegria. Papai gostou da ideia, ia tirar férias no mesmo período. Foi uma viagem linda, um país incrível, uma cidade linda. Divertimos bastante e deu pra matar um pouco da saudade do Beto e Gu. Sem contar o tanto de sexo que fizemos naquelas duas semanas, voltei revigorado.
Bruno me contou que tinha rompido de vez com o Robert.
– Por que bicha? Não era tudo tão maravilhoso? – Perguntei.
– Era sim, mas não gosto de fazer hora com a cara dos outros. – Bruno respondeu.
– Então a senhora estava fazendo hora com a cara do bofe?
– Não viado. Ele começou a namorar uma garota. Não nasci para ser amante. Trepar escondido é uma coisa, o bofe ter peguete é outra. Mas ser amante, não senhora. Foi bom enquanto durou. Agora ele fica no meu pé. A namorada não libera o cuzinho pra ele. Eu que não libero mais o meu. – Bruno disse rindo.
– Então tá na pista agora?
– Na pista e com a fila andando. – Bruno respondeu.
Minhas amigas também estavam bem. Vivian estava namorando com um piloto de avião, de voos internacionais, passou as férias rodando pela Europa. Dalila estava ótima, mulher imponderada que não queria saber de homem para atrapalhar a sua vida, apenas para divertir. Divertir pra ela era ir a um bom restaurante e depois para um bom motel. Ela não queria namorar até terminar os estudos.
– Homem já me atrapalhou uma vez. Colocou um filho na minha barriga e sumiu. Agora com eles é só diversão, foco nos estudos, trabalho e na minha cria. – Dalila me disse.
Wagner sempre me buscava na faculdade, me levava para almoçar e depois me deixava no trabalho. Não era num cavalo branco alado como Bruno sugeriu uma vez, mas sim num novo BMW branco que quase voava. Assim que eu entrava no carro Wagner me dava um beijo, perguntava como foi o meu dia e prestava atenção no que eu dizia.
A família do Wagner aceitou bem a sua saída do armário e já havia se acostumado com a minha presença, ficaram felizes de saber que eu era razão da mudança de comportamento dele, que agora se dedicava a empresa do pai.
Papai continuava de namorico com a Aline, mas nenhum dos dois pensavam em casar, muito menos ter filhos já que para Aline era impossível.
Em setembro já estava planejando a festa de recepção para o Beto e o Gu quando me avisaram que não voltariam até janeiro. Me deixando bem desanimado. Gu também andava bem desanimado, ele conversava muito comigo e com o Wagner, vi que ele estava com medo do futuro. Mas eu e o Wagner lhe dávamos apoio.
Mais um ano estava acabando, já estava de férias praticamente na metade do meu curso. Realmente o ano passou voando. Não que isso diminuísse a saudade dos meus garotos. Mas estava feliz. Adoro o Natal, Ano Novo, férias e faltava poucos dias para a chegada dos meninos.
Estava me arrumando para irmos jantar na casa da minha mãe quando alguém tocou a campainha. Olhei pelo olho mágico e vi o Beto.
– Não acredito! – Gritei. Wagner olhou pra mim assustado, mas viu que eu estava sorrindo. – Pai!
Papai veio correndo só de cueca, abri a porta e pulei no pescoço do meu irmão. Abraçava, beijava, meu coração batia forte de alegria. Papai e Wagner abraçaram o Beto e quando papai estava entrando com as malas do meu irmão eu percebi que tinha uma coisa muito errada.
– Peraí, cadê o Gu? – Eu perguntei.
Beto apenas abaixou a sua cabeça. Wagner e papai ficaram o encarando.
– Beto o que aconteceu? Por que o Gu não está aqui? – Eu perguntei.
– Eu não sei. O Gustavo surtou no voo de volta.
– Explica isso melhor, o Gustavo não é de surtar assim. – Eu pedi.
Beto nos contou tudo que aconteceu no voo de volta. Papai que estava sentado se levantou bateu no ombro do Beto e foi para a cozinha.
– Eu disse que algo assim ia acontecer. – Wagner disse.
– Vocês sabem o que está acontecendo? Porque eu não faço ideia. – Beto disse.
Papai voltou da cozinha com uma latinha na mão entregando outra para o Beto.
– Insegurança meu filho. Igual você naquele dia depois da festa das bruxas. – Meu pai disse.
– Poxa Beto, como você é cego. Quando você e o Gustavo conversaram pela última vez? – Eu perguntei.
– Conversávamos todos os dias. – Beto respondeu.
– Conversou de verdade, falaram dos sentimentos, dos medos, dos planos? – Eu perguntei. Beto abaixou a cabeça assumindo que tinha muito tempo, ou nunca.
– A paixão acabou. – Wagner disse.
– Não acabou. Demos sim uma esfriada, mas acho que o fato de convivermos 24 horas por dia e ainda ter um estranho dentro de casa deu uma apagada. Mas o que eu sinto não acabou. Estava feliz em voltar pra cá e tudo ser como era antes. – Beto disse.
– Mas o Gu está certo, não tem como voltar as coisas para como eram antes Beto. – Eu disse.
– Por que não?
– Beto vocês tiveram uma vida lá, ficaram juntos, se apoiaram foram felizes até que as coisas esfriaram. Entendo o Gustavo de não querer as coisas como eram antes, não devem regredir. Vocês têm que evoluir. – Meu pai disse e demos razão pra ele.
– Como?
– Você devia tê-lo beijado dentro do táxi. Mostrado que você ainda gosta dele. – Wagner disse.
– Pareceu que agora você só iria ficar com ele quando estivéssemos todos juntos igual acontecia antes e vocês já tinham passado dessa fase. – Eu disse.
– Claro que não, não é isso. – Beto disse enquanto bebia a sua latinha.
– Isso é o que pareceu pra ele. – Meu pai disse.
– Não tem problema quando a paixão acaba. – Wagner disse.
– Para de falar isso Wagner, não acabou. – Beto respondeu com raiva.
– Acabou Beto, enxerga isso. Acabou para o Gustavo também, ele me disse isso. – Wagner disse.
– Ele te disse isso? – Beto perguntou gaguejando.
– Sim. – Wagner respondeu. – Mas isso não é problema, isso é bom.
– Como pode ser bom, como pode dizer isso? Seria bom se você e o Carlinhos não estivessem mais apaixonados um pelo outro?
– Sim, seria e não faria diferença. Beto a paixão é química, está destinada a acabar. Não dura mais que três anos. – Wagner disse.
– Que porra é essa que você está dizendo? – Beto já estava puto.
– Ele está certo. Escuta Beto. – Meu pai disse.
– Beto, o amor dura, a paixão acaba. A paixão de vocês acabou. Mas e o amor? O Gu ainda te ama, por isso ele está assim. Por isso esse medo dele. Por isso ele não quer que as coisas sejam como antes, por que o sentimento dele é diferente. O que ele sentiu por mim foi paixão, e eu interrompi aquilo no auge dessa paixão. Agora com você meu amigo é diferente, ele te ama. – Wagner disse e Beto ficou parado, como se tivesse absorvendo aquilo tudo e começasse a fazer sentindo em sua cabeça.
Eu sentei do lado do Beto e o abracei.
– O amor supera tudo Beto. Está na hora de você superar os seus preconceitos e assumir o seu amor. Eu sei que vocês se amam. – Eu disse beijando o meu irmão.
– Ok, vou ligar pra ele. – Beto disse tentando ligar para o Gustavo que não atendeu. – Tenta você.
Eu tentei mais Gu também não me atendeu.
– O celular dele deve ter acabado a bateria. – Meu pai disse. – Vai tomar um banho, se veste que vamos para a casa da sua mãe.
Percebi que Beto não queria ir sem o Gustavo, mas foi mesmo assim. Já estávamos no carro quando Gu me mandou uma mensagem dizendo que estava bem que iria jantar com a família e que amanhã nos falávamos, além de dizer que estava morrendo de saudades. Eu li a mensagem.
– Por que ele não falou comigo? Não me atendeu? – Beto reclamou.
– Beto dá um tempo pra ele também. Tem um ano que ele não vê a família, ele estava com você horas atrás. Melhora essa cara logo, é natal. – Meu pai disse se impondo.
Chegamos na casa da minha mãe, ela tinha arrumado o quintal e montou uma mesa mara. Estavam meus tios e meus primos. Diego estava com um amigo que para os meus olhos espertos o rapaz era mais que amigo. Não era afeminado, mas meu radar apitou. Minha mãe ficou muito feliz por Beto ter aparecido e perguntou de cara pelo Gustavo. Beto ficou triste na hora.
– Foi passar o natal com a família dele. – Eu disse poupando o meu irmão de repetir a sua história.
Minha mãe abraçou o Wagner, ela já o chama de “meu genro”. Tia Deyse sempre torcia a cara.
– Tia Deyse chama o amigo do Diego de genro também? – Eu perguntei baixinho para minha mãe.
– Para com isso menino. – Minha mãe disse sorrindo. – Não vai chamar nunca. Ela sabe, mas finge que não. Prefere não saber.
– Isso realmente é muito comum, muitas mães sabem, mas prefere que os filhos escodam. – Eu disse. – Elas não sabem como isso só aumenta o sofrimento de todo mundo.
– Eu nunca ia querer ver um filho meu sofrendo. – Minha mãe disse e olhou pro Beto.
– Ele vai ficar bem, uma briguinha boba, fácil de ser resolvida. Só depende do Beto quebrar as suas barreiras e se aceitar como ele é. – Eu disse.
Minha mãe sorriu e deu um beijo na minha testa. Ofereci ajuda, tinha tempos que eu e ela não cozinhávamos juntos, mas para aquela noite já estava tudo pronto.
Diego me apresentou o seu namorado, um rapaz da idade dele, estudavam juntos e ele parecia feliz.
– Minha mãe finge que ele é só meu amigo. Não gosta que eu durmo na casa dele mais deixa. Só que nunca o deixou dormir lá em casa. – Diego disse rindo.
– E seu pai já sabe? – Eu perguntei.
– Acho que sim. Meu pai é aquela paz. Um dia ele disse que que tem muito orgulho de mim, que me ama de qualquer jeito e tal. – Diego disse rindo. – Era uma boa oportunidade de dizer. Mas não precisou. Eu só o agradecei disse que o amava ele me abraçou e começou a chorar.
– Que lindo. – Eu disse.
– É pelo menos ele não me fez transar com uma prostituta. – Diego disse e começamos a gargalhar.
Diego me contou que Pablo tinha terminado com a namorada e tinha ciúmes do seu namorado, até rolou uma vez com eles três juntos, com isso eles se tornaram amigos. Mas era fato que o Pablo curtia mulher também e curtia muito. Por isso eu tinha certeza que ele não se assumira nunca.
Achei estranho quando vi Wagner de cochicho com a minha mãe. Minha mãe sorria e abraçava o Wagner.
– O que está acontecendo aqui? – Eu perguntei.
– Estou contando para a sua mãe que vamos fazer a festa de ano novo na casa dos meus pais em Furnas. – Wagner disse.
A casa da família do Wagner em Escarpas do Lago era simplesmente maravilhosa, coisa de cinema, tinha até heliporto.
– Você não me contou.
– Estou contando agora. Era uma surpresa, mas você é muito esperto ia acabar descobrindo. – Wagner disse com um sorriso sínico.
– Por que está sendo irônico?
– Eu não estou sendo irônico. – Wagner disse e minha mãe saiu sorrindo. Se o Gu tivesse aqui ele saberia o que estava rolando. “Aí que saudades do Gu”, pensei.
Jantamos, nos divertimos. Até Beto por alguns momentos estava menos emburrado e curtiu o natal em família.
No dia seguinte, voltamos para casa e Gustavo deu a notícia que iria viajar com a família e só voltaria depois do ano novo. Justamente quando terminasse as férias coletivas da empresa que ele trabalhava com o Beto. O Wagner ficou desesperado com a notícia e o Beto muito nervoso.
– Caralho, o que o Gustavo quer? Vocês me fazendo sentir culpado, mas o Gustavo que queria terminar e inverteu o jogo. – Beto disse.
– Beto você sabe que o Gu nunca faria isso. – Eu disse.
– Não mesmo. O Gu nunca faria com ninguém aquilo que eu fiz com ele, muito menos com você. Ele te ama. – Wagner disse.
– Lembra quando brigaram, ele sumiu por uma semana, o que ele queria? Que você pensasse, refletisse, entendesse o que você realmente quer. Então faça isso. Esfria a cabeça, pensa bem no que você quer. – Eu disse.
– Mas eu já sei. – Beto disse.
– Ótimo, então dê esse tempo para ele. – Meu pai disse.
Conseguimos deixar o Beto mais animado nos dias que se passaram. Dia 31 pela manhã já estávamos partindo para Escarpas. E Wagner estava nervoso no telefone.
– Não acredito que você vai fazer isso comigo. Você não pode fazer isso. Você não entende. Não posso falar agora, mas é importante. Eu preciso de você aqui. – Wagner disse ao telefone.
– Amor o que está acontecendo? Com quem você está falando? – Eu perguntei.
Wagner desligou o telefone rapidamente e colocou no bolso.
– Eu preciso resolver algo. Confie em mim. – Wagner disse me beijando. – Beto, cuidado com a minha máquina. – Wagner disse jogando a chave do seu BMW para ele.
– O que deu no bofe viado? Pra onde ele vai? – Bruno me perguntou.
– Não sei. – Eu disse aquilo vendo Wagner partir e entrando no primeiro táxi que passou.
Quando papai desdeu do apartamento estranhou o sumiço do Wagner, mas não se importou muito, estava discutindo com o Beto para ver quem iria dirigir aquela BMW. Papai venceu a briga e lá fomos. Quatro horas depois chegamos em Escarpas. Minha mãe e meu tios já estavam por lá. Um maravilhoso buffet sendo montado, não seria apenas uma festa de final de ano, estava mais para um jantar de gala.
– Olha mãe, o meu professor de química. Eu não sabia que ele era amigo da família do Wagner. – Eu disse.
Não me lembro quantas punhetas já bati pensando naquele homem. Um cara gostoso, sério, corpulento, e o volume que ele tinha entre as pernas me fazia sonhar.
– Ele não é amigo da família do Wagner, ele veio com a gente. – Minha mãe disse.
– Amigo do tio Paulo? – Eu perguntei, estranho tio Paulo levar alguém assim.
– Não Carlinhos, meu amigo. – Minha mãe disse ficando vermelha.
– Não acredito, safadinha, pegando o professor gatão? E não me contou nada. – Eu brinquei.
– Para menino. – Minha mãe sorria ainda mais.
– Para nada, sempre te contei tudo e você me escondendo que está com essa beldade? Conta tudo, como ele é? É grande como parece?
– Carlinhos me respeita menino. – Minha mãe disse séria. Achei que pudesse ter passado do limite, mas por fim ela sorriu. – É enorme.
Começamos a rir. Eu a abracei, realmente estava feliz por ela ter alguém, estar namorando. Ela me contou que já estavam juntos há dois meses e que não teve coragem de leva-lo para a ceia de natal. Mas que não podia deixar de leva-lo em uma data tão importante como aquela.
Já estava anoitecendo nada do Wagner chegar, e nada dele atender o celular. A festa já tinha começado, a família do Wagner toda presente e ninguém tinha notícias. Eu estava preocupado. “Alguma coisa aconteceu”, eu pensava aflito, já não conseguia comer ou beber.
– Você não vai conseguir descer aqui, já tem gente soltando fogos pode ser perigoso. – O Pai do Wagner dizia no telefone.
Nisso eu vi um helicóptero se aproximando, fazendo alguns guarda-sóis próximo a piscina quase voarem, sorte que estavam bem presos.
Consegui ver o rosto do Wagner lá dentro ao lado do piloto.
– É viado, não foi em um cavalo, branco, ele chegou voando. – Bruno disse e eu sorri.
Quando o helicóptero pousou, lá estava Wagner saindo com alguém ao seu lado, ambos abaixados, encurvados se protegendo daquela ventania.
– É o Gu? – Beto me perguntou.
– Sim, é ele. – Eu disse.
Beto foi correndo até o Gustavo, pararam um na frente do outro.
– Gu eu quero te dizer uma coisa. – Beto disse.
– Desculpa Beto, eu realmente surtei. – Gustavo disse.
– Eu te dei motivos, agora eu vejo. Entendo que a paixão acabou e isso é assustador. Pensei que está de volta e ter aquela rotina de antes nos acenderia novamente. Mas o nosso amigo, – Beto disse apontando para o Wagner – me mostrou que não tem problema quando acaba a paixão se existe o amor. E eu tenho certeza que eu te amo. Quero você pra mim, pra sempre.
– Eu também te amo. – Gustavo disse e o Beto o beijou.
Ali do alto onde eles estavam todos os viram se beijando. Minha mãe colocou a mão no peito emocionada.
– Até o Beto? – Tia Deyse disse.
– Para mãe, estou cansado de você com esses seus preconceitos. – Pablo disse para a surpresa de todos. Diego olhava para o irmão surpreso. – Deixa o povo ser feliz.
– Que isso Pablo. – Tia Deyse disse parecendo ter um tique nervoso.
– Ele tá certo mãe, para de fingir de cega, você sabe muito bem que temos muitos gays na família.
– Meus dois sobrinhos, que tristeza. – Tia Deyse disse tentando desviar do assunto.
– E seus filhos também. – Diego disse.
– Filhos? – Tia Deyse perguntou simulando um desmaio.
– O Diego é gay e eu sou Bi. – Pablo disse.
Minha mãe e tio Paulo seguravam a tia Deyse. Eu parei de prestar atenção quando meu príncipe se aproximou de mim com uma grande caixa na mão.
– Um presente pra mim? – Eu perguntei olhando para a caixa. – Esquece, o que aconteceu? Como você aparece uma hora dessas chegando de helicóptero.
– Foi um longo dia, da sua casa peguei um voo para o Rio, fui buscar o Gustavo, depois pegamos vários voos até chegar em uma cidade perto daqui e consegui alugar esse helicóptero. – Wagner disse.
– E ainda tiveram tempo de tomar banho e comprarem esses smokings divinos?
– Foi corrido mais deu tempo. Então... – Wagner olhou para os lados.
Gustavo apareceu, segurou a grande caixa e Wagner ajoelhou. Enfiou a mão no bolso e tirou uma caixinha.
– Eu não acredito! – Eu tremia.
– Carlinhos, amor da minha vida, você aceita se casar comigo? – Wagner me pediu.
Eu não respondi. Levei a minha mão direto naquelas alianças lindas de ouro com um traço de outro branco.
– Isso é um sim? – Wagner perguntou fechando a caixinha e guardando novamente no bolso.
– É claro Wagner. Meu Deus, você preparou uma festa de noivado. – Eu disse feliz, com a surpresa.
– Não. – Wagner respondeu se levantando e pegando o presente da mão do Gustavo. – É uma festa de casamento.
Wagner abriu aquela caixa, era um smoking branco, lindo, com uns detalhes perolados.
– Agora? – Eu perguntei.
– É, agora. Quero começar o ano já casado com você. – Wagner disse.
Entrei para o quarto acompanhado do Beto, do Bruno da minha mãe e do meu pai. Descobri que aquilo foi realmente uma surpresa também para o meu pai e para o Beto. Gustavo só ficou sabendo no dia mais cedo quando Wagner foi busca-lo.
– Bicha, você sabia de tudo então? – Perguntei para o Bruno.
– Claro viado. Sou sua madrinha. – Bruno respondeu arrancando sorrisos de todos. – E não sou a única.
Quando o Bruno disse olhei para trás e vi o Gustavo entrando com a Vivian e a Dalila naquele quarto. Pulamos, e nos abraçamos.
– Acabou de chegar um ônibus cheio de gente e achei essas duas perdidas. – Gustavo disse.
– Estamos em um hotel lá em baixo na cidade. – Vivian disse.
– Se arruma logo, que já está quase tudo pronto. – Dalila disse.
– Parece que não sabe que noiva sempre atrasa. – Bruno disse rindo.
– Não atrasa muito porque o Wagner quer se casar esse ano ainda. – Gustavo disse.
– Está certo Gu. – Eu disse o abraçando. – Estou tão feliz. Em te ver, com tudo isso que está acontecendo, em saber que vocês estão bem. – Eu puxei Beto para perto que segurou na minha mão e na do Gu sem se importar com a presença das minhas amigas. – É o dia mais feliz da minha vida.
Gustavo e Beto me abraçaram. Bruno, Dalila e Vivian se juntaram a eles. Minha mãe colocou todo mundo para correr do quarto para eu acabar de me arrumar.
Entrei todo de branco, com papai e mamãe, um de cada lado. Bruno, Beto e Gustavo no altar de um lado, Vivian, Dalila e a psicóloga do Wagner do outro. Aqueles seis eram os nossos padrinhos. Mais ou menos umas 50 pessoas testemunhavam o nosso casamento, foi montado um altar e cadeiras naquele jardim enquanto eu me trocava. Wagner olhava pra mim com os olhos cheios de lágrimas e um lindo sorriso. Mamãe abraçou-o e me deu um selinho. Papai me deu um selinho e abraçou o Wagner. Disse alguma coisa que eu não consegui escutar, mas o Wagner sorriu. Gustavo mesmo de longe entendeu, sorriu e ainda contou para o Beto.
Foi uma cerimônia linda e bastante engraçada. A juíza era uma piada, disse que adorava casar casais gays.
– Quer se casar também Beto? – Eu perguntei.
– Não, morar junto pra mim já basta. A não ser que você queira, a gente casa agora. – Beto disse para o Gustavo criando um momento de expectativa em todo mundo.
– Não, não. Obrigado. – Gustavo disse sorrindo e muito sem graça.
– Podem se beijar. – A juíza disse ao fim da cerimônia.
Eu e Wagner nos beijamos, ouvimos aplausos, gritos e fogos.
Aí começou a verdadeira festa. Tinha bolo de casamento, vários bombons. Não tinha ideia de onde saiu tudo aquilo. Quando voltamos para o jardim, já não tinha mais cadeiras nem altar. Apenas uma pista de dança e um pequeno palco. Músicos começaram a tocar e fomos chamados para o palco.
Wagner fez um lindo discurso enquanto a única coisa que eu consegui dizer foi: “– Obrigado, eu amo vocês”. Wagner estava com a garrafa de champanhe na mão. Papai, Beto e Gu também. Começou a contagem regressiva e entramos em um novo ano. Uma nova era. Eu estava casado. Champanhe voava para todos os lados, os fogos brilhavam no céu e refletiam no lago. Brindamos e mais uma vez beijei o meu marido. Beto e Gu, minha mãe e o professor, meus tios, Diego e o namoradinho também se beijaram. Vi Bruno cercando o meu pai e perguntando:
– Cadê a Aline, não estão mais juntos?
– Não. – Meu pai respondeu.
– Que pena, dizem que dá sorte dar um beijo na virada do ano. – Bruno disse para o meu pai.
– É mesmo? – Meu pai perguntou sorrindo. – Então vem cá.
Papai puxou Bruno e deu um beijo, com a boca fechada um beijo rápido, mas que Bruno o segurou firme e não queria soltar.
– Que você tenha muita sorte esse ano Bruninho. – Papai disse sorrindo.
– Não tenho dúvidas que terei Carlão. – Bruno disse todo animado.
Quem se aproximou do Bruno foi o Pablo percebi que ele chegou na Dalila, mas levou um fora. Bruno foi bonzinho e deu um selinho no meu primo fazendo tia Deyse quase ter outro piripaque.
– Enfim sós. – Wagner disse quando entramos no nosso quarto ao fim da festa. Eu estava em seu colo e ele me jogou na cama. – Meu marido. Carlinhos você conseguia me imaginar dizendo isso?
– Mais é claro que sim. Talvez o Beto e Gu nunca poderiam imaginar isso. Mas eu sim. – Eu disse. – Te disse que com essa sua versão eu namoraria. Tanto namorei que casei.
– Você nunca perdeu a fé em mim, não é?
– No fundo, bem lá no fundo, não. – Eu disse rindo. – Wagner tem uma coisa que eu fiz, que eu nunca te contei. Não quero esconder isso. Não que eu estivesse escondendo. Na verdade, eu nem lembrava, mas falando do passado eu me lembrei.
– O que foi meu amor?
– Aquela foto, na faculdade, fui eu que publiquei. – Eu disse sem graça. Wagner abaixou a cabeça, balançou para um lado e para o outro.
– Eu não acredito. – Wagner disse se levantando. Parando de costas para mim. Ele parecia chorar, muito.
– Meu amor, me desculpa. Foi um erro bobo, do passado, foi antes de qualquer coisa. – Eu disse me levantando e o abraçando por trás. Wagner se virou e ele ria, ele gargalhava. – Filho da mãe, me assustou.
Wagner me beijou e me jogou mais uma vez na cama.
– Qualquer coisa que tenha acontecido no passado nos trouxe até aqui. Por isso sou grato pela foto, pela nossa briga, por tudo que aconteceu com o Gu, com o Beto. Tudo que aconteceu foi para chegarmos aqui. – Wagner disse me beijando. E eu me entreguei naquele beijo. – Ainda tenho outra surpresa para você.
– Qual?
– A nossa lua de mel.
– Lua de mel? – Tudo foi tão rápido, impulsivo e maravilhoso que eu não tinha pensado em nada.
– Sim. Partimos amanhã à noite. Para Paris.
– Não... Sério?
– Sério, com direito a alguns dias em Veneza e em Roma. E quando voltarmos iremos para a nossa casa.
– Nossa casa? Wagner tudo isso parece loucura, um sonho. Como minha vida mudou de uma hora para a outra. Onde será a nossa casa?
– Isso você só irá descobrir quando voltarmos da lua de mel. – Wagner disse.
Percebi que eu já estava nu. Enquanto conversamos, Wagner foi tirando a minha roupa e beijava o meu corpo. Aquele cheiro de pétalas de rosas no quarto, o fato de estarmos mais alegres por conta do champanhe me deixava leve como se eu estivesse voando.
Começamos as preliminares nos chupando, aquele pau lindo, reto, grande, grosso todo na minha boca. Wagner fazia o mesmo comigo, além de algumas vezes lamber o meu cuzinho que me fazia gemer ainda mais.
Wagner se sentou na cama e eu me encachei nele, era assim que ele queria me comer. De frente pra ele, me beijando e olhando nos meus olhos. Eu sentei em seu pau duro e relaxei, me sentia completo, um prazer enorme e nos beijamos selvagemente. Nos mordíamos, nos chapávamos e metíamos. Metíamos muito. Eu gozei sem tocar no meu pau, apenas relando no corpo do meu marido. Wagner gozou dentro de mim e eu fiz questão de dormir com o seu leitinho quente lá dentro.
Wagner me acordou mais uma vez me chupando, deixou o meu pau duro e montou em mim. Gozamos assim com o sol entrando pela janela do quarto.
Quando saímos do quarto a casa já estava arrumada, minha família e os pais do Wagner estavam na mesa tomando o café da manhã.
Logo depois meu pai, Bruno, Pablo, Diego e o namorado se juntaram a nós. Pela cara de safado do Bruno a noite foi boa. Tomamos café, conversamos um pouco. Contamos que estávamos partindo em breve para a nossa lua de mel. Depois do café chamei Bruno, estava curioso para saber como foi a sua noite.
– Fiquei no quarto cheio de macho. – Bruno disse rindo. – Seu pai bêbado e todo brincalhão nos deixou à vontade para curtir a noite. Então Diego e namorado foram pra cama e logo começaram a se pegar, eu e Pablo também.
– Então o Pablo é o motivo do seu sorriso?
– Nada viado, escuta. Estava chupando o Pablo, mas ele estava muito bêbado e apagou. Aí perdeu a graça.
– Então você se juntou ao Diego e o namorado? – E perguntei. Bruno negou e sorriu. – Não acredito, você pegou o meu pai?
– Amigo, estou realizada. Diego e o namorado já estavam dormindo. Fui pra cama do seu pai igual fiz aquela vez com o Beto. Aquele cacete delicioso ficou duro na minha boca. Seu pai começou a gemer e na hora que achei que ele ia me mandar embora ele começou a foder a minha boca.
– Safada. – Eu disse.
– Viado, eu vi que seu pai estava curtindo, peguei uma camisinha na minha mochila encapei o pau dele e sentei em cima. Viado, eu cavalguei, dei de frango assado, de bruços, de quatro. Seu pai é uma sexmachine.
Eu sabia muito bem como meu pai era uma máquina e sabia que não era o fato de estar casado que algo iria mudar na nossa relação.
Arrumamos para irmos embora, despedimos de forma especial do Beto, Gu e do meu pai e partimos. Wagner disse que eu não precisava me preocupar em fazer uma mala grande que compraríamos tudo que precisássemos na viagem. Eu adorei.
Pegamos um voo noturno e 12 horas depois eu pisei em Paris pela primeira vez. Simplesmente fantástico.
– O nosso hotel vai ter vista para a torre? Acho lindo chegar na janela e ver a torre. – Eu disse, queria essa experiência que eu sempre via nos filmes.
– Não vamos ficar em hotel. Temos casa aqui. – Wagner disse. Eu fiquei de boca aberta, ter dinheiro no Brasil é uma coisa, mas ao ponto de ter casa em Paris. – Carlinhos nós somos ricos. Não precisa preocupar com dinheiro nunca mais na sua vida.
– Isso é bom. Mas não pense que quero vida de dondoca. Quero terminar a faculdade, estudar mais, fazer projetos maravilhosos e ser arquiteto estrela, desses que os projetos saem em capa de revista. – Eu disse fazendo o Wagner rir e me beijar.
O apartamento era lindo. Um prédio antigo, como quase tudo lá, dois quartos grandes e espaçosos, uma banheira linda no centro do banheiro e tinha vista para a torre. Eu amei cada segundo daquele lugar. Passeamos todos os dias, jantares em restaurantes, passeios de barco no rio Sena e sexo. Muito sexo, todos os dias e várias vezes.
De Paris pegamos um voo para Veneza. Outro lugar maravilhoso que foi tudo de bom. E por fim, Roma.
– Nem acredito que já estamos voltando. – Eu disse enquanto estávamos indo para o aeroporto.
– Podemos ficar mais. – Wagner brincou.
– Não, já estou com saudades do meu pai, do Beto e do Gu. – Eu disse e Wagner fez um beicinho. – Não vem não que eu sei que você também está com saudade deles. Pensa que não vejo você no telefone com eles.
Wagner sorriu sem graça e me beijou.
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Capítulo 21 – Beto
O casamento do Carlinhos me pegou de surpresa, fiquei feliz ao ver a alegria do meu irmão. Fiquei feliz pelo Wagner buscar o Gu e devolvê-lo pra mim. Entendemos que relacionamentos tem seus altos e baixos e aprendemos que o amor é mais forte que tudo.
Segui o exemplo do Wagner que realmente se livrou dos seus preconceitos e aceitou quem ele é. Resolvi aceitar que eu namoro um homem e assumir que eu o amo. Decidimos que nunca esconderíamos quem nós somos e muito menos que nos amamos. Diferente do Carlinhos, eu e o Gu não nos sentimos a vontade em nos beijar em público, e por questões profissionais não iriamos falar nada no trabalho, nem sempre relacionamento entre funcionários são bem vistos.
Quando eu perguntei para o Gu se ele queria se casar quando estamos no altar eu falei sério, me casaria com ele. Como ele não aceitou eu o chamei para morar comigo.
– Gu já tem um ano que você saiu de casa. Sua mãe já se acostumou sem você, agora você vai ficar só alguns bairros de distância, não um continente. – Eu disse tentando convencê-lo. Não precisava de muito. Gustavo já queria aquilo. Colocava obstáculos apenas para eu quebrá-los.
Carlinhos se casando ia morar com o Wagner, nosso apartamento comporta bem 3 pessoas, já tinha a ideia de destruir a parede do quarto do Carlinhos aumentar o meu quarto, montar um guarda-roupa maior. Já tinha tudo na minha cabeça.
Quando acabou a festa Wagner tinha deixado um quarto para a gente, foi a cama perfeita para fazermos as pazes. Nos declaramos e fizemos sexo, amor, sexo com amor.
No dia seguinte enquanto Carlinhos batia papo com Bruno, provavelmente contando o que aprontaram na noite anterior, Wagner chamou a mim, meu pai e Gu para falar sobre onde ele e Carlinhos iriam morar.
– Já combinei com o Bruno. Ele me ajudou a planejar a reforma de uma forma que o Carlinhos goste. – Wagner disse. Realmente Bruno era a melhor pessoa pra isso. – Quero saber se vocês concordam e se podem acompanhar tudo pra mim. Acho que duas semanas é tempo suficiente. Se não estiver pronto me avisem que eu adio a volta.
E assim ficou combinado. Wagner ligava diariamente para saber como estava a reforma e também para matar a saudade. Existia um sentimento verdadeiro entre todos nós e isso era lindo.
Wagner ligou avisando que já estava no carro indo para a nossa casa. Fomos lá em baixo recebe-los.
– Não precisa tirar as malas do carro Beto. Viemos só ver vocês. – Carlinhos disse.
– Está certo. – Eu disse sem graça. – Carlinhos a casa não está mais como você deixou. Tirei a parede do seu quarto, agora eu e o Gu temos um quarto maior que o do papai.
Carlinhos me olhou com cara feia.
– Nossa não perderam tempo mesmo. – Carlinhos disse.
– Estamos confiantes que você vai amar a sua casa nova. – Gustavo disse.
Assim que entramos dentro de casa, Carlinhos correu para o meu quarto, não reparando em uma grande mudança que havia na sala.
– Ficou lindo. Não vejo a hora de estrear essa cama com vocês. – Carlinhos disse puxando a mim e ao Gu para um beijo e nos jogando na cama.
– Por que não deixa para estrear na nossa casa nova? – Wagner disse.
– Isso, vamos pra lá. Estou morrendo de curiosidade. – Carlinhos disse levantando da cama e indo para sala, fomos todos atrás. – Que porta é essa aqui na sala?
Carlinhos finalmente reparou na porta nova. Começamos a rir.
– É a porta para a nossa casa. – Wagner disse sorrindo e abrindo a porta.
Do outro lado era um apartamento simétrico ao nosso, mas todo reformado conforme o projeto do Bruno. Carlinhos estava surpreso com o que via. Realmente ficou lindo.
– Vamos ser vizinhos? – Carlinhos disse olhando para mim, papai e Gu. E se virou para o Wagner. – Meu amor eu não acredito nisso.
– E para nos vermos nem precisamos sair para o corredor. – Eu disse.
– Gostou meu amor? – Wagner perguntou.
– Eu amei. – Carlinhos respondeu.
E para manter a privacidade a porta tem duas fechaduras diferentes, só conseguimos atravessar se as duas estiverem abertas se não tem que dar a volta e bater a campainha. – Gustavo disse sorrindo.
– Meu Deus, que hidro gigante. – Carlinhos disse se surpreendendo com o tamanho da hidro que havia no banheiro. – Cabe nós 5 aqui dentro.
– Foi essa a ideia. – Wagner disse abraçando o meu irmão por trás. – Venha ver esse quarto.
Era o menor dos quartos ocupado por uma cama enorme.
– E essa cama? Praticamente ocupa o quarto inteiro. – Carlinhos disse, mas rapidamente entendeu o proposito daquela cama e deu aquele olhar de safado. – Hoje à noite vamos inaugurá-la. Preciso de um banho e descansar um pouco.
– E ter um momento para você e seu marido também. – Meu pai disse.
– É claro papi. – Carlinhos respondeu sorrindo e foi até o nosso pai e lhe deu um grande beijo. – Não teria outro lugar no mundo que eu ficaria mais feliz que não seja perto de vocês. Eu amo vocês.
Deixamos os recém-chegados em sua casa e voltamos para nossa. Havíamos encomendado um jantar japonês e algumas garrafas de saquê para aquela noite. Mesmo Carlinhos adorando cozinhar ele estava cansado da viagem e sushi era uma das poucas coisas que Carlinhos não conseguia preparar na cozinha.
De banho tomado e com o jantar em mãos, batemos na porta do Carlinhos. Ele ficou feliz com a surpresa, já estavam recuperados da viagem e mortos de fome. Jantamos juntos, Carlinhos nos contou como foi a viagem. Muito já sabíamos, afinal todos os dias conversávamos e receberíamos fotos de hora em hora, mas era lindo ver a empolgação e a felicidade do meu irmão.
Depois de muito saquê e com papos mais quentes tipo quando Carlinhos e Wagner transaram no alto do prédio, a luz da lua e com vista para a torre Eiffel as coisas começaram a esquentar, nossas roupas foram jogas pela casa e caímos naquela cama baixa feita sobre medida para comportar o nosso grupo, a nossa família.
A minha saudade do Carlinhos era tanta que eu fui o primeiro a beijá-lo. Chupei o meu irmãozinho todo e meti naquele rabinho que nunca ia deixar de ser meu. Papai e Gu chupavam aquele pau enorme do meu cunhado e depois o Wagner chupou o papai enquanto dava de quatro para o Gu. Papai ficou entre o casal e os dois o chupavam ao mesmo tempo. Depois que gozei com o Carlinhos, e o Gu gozou com o Wagner, ficamos juntos nos beijando e vendo papai foder o Wagner, enquanto ele fodia o Carlinhos. Como sempre papai gozou dando aquele gemido alto. Carlinhos já tinha gozado, mas continuava dando feliz para o Wagner que nesta noite foi o último a gozar.
Caímos exaustos, relaxados e em êxtase na cama. Tínhamos ali um lugar seguro e prefeito para vivermos o nosso amor. Para vivermos em família e sermos felizes.
Papai teve algumas namoradas, nada sério, ele era extremamente feliz vivendo daquele jeito. Bruno, Dalila e Viviam se juntaram com Carlinhos e abriram um escritório de arquitetura depois que se formaram. Fizeram projetos maravilhosos e ganharam prêmios por isso. Minha mãe se casou de novo, com o professor bonitão, isso a fez rejuvenescer no mínimo 10 anos. Tia Deyse ainda torcia a cara quando o assunto era homossexualidade, mas segurava a língua para não perder os filhos. Tio Paulo era sempre de boa. Eu e o Gu estávamos felizes, crescendo cada vez mais no trabalho, mantínhamos a descrição apesar de algumas pessoas já saberem da nossa relação. Estamos todos felizes.
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Paco Katib
Escritor de Contos, Livros e Romances Eróticos Gay (Bi).
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