O FUTURO!? – HISTÓRIA BASEADA EM FATOS REAIS - CAPÍTULO 10

Um conto erótico de David Raphael
Categoria: Homossexual
Contém 2708 palavras
Data: 09/05/2020 20:06:39

CAPÍTULO 10 – NOVOS HORIZONTES

Não vi mais o Victor desde o dia do ocorrido. O final de semana segui normal. Fiquei em casa sozinho, pois meus pais e minha irmã estavam na casa dos meus avós no sítio. No domingo de manhã quando acordei, por volta das 08:00 o Rafael tinha me mandado uma mensagem de texto me chamando para ir para o clube, pois iria ter um campeonato de natação, que ele ia competir. Respondi falando que iria e pedi o endereço, ele me disse que passaria lá em casa às 09:00 para me buscar e iriamos juntos.

Levantei tomei banho, tomei café e fiquei aguardando-o vir. Quando foi 08:50 ele chegou, tocou o interfone e quando sair ele estava me esperando com um capacete na mão e a moto dele, uma tremenda máquina esta estacionada na minha porta. Ele estava com uma bolsa de lado, daquelas que o pessoal costuma usar quando vai jogar bola para levar a chuteira, vestia uma camiseta regata bem cavada, tanto que pude ver a tatuagem que ele tinha quase na costela, era uma frase, que não deu para eu ler, e uma bermuda de moletom preta, que combinou com a camiseta regata branca e estava calçado em uma havaianas, branca da correia preta. Ele parecia gostar de andar combinando, ou vestia sem perceber, coisa que eu duvidava ser.

- De moto? Sério? – Perguntei ao olhar para a moto, desviando o olhar depois de observar bem ele, que por sinal, cada dia estava mais bonito.

- Sim. Por que? Não gosta de andar na garupa? – Perguntou ele dando um sorriso sacana. – Sabe pilotar?

- Sei sim.

- Quero só ver. – Falou ele jogando a chave da moto para mim.

- Tá falando sério?

- Por que não?

Subi na moto, dei partida e acelerei, o motor era tão macio que quase senti o som cortar o ar bem de leve. Ele subiu na garupa e colocou as duas mãos nos meus ombros para se apoiar.

- Vá com calma viu? – Falou ele apertando firme meus ombros. – Se você der asa, ela voa.

Passei a primeira e saí naquela máquina, sentia ele segurar firme as vezes quando eu apertava o punho um pouco. Ele foi me guiando até chegarmos na piscina, área aquática da academia, que eu nem sabia que era tão grande. Era uma piscina semi olímpica, tinha unas 3 metros de profundidade e uns 25 de largura e cinquenta de comprimente. Era dividida por 12 raias.

Tinha algumas pessoas da academia, instrutores e alunos, que reconheci e outros que não reconheci. Ele me apresentou alguns dos amigos e amigas dele, alguns iam competir também, outros estavam apenas, como eu, para assistir. Olhei ao redor para ver se via o cara da foto do facebook dele, mas não o vi, também não perguntei a ele onde ele estava, não que eu ficaria bem se ele chegasse de repente e eu ali com ele, apesar de sermos apenas amigos.

Começaram a se organizar e eu fui para as arquibancadas com três amigos deles que estavam lá para assistir, a Luana, o Tadeu e o Carlos, ambos com suas belezas próprias e seus charmes. Luana era uma garota magra, porém muito bem definida, cabelos longos e pretos, ondulados, pela branca e muito simpática, Tadeu era uma cara bem branco, acho que ele poderia ser ou ter algum parentesco com alguém que é albino, pois seus cabelos eram em um tom branco quase platinado, seus olhos em um azul tão intenso quando a água da piscina, refletida na cor do revestimento, e sua pele era tão branca que parecia que se ele levasse dois minutos de sol ele ficaria vermelho igual a um camarão, seu porte físico é normal, nada de músculos, era um magro bem feito, já o Carlos era negro, o oposto do Tadeu, em tudo, sua cabeça era raspada e seu porte físico era bem músculos, bem mais que o Rafael, além da voz, que era de um timbre bem grave e sedutor.

Ficamos sentados nas arquibancadas juntos de outras pessoas que estavam lá assistindo. Iriam competir os 12 primeiro na modalidade crawl nos 100 + 100 metros revezando com as duplas. O Rafael iria revezar com um cara ruivo, cujo o nome eu não sabia até o Tadeu falar que era Hugo. Ele era malhado, não o corpo de quem praticava academia todos os dias, mas sim de quem revezava entre musculação, natação e corrida, como a Luana falou, ele tinha os cabelos ruivos em um tom de vermelho não tão claro, mas que no sol dava-se para notar bem o ruivo, e era natural, pelo menos parecia, pois ele tinha as sobrancelhas da mesma cor e algumas sardas, pouquíssimas, no rosto. Seus olhos eram verdes. Começaram a se preparar fazendo alongamento. Eu sabia que o Rafael tinha um corpo e tanto, pois sempre dava para ver, mas quando ele tirou a roupa e veio até nós entregar a mochila eu tive certeza. O abdômen bem definido, o peitoral não ficava atrás, as pernas bem torneadas e as costas largas e musculosas, não de um jeito exagerado, mas bem proporcional, o Hugo, bem parecido e pude comprovar que ele era ruivo mesmo quando vi os poucos pelos que ele tinha que se perdiam dentro da cueca, que eram vermelhos, mais claro que os cabelos e as sobrancelhas.

O Rafael vestia uma sunga preta, que deu um bom destaque em seu membro, foi impossível não olhar, e acho que ele percebeu, pois deu um sorriso sacana quando me entregou a bolsa. Já o Hugo, vestia uma sunga branca, que foi sacanagem, pois que destaque deu também.

Ambos voltaram para a borda da piscina e foram se alongar para começar a competir. No comprimento da borda da piscina tinha 24 homens, cada um com seus corpos atléticos, alguns não eram bonitos, mas tinham o corpo bem legal, já outros bem bonitos, nenhum tanto quando o Rafael e o Hugo, mas bem perto.

O Rafael ia primeiro, se posicionou junto dos outros 11 caras e os outros 12 ficaram se preparando. Ficaram na posição de salto e quando um dos instrutores ou juízes, não sei como chama, apitou todos caíram na água. Estavam todos quase na mesma posição, o Rafael manteve um ritmo bem constante dando a virada em segundo lugar, perdendo apenas para um cara que estava de sunga azul marinho. Logo o Rafael alcançou e passou do cara. Todos os segundo já estavam em suas posições. O Rafael bateu na borda e o Hugo caiu na água, logo em seguido antes dele submergir para começar as braçadas, o segundo para bateu na borda e o seu companheiro saltou. A maior disputa foi entre o Hugo e esse cara que chegou em segundo lugar e outro, um negão, que chegou em terceiro.

- Nessa modalidade os dois são muito bons. – Falou o Carlos. – O Rafael é bom em nado borboleta e costas também, o Hugo em nado peito e borboleta. Vamos ver como vai ser as próximas modalidades.

Como o Carlos falou, o Rafael era bom no nado borboleta, que foi a segunda modalidade, cem metros. O Rafael ganhou bastante vantagem o que deu ao Hugo uma baita de uma vantagem fazendo ele chegar em primeiro lugar, ganhando novamente, como os dois eram bons no nado borboleta, foi fácil ganharem. A terceira modalidade era peito, cem metros. O Hugo deu uma vantagem para o Rafael, mas outros dois caras eram bem mais rápidos, o que mesmo com esforço o Rafael chegou em terceiro lugar. Era a última modalidade, costas, o Hugo era bom, não tanto quanto o Rafael, dando uma desvantagem ao Rafael, ao chegar em segundo lugar. O Rafael caiu na água e deu o seu melhor, acompanhando o cara que vinha em primeiro lugar e quase perdendo o primeiro lugar, por fração de segundos, batendo antes do outro cara.

Eles estavam 1°, 1°, 3° e 1°. Estavam praticamente com a disputa ganha. Agora a última era revezando as quatro modalidades. Iniciou com o Hugo com Crawl, que cortava a água em uma velocidade impressionante. Chegou em primeiro lugar e o Rafael logo caiu na água mergulhando e submergindo com o nada costas, que chegou em primeiro também, o Hugo seguiu com o nado peito alcançando o primeiro lugar. O Rafael logo caiu na água e iniciou a modalidade borboleta, se ele ganhasse em primeiro lugar eles eram os vencedores. O Rafael chegou e bateu segundos antes do segundo colocado, ganhando a disputa e garantindo o primeiro lugar.

O Hugo pulou na piscina e abraço o Rafael dentro d’agua e ficaram comemorando. Eu, a Luana, o Tadeu e o Carlos pulamos na arquibancada comemorando cada vitória deles e no fim foi que pulamos mesmo.

Fizeram a entrega das medalhas e logo anunciaram que a piscina estava liberada para quem quisesse tomar banho. O Rafael veio até nós e nos chamou para tomar banho, como eu não tinha levado roupa não fui, ele insistiu e que disse que da próxima, a Luana também não foi, nem o Tadeu. Já o Carlos foi. Ficamos lá por um período e depois os três foram para o vestiário tomar banho e se trocarem. Meia hora depois eles retornaram, eu estava conversando com a Luana e com o Tadeu quando eles três chegaram.

Comemoramos novamente a vitória e fomos em direção ao estacionamento.

- Ah! Hugo, não lhe apresentei. – Falou o Rafael. – Este é o David um amigo meu.

- Prazer cara. – Falou ele estendendo a mão e eu retribuindo em cumprimento.

- O prazer é todo meu.

- Onde se conheceram.

- Na academia. – Falei. – Ele é meu instrutor.

- Hum. – Isso que nunca acaba nisso.

- Não seja idiota. – Foi o Rafael quem falou.

Eu não entendi, mas deixei para lá.

Seguimos, os meninos foram no carro do Hugo, e eu com o Rafael, que foi me deixar em casa. Ele foi pilotando desta vez, e ele era bom.

- Quer entrar? – Perguntei ao chegarmos em casa.

- Talvez numa próxima. Valeu por ter ido.

- Que isso. Valeu por ter me convidado e obrigado por me apresentar seus amigos, eles são demais.

- Até mais amigão. – Falou ele e seguiu.

Na segunda eu começava a trabalhar, o que para mim era ótimo, pois estava cansando de estar em casa o dia todo praticamente sem ter o que fazer.

Na segunda eu acordei cedo, por volta das 04:45, tomei banho e fui para a academia, como sempre o Rafael estava me esperando, logo começamos o treino.

- Quer dizer que você é um atleta. – Falei enquanto ele me acompanhava no exercício para ombros. – Além de educador físico você também é nadador?

- Pratico natação desde os 8 anos de idade.

- Sempre tive vontade de fazer, mas nunca tive coragem e disposição.

- Deveria fazer, em conjunto com a musculação, a natação dá resultados excelentes.

- É. Eu puder notar.

- Como assim?

- Deixa pra lá.

Ele riu.

- Fala.

- Seu corpo. Você tem um corpo impecável. Se tornou meu modelo e inspiração.

- Ah, mas não é só a musculação e a natação, faço dieta também.

- Imaginei.

- Pratico natação todos os sábados lá na área de natação da academia, você pode praticar também, só tem um pequeno acréscimo na mensalidade e acho que consigo um desconto, caso você queira ir.

- É tentador.

- É ótimo. Você sabe nadar?

- Eu costumo falar que eu sei não me afogar.

- Vamos fazer o seguinte, você vai nas aulas durante um mês, se não gostar não precisa ir mais, nem pagar.

Pensei por alguns segundo.

- O que me diz?

- Combinado.

- É isso aí. Todos os sábados às 08:00 da manhã estarei na sua casa, vamos juntos, às aulas começam às 08:30.

- Você é o instrutor?

- Não. É um amigo meu.

- Fechado. Do que preciso de itens.

- Uma sunga de banho, ou uma bermuda de mergulho, touca, óculos, caso veja que não consegue fazer os movimentos dentro d’agua com os olhos abertos, só.

- Pronto. Vou ver onde encontro e no sábado iremos.

- No shopping. O que vai fazer mais tarde? Podemos ir lá comprar.

- Vou trabalhar, começo hoje.

- Que legal.

- A tarde, de 15:00 podemos ir se tiver livre.

- Combinado.

O Rafael me contou, na teoria, como seria os treinos da natação e conversamos outras coisas mais. Finalizei o treino por volta das 06:30 e fui para casa, teria que está na empresa às 08:00.

Cheguei na empresa e outros estavam lá também, aprendizes, que assim como eu iriam passar pela empresa para direcionar como seria nossa rotina e setor.

Fomos liberados para a recepção, onde o RH foi chamando de um a um para direcionar qual setor, horário e informar como seria o processo.

Fui o sexto a ser chamado dos 20 aprendizes que estavam lá. Quando cheguei no RH, duas mulheres bem simpáticas me atenderam, a Cláudia e a Jessica me falaram que uma vez por semana iria para o Senai para fazer o curso e os outros quatro dias estaria na empresa colocando em prática os trabalhos. No Senai o curso seria de manhã, na empresa elas estavam distribuindo para que setor iríamos e qual horário. Eu fiquei no horário da manhã no Departamento Contábil da empresa. A Cláudia me acompanhou para o setor, onde me apresentou a todos. Eram três mulheres e dois homens no setor. Todos mais velhos, com seus 30 e poucos anos. Fui direcionado para a Tatiane, analista contábil, que era quem ia me ensinar as coisas.

Passei o restante da manhã aprendendo o que o setor fazia. A Tatiane era muito legal e boa em explicar as coisas. Me direcionou algumas coisas para fazer.

Quando cheguei em casa era meio dia e meia. Saí da empresa 12:00 e o carro nos buscaria e nos levaria todos os dias em casa, com exceção do dia que íamos para o Senai.

A noite fui para a faculdade, como não tinha tido contato com o Victor nos últimos dias desde o ocorrido não contei com ele para voltar para casa, sabia que ia ter que pegar um ônibus.

Tiver aula e um estudo de caso em dupla, que fiz com o Alisson. Saímos 20 minutos antes do final das aulas. Estava no pátio principal quando alguém chegou por trás de mim, eu estava sentado no encosto de um dos bancos que tinha, me virei com o susto e me deparei com o Victor.

- Boa noite pessoal. – Falou ele, cumprimentando o pessoal.

Todos o cumprimentaram de volta.

- Vamos David? – Falou ele com um tom de calmo.

Não estava esperando por essa atitude dele.

- Vamos. Pensei que não tinha vindo hoje. – Admiti.

- Por que não? – Perguntou ele, mas eu sabia que não era uma pergunta direta.

- Nada.

- Vamos então.

Me despedi do pessoal, e saímos. O Victor foi o caminho todo até o carro de boa. Conversando sobre a aula. Quando chegamos no carro ele enfim tocou no assunto.

- David, quanto aquela noite. Desculpa pelo modo que agir.

- Não precisa se desculpar.

- Preciso sim. E prefiro ser aberto com você, quanto ao que sinto.

- Vick.

Ele me interrompeu.

- Relaxe. Por mim está tudo de boa. Só que preciso que você saiba que eu gosto de você, sempre gostei, desde que nos conhecemos e começamos a andar juntos no terceiro ano. Mesmo quando você estava namorando com o Lucas. Mas assim como naquela época, se não podemos ter nada, prefiro que sejamos amigos, pois para mim, sua amizade basta. Não quero que nada mude.

- Por mim não mudará.

- Se um dia o momento surgir, espero que seja mútuo.

Eu assenti.

- Você é um cara muito especial para mim e o quero por perto.

- Você também Vick. De todos, parece que só a nossa amizade sobreviveu ao tempo.

Ele riu.

- Verdade. Eu estava pensando nisso esses dias. Posso lhe dá um abraço?

- Quando foi que você precisou pedir para me dá um abraço?

Ele riu. Aquele sorriso encantador do Victor, que me remeteu ao tempo que conheci ele.

Ele me abraçou e depois de um tempo ali abraçados, seguimos para casa.

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Boa noite galera.

Está aí mais um capítulo. Espero que estejam gostando. Vi os comentários e agradeço, sempre gosto de lê-los.

Tenham todos um ótimo final de semana e até o próximo sábado.

As coisas começaram a mudar de cor.

Abraço, se cuidem.

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Comentários

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Cadê do 11 até o final?

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Que bom que você e o Vick fizeram as pazes, ainda acho que vão terminar juntos, os dois seriam lindos juntos rsrsrs nota 10

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É só eu ou mais alguém acha que esse cara da academia não é um cara tão bacana quanto o Daniel está achando .

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AINDA DIGO QUE SE EU FOSSE O VICTOR MANDAVA VC PRA PUTA QUE PARIU.

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