Falando em chupar...

Um conto erótico de Mad World, the magazine
Categoria: Gay
Contém 762 palavras
Data: 01/05/2020 21:24:45

Quando eu virei vampiro? Viiish... (risos) nem me lembro. Mentira, lembro sim. Eu era adolescente. Nossa, acho que tinha dezesseis anos. Eu não lembro da mordida em si, nem de quem me mordeu - o que é uma pena, porque eu ia amar agradecer. Aí você pode pensar “ah, mas você morreu! Da pra agradecer por isso?”. Cara, cê não tem noção. Assim, o que eu me lembro é de estar em casa, sozinho naquele dia, e do nada vir aquela vontade de beber sangue. Estranhei, claro. Fiquei com medo, nervoso, mas tipo, não era um medo de verdade, sabe? Era tipo aquela adrenalina que da quando você tá prestes a fazer alguma coisa errada, mas que você quer muito fazer. Aí eu fui pro banheiro com o coração batendo tão forte que quase doía. Me tranquei lá, começando a suar. Aí comecei a me olhar no espelho (a gente aparece em espelho, tá? Tem coisa que é viajosa demais sobre a gente) e no reflexo eu tava extremamente lindo. Não sei explicar. Eu sabia que era eu ali, mas ao mesmo tempo parecia outro cara. Aquilo começou a me excitar. Eu tirei a camisa e fiquei olhando meu corpo, a musculatura viril do corpo jovem, quase no ápice de sua forma de predador sexual. Depois tirei a bermuda e fiquei contemplando aquela visão. Quando percebi, eu já tava mordendo os lábios. E foi nessa hora que eu vi as presas pela primeira vez. Normalmente você surtaria, mas aqueles dentes pontudos representando perigo numa parte tão erótica como a boca, com os meus lábios vermelhos da cor de cereja, aff! Eu arranquei a cueca porque não tava me aguentando lá dentro. Então eu senti que tava mordendo meus lábios forte demais, que ia acabar me machucando. Mas a dor estava naquele limite entre dor e prazer e isso me deixou louco. Então um som abafado de perfuração, tipo a pele de uma fruta se rompendo dentro da sua boca sob os seus dentes. Foi isso. Mordi meus lábios com tanta força que sangrei. Aí foi um caminho sem volta. Senti o gosto do meu sangue e enlouqueci. Chupei o pontinho da perfuração até não sair mais nada. Uma sede, uma insanidade! Eu lembro que nunca tinha ficado excitado assim na vida. Aí eu me apoiei na pia e fiquei fazendo umas poses. Admirando cada parte do meu corpo, me acariciando, me desejando. Foi quando reparei nas veias do meu braço. De novo aquela pontada de medo no coração e uma pulsação mais intensa lá embaixo. Será que eu faço isso?, eu pensei. E se eu morrer? Eu não fazia ideia, só tinha olhos pro tesão que sentia. É claro que tinha mais veias grossas visíveis, mas eu não alcançava. E que bom, porque eu não sei o que seria de mim. Então eu comecei a lamber meu braço, beijar, chupar... fui dando umas mordiscadinhas de leve, dizendo a mim mesmo que ia só brincar. Quando vi, lá estava eu, com os dentes enfiados no meu pulso e me masturbando. Cara, a sensação! A dor era só outro nível de prazer que as pessoas normais tinham medo de sentir. O sangue, entrando pela minha boca, era como tomar vinho pela primeira vez. O prazer me deixou arrepiado, indo da nuca até as pernas. Enquanto eu chupava os dois furos no meu braço, comecei a sentir as ondas do orgasmo se alastrando por dentro de mim, avisando que iria gozar dali a pouco. Então fui sugando com mais intensidade, pressionando os lábios contra minha pele, mal sentindo que estavam frios. Então fui sentindo as pernas enfraquecerem, os joelhos tremendo, o banheiro ficar escuro... A mão direita cada vez apertando mais e se movimentando mais rápido lá embaixo. Então como se alguma coisa explodisse dentro de mim, eu ejaculei - mas foi muito! Um jato longo e espesso irrompeu com muita pressão, avançando até quase dois metros de distância de mim. O rastro de esperma lembrava uma serpente albina que rastejava até mim, que agora estava quase caído, apoiado na pia com um hematoma roxo no pulso, a boca toda ensanguentada e revirando os olhos de tesão. Com muito esforço eu me ergui, olhei novamente no espelho e parecia exausto. Meio surpreso, meio feliz, fui entendendo a situação bem rápido. Não podia fazer aquilo comigo mesmo - pelo menos nem tão cedo. Mas queria mais. Os instintos já me diziam que a saciedade ia passar logo. Então comecei a bolar um plano. Mas depois eu te conto porque olha só como eu fiquei só de lembrar dessa história!

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