Presas na Quarentena – Capitulo 001 - Pandemia

Um conto erótico de Lady Renata
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 882 palavras
Data: 15/05/2020 18:49:43
Última revisão: 15/05/2020 20:25:15

18 de março de 2020, Quarta-feira

O dia estava quente, por demais quente, a faculdade suspendera as aulas no dia anterior, os noticiários só falavam 1 coisa: a gravidade da situação, 20 dias após a confirmação do primeiro caso em São Paulo. Estava no meu quarto e lia notícias alarmantes do meu smartphone (quando ainda tinha livre acesso a um), todos os meus amigos estavam falando dos tempos que viriam, apreensivos e com medo, também partilhava dessa mesma situação. Em casa minha irmã mais nova já estava sem aulas desde a semana anterior.

Ricardo, nosso padrasto chegou cedo, eram 10 horas da manhã. Disse para arrumarmos nossas coisas porque iriamos para a casa do interior, onde sempre íamos, antes da minha mãe morrer, um lugar confortável e recluso, cheio de boas lembranças, um tanto amargas desde então. Explicou-nos que iria tocar seus negócios via home office e como ambas estávamos sem aula seria mais seguro passar esse tempo no campo, longe do tumulto da cidade.

Não tivemos objeções, pelo menos eu não tive, porque minha irmã Paula só faltou morrer, iria ficar bem longe do seu namorado, mas nisso concordei com nosso padrasto: era o momento de se pensar na saúde, não em namorados. Liguei pro meu pai, que mora em outra cidade, falei que para onde estávamos indo. Meu pai biológico e minha mãe haviam se separado há 10 anos, na época em estava com 11 anos e minha irmã com 9. Moramos em duas casas diferentes até minha mãe “amigar” e mudarmos para outro estado. Outubro do ano passado ela morreu: aneurisma. Desde então estamos resolvendo pendencias burocráticas, na verdade, por mim mesma, eu haveria de ficar na casa do Ricardo até o final da faculdade, Paula relutava em ir por causa do namorado. O fato é que todas essas coisas teriam de esperar a pandemia passar.

A propósito, meu nome é Renata, tenho 21 anos, cabelos longos, castanhos com as pontas loiras, faço academia desde os 16. Sou uma mulher bonita, assim como mamãe. A Paula puxou mais ao papai, embora mantenha os olhos de índia da mamãe, por não ter o hábito de ir na academia ela é um pouco mais gordinha, mas tudo isso se distribuiu bem no par de pernas, diriam que é uma mulher até mais bonita que eu malhada, tudo não passa de questão estética, o que importa é estarmos bem com nós mesmas.

Almoçamos, as malas prontas, álcool em gel na mão. Partimos para o interior. A viagem é bem demorada, 5 horas de carro, 40 minutos de balsa e mais 3 horas de estrada. Chegamos quase às dez horas, muito cansadas. A casa é bem ampla, toda murada, de ponta a ponta do terreno, uma grande e linda piscina aos fundos, um amplo jardim bem cuidado, pelo terreno dois grandes cachorros: Thor e Luke. Quem abriu o portão foi o caseiro: seu Jorge, ele mantinham a casa bem cuidada na nossa ausência, apesar de conhecê-lo há 6 anos não faço a mínima ideia se tem parentes, nunca vi.

Guardado o carro na garagem subimos com as malas para os nossos quartos, a casa é de dois andares, com o quarto principal onde dormiam minha mãe e o Ricardo, um quarto para mim e outro pra Paula, dois quartos de hospedes, sala ampla, cozinha toda equipada, a despensa e um quarto de empregados onde ficava seu Jorge (quando nós não estávamos é lógico), este quarto em especial ficava do lado de fora, uma exigência da mamãe: não gostava de partilhar o mesmo espaço que os empregados.

Não que eu reclamasse porque não éramos nós quem limpávamos, na temporada de férias Ricardo contratava duas pessoas para cozinhar e limpar a casa enquanto nos divertíamos, graças a uma antena especial conseguíamos ter acesso a internet, o wifi ligou automaticamente, respondi algumas mensagens, desci para comer alguma coisa, Ricardo estava preparando uma sopa, liguei a TV pra ver o big brother, a Paula também descera depois de tomar banho, exalava na casa toda um perfume fresco, sentou-se ao meu lado e nos divertimos um pouco com as polemicas, pra variar Babu havia voltado de um paredão.

Ricardo chamou quando tudo estava pronto, comemos enquanto ele explicou que enquanto durasse a quarentena íamos ficar ali, disse que providenciou bastante alimentos, produtos de higiene, álcool em gel, a despensa estava abarrotada. Disse que o Jorge iria ficar pra comprar coisas que precisássemos, mas que não ligássemos pra ele que, como sempre, iria ficar no quarto que lhe era de costume. As tarefas domesticas iriamos revezar, não podíamos chamar empregadas por causa da segurança da nossa saúde.

De fato nada de estranho, não sou preguiçosa, nem minha irmã, as vezes ficávamos manhosa, mas numa situação como essa não podíamos exigir muita coisa. Os cães latiam e o Jorge dava comida pra eles, perguntei sobre a piscina, quem iria limpá-la e Ricardo respondeu que tudo ao seu tempo. Uma sonolência foi se apoderando de mim, Paula bocejava, o relógio de centro marcava 23h15 mim, a cabeça começou a girar, não estava me sentindo muito bem, Paula caiu da cadeira e antes que desse por mim estava no chão também, antes de perder a consciência lembro perfeitamente de um sorriso distorcido no rosto de Ricardo, tal qual eu nunca vi.

(Continua...)

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Comentários

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Surpreso positivamente com uma narrativa limpa, intensa e deliciosa.

Siga assim...

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Espero que a série dure longos capítulos hahaha

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Muito bom, parabéns! Você escreve muito bem

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