PARTE XIV
Para entender melhor a história, é bom ler as partes anteriores. Esclareço, também que tenho alguns perfis de fotografia na Internet como “grey8wolf” ( twitter/x e Tumblr) ou “grey8wolf_” ( Instagram, com o tracinho no final) escritos em inglês, a maioria das fotos que mencionei aqui estão lá. Se alguém quiser tirar a dúvida e confirmar, escreva no Tumblr, Instagram ou Twitter, dizendo que leu o conto, que eu confirmo.
Minha esposa chegou bem de madrugada no quarto, se abraçou em mim, murmurou “Te amo muito!!” E dormiu profundamente. No entanto, ainda bem de madrugada, foi desperta rapidamente, sua coleira foi colocada na corrente, e daquele jeito mesmo, pelada e descabelada, foi levada, sendo exigido o silêncio o tempo todo.
Essas coisas súbitas me faziam pensar se eram coisas calculadas e faziam parte do treinamento, ou se eram por algum outro motivo. Será que ela havia feito alguma coisa, desagradado ao Francês ou ao Sr. Meister e iria ser colocada de novo na tal Cruz de Santo André? Mas Regina havia dito que queria ir até o final, então aceitei e tentei dormir. Fiquei com muita pena de minha esposa.Os últimos quatro dias tinham sido particularmente exaustivos, e ela merecia descansar ao menos umas 12 horas direto. O dia clareou, e, intuitivamente, fui ao salão dos espelhos, que estava na minha área de circulação livre. Eu estava começando a me localizar melhor por ali. Como eu escrevi antes, vários desses ambientes tinham apenas uma arcada, sem porta, e podíamos ver o que se passava dentro deles. Passei por um onde três mulheres se abraçavam e beijavam, mas eu procurava minha esposa. Em outra sala, uma mulher estava toda amarrada e suspensa no ar, no solo abaixo dela havia um círculo com vários sinais inscritos. Cheguei ao salão espelhado, finalmente, e pensei: será que essas paredes são com as de ontem, espelho de um lado e transparentes no outro? Seriam algumas ou todas? Se nesse lugar havia espaço para fetiches como podolatria, então também havia para voyeurismo, e os voyeurs certamente se deliciariam.
Minha intuição estava correta. Regina estava lá, deitada de bruços sobre a mesa acolchoada, dormindo profundamente, nua como sempre. E o Francês, vestido, dormia sentado em uma cadeira, porém abraçado aos tornozelos dela, as solas dos belos pés de minha esposa coladas ao rosto dele. Certamente, ele nessa sala podia ver milhares de reflexos dos pés dela ao mesmo tempo.Ele realmente estava apaixonado! Fui pego de surpresa por um braço. O membro me fez o sinal de silêncio e me conduziu para outro lugar, minha querida esposa precisava mesmo descansar.E ao que parece, o Francês ( Bernard, ouvi alguém mencionando esse nome em algum lugar) não estava atrapalhando seu sono. Mas fiquei com uma certeza: meus passos eram seguidos o tempo todo, porque era muito frequente acontecer isto, de alguém segurar meu braço quando eu estava observando algo, ou em outras situações.
Enquanto era conduzido, passamos por uma área circular, que era a confluência de vários corredores , uma pequena “pracinha”. Ao centro, havia um grande obelisco que parecia um “i” ( maiúsculo, mas com um ponto em cima. Ao pé da estrutura, estavam escritas em uma placa as palavras “ Iniciação, Identidade, Idealismo, Integração, Iluminação, Imortalidade, Infinito”. Interessante e curioso. Parecia com algo que eu havia lido muitos anos atrás, não tenho certeza.
Nota do autor:
Esta série de contos foi transformada em uma série de livros, que podem ser adquiridos no "Clube Dos Autores".
https://clubedeautores.com.br/livro/a-irmandade-secreta-do-sexo
https://clubedeautores.com.br/livro/a-irmandade-secreta-do-sexo-2
As edições são ilustradas, o que torna a leitura muito mais interessante.
P.G.Wolff